9 de Fevereiro de 2005 APRESENTAÇÃO PÚBLICA DO ANTE-PROJECTO DE REVISÃO DO PDM 1

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Transcrição:

9 de Fevereiro de 2005 APRESENTAÇÃO PÚBLICA DO ANTE-PROJECTO DE REVISÃO DO PDM 1

PROCESSO DE ELABORAÇÃO E ACOMPANHAMENTO (DL 380/99) 1.Fase de acompanhamento a CMC entrega um ante-projecto à Comissão Mista de Coordenação (CCDR), que aprova um parecer. 2.Fase de concertação no caso de alguma das entidades representadas na Comissão discordar. 3.Fase de Participação abertura da discussão pública (mínimo de 44 dias após publicação no DR). 4.Elaboração das versão final. 5.Parecer Final da CCDR. 6.Aprovação em CMC e AM. 7.Ratificação Governo. 8.Publicação DR. O PROJECTO AGORA APRESENTADO É UM PONTO DE PARTIDA E JÁ FOI DISTRIBUÍDO À ASSEMBLEIA MUNICIPAL, VEREADORES, PARTIDOS POLÍTICOS E ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE ÂMBITO CONCELHIO. REAFIRMAMOS A RECEPTIVIDADE PARA ACOLHER CRÍTICAS, PROPOSTAS E SUGESTÕES CONSTRUTIVAS. 2

3 ANTECEDENTES PDM aprovado em 1997 com os votos do PS. Apenas 3 anos sobre a publicação do PDM vigente, foi deliberado em 7.3.2000, dar início ao processo de revisão, o que evidenciou a sua inadequação. Em 2001 a revisão estagnou por manifesta falta de vontade política para a consumar. A actual maioria definiu medidas preventivas para reduzir os parâmetros urbanísticos da habitação, por forma a não comprometer áreas do território onde ainda é possível intervir e corrigir situações inadequadas (em vigor desde 15.2. 2003). Concomitantemente arrancaram os estudos conducentes ao relançamento da revisão do PDM que agora se apresenta como ante-projecto.

DIAGNÓSTICO Com o PDM-1997, a dinâmica da construção sobrepôs-se e ultrapassou largamente o ritmo da execução de infra-estruturas e acessibilidades, o que se traduziu numa generalizada degradação da qualidade de vida. Essa dinâmica nefasta foi agravada pelo facto de se terem previsto parâmetros excessivos e manchas de alta e média densidade onde seria exigível grande contenção. Passados 7 anos, estão comprometidos praticamente todos os espaços urbanos e urbanizáveis e proliferaram ilhas de edificações pesadas e incoerentes. As Freguesias de Alcabideche e S. D. Rana são muito penalizadas pela proliferação de cerca de 250 AUGI. A inexistência de espaços apropriados para empresas de serviços frustrou o objectivo de captar terciário de qualidade e assim alargar a oferta de empregos, atenuar o número de deslocações diárias entre Cascais e outros Concelhos da AML, e alargar a cobrança de derrama. As áreas destinadas ao desenvolvimento turístico mereceram uma expressão pouco significativa no PDM e são desviadas do seu fim. Crescente carência de espaços para equipamentos e infra-estruturas. 4

5 Análise Estatística, Económica e Social do Concelho De 1970 a 2001, o Concelho duplicou o número de habitantes. De 1991 a 2001 segundo o Censo terá crescido 11,3%. Esta taxa é muito superior à registada, no mesmo período: no conjunto da AML (+5,6%) no Município de Oeiras (+ 5,8 %). Suspeita-se que os números apontados pecam por defeito: a própria CMC, em Junho de 2001 referia 192.000 (+25%); a AdC no mesmo ano assinalava 196.000 (28%). Foi precisamente esta evolução da população residente e a construção de habitação a ritmo similar que veio justificar à Maioria a assunção de políticas de contenção, traduzidas nomeadamente na adopção de medidas preventivas e da alteração do PDM, em ambos os casos com clara redução dos parâmetros de construção.

6 141498 153294 170683 92630 1970 1981 1991 2001 Evolução da população do Concelho de Cascais entre 1970 e 2001 (Fonte: INE, Recenseamento da População 1970, 1981, 1991 e 2001)

7 FREGUESIA / ANO 1970 1981 1991 2001 Alcabideche 17195 25473 26897 31801 Carcavelos 7170 12888 18014 20037 Cascais 20735 29389 27741 33255 Estoril 15440 24312 23962 23769 Parede 13950 20094 20742 17830 S. Domingos de Rana 18140 29342 35938 43991 TOTAL 92630 141498 153294 170683 População Residente do Concelho de Cascais Fonte: INE, Recenseamento da População 2001

População do Concelho de Cascais Taxa de Variação Densidade Populacional Freguesia 1970 1981 1991 2001 1970-81 1981-91 1991-01 1970 1981 1991 2001 Área Km2 Alcabideche 17195 25473 26897 31801 48,1 5,6 18,2 430 637 672 795 40 Carcavelos 7170 12888 18014 20037 79,7 39,8 11,2 1593 2864 4003 4453 4,5 Cascais 20735 29389 27741 33255 41,7-5,6 19,9 1032 1462 1380 1654 20,1 Estoril 15440 24312 23962 23769 57,5-1,4-0,8 1755 2763 2723 2701 8,8 Parede 13950 20094 20742 17830 44,0 3,2-14,0 3875 5582 5762 4953 3,6 São Domingos de Rana 18140 29342 35938 43991 61,8 22,5 22,4 902 1460 1788 2189 20,1 Concelho de Cascais 92630 141498 153294 170683 52,8 8,3 11,3 954 1457 1579 1758 97,1 Evolução da População do Concelho por Freguesias Fonte: INE, Recenseamento da População de 1970, 1981, 1991 e 2001; Gabinete de Estatística, C. M. Cascais. 8

9 LICENÇAS LICENÇAS DE DE HABITAÇÃO EMITIDAS EMITIDAS 4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 TOTAL 3108 3837 2788 2821 2547 2587 1294

10 FREGUESIA / ANO 1970 1981 1991 2001 Alcabideche 5480 8940 10652 13706 Carcavelos 2605 4779 8877 10805 Cascais 8771 11951 14479 19693 Estoril 6619 10174 13372 14213 Parede 5340 7800 9222 11001 S. Domingos de Rana 5198 9859 14556 20365 TOTAL 34013 53503 71158 89783 Evolução do número de alojamentos Fonte: INE, Recenseamento da População e Habitação 1970, 1981, 1991 e 2001

11 Grupos Funcionais do Concelho de Cascais Grupos / Anos 1970 1981 1991 2001 0-14 24310 34763 28106 25801 15-64 61785 94722 107471 119125 65 e + 6535 12013 17717 25757 Total 92630 141498 153294 170683 Percentagens 1970 1981 1991 2001 Jovens % 26,2 24,6 18,3 15,1 Potencialmente Activos % 66,7 66,9 70,1 69,8 Idosos % 7,1 8,5 11,6 15,1 Evolução dos Grupos Funcionais Fonte: INE, Recenseamento da População de 1970, 1981, 1991 e 2001

OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS PARA O CONCELHO 1. Instituir um sistema de planeamento baseado no primado do desenvolvimento multi-dimensional sustentado; 2. Programar, consolidar e monitorizar a rede geral de equipamentos e infra-estruturas; 3. Implementar uma Rede Verde Municipal; 4. Aplicar o Plano Estratégico do Turismo; 5. Implementar políticas de desenvolvimento económico e social sustentadas; 6. Gerar investimentos direccionados à salvaguarda, valorização e reabilitação do património cultural e natural; 7. Dar prioridade à reabilitação de imóveis antigos ou degradados e à revitalização urbanística de zonas desqualificadas, descaracterizadas ou de génese ilegal; 8. Criar condições para a fixação de empresas geradoras de postos de trabalho estáveis e qualificados; 9. Investir no Sistema Natural, respeitando e valorizando a RAN e a REN; / 12

OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS PARA O CONCELHO / 10. Incentivar o emparcelamento do território, o associativismo entre investidores e a participação em parcerias com o município, como mecanismo de qualificação urbana; 11. Promover soluções que conduzam a um desenho urbano qualificado, valorizando a criação de tecido e evitando intervenções celulares que configurem ou promovam assimetrias no território, assumindo um papel didáctico que contribua para a requalificação do espaço urbano; 12. Inverter a tendência gerada pelo anterior PDM - que favoreceu o crescimento excessivo e desordenado da construção para habitação - em favor de novas intervenções urbanas que favoreçam a melhoria da qualidade de vida dos munícipes e o desenvolvimento sustentado do concelho; 13. Incentivar a participação pública, com base numa melhor informação e no debate sobre o desenvolvimento integrado do concelho. 13

14 Medidas Essenciais Propostas 1. Definição rigorosa do espaço urbano consolidado, regulamentando a possibilidade e configuração genérica de novas construções, com: - índices de construção em acentuada baixa, - volumetria contida, - densidade de implantação muito atenuada e - tipo de uso restringido. 2. Delimitação alargada dos Núcleos Históricos e regulamentação rigorosa das intervenções de forma a preservar a sua identidade; 3. Identificação exaustiva do Património Arquitectónico existente, bem como dos Parques, Jardins e Quintas Históricas, de modo a protegê-los de demolições precipitadas e usos inconvenientes, e a permitir a sua hierarquização e eventual classificação; /

Medidas Essenciais Propostas / 4. Correcção da delimitação da REN e da RAN, por forma a enquadrá-las em planos que permitam utilizações apropriadas sem degradar as suas qualidades naturais; 5. Actualização da carta de infra-estruturas viárias; 6. Revisão da delimitação das AUGI, promovendo a sua requalificação urbanística e integração na envolvente; 7. Redefinição das UOPG; 8. Relocalização das unidades industriais; 9. Actualização da Carta Arqueológica de Cascais; 10. Implementação de incentivos à renovação de edifícios com valor patrimonial e de núcleos urbanos degradados; 11. Criação de incentivos para HCC, promovendo o acesso à habitação das camadas mais jovens e de menores posses; 12. Recurso nomeadamente a Planos de Salvaguarda que imponham regulamentos específicos para os aglomerados com características singulares. 15

16 Área Total Solo Urbano PDM 1997 6.327,47 ha Proposta de 2005 6.067,32 ha ( -260,21 ha / -4,4%) De salientar que, dentro dos cerca de 6.000 ha no espaço urbano proposto, há a considerar 989,05 ha (16% do total) que fazem parte da estrutura ecológica urbana, logo não edificáveis. Área Total Solo Rural (não Urbano) PDM 1997 3.394,46 ha Proposta de 2005 3.654,67 ha ( +260,21 ha / +7,7%)

17 Espaço Urbano Consolidado ( actuais Alta, Média e Baixa densidades) Área total afecta à construção de habitação PDM de 1997 - projecto de 2005 = 284 ha Área potencial de construção de habitação PDM de 1997 18.314.140 m2 Projecto de 2005 13.732.276 m2 (-25%)

18 Índices de Construção Classe de espaço PDM 1997 PDM 2005 Índice de construção Densidade habitacional (fogos/ha) Classe de espaço Índice de construção Densidade habitacional (fogos/ha) Urbano alta densidade 1,5 Zona E 0,6 45 Urbaniz. alta densidade 1 75 Zona D 0,5 30 Urbano média densidade 1 Zona C 0,3 20 Urbaniz. média densidade 0,8 60 Zona B 0,3 15 Urbano baixa densidade 0,5 Zona A 0,25 10 Urbaniz. baixa densidade 0,4 25

19 Espaço Urbano Consolidado (alguns aspectos inovatórios) a) Controle das densidades habitacionais O PDM 1997 apenas fixa densidades habitacionais nos Espaços Urbanizáveis. Ora, é justamente no Espaço Urbano que se impõe uma maior contenção das densidades. b) Melhoria do standard habitacional - a dimensão média do fogo passa de 100 m2 para cerca de 140 m2; - o facto de se introduzir novamente o conceito de lote mínimo permite assegurar a manutenção de zonas de elevada qualidade contrariando a proliferação dos condomínios.

20 Núcleos Históricos e protecção ao Património Cultural Os Espaços de Núcleo Histórico são constituídos pelas áreas urbanas que se pretendem recuperar, manter e valorizar. Registam um aumento total da área de 179 ha e beneficiam de regras estritas de intervenção e de incentivos à conservação. São criados novos Núcleos no Estoril, Monte Estoril, Alto Estoril, S. João do Estoril e S. Pedro do Estoril (protecção à arquitectura de veraneio e à arquitectura modernista). Cada Espaço de Núcleo Histórico terá o seu plano de salvaguarda. O Catálogo/Inventário do Património Histórico-Cultural do Município de Cascais permitirá conhecer a realidade construída e os valores arquitectónicos, com os seus respectivos níveis de protecção. A noção de Património agora proposta abrange todas as áreas da intervenção humana e natural que contribuem hoje para a identidade do concelho de Cascais.

I.1. NÚCLEOS URBANOS HISTÓRICOS I.2. IMÓVEIS CLASSIFICADOS I.3 IMÓVEIS EM VIAS DE CLASSIFICAÇÃO I.4. QUINTAS HISTÓRICAS I.5. ARQUITECTURA CIVIL I.6. ARQUITECTURA RELIGIOSA I.7. MONUMENTOS I.8. PARQUES E JARDINS HISTÓRICOS I.9. PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO I.10. PORTAIS I.11. PONTES E CAMINHOS RURAIS I.12. PLACAS TOPONÍMICAS I.13. MARCOS E CRUZEIROS I.14. ESTRUTURAS MILITARES E FARÓIS I.15. ESTRUTURAS DE MOAGEM I.16. ESTRUTURAS DE ÁGUA I.17. FORNOS DE CAL I.18. RELÓGIOS DE SOL 28 35 26 43 74 26 24 12 64 6 14 11 27 10 29 39 14 24 Catálogo/Inventário do Património Histórico-Cultural O PDM 1997 apenas identifica 43 peças no Catálogo/Inventário. A proposta agora apresentada inventaria 506 peças. 21

22 Espaço de Reconversão Urbanística Abrange as AUGI aprovadas e como tal definidas pela Câmara e que ainda não têm alvará emitido. Totaliza 492 ha. Não existe esta classe no PDM de 1997. Com a emissão de alvará de loteamento, ou com a recepção definitiva de obras de urbanização em operações que não obriguem a loteamento, transitam para a classe de Espaço Urbano Consolidado. Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (PMOT) Em relação ao PDM de 1997, os espaços sujeitos à elaboração de PMOT, aumentam cerca de 20%, numa clara opção pelo planeamento como instrumento de estruturação e qualificação do território.

23 Espaço de Equipamento Entre as áreas totais previstas no PDM 1997 e no actual projecto de revisão verifica-se um aumento de 100 ha. Espaço Industrial A área total proposta sofre um aumento de 70 ha, criando zonas industriais infra-estruturadas de dimensão relevante, para absorver progressivamente novas actividades e unidades dispersas. Espaço de Desenvolvimento Turístico Regista uma diminuição de 150 ha, que se deve ao facto do Autódromo estar classificado no PDM 1997 como APTR e agora constar como área sujeita a PP. Espaço de Actividades Terciárias Não existia do PDM 1997. Totaliza uma área de 86 ha.

ESTRUTURA ECOLÓGICA MUNICIPAL É constituída pelas seguintes componentes: Estrutura ecológica fundamental, que integra a) Espaço Natural Nível 1 (REN, áreas de protecção total e áreas de protecção parcial - tipo I e II do PNSC); b) Espaço Agrícola Nível 1 (RAN e Áreas de protecção complementar - tipo I do PNSC). Estrutura ecológica complementar, que integra, no Solo Rural: a) Espaço Natural Nível 3; b) Espaço de Intervenção Específica c) Espaço Agrícola Nível 3; b) Espaço Verde de Actividades Específicas. Estrutura ecológica urbana, que integra: a) Espaço de áreas inundáveis; b) Espaço verde de recreio e lazer; c) Espaço verde de enquadramento; d) Espaço verde de recreio e lazer proposto; e) Espaço natural nível 2; f) Espaço agrícola nível 2. 24

25 Solos Urbanizados São divididos pelas seguintes classes: Espaço urbano consolidado; Espaço de reconversão urbanística; Espaço de núcleo histórico; Espaço industrial; Espaço de desenvolvimento de actividades terciárias; Espaço de equipamento; Espaço de desenvolvimento turístico; Espaço de áreas inundáveis; Espaço verde de recreio e lazer; Espaço verde de enquadramento.

26 Solos de Urbanização Programada Unidades Operativas de Planeamento e Gestão, : - Espaço sujeito a Plano; - Espaço singular programado; - Espaço singular a programar; Espaço industrial proposto; Espaço de desenvº de actividades terciárias proposto; Espaço de equipamento proposto; Espaço de desenvolvimento turístico proposto; Espaço verde de recreio e lazer proposto; Espaço natural nível 2; Espaço agrícola nível 2.

27 SOLO RURAL São propostas as seguintes classes de espaços: Espaço de exploração mineira; Espaço natural nível 1; Espaço natural nível 3; Espaço de intervenção específica; Espaço agrícola nível 1; Espaço agrícola nível 3; Espaço verde de actividades específicas; Espaço canal.

28 CONTEÚDO DOCUMENTAL DO PDM Elementos que constituem o projecto de PDM: 1. Regulamento, acompanhado de 3 Anexos : - Anexo I Catálogo-Inventário do Património Histórico-Cultural do Município de Cascais. - Anexo II Caracterização da Estrutura Urbana. - Anexo III Unidades Operativas de planeamento e Gestão (UOPG s). 2. Planta de Ordenamento; 3. Planta de Condicionantes; 4. Planta de Reserva Agrícola Nacional (RAN); 5. Planta de Reserva Ecológica Nacional (REN).

Elementos que acompanham o PDM Relatório com respectivos anexos. Caracterização Biofísica/ Climatológica do Concelho de Cascais; Planta de Enquadramento; Defesa Nacional, Segurança e Protecção Civil; Caracterização Biofísica/ Climatológica; Análise Fisiográfica (Carta de Hipsometria; Carta de Declives; Carta de Exposição Solar); Carta Geológica; Carta de Solos; Carta de Temperatura, Vento, Precipitação, Nevoeiro, Insolação, Humidade Relativa; Recursos e Valores Naturais; Áreas Agrícolas e Florestais; Carta da Estrutura Ecológica Municipal; Património Classificado, em Vias de Classificação, em Estudo e Arqueológico; Redes de Acessibilidades; Carta da Rede Rodoviária, Rede Ferroviária, Estruturas Aeroportuárias e Estruturas Portuárias; Carta da Rede de Transportes Públicos e Interfaces; Redes de Infra-estruturas e Equipamentos Colectivos; Carta de Abastecimento de Água e Saneamº/ Depósito e Tratamº de RSU, Rede Eléctrica e Gás; Carta de Serviços Públicos; Carta dos Equipamentos Desportivos; Carta de Equipamentos de Saúde; Carta de Segurança e Acção Social; Carta de Actividades de Ar Livre/ Natureza/ Lazer/ Turismo; Carta de Equipamentos Culturais; Localização e Distribuição de Actividades Económicas; Carta da Localização e Distribuição de Actividades Económicas; Carta da Identificação das Indústrias no Concelho de Cascais Carta de Ruído; 29