1. PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA PAMPELIDO PERAFITA E LAVRA/DECISÃO SOBRE: ELABORAÇÃO, TERMOS DE REFERÊNCIA E ISENÇÃO AMBIENTAL
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- Irene Vilarinho Espírito Santo
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1 1. PLANO DE URBANIZAÇÃO PARA PAMPELIDO PERAFITA E LAVRA/DECISÃO SOBRE: ELABORAÇÃO, TERMOS DE REFERÊNCIA E ISENÇÃO AMBIENTAL A Câmara Municipal na sua reunião de 15 de Dezembro de 2008, mandou elaborar o Plano de Urbanização para Pampelido nas freguesias de Perafita e Lavra, com os termos de referência e os objectivos programáticos expostos e decidiu prescindir da elaboração da avaliação ambiental O Plano Director de Matosinhos sujeitou o uso do solo da área urbana de Pampelido na freguesia de Perafita, á elaboração de Plano de Urbanização ou de Pormenor Esta área urbana de Pampelido localiza-se a norte da freguesia de Perafita e a sul da freguesia de Lavra. É uma área rural que se desenvolveu à volta e ao longo da Rua 9 de Junho (E.M , rua estradal ) de atravessamento e de ligação entre a freguesia de Lavra e Perafita. Este local implanta-se numa pequena elevação topográfica voltada a sul/poente, com uma excelente exposição paisagística com a envolvente e com o mar O P.D.M. ao prever para esta área o uso predominantemente residencial, apostou no seu desenvolvimento e crescimento, para desincentivar a ocupação corrente a partir da costa, que poderiam provocar a destruição de áreas arborizadas e agrícolas que a todo o custo se impõe preservar, e ao sujeitar o desenvolvimento urbano á elaboração de um Plano de Urbanização ou de Pormenor, criou as condições para que o desenvolvimento urbanístico de Pampelido fosse dotado de um planeamento mais pormenorizado, através da requalificação da estrutura viária e ocupação do edificado existentes e da definição de uma nova via situada a sul como elemento viário fundamental nas acessibilidades do local, não só como alternativa à Rua 9 de Julho (E.M ), (com um perfil sinuoso e estreito, mais adequado para a requalificação urbana e residencial existente), mas como elemento de contenção do crescimento da ocupação urbana. A elaboração de um Plano de Urbanização ou de Pormenor permitirá também programar áreas com dimensões adequadas ao local, destinadas á implantação de equipamentos e áreas verdes públicas e outras áreas de interesse colectivo. Poderá programar-se de uma forma planeada áreas vocacionadas para actividades de serviços e industrias de carácter local, sendo manifestamente inconveniente a instalação de indústria, que não compatível com a função habitar Tendo em consideração as características da área objecto de estudo, os termos de referência, os objectivos programáticos expostos e a legislação aplicável, considera-se que a figura de Planeamento mais adequada para a sua implementação é a figura de Plano de Urbanização I - TERMOS DE REFERÊNCIA ÍNDICE ENQUADRAMENTO TERRITORIAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ENQUADRAMENTO LEGAL DO PLANO CONTEÚDO MATERIAL DO PLANO
2 ENQUADRAMENTO NOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL E DEMAIS PROGRAMAS E PROJECTOS COM INCIDÊNCIA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO DO PLANO NECESSIDADE DA ELABORAÇÃO DO PLANO ANEXOS Planta com o Ortofotomapa Planta da Situação Existente Planta Extracto da planta de Ordenamento do P.D.M Planta Extracto da planta de Condicionantes do P.D.M Planta actualizada de Condicionantes do PDM Planta de Condicionantes Planta do Esboço Preliminar Desenhado de Intenções ENQUADRAMENTO TERRITORIAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO A área objecto de estudo tem uma superfície de cerca de 22 hectares, localiza-se na zona norte da freguesia de Perafita e a sul da freguesia de Lavra, próxima do mar e corresponde ao limite apresentado nas plantas em anexo É constituída por uma topografia pouco acidentada formando uma pequena elevação com uma excelente exposição para a paisagem envolvente e para o mar, exposta a sul e poente, adjacente ao futuro Parque de Montedouro, avistando-se na linha da costa o Monumento Nacional Obelisco da Memória. A ligação desta zona ao mar faz-se pela Rua do Facho, que atravessa vários terrenos agrícolas e que limita a norte a área do futuro Parque de Montedouro Esta é uma zona essencialmente residencial com características rurais cuja estrutura viária se desenvolve ao longo e á volta de um eixo principal distribuidor, a Rua 9 de Julho, que agrega outras vias de acesso ás áreas habitacionais. A estrutura urbana é por vezes quase medieval, com arruamentos estreitos e tortuosos com excelente vocação para a consolidação de uma área habitacional de baixa densidade A ocupação urbana é, naturalmente, fragmentada e dispersa, desenvolveu-se á volta e ao longo das vias (ruas e caminhos estradais ) de atravessamento e de ligação da freguesia de Lavra e de Perafita É uma área com uma densidade baixa de ocupação do solo, característica de um aglomerado essencialmente habitacional/ agrícola com quase ausência de comércio e serviços locais. Encontram-se poucos edifícios com características da actividade de indústria e armazenagem locais. Detectaram-se ainda cinco A.U.G.I. s que se encontram actualmente legalizadas, à excepção de uma que se encontra em processo de legalização Destacam-se vários edifícios de tipologia agrícola e pequenos conjuntos de edifícios que merecem ser preservados, por serem caracterizadores dessa matriz urbana vincadamente habitacional/agrícola de baixa densidade de ocupação do solo, indicadores urbanísticos que devem ser preservados
3 A área de intervenção apresenta características urbanísticas com grande qualidade para a actividade residencial apoiada com diversas actividades complementares e que o Plano Director decidiu consolidar ao programar esta área com o uso predominantemente residencial ENQUADRAMENTO LEGAL DO PLANO Este Plano de Urbanização enquadra-se pelo disposto, na parte aplicável, no DL n.º 380/99 de 22 de Setembro com a redacção conferida pelo DL n.º 316/2007, de 19 de Setembro. Terá a natureza de regulamento administrativo quando ganhar eficácia jurídica CONTEÚDO MATERIAL DO PLANO De acordo com o artigo 89º do supra citado Decreto-lei, o Plano de Urbanização é constituído por: regulamento; planta de zonamento, que representa a organização urbana adoptada; planta de condicionantes, que identifica as servidões e restrições de utilidade pública em vigor que possam constituir limitações ou impedimentos a qualquer forma específica de aproveitamento; é acompanhado por: relatório que explicita os objectivos estratégicos, fundamentando as soluções adoptadas; relatório ambiental (caso a Câmara Municipal não prescinda a sua elaboração) que identifica, descreve e avalia os eventuais efeitos significativos no ambiente resultantes da aplicação do Plano; programa de execução contendo disposições indicativas sobre a execução das intervenções municipais previstas, bem como sobre os meios de financiamento das mesmas De acordo com a Portaria n.º 138/2005, de 2 de Fevereiro, os planos de urbanização são acompanhados dos seguintes elementos: planta de enquadramento, elaborada a escala inferior á do plano de urbanização, que assinale as principais vias de comunicação e outras infra-estruturas relevantes e grandes equipamentos, bem como outros elementos considerados pertinentes; planta da situação existente à data da elaboração do plano; relatório e ou planta com indicação da licenças ou autorizações de operações urbanísticas, bem como das informações prévias favoráveis em vigor, substituível por declaração da Câmara Municipal comprovativa da inexistência dos referidos compromissos urbanísticos na área do plano; plantas de identificação do traçado das infra-estruturas viárias, de abastecimento de água, de saneamento de energia eléctrica, de recolha de resíduos e demais infra-estruturas relevantes, existentes e previstas, na área do plano; carta da estrutura ecológica do aglomerado ou aglomerados; extractos do regulamento, plantas de ordenamento e de condicionantes dos instrumentos de gestão territorial em vigor na área de intervenção do plano de urbanização; participações recebidas em sede de discussão pública e respectivo relatório de ponderação
4 Relatório de fundamentação das opções tomadas incidindo: no enquadramento territorial da zona de intervenção; caracterização geral da zona de intervenção á escala de apresentação da proposta de zonamento e outros condicionamentos à ocupação urbana; condições socio-económicas e habitacionais e dinâmicas demográficas, incluindo projecções; dinâmicas de ocupação do solo e compromissos urbanísticos, estrutura e funções urbanas, situação da zona de intervenção e UOPGs; rede de infra-estruturas e equipamentos, condições de acesso e carências existentes; hierarquia da rede viária, transportes, circulação e estacionamento, património arquitectónico e arqueológico; condições ambientais de referência; diagnóstico da situação existente e perspectivas de evolução, incluindo a definição de potencialidades, constrangimentos e/ou disfunções; Identificação das opções estratégicas e definição do modelo territorial estratégico; definição dos sistemas de protecção dos valores e recursos naturais, culturais, florestais, identificando a estrutura ecológica urbana; explicitação e fundamentação da proposta de zonamento, avaliando a sua adequabilidade face à dinâmica de ocupação do solo e aos níveis de infra-estruturação, equipamentos, espaços verdes públicos, acessibilidades, condicionantes e outros critérios relevantes, enquadramento da proposta nos IGT, servidões e restrições de utilidade pública e demais disposições regulamentares, programas e projectos com incidência na zona de intervenção (caso a proposta prefigure uma reclassificação de solos e consequente alteração do PDM, deverá ser incluída a fundamentação técnica que comprove a indispensabilidade desta opção; caso a estratégia adoptada implique a interferência com as áreas da RAN e /ou REN, deverá igualmente ser constituído um dossier em paralelo para publicação da respectiva carta; Estudos específicos de caracterização e avaliação (caso se justifique, por ex., estudo hidrológico, geotécnico); programa de execução e plano de financiamento; Identificação expressa das disposições constantes de IGT em vigor de nível superior que o plano se propões alterar ou revogar, quer em termos de plantas quer de regulamentação; caracterização acústica da zona (extracto da Carta do Ruído e identificação das zonas sensíveis e mistas existentes e decorrentes da proposta) ENQUADRAMENTO NOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL E DEMAIS PROGRAMAS E PROJECTOS COM INCIDÊNCIA NA ÁREA DE INTERVENÇÃO DO PLANO Enquadramento com a Planta de Ordenamento do PDM: De acordo com a Planta de Ordenamento a área de Intervenção do Plano é abrangida quase na sua totalidade pela classe de uso do solo Predominantemente Residencial e por uma pequena área predominantemente industrial De acordo com a Planta da Reserva Agrícola Nacional a área em estudo é abrangida por uma pequena área de REN, localizada a poente; (ver planta de condicionantes em anexo)
5 De acordo com a Planta da Reserva Ecológica Nacional publicada a área em estudo é abrangida por uma pequena área de RAN, localizada a norte; (ver planta de condicionantes em anexo) De acordo com a Planta de Condicionantes actualizada do PDM, a área de Intervenção do Plano há a considerar as seguintes condicionantes: Servidão Administrativa do Gás Natural Gasoduto de I Escalão Denominado Ramal Industrial de Leça, publicado no D.R. II Série nº 154, Aviso 21623/2008 de 11 de Agosto. (ver planta de condicionantes em anexo) Sepulturas abertas na rocha granítica Imóvel de valor concelhio, publicado no Decreto n.º 735/74 de 21 de Dezembro. (ver planta de condicionantes em anexo) NECESSIDADE DA ELABORAÇÃO DO PLANO Necessidade de consolidar esta área com características rurais que se foi expandindo ao longo dos tempos, mas de uma forma programada e qualificada Necessidade da inserção e enquadramento da área com a via estruturante prevista no P.D.M II - OBJECTIVOS PROGRAMÁTICOS Criar regras de edificabilidade mais pormenorizadas e adequadas ás características da zona, que as regras estratégicas definidas no PDM Salvaguardar a qualidade ainda existente de vocação residencial através da adopção de parâmetros urbanísticos de requalificação urbana e regras de edificabilidade de baixa densidade com actividades complementares locais Preservar e requalificar a estrutura urbana existente com características rurais Criar medidas de qualificação urbana, e eventualmente propor medidas correctivas para algumas áreas, nomeadamente através da programação de áreas destinadas para equipamento, áreas verdes públicas e outras áreas de utilização colectiva, adequadas ao local Equacionar parâmetros urbanísticos de qualificação urbana através de medidas para a preservação do património arquitectónico existente e densidade baixa de ocupação do solo Identificar e criar regras para a salvaguarda do conjunto de imóveis considerados com valor arquitectónico O limite que sujeita esta área á elaboração de PU ou PP definido no PDM, propõe-se que seja alargado, abrangendo a zona do aglomerado rural situado a norte, pela sentida necessidade de se poder programar de uma forma planeada e unitária toda a área urbana de Pampelido. Este limite corresponde à estrutura urbana compreendida pela frente da via prevista no PDM e a Rua 9 de Julho apresentado nas plantas anexas Inserção e enquadramento da área com a via estruturante prevista no P.D.M A via prevista no PDM, variante á Rua 9 de Julho, que constituirá a nova acessibilidade ao aglomerado existente e previsto, deverá ser programada como a charneira entre o aglomerado urbano e o futuro Parque de Montedouro. A frente para esse Parque deverá ter uma ocupação transparente e verde, através de pequenos edifícios inseridos em lotes onde deverão predominar espaços verdes de escala adequada ao existente. Essa frente para o
6 Parque deverá ser pontuada por vários espaços públicos com áreas verdes pequenos equipamentos e estacionamento. Esses espaços públicos deverão identificar claramente os acessos ao Parque de Montedouro. (ver a planta exemplificativa dos objectivos programáticos designada por Esboço Preliminar Desenhado de Intenções) A área de intervenção apresenta características urbanísticas com grande qualidade para a actividade residencial de baixa densidade de ocupação do solo, que deverá ser apoiada com actividades complementares locais, que o Plano Director decidiu consolidar ao programar esta área com o uso predominantemente residencial PLANTA DE ORTOFOTOMAPA
7 PLANTA DA SITUAÇÃO EXISTENTE PLANTA DE ORDENAMENTO (EXTRACTO DO PDM) PLANTA DE CONDICIONANTES (EXTRACTO DO PDM)
8 PLANTA DE CONDICIONANTES (EXTRACTO DO PDM ACTUALIZADO) PLANTA DE CONDICIONANTES
9 PLANTA DE ESBOÇO PRELIMINAR DESENHO DE INTENSÕES
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