QualiNews. PNCQ conquista maior estabilidade de amostras e expande PRO-IN



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Transcrição:

Edição - Junho de 2011 Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas QualiNews O portal do conhecimento das Análises Clínicas Favor entregar este material à direção do laboratório PNCQ conquista maior estabilidade de amostras e expande PRO-IN Compra de liofilizador e envasadora está entre investimentos tecnológicos que possibilitaram a autossuficiência na produção de amostras para controle interno Entrevista Meta é ampliar mercado de controle de qualidade, diz presidente da SBAC Notícias do PNCQ PNCQ Gestor ganha versão 3.0 e tradução para o espanhol Artigo Acreditação do Sistema de Gestão da Qualidade, uma necessidade iminente

EDITORIAL O ano de 2011 trouxe boas novas para os cerca de 3.800 participantes do PNCQ, dentro e fora do Brasil. Além de termos auxiliado mais de 400 laboratórios a adotar um Sistema de Gestão da Qualidade através dos cursos do PNCQ Gestor outra grande notícia vai favorecer os laboratórios que integram o programa. Após a inauguração da nova planta, o PNCQ com a importação de um liofilizador e envasadoras está preparando os soros-controles necessários para o programa de controle da qualidade, com a preparação e a nacionalização das amostras-controle para o Controle Externo e Interno da Qualidade de todos os parâmetros existentes nas especialidades. A aquisição destes equipamentos determinou uma diminuição de cerca de 2 milhões de dólares em gasto com importação de materiais de controle. Ainda, em seu Departamento de Pesquisa está sendo estudada a preparação das amostras-controle para o controle interno em Biologia Molecular, inexistente no país. Já foram caracterizadas as amostras-controle para o Controle Externo em Toxicologia, contendo todos os materiais utilizados neste tipo de proficiência, com grande aceitação da mesma, até em outros países da América Latina e da América Central. Para os Bancos de Sangue e Serviços de Hemoterapia, o PNCQ inicia neste trimestre o fornecimento de materiais para controle interno e externo, liofilizados, o que aumentará a qualidade e estabilidade dos mesmos. Outro ponto favorável aos mais de 400 laboratórios que participaram dos cursos do PNCQ Gestor até o momento é para cumprir as exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar. A ANS promoveu uma consulta pública em março para ouvir a opinião de usuários dos planos de saúde sobre a necessidade de Acreditação dos prestadores de serviços dos planos, incluindo os laboratórios de análises clínicas. O resultado dessa consulta, que deve ser divulgado em breve, levanta uma questão importante para o setor e que vem ao encontro dos nossos objetivos. Desde novembro de 2009, quando lançamos o software e montamos a primeira turma do curso do PNCQ Gestor, auxiliamos cerca de 400 laboratórios em todo o país a implantar um Sistema de Gestão da Qualidade e organizar os documentos necessários para solicitar a auditoria de Acreditação do DICQ. Desses, já são mais de 80 laboratórios acreditados, auxiliados pelo curso. Em 2011, o curso de Formação de Auditores Internos também foi incluído no programa, como um plus de conteúdo, a pedido dos participantes. Ou seja, nossa preocupação é capacitar cada vez mais nossos participantes para que eles possam sempre oferecer serviços da mais alta qualidade aos seus clientes, de acordo com as normas vigentes no setor. José Abol Corrêa Superintendente do Programa Nacional de Controle de Qualidade Qualinews é uma publicação exclusiva do PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE QUALIDADE LTDA R. Vicente Licínio, 193 - Tijuca Rio de Janeiro - RJ - 20.270-340 Tel.: 55 (0xx21) 2569-6867 www.pncq.org.br pncq@pncq.org.br Superintendente do PNCQ: Dr. José Abol Corrêa Presidente da SBAC: Dr. Irineu Grinberg Jornalista Responsável: Juliana Valentim Projeto Gráfico e Diagramação: Asterisco Designers Associados Tiragem: 8.000 exemplares Impressão: A&B Gráfica ÍNDICE ENTREVISTA 03 Nova diretoria da SBAC enaltece trabalho do PNCQ NOTÍCIAS DO PNCQ 04 Site do PNCQ e Manual do PNCQ Gestor ganham versão em espanhol 04 Assessor científico integra reunião de experts na Espanha 05 Maior estabilidade de amostras leva a melhorias no PRO-IN 06 PNCQ Gestor ganha versão 3.0 e conquista o exterior 07 Participação dos Assessores do PNCQ em atividades Científicas ARTIGO 08 Acreditação do Sistema de Gestão da Qualidade: uma necessidade iminente PNCQ EM NÚMEROS 09 Distribuição de participantes do Programa 09 Crescimento do PNCQ 09 Laboratórios privados lideram inscrições 10 Balanço dos certificados emitidos pelo Programa 10 Responsáveis técnicos ligados ao CRF são maioria 10 Indicadores da Qualidade mais uma ferramenta gratuita disponível para os laboratórios participantes do PNCQ BATE-BOLA 11 Assessor científico do PNCQ integra reunião da OMS sobre doença de Chagas Sócio efetivo nº 1 da SBAC e coordenador do PNCQ, Dr. José Abol Corrêa dá posse à nova Diretoria Executiva da Sociedade N Notícias Entrevista do PNCQ Da dir. para a esq., Dr. Irineu Grinberg, novo presidente da SBAC, Dr. José Abol Corrêa, Dr. Jerolino Lopes, vice-presidente da SBAC, e Dr. Humberto Façanha, reunidos após solenidade Nova diretoria da SBAC enaltece trabalho do PNCQ o fim de novembro, o novo presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas - SBAC, Dr. Irineu Grinberg, tomou posse junto com a nova diretoria executiva em um evento no Rio de Janeiro. Em seu discurso, ressaltou os avanços da diretoria anterior em prol do crescimento vertiginoso da instituição nos últimos seis anos de gestão - do qual participou como vice-presidente - e elencou os próximos desafios previstos. Entre eles, a tarefa de consolidar ainda mais as análises clínicas como negócio de vital importância para a sociedade e de ampliar o mercado promissor de controle de qualidade dos mais de 16 mil laboratórios do país, através do PNCQ. Temos a pretensão de ser a maior sociedade científica laboratorial da América Latina, resume Grinberg. Sócio da SBAC desde 1970, Dr. Irineu Grinberg acompanhou a trajetória da instituição desde os primórdios. Participou do primeiro Congresso de Análises Clínicas ocorrido na USP, em São Paulo, que contou com pouco mais de 200 inscritos. Isso nos fez ver a importância deste tipo de evento, o congraçamento com colegas de todo o país, as diferenças regionais existentes na formação profissional, as palestras fantásticas proferidas por colegas do mais alto saber científico e, principalmente, uma troca de experiências em relação ao dia-a-dia nos Laboratórios, diz. Antes de militar na SBAC nacional, Grinberg presidiu por dois mandatos a Regional Rio Grande do Sul e presenciou o crescimento vertiginoso da entidade, que abriu várias frentes para o aprimoramento profissional. Segundo ele, entre os empreendimentos consagrados da SBAC estão o PNCQ, a Revista Brasileira de Análises Clínicas RBAC, o Título de Especialista em Análises Clínicas TEAC, o Sistema Nacional de Acreditação DICQ, os Congressos Brasileiro e regionais e, mais recentemente, o Centro de Pós-Graduação CPG, habilitado pelo Ministério da Educação, e o SBAC e-learning, com mais de 1.500 alunos de educação à distância. PNCQ é a maior realização permanente da SBAC, diz novo presidente da instituição Para Grinberg, o PNCQ é a maior realização permanente da SBAC, pois consegue agregar um número impressionante de Laboratórios e Bancos de Sangue, com cerca de 3.800 participantes, que procuram avaliar sua qualidade interna e externa de modo aplicado e consciente. Na opinião do presidente, a nova sede do PNCQ é um empreendimento ousado, que permitiu avanços como a compra de um potente liofilizador conjugado a uma máquina envasadora, que juntos produzem todos os soros-controles que são enviados aos Laboratórios participantes, na quantidade necessária para manter o PRO-IN e o PRO-EX. Esta iniciativa fornecerá ao PNCQ a capacidade de produzir material suficiente para a expansão do programa para a América Latina, fornecendo ferramentas ao crescimento e qualificação das Análises Clínicas em países que, neste momento, estão ávidos por esta qualificação, explica. De acordo com o novo presidente da SBAC, é importante também considerar que o número de laboratórios que realizam controle interno e externo de qualidade é muito baixo, se considerada a recente publicação do IBGE que totaliza o número de estabelecimentos laboratoriais em mais de 16 mil. Desta forma, considerando que a RDC 302/2005 obriga todos os laboratórios do país a participarem de programas externos de controle de qualidade, fica evidente a capacidade de crescimento do PNCQ, resume. 3

Notícias do PNCQ Notícias do PNCQ Site do PNCQ e Manual do PNCQ Gestor ganham versão em espanhol C om o aumento da demanda por parte dos novos laboratórios e bancos de sangue de países integrantes da América Latina e América Central que são participantes do PNCQ tais como Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Costa Rica, Chile e Equador o Programa teve de adequar suas ferramentas à língua espanhola de uma maneira mais completa. Assim, em 2011, o site do PNCQ inaugurou sua versão oficial para o espanhol de modo a permitir que os participantes estrangeiros tenham acesso ao conteúdo integral na língua ma- Assessor científico integra reunião de experts na Espanha O PNCQ marcou presença, através do representante Dr. Amadeo Sáez-Alquezar, assessor científico do Programa, na reunião da Biokit realizada em Barcelona, na Espanha, em fevereiro. O evento, 1st Biokit Advisory Committee Meeting, contou também com a participação da diretoria do Werfen Group Company Biokit, além de outros convidados como o Prof. P. S, Bisen (Defence Research & Development Establishment) e o Prof. Joaquim Gascon (diretor do Tropical Medicine Section - Barcelona Center for International Health Research - Hospital Clinic - Universitat de Barcelona). terna, sem prejuízo em termos de informação. Dessa maneira é possível acompanhar em tempo real os resultados dos testes com amostrascontrole e interagir com a equipe de assessores científicos caso haja alguma dúvida ou erro, entre outras facilidades. O Manual do Participante, que contém todo o passo-a-passo necessário para que os laboratórios realizem corretamente as etapas do controle externo e /ou interno, também teve seu conteúdo vertido para o espanhol recentemente. A iniciativa objetiva também atrair um maior número de participantes da América Latina e da América Central, mercado que vem aumentando a cada dia sua participação na carteira de clien- tes do PNCQ. E como consequência disso, também o PNCQ Gestor já existe no idioma espanhol, para facilitar a implantação da Acreditação com base na NM ISO 15.189 nestes países. Dr. Amadeo (o quarto da esq. para a dir.) integrou reunião da Biokit em Barcelona Arquivo pessoal / Amadeu S. Alquezar Maior estabilidade de amostras leva a melhorias no PRO-IN á cerca de um ano e meio o H PNCQ adquiriu uma máquina liofilizadora e uma envasadora como forma de investimento tecnológico de grande porte. Com a compra, o Programa deixou de importar 2 milhões de dólares por ano em insumos para a realização dos programas de controle interno e externo da qualidade, nacionalizando sua produção. Em 2011, após intensa bateria de testes, o PNCQ alcançou a estabilidade de suas amostras para o kit-controle, atingindo autossuficiência na produção de soro liofilizado, matériaprima essencial dos kits. E dando continuidade à sua política de melhorias e atualização constantes, o PNCQ introduziu várias modificações em seus programas de controle de qualidade externo e interno para sorologia dos serviços de hemoterapia. A partir de agora as amostras de soros para esses programas passaram a ser enviadas liofilizadas, o que garante maior estabilidade das amostras no transporte e no armazenamento. De acordo com o Dr. Amadeo Sáez- Alquezar, Assessor Científico de sorologia para bancos de sangue, também houve mudança na periodicidade da realização dos multipainéis de soros dos programas de controle de qualidade externo, que inicialmente eram enviados três vezes por ano e agora são enviados a cada três meses. Pioneirismo com avaliação externa mensal O PNCQ também introduziu uma nova modificação com relação aos laboratórios que executam a triagem sorológica de doadores de sangue seguindo as recomendações internacionais para que esse procedimento seja realizado pelo menos uma vez por mês, dada a grande importância dos programas de controle externo. Os multipainéis cegos com 18 amostras continuam a ser enviados a cada três meses, mas recomenda-se que os laboratórios participantes processem apenas seis amostras por mês e enviem os resultados para o Centro Organizador. Dessa forma cada laboratório terá uma avaliação externa todos os meses. Essa modificação foi possível em função do uso de amostras liofilizadas que podem ser armazenadas durante longos períodos sem que ocorra perda na reatividade dos parâmetros sorológicos. Também se constitui numa experiência pioneira no Brasil e na América Latina, explica Alquezar. Painéis para avaliação são novidade Outra ferramenta de trabalho que está sendo oferecida em primeira mão pelo PNCQ são os painéis para avaliação dos kits, lote a lote. Segue as recomendações da RDC nº 57 de 16/12/10 e permite que os laboratórios possam dar continuidade às suas rotinas sem surpresas decorrentes de mudanças no desempenho dos kits utilizados em suas rotinas, quando ocorre mudança de lotes dos produtos. E a partir do segundo semestre de 2011, todas as amostras de soros utilizadas nos programas de controle de qualidade externo serão caracterizadas, além dos testes ELISA habituais, por algum teste por Quimioluminescência (ChLIA). Mesmo que teoricamente o desempenho dos testes por ELISA e ChLIA seja o mesmo, devemos observar e prevenir pequenas alterações na especificidade que podem ser decorrentes do tipo de metodologia empregada, explica Dr. Amadeo. 4 5

Notícias do PNCQ PNCQ Gestor ganha versão 3.0 e conquista o exterior m um ano e meio de atividade, o E curso do PNCQ Gestor ultrapassou expectativas. Cerca de 800 integrantes de 400 laboratórios de análises clínicas em 22 cidades do País já participaram das aulas oferecidas pela equipe de Consultoria da Qualidade do PNCQ em busca da Acreditação do Sistema de Gestão da Qualidade. O software acaba de ganhar um upgrade com a versão 3.0, revisada e atualizada, resultado de ajustes realizados pela equipe do Programa a partir das su- gestões propostas pelos participantes dos cursos. Melhorias como suporte técnico, gestão de documentos e teclas adicionais foram incluídas na nova versão. Todos os procedimentos e modelos passaram por rigorosa revisão da equipe de Consultores da Qualidade do PNCQ em 2010. Além disso, a demanda pela implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade por parte de laboratórios de países da América Latina que participam do PNCQ gerou um salto na venda do software, que ganhou versão em espanhol. Ao todo, 23 laboratórios brasileiros já foram certificados em razão do PNCQ Gestor e 15 aguardam a Auditoria para obter a Acreditação pelo DICQ ainda em 2011. Todo esse esforço em prol da certificação pelo Sistema Nacional de Acreditação DICQ vem ao encontro da RDC 302:2005 da Anvisa, que exige dos laboratórios clínicos o requisito obrigatório do Controle Externo da Qualidade. Participação dos assessores do PNCQ em atividades científicas Congresso CALILAB - Buenos Aires - Argentina Curso Prefeitura - Rio de Janeiro Notícias do PNCQ Congresso Colabiocli - Chile Os consultores Dr. Luis Fernando Barcelos e Drª Andrea Piazza são recebidos pelo vice-presidente da SBAC, Dr. Jerolino Lopes (dir.) Participantes do curso PNCQ Gestor em Cuiabá Jornadas Internacionais - Tarija e Sucre - Bolívia Plus de conteúdo Em 2011, o curso do PNCQ Gestor ganhou conteúdo, com a integração do módulo de Formação de Auditores Internos. A inclusão no programa se deu a partir da demanda dos participantes dos cursos, que identificaram a realização de auditoria interna da qualidade, um dos requisitos obrigatórios para a Acreditação no DICQ, como uma das principais dificuldades a serem vencidas no processo. De acordo com a Dra. Andrea Piazza, Consultora da Qualidade e instrutora do curso, o processo para seleção e capacitação do pessoal que vai realizar Auditoria Interna foi detectado como um dos obstáculos mais frequentes, segundo pesquisa de satisfação dos participantes. A parte documental também foi apontada como uma das áreas mais problemáticas para os laboratórios de análises clínicas. A dificuldade maior dos laboratórios era elaborar os documentos adequando- os à sua realidade. O curso, com a interação dos participantes, ajudou no desenvolvimento de soluções diferentes para esse problema, além de fomentar novas parcerias, se transformando num suporte para adequação e melhorias nos laboratórios, ressalta Piazza. O tempo médio entre a realização do curso do PNCQ Gestor e a Auditoria de Acreditação varia entre os laboratórios, dependendo principalmente do comprometimento da alta direção e da participação dos colaboradores neste processo. Vale lembrar também que após a participação nos Cursos o laboratório recebe gratuitamente Consultoria via e-mail por um período de três meses, com os Consultores do PNCQ para auxiliar na adequação de seu laboratório. Consultorias presenciais agilizam solicitações de Auditoria Um serviço diferenciado, que pode ser requisitado mediante contato com o PNCQ, as Consultorias Presenciais são um auxílio especializado e focado nas dúvidas e necessidades de cada laboratório solicitante. Após acordo com a Superintendência do PNCQ, um Consultor vai até o laboratório ficando à disposição integralmente analisando as rotinas, procedimentos, documentos e o atendimento aos requisitos do DICQ, de maneira personalizada. Versão em espanhol para atender mercado externo O sucesso do PNCQ Gestor ultrapassou fronteiras e conquistou países das Américas Latina e Central, que desejam implantar um Sistema de Gestão da Qualidade e, assim, se adequar a padrões internacionais de qualidade. A organização de documentos para solicitação da Auditoria de Acreditação do DICQ também funciona como um auxílio para a obtenção da International Organization for Standardization - ISO. Congresso de Biomedicina - Recife Congresso Colabiocli - Chile 6 7

Artigo Acreditação do Sistema de Gestão da Qualidade: uma necessidade iminente Por José Abol Corrêa, Superintendente do Programa Nacional de Controle de Qualidade P or necessidade de adequação às normas vigentes ou por exigência de mercado, o assunto Acreditação voltou à tona. Tal fato se deve à consulta pública promovida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar ANS, entre fevereiro e março, que pretende apurar junto à população a necessidade de Acreditação dos prestadores de serviços dos planos de saúde, entre outros assuntos. Mas o que significa Acreditação? Uma empresa acreditada é aquela que tem um certificado de avaliação que representa que ela está de acordo e cumpre um conjunto de requisitos. A Acreditação do Sistema de Gestão da Qualidade de Laboratórios Clínicos é um processo periódico e voluntário, concedido por entidades científicas, que comprova a implementação do seu Sistema de Gestão da Qualidade, do ponto de vista organizacional e técnico. Parcerias de qualidade O Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ), patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), firmou parcerias com importantes empresas do setor para receber apoio no processo de controle da qualidade. Tal cooperação se dá através do fornecimento de equipamentos e reagentes para validação de amostras-controle para Laboratórios Clínicos e Bancos de Sangue. Entre as empresas parceiras do PNCQ estão multinacionais, como Abbott e Siemens, além de Diagnostek, Bio-Rad, DMED, Interteck, Análise, Wiener Lab, Alka, Symbiosys, Bioeasy, DiaSorin e Wama. A Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), através do Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ) e do Sistema Nacional de Acreditação (DICQ), entende que a implantação de um sistema de gestão da qualidade nos Laboratórios Clínicos brasileiros deve ser gradual, mas constante. Para isso, é necessário haver uma mudança de cultura e treinamento dos profissionais para, gradativamente, introduzir as exigências sobre procedimentos, equipamentos e calibrações. Por isso, o PNCQ desenvolveu o software PNCQ Gestor, que permite aos laboratórios implantar melhorias na elaboração de procedimentos e instruções de trabalho, além de gerenciar todos os documentos da qualidade. Além de contemplar as instruções de manuseio da Norma DICQ para a produção de documentos, a ferramenta também cumpre todas as exigências da RDC 302:2005 da Anvisa. O software vem acompanhado de um manual, sendo possível utilizar o serviço de consultoria presencial para Acreditação feito através da equipe de consultores do Programa. O DICQ está capacitado para imediatamente iniciar a avaliação dos Laboratórios Clínicos inscritos, assim como prestar informações sobre a documentação imprescindível para o Credenciamento ou a Acreditação do Sistema de Gestão da Qualidade. Ele também está estruturado de acordo com a norma ISO 15.189 Laboratórios Clínicos Requisitos especiais de qualidade e competência. Assim, acreditamos que há uma excelente oportunidade para que os Laboratórios Clínicos obtenham a Acreditação do seu Sistema de Gestão da Qualidade, o que efetivamente demonstrará sua qualidade e capacitação técnica perante as Autoridades Sanitárias e a Comunidade. Distribuição de participantes do Programa 17 17 Crescimento do PNCQ 1989 Laboratórios privados lideram inscrições 100% 91,62% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0,03% 2,02% 1,46% 4,79% 0,08% Privados Capital Misto Federais Estaduais Municipais Universidades PNCQ em números 3783 8 9

PNCQ em números 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 Balanço dos certificados emitidos pelo Programa Responsáveis técnicos ligados ao CRF são maioria Conselho Regional de Biologia (CRBio) Conselho Regional de Biomedicina (CRBM) Conselho Regional de Farmácia (CRF) Conselho Regional Conselho Regional de Conselho Regional de Medicina (CRM) Medicina Veterinária (CRMV) de Química (CRQ) Indicadores da Qualidade mais uma ferramenta gratuita disponível para os laboratórios participantes do PNCQ A 800 700 600 500 400 300 200 100 0 130 747 Prata (5 anos) Ouro (10 anos) Platina (25 anos) Diamante (20 anos) 409 partir das informações fornecidas através de indicadores técnicos, o laboratório participante pode comparar o seu desempenho com os demais participantes, bem como com as metas sugeridas pelo PNCQ. A utilização de indicadores no laboratório clínico permitirá ao administrador conhecer o seu desempenho mensalmente e tomar medidas preventivas ou de melhoria, antes de serem transformadas em não-conformidades. 2884 545 186 Nº de Laboratórios pesquisados: 358 % Satisfação dos Clientes / Meta: 97,00% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 97% META 190 2 7 51 90% PARTICIPANTE 8 Outros 94,82% TODOS Assessor científico do PNCQ integra reunião da OMS sobre Doença de Chagas Como consultor da Organização Mundial da Saúde OMS, o Dr. Amadeo Sáez-Alquezar, assessor científico do PNCQ, esteve reunido em fevereiro com vários grupos de pesquisadores que trabalham no diagnóstico da Doença de Chagas, na Itália e na Espanha. Expert em sorologia para bancos de sangue, Dr. Amadeo levou seu conhecimento para a roda de discussões acerca do tema, muito presente na atualidade em países não endêmicos para a Doença de Chagas. A Doença de Chagas está presente em todos os países da América Latina onde estima-se que haja mais de 10 milhões de pessoas infectadas. No Brasil, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Dr. Amadeo responde ao Qualinews Qualinews - Qual a importância do diagnóstico da Doença de Chagas em países como Itália e Espanha? Dr. Amadeo - A Doença de Chagas, descrita inicialmente pelo pesquisador brasileiro Carlos Chagas, em 1909, corresponde à infecção de seres humanos por um protozoário, o Trypanosoma cruzi. A transmissão pode ocorrer de várias formas: A vetorial (pelo inseto popularmente conhecido como barbeiro), por transfusão sanguínea ou transplante de órgãos, congênita (da mãe infectada para o recém-nascido) ou por via oral (mais descrita por ingestão de caldo-de-cana e suco de açaí). Durante muitos anos o interesse sobre a doença esteve restrito à região da América Latina onde existe o inseto responsável pela transmissão do Trypanosoma cruzi. Inicialmente a principal via de transmissão foi a vetorial, que ocorria em áreas rurais. Com o fenômeno da migração de populações das áreas rurais para as áreas urbanas, teve início a transmissão por transfusão sanguínea, quando pessoas originalmente infectadas por via vetorial acabavam doando sangue nos centros urbanos. A introdução de testes de triagem obrigatórios para detectar anticorpos anti-t.cruzi em doadores de sangue fez com que essa via de transmissão (por foram notificados 330 novos casos de Doença de Chagas no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2007, no país. O Pará foi o estado com a maior predominância de casos. Mas a Doença de Chagas também é um problema de saúde pública em outros países como Estados Unidos, Japão, Austrália e também na Europa. Na opinião do Dr. Amadeo, é fundamental que esses países conheçam estratégias de triagem e diagnóstico laboratorial para a infecção pelo Trypanosoma cruzi e que tenham à disposição metodologias e kits diagnósticos confiáveis e bem padronizados. A interpretação dos testes laboratoriais nem sempre é fácil, principalmente na forma crônica da doença. É preciso utilizar metodologias com transfusão) caísse para níveis próximos de zero, a partir do final do século XX. A migração de populações das áreas endêmicas para países não endêmicos fez com que a transmissão da infecção pelo T.cruzi via transfusão sanguínea e por transplante de órgãos e o Chagas congênito passassem a ser considerados problemas de saúde pública em países onde não ocorria a transmissão vetorial e pouco se conhecia sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento da doença de Chagas. Como consequência, durante algumas décadas ocorreu a transmissão em países não endêmicos como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão e mais recentemente na Europa. Diversos países na Europa apresentam taxas bastante altas de imigrantes provenientes de áreas endêmicas, como é o caso da Espanha e da Itália, e têm desenvolvido esforços para prevenir a transmissão utilizando testes diagnósticos adequados na identificação das pessoas infectadas. Qualinews - Qual tem sido a participação da Organização Mundial da Saúde (OMS) junto a países da Europa para ajuda e orientação nesse tema? Dr. Amadeo - A participação da OMS tem sido bastante ativa através de ações de Bate-bola Dr. Amadeo Sáez-Alquezar (dir.) após encontro da OMS em Verona boa sensibilidade e especificidade e também testes complementares que ajudam na confirmação de casos com sorologia duvidosa, explica o assessor científico do PNCQ. orientação e aconselhamento tanto na área de diagnóstico como na parte clínica e de tratamento. Em 2007 foi realizada pela OMS uma Reunião em Genebra, com o título sugestivo de: Revisiting Chagas Disease: from Latin America health perspective to a global health perspective. Nessa reunião foram abordados temas gerais e foram constituídos vários grupos de trabalho com o objetivo de reforçar temas estratégicos referentes à infecção pelo T.cruzi. Esses Grupos técnicos, que contam com a participação de experts de vários países, foram criados para desenvolver atividades em temas estratégicos tais como a implantação e melhoria da: a)vigilância epidemiológica e os sistema de informações: comunidades, vetores, casos, e outros fatores relevantes para a transmissão; b) Prevenção da transmissão do T.cruzi por transfusão e transplante de órgãos em países endêmicos e não endêmicos; c) Aperfeiçoamento dos testes diagnósticos para triagem e diagnóstico da infecção por T. cruzi; d) Prevenção e controle da transmissão congênita e estratégias de diagnóstico e tratamento nos diferentes níveis de atendimento em saúde, a serem aplicados em países endêmicos e não-endêmicos. arquivo pessoal/amadeo s. alquezar 10 11