LONOMIA. Duas espécies estão envolvidas em acidentes humanos graves e fatais: Lonomia oblíqua e Lonomia achelous.

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Transcrição:

LONOMIA Nome Popular: taturana, oruga ou ruga Nome Científico: Lonomia obliqua Ordem: Lepidópteros Família: Saturnidae Identificação: corpo marrom, espinhos em forma de pinheirinho verde folha, listra marrom contornada de preto ao longo do dorso, manchas brancas no dorso. Hábitos gregários. Duas espécies estão envolvidas em acidentes humanos graves e fatais: Lonomia oblíqua e Lonomia achelous. O contato com as lagartas do gênero Lonomia obliqua podem provocar: Sintomas locais: dor em queimação, hiperemia, prurido e raramente bolhas (sintomas benignos e de regressão espontânea em poucas horas). Sintomas gerais: cefaléia, mal-estar geral, náuseas e vômitos, dores abdominais e mialgia. Distúrbio da Hemostasia/Síndrome Hemorrágica (alterações da coagulação/sangramentos). As alterações nos parâmetros da coagulação podem ser observadas já nas primeiras horas após o acidente (TC, TP/AP, TTPA prolongados ou incoaguláveis, Fibrinogênio baixo). As manifestações de sangramento freqüentemente são tardias. Sangramentos observados: equimose, hematúria, sangramento em feridas recentes, hemorragias de mucosas (gengivorragia, epistaxe, hematêmese, enterorragia), hemorragias intra-articulares, abdominais, pulmonares, glandulares e intraparenquimatosa cerebral ou subaracnoídea. A administração precoce do soro antilonômico evita as manifestações de sangramento. Diagnóstico e tratamento Contato com lagarta do gênero Lonomia com identificação confirmada ou Lagarta não identificadas Diagnóstico laboratorial através de exames da Coagulação TC, TP/AP, TTPA de acordo com o fluxograma. Solicitar também exames de função renal se exames de coagulação alterados.

Fluxograma para diagnóstico e tratamento RELATO ou SUSPEITA de contato com lagarta não identificada ou identificada como Lonomia obliqua Diagnóstico Laboratorial: TC, TP/AP E TTPA Repetir exames 6 horas após o acidente Repetir exames 12 horas após o acidente Tratar com Soro Anti- Lonômico (SaLon) 5 ou 10 ampolas IV Reavaliar os exames laboratoriais (função renal e coagulação) 24 horas após o tratamento com SALon Liberar o paciente Indicativo de acidente com lagartas de outros gêneros Alta hospitalar TAP > 50% e função renal normal

Obs: Nos pacientes que referirem dor local, tratar sintomaticamente (ex: paracetamol) Classificação de gravidade e número de ampolas do tratamento específico indicado nos acidentes provocados por lagartas do gênero Lonomia. CLASSIFICAÇÃO LEVE (primeiras horas pós contato) MODERADO GRAVE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Sintomas locais, sem alteração da coagulação (exames normais) ou sangramentos até 12 horas após o contato. Sintomas locais, alteração da coagulação com e sem manifestações hemorrágicas na pele e/ou em mucosas (gengivorragia, equimose, hematoma), hematúria e sem alteração hemodinâmica. Alteração da coagulação, manifestações hemorrágicas em vísceras (hematêmese, sangramento pulmonar, hemorragia intracraniana) e com alterações hemodinâmicas e/ou falência de múltiplos órgãos ou sistemas. TRATAMENTO Alívio da dor. Não necessitam de tratamento específico (SALon). Pacientes podem ser liberados. Tratamento específico com 5 ampolas de SALon diluídas em 250ml de SF IV/30min Tratamento específico com 10 ampolas de SALon diluídas em 250ml de SF IV/30min Medicação prévia ao SALon: Anti-H1: Prometazina: 0,5 mg/kg IM ou EV (máx 25 mg) dexclorfeniramina: 0,05-0,08 mg/kg IM ou EV (máx 5 mg) Anti-H2: Cimetidina: 10 mg/kg EV (máx 300 mg) Ranitidina: 3 mg/kg EV (máx 100 mg)

Corticóide: Hidrocortisona: 10 mg/kg EV (máx 500 mg) Soroterapia : As 5 ou 10 ampolas de SALon devem ser diluídas em 250 ml de soro fisiológico ou glicosado, administrada em infusão contínua por ± 30 min. IV. Manter o paciente hidratado por 24h em repouso para evitar traumas mecânicos. Reavaliar os exames laboratoriais (coagulação e função renal) 24h após o SALon. Casos graves podem evoluir com insuficiência renal, hemorragia intracraniâna, hipotensão, falência de múltiplos órgãos e choque. O veneno da espécie Lonomia obliqua ativa FX, FII, degrada fibrinogênio. ATENÇÃO: tornam o prognóstico mais reservado: esmagamento, acidentes com elevado número de lagartas e contato intenso, acidentes em crianças e idosos, patologias prévias como hipertensão arterial e úlcera péptica, dentre outras, traumatismos mecânicos pós-contato. 0800 643 5252 Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina - CIT/SC Plantão 24 horas - www.cit.sc.gov.br Referência de Estudos Clínicos - Lonomia obliqua: 1990-2 casos de síndrome hemorrágica e IRA no RS. (Duarte e col. Insuficiência renal aguda por acidentes com lagartas. Jornal Brasileiro de Nefrologia 1990;XII(4):184-7). 1990 Síndrome hemorrágica (Kelen EMA, Picarelli ZP, Duarte AC. Hemorrhagic syndrome induced by contact with caterpillars of the genus Lonomia (saturnidae, hemileucinae). J Toxinol Toxin Ver 1995;14(3):283-308) 1996-1 caso de óbito por hemorragia intracraniana no RS. (Duarte e col. Intracerebral haemorrhage after contact with Lonomia caterpillars. Lancet 1996;348:1033). 1996 Desenvolvimento do antiveneno (Development of an antivenom against toxins of Lonomia obliqua caterpillars. Toxicon. 1996 Sep;34(9):1045-9).

1996-1 caso de síndrome hemorrágica e IRA em SP. (Burdmann e col. Severe acute renal failure induced by the venom of Lonomia caterpillars. Clin Nephrol 1996;46:337-9). 1997 - Estudo-cliníco epidemiológico - Passo Fundo no RS. (Duarte AC. Síndrome hemorrágica causada por larvas de mariposa do gênero Lonomia: estudo clínico-epidemiológico [Dissertação]. Porto Alegre: UFRGS; 1997). 1998-1 caso de síndrome hemorrágica e IRA em uma paciente grávida em SP. (Fan e col. Hemorrhagic syndrome and acute renal failure in a pregnant woman after contact with Lonomia caterpillars: a case report. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 1998;40(2):1-5) 1999 - Eficácia do SALon em pacientes - SC (Zannin e col. Efficacy of a specific antivenom to reverse the hemostatic disorder induced by contact with caterpillars of the genys Lonomia. Thromb Haemost 1999, Supl p.620). 1999 a 2002 Avaliação dos Parâmetros de Coagulação e Fibrinólise 105 Pacientes SC. (Zannin M. Avaliação dos Parâmetros de Coagulação e Fibrinólise no Plasma de Pacientes Acidentados por Contato com Lagartas da Espécie Lonomia obliqua. (Tese). Escola Paulista de Medicina - EPM- UNIFESP, 2002.) 2003 - Avaliação dos Parâmetros de Coagulação e Fibrinólise 105 Pacientes SC. (Zannin e col. Blood coagulation and fibrinolytic factors in 105 patients with hemorrhagic syndrome caused by accidental contact with Lonomia obliqua caterpillar in Santa Catarina, Southern Brazil. Thromb Haemost. 2003 Feb;89(2):355-64). 2004 1 caso de síndrome hemorrágica e IRA no RJ (Correa e col. Lonomia erucism in Teresopolis, Rio de Janeiro State, Brazil: report of a probable case and review. Rev Soc Bras Med Trop. 2004 Sep-Oct;37(5):418-21). 2006 39 casos de IRA em SC (1989 2003). Gamborgi e col. (Acute renal failure provoked by toxin from caterpillars of the species Lonomia obliqua. Toxicon. 2006 Jan;47(1):68-74). 2006 1 caso de óbito por hemorragia intracerebral no PR. (Kowacs et al. Fatal intracerebral hemorrhage secondary to Lonomia obliqua caterpillar. Arq Neuropsiquiatr. 2006 Dec;64(4):1030-2). 2006 Artigo de Revisão. Carrijo-Carvalho; Chudzinski-Tavassi AM. The venom of the Lonomia caterpillar: An overview. Toxicon. 2007 Jan 10; Atualizado por: Profª. Drª. Marlene Zaninn, Adriana Barotto e Marisete Resener em 04/08/2008.