Colégio Batista de Brasília Aluno (a): Visto do professor: série: 2ª A/ B Professor (a): Teresa Cristina Data: / / Valor: 1,0 ponto Resultado obtido: Ciente do pai ou responsável: R e d a ç ã o - E x e r c í c i o M o o d l e. 4 º B I M E S T R E Caráter Cristão - Obediência 1. Leia a entrevista abaixo. Pode parecer inacreditável, mas muitas das prescrições da pedagogia tradicional da língua até hoje se baseiam nos usos que os escritores portugueses do século XIX faziam da língua. Se tantas pessoas condenam, por exemplo, o uso do verbo ter no lugar do verbo haver, como em hoje tem feijoada, é simplesmente porque os portugueses, em dado momento da história de sua língua, deixaram de fazer esse uso existencial do verbo ter. No entanto, temos registros escritos da época medieval em que aparece centenas desses usos. Se nós, brasileiros, assim como os falantes africanos de português, usamos até hoje o verbo ter como existencial é porque recebemos esses usos de nossos ex-colonizadores. Não faz sentido imaginar que brasileiros, angolanos e moçambicanos decidiram se juntar para errar na mesma coisa. E assim acontece com muitas outras coisas: regências verbais, colocação pronominal, concordâncias nominais e verbais etc. Temos uma língua própria, mas ainda somos obrigados a seguir uma gramática normativa de outra língua diferente. Às vésperas de comemorarmos nosso bicentenário de independência, não faz sentido continuar rejeitando o que é nosso para só aceitar o que vem de fora. Não faz sentido rejeitar a língua de 190 milhões de brasileiros para só considerar certo o que é usado por menos de dez milhões de portugueses. Só na cidade de São Paulo temos mais falantes de português que em toda a Europa! Informativo Parábola Editorial, s/d. Julgue: Na entrevista, o autor defende o uso de formas linguísticas coloquiais e faz uso da norma de padrão em toda a extensão do texto. Isso pode ser explicado pelo fato de que ele adapta o nível de linguagem à situação comunicativa, uma vez que o gênero entrevista requer o uso da norma padrão. (Verdadeiro) 2. Leia o fragmento a seguir, retirado da revista SUPERINTERESSANTE, de abril 2000, e julgue o item a seguir: Os dialetos do Brasil: maternidade "A exploração do ouro levou gente do Brasil todo para Minas no século XVIII. Como toda mão-de-obra se ocupava da mineração, foi necessário criar rotas de comércio para importar comida. Uma delas ligava a zona do minério com o atual Rio Grande do Sul, onde se criavam mulas, via São Paulo. As mulas, que não se reproduzem, eram constantemente importadas também para escoar ouro e trazer alimento. TAMBÉM ESPALHARAM A LÍNGUA BRASILEIRA PELO CENTRO-SUL." Julgue: O texto acima, tal como foi redigido, permite uma interpretação estranha com relação ao papel das mulas, que é o fato de também terem espalhado a língua brasileira pelo centro-sul. (Verdadeiro) 3. "Engenho de febre Sono e lembrança Que arma E desarma minha morte Em armadura de treva."
A ausência de pontuação nessa última estrofe do poema pode nos levar a diferentes leituras do texto. a) Engenho de febre e de sono, e lembrança que arma e desarma minha morte em armadura de treva. b) Engenho de febre, de sono e de lembrança, a qual arma e desarma minha morte em armadura de treva. c) Engenho de febre, de sono e de lembrança, o qual arma e desarma minha morte em armadura de treva. d) Engenho de febre, engenho que é sono e lembrança, e que arma e desarma minha morte em armadura de treva. Julgue: A única interpretação incoerente desse trecho é apresentada na letra "B". (Falso) 4. Leia os textos a seguir: I - A SITUAÇÃO DE UM TRABALHADOR Paulo Henrique de Jesus está há quatro meses desempregado. Com o Ensino Médio completo, ou seja, 11 anos de estudo, ele perdeu a vaga que preenchia há oito anos de encarregado numa transportadora de valores, ganhando R$ 800,00. Desde então, e com 50 currículos já distribuídos, só encontra oferta para ganhar R$300,00, um salário mínimo. Ele aceitou trabalhar por esse valor, sem carteira assinada, como garçom numa casa de festas para fazer frente às despesas. "O Globo", 20/7/2005. II - UMA INTERPRETAÇÃO SOBRE O ACESSO AO MERCADO DE TRABALHO Atualmente, a baixa qualificação da mão de obra é um dos responsáveis pelo desemprego no Brasil. Julgue: A relação que se estabelece entre a situação (I) e a interpretação (II) e a razão para essa relação aparece no fato de que II explica I - Nos níveis de escolaridade mais baixos há dificuldade de acesso ao mercado de trabalho e no fato de que I reforça II - Os avanços tecnológicos da Terceira Revolução Industrial garantem somente o acesso ao trabalho para aqueles de formação em nível superior. (Falso) 5. Julgue: Segundo a charge abaixo, pode-se perceber uma crítica direta ao fato de que nem todas as pessoas têm acesso à tecnologia e de que os problemas sociais são evidentes no país. (Verdadeiro)
6. Leia o texto para responder ao que se pede. Grávida não encontra remédio caro em SP [...] A diarista Maria do Carmo Brandão, 32, no oitavo mês de uma gravidez de risco, aguarda atendimento na Casa de Saúde da Mulher Prof. Domingos Delascio, SP. Ela diz não ter problemas com a rede de saúde [...]. Maria do Carmo tem os melhores médicos, exames, mas a atenção à sua saúde não é integral, pena para achar o remédio para toxoplasmose, doença que porta e pode causar deformações no bebê se não tratada. Como a Casa não tem autorização para distribuir o remédio de alto custo, as mulheres são obrigadas a procurá-lo em centros de distribuição específica, onde não é fácil achá- lo, relata. "FOLHA DE S. PAULO". São Paulo, 15 fev. 2005, p. C3, Cotidiano. Julgue: O título da reportagem permite mais de uma interpretação, ambiguidade que é desfeita com a leitura do texto. As duas interpretações possíveis para esse título, são: - Uma mulher grávida não encontra um remédio, por ser caro, nos centros de distribuição de São Paulo. - Uma mulher grávida encontra em São Paulo apenas remédio barato. (Verdadeiro) 7. Leia o trecho da crônica "Os Trovões de Antigamente", do escritor Rubem Braga, nascido em Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo. E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso portão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes, de manhãzinha, quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo - aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá em cima, pelo Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava água nas cabeceiras. Então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes. Julgue: O rio Itapemirim está personificado e pode ser visto como um colega de brincadeiras dos garotos. As crianças se decepcionam com a alta do rio, porque se divertem com a destruição das enchentes. (Falso) 8. Julgue: A charge abaixo critica o fato de hoje a Internet prejudicar a comunicação entre as pessoas, que preferem usá-la a manter um diálogo pessoal e direto. (Verdadeiro)
9. Leia o texto abaixo, extraído da Carta de Pedro Vaz de Caminha. "O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, bem vestido, com um colar de ouro mui grande ao pescoço, e aos pés uma alcatifa* por estrado. [...] Entraram. Mas não fizeram sinal de cortesia, nem de falar ao Capitão nem a ninguém. Porém um deles pôs olho no colar do Capitão, e começou de acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizendo que ali havia ouro. [...] Viu um deles umas contas de rosário, brancas; acenou que lhas dessem, folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço. Depois tirou-as e enrolou-as no braço e acenava para a terra e de novo para as contas e para o colar do Capitão, como dizendo que dariam ouro por aquilo." * alcatifa = tapete Julgue: As palavras de Caminha evidenciam o confronto entre civilização e barbárie vivenciado pelos portugueses na chegada ao Brasil. A interpretação que o escrivão dá aos gestos do índio em relação ao colar do Capitão corrobora a intenção dos portugueses em explorar as possíveis jazidas de ouro da terra recém-descoberta. (Verdadeiro) 10. Crescimento do Brasil leva estrangeiros a aprenderem português O crescimento da economia brasileira e a maior presença de multinacionais no país aumentaram o interesse de estrangeiros em aprender a língua portuguesa. Enquanto europeus e americanos enfrentam altas taxas de desemprego e risco de recessão, o Brasil se tornou o país da moda no exterior e a língua portuguesa está cada vez mais pop. Na última década, o número de inscritos no Celpe-Bras, exame de proficiência em português reconhecido pelo Ministério da Educação, saltou de 1.155 para 6.139. "A importância [do português] está crescendo, uma vez que o Brasil tem se destacado internacionalmente por sua economia considerada estável e suas relações internacionais. O valor de uma língua está extremamente associado ao mercado", afirma Matilde Scaramucci, diretora do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. Aplicado em 48 países, o Celpe-Bras pode ser usado, por exemplo, por um executivo que queira comprovar a proficiência no idioma para atuar em multinacionais do Brasil ou por um estrangeiro interessado em estudar numa universidade brasileira. [ ] Julgue: De acordo com o texto, a Língua Portuguesa tem se valorizado porque a economia brasileira tem se mostrado em equilíbrio e o Brasil tem tido um bom posicionamento internacional. (Verdadeiro)