Utilização de sistemas de concentração termossolar para geração de vapor utilizando a tecnologia com espelhos de Fresnel

Documentos relacionados
PROJETO, CONSTRUÇÃO E TESTES DE UM PROTÓTIPO CONCENTRADOR SOLAR FRESNEL LINEAR PARA GERAÇÃO DIRETA DE VAPOR PARA PROCESSOS INDUSTRIAIS

CONDUÇÃO DE CALOR UNIDIMENSIONAL EXERCÍCIOS EM SALA

Lista de Exercícios para P2

ANEXO 1 PLANILHAS DE ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS (PET) PLANILHA DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA (PET) PARA COLETOR SOLAR PLANO

1ª Lista de Exercícios. Unidade Curricular: FNT22304 Fenômenos dos Transportes CONDUÇÃO

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa)

Propagação do calor. Condução térmica

E = 70GPA σ e = 215MPa. A = 7500mm 2 I x = 61,3x10 6 mm 4 I y = 23,2x10 6 mm 4

Transferência de Calor e Massa 1

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

Transferência de Energia

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM SISTEMAS E INSTALAÇÕES

CONFORMAÇÃO PLÁSTICA LAMINAÇÃO

Lista de exercícios Caps. 7 e 8 TMEC-030 Transferência de Calor e Massa Período especial 2017/2

FENÔMENOS DE TRANSPORTES

Exercício 1. Exercício 2.

Operações Unitárias II Lista de Exercícios 1 Profa. Dra. Milena Martelli Tosi

TÍTULO: DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO DE MOTOR STIRLING MOVIDO A ENERGIA SOLAR

VIESMANN. VITOSOL 200-FM Coletores planos para aproveitamento da energia solar. Dados técnicos. VITOSOL 200-FM Modelo SV2F/SH2F

3 Materiais e Métodos

ESZO Fenômenos de Transporte

GERAÇÃO DE CALOR UNIFORME EM SÓLIDOS. Conversão de uma forma de energia em energia térmica, ou seja, estes meios sólidos têm geração de calor interna.

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa)

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de Engenharia de Lorena EEL

Exercícios e exemplos de sala de aula Parte 3

Equations DIMENSIONA COLETOR V2. procedure conv int (F luido1$, ṁ, Dh, Re, k l, T fm : hi) $COMMON patm. P r l = fa = (0.79 ln (Re 1.

No escoamento sobre uma superfície, os perfis de velocidade e de temperatura têm as formas traduzidas pelas equações:

Colégio Técnico de Lorena (COTEL)

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

ESTUDO NUMÉRICO DA INFLUÊNCIA DA CONVECÇÃO FORÇADA E USO DE ALETAS PARA TROCA DE CALOR CONVECTIVA

Estudo do Comportamento e Desempenho de Aleta Tipo Pino

Automação 2 semestre de 2014

Fluidodinâmica. Carlos Marlon Santos

Condensação

Transferência de Calor Condução: paredes planas. Prof. Marco A. Simões

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 4: - DIMENSIONAMENTO DE TROCADORES DE CALOR A

EP34D Fenômenos de Transporte

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa)

VIESMANN. VITOSOL 100-FM Coletores planos para aproveitamento da energia solar. Dados técnicos. VITOSOL 100-FM/-F Modelo SV1F/SH1F e SV1B/SH1B

FIS-15 Mecânica I. Ronaldo Rodrigues Pela

Exame de Admissão 2016/1 Prova da área de termo fluidos Conhecimentos específicos

Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Química 2

CAPÍTULO 5 Aplicação do programa a um caso prático

Prof. Felipe Corrêa Maio de 2016

Resistência dos Materiais

FIS-14 Mecânica I. Ronaldo Rodrigues Pela

Transmissão de calor

Sensor Pluviométrico SP-4

Aquecedor Compacto de Circulação

CÁLCULO DA TEMPERATURA DE EQUILÍBRIO EM UMA CAVIDADE

Transferência de Calor Condução de Calor

Exercícios de Resistência dos Materiais A - Área 3

Sistemas de Aquecimento Solar COLETORES SOLARES

ISOTUBOS DESCRIÇÃO APLICAÇÕES. Tubos em lã de rocha basáltica THERMAX, de alta densidade, aglomeradas com resinas especiais.

COLECTOR DE MÓDULOS PFM

5 Abordagem experimental

EN 2411 Aula 4 Escoamento externo. Escoamento cruzado em cilindros e esferas

Transferência de Calor 1

COMPONENTES DE EDIFÍCIOS Aspectos de segurança e resistência mecânica do vidro. Índice

Nota: Campus JK. TMFA Termodinâmica Aplicada

Coletores solares planos

Convecção Forçada Externa

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 4: - DIMENSIONAMENTO DE TROCADORES DE CALOR A

Décio Lima * Antônio Luiz de Almeida * César de Oliveira Lopes Depto de Física UFRRJ Itaguaí RJ

) (8.20) Equipamentos de Troca Térmica - 221

Aluno(a): Nº. Professor: Fabrízio Gentil Série: 2 o ano Disciplina: Física Processos de Propagação de Calor

Unimonte, Engenharia Física Aplicada, Prof. Marco Simões Transferência de calor, exercícios selecionados do Sears & Zemansky, cap.

Q t. Taxa de transferência de energia por calor. TMDZ3 Processos de Transmissão de calor. Prof. Osvaldo Canato Jr

Aula 3 de FT II. Prof. Geronimo

Refrigeração e Ar Condicionado

Entre sistemas a temperaturas diferentes a energia transfere-se do sistema com temperatura mais elevada para o sistema a temperatura mais baixa.

Transferência de Calor. Prof. Marco A. Simões

Expansão Térmica de Sólidos e Líquidos. A maior parte dos sólidos e líquidos sofre uma expansão quando a sua temperatura aumenta:

Capítulo 5. Torção Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados.

VIII.10 - EXERCÍCIOS SOBRE CONDUÇÃO EM REGIME PERMANENTE

EDITAL DE TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA MEDIÇÕES TÉRMICAS Edição

Lista de exercícios Caps. 1, 2 e 3 TM-114 Transferência de Calor e Massa (Turma B) 2008/1

PME2398 Termodinâmica e suas Aplicações 1 o semestre / 2015 Profs. Bruno Souza Carmo e Antonio Luiz Pacífico. Gabarito da Prova 3

Aula 6 de FT II. Prof. Gerônimo

3. CONVECÇÃO FORÇADA INTERNA

Lista de exercícios Caps. 4 e 5 TM-114 Transferência de Calor e Massa (Turma B) 2008/1

CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS E TÍTULOS EDITAL 110/2016 CAMPUS FORMIGA PROFESSOR EBTT PROVA OBJETIVA ÁREA/DISCIPLINA: MECÂNICA ORIENTAÇÕES:

BOBINES e BANDAS em inox em várias ligas e qualidades sendo as mais comuns AISI 304, 316, 321, 420, 430, 441 e 444.

TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Bacharelado em Engenharia Civil. Disciplina: Física Geral e Experimental II 2º período Prof. Cristiano Ferrari

Torção. Deformação por torção de um eixo circular. Deformação por torção de um eixo circular. Capítulo 5:

Módulo II Energia, Calor e Trabalho

LISTA DE EXERCICIOS RM - TORÇÃO

A natureza sempre procura manter o equilíbrio entre os sistemas.

SOLDAGEM. Engenharia Mecânica Prof. Luis Fernando Maffeis Martins

Inovação e sustentabilidade em coberturas cerâmicas

Utilizando a Simulação no Chão de Fábrica

ROTEIRO DO PROJETO: DIMENSIONAMENTO DE UM TROCADOR DE CALOR

Volume III. Curso Técnico Módulo 2 INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA ÁREA TÉCNICA DE REFRIGERAÇÃO E CONDICIONAMENTO DE AR

K-FLEX K-FLEX TWIN SOLAR SYSTEM 32 UMA NOVA GERAÇÃO DE MATERIAIS DE ISOLAMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA ENERGIA E FENÔMENOS DE TRANSPORTE

Propriedades de resistência ao calor

TRANSMISSÃO DE CALOR

Transcrição:

III dia da indústria heliotérmica Utilização de sistemas de concentração termossolar para geração de vapor utilizando a tecnologia com espelhos de Fresnel Júlio César Passos Departamento de Engenharia Mecânica Universidade Federal de Santa Catarina LEPTEN -Laboratórios de Engenharia de Processos de Conversão e Tecnologia de Energia Professor titular Email: julio.passos@ufsc.br Obs.: Grande parte do material desta apresentação foi retirada do Exame de Qualificação do doutorando Victor César Pigozzo Filho. Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 26 de agosto de 201

Universidade Federal de Santa Catarina DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA/ LEPTEN Principais áreas de trabalho: Concentração Heliotérmica(CSP-Fresnel-DSG), Transferência de Calor com Mudança de Fase(ebulição e condensação), Energia Eólica Atividades e avanços na área de energia heliotérmica: Pesquisa em CSP-Fresnel-DSG(análise experimental e numérica) AMU-Aix-Marseille Université(doutorado sanduíche de Alexandre Bittencourt de Sá) SUN-CNIM, La Seyne sur Mer-França. Construção de uma bancada CSP-Fresnel-DSG(campo solar e absorvedor), com 60 m 2 de área (54 m 2 de espelhos), equivalente a 30 kwtérmicos; Testes com espelhos conformados no LEPTEN-UFSC; Conclusão do campo solar e do absorvedor; Defesa de duas teses de doutorado e de uma dissertação de mestrado, além de trabalhos de final de curso. 2

Geração direta de vapor - A geração direta de vapor é uma tendencia nos CFL devido às características construtivas mais favoráveis deste com relação a CCP. - Em muitos processos industriais, vapor na temperatura de 200 C é suficiente. - Para estas temperaturas, o menor custo dos CFL tende a compensar sua menor eficiência.

Fresnel Boiling Absorvedor 10 Linhas de espelhos Largura: 5 m Comprimento: 12 m Altura do absorvedor: 4 m Área total: 60 m² Área de espelhos: 54 m² Potência nominal (est.): ~ 27 kwth

- Análise geométrica do Fresnel Design do Fresnel

Monte Carlo Ray tracing - código desenvolvido no MATLAB. Design do Fresnel

- Influência na altura do absorvedor Design do Fresnel

Design do Fresnel - Influência na altura do absorvedor - Fator de preenchimento (área de espelhos/ área total)

Design do Fresnel - Influência na altura do absorvedor - Fator de preenchimento (área de espelhos/ área total) - Perfil de concentração no absorvedor: foco = 1.1 Cascaes (2015)

Design do Fresnel - Influência na altura do absorvedor - Fator de preenchimento (área de espelhos/ área total) - Perfil de concentração no absorvedor: foco = 1.1

Campo de espelhos - Espinhas de peixe: peça cortada a laser para fornecer a curvatura desejada para os espelhos - Cantoneiras longitudinais são coladas no espelho e nas espinhas de peixe para transmitir a tensão de deformação ao longo do comprimento - Espelhos colados com cola tipo epoxi

Campo de espelhos - A estrutura dos espelhos é fixa nos eixos - Eixos: tubos quadrados 60 x 60 - Superdimensionado! - Cada eixo tem 4 m de comprimento e é apoiado em mancais de rolamento nas extremidades - 120 espelhos serão utilizados - 1 m c0mprimento - 45 cm de largura - 3 mm de espessura

Espelhos conformados a frio no LEPTEN/UFSC convexidade de 2,5 mm

Sistema de rastreamento solar Sistema responsável pelo posicionamento os espelhos ao longo do dia, de acordo com a posição do sol. No Fresnel a relação ente o movimento do sol e dos espelhos é de 2:1 - Mecanismo projetado: - Faixa de operação: -+ 40 (espelhos) ou -+ 80 (sol) - Precisão do posicionamento: 0,1 - O ângulo de incidência solar transversal ao Fresnel é obtido com equações solares. - A orientação dos espelhos é medida com inclinômetro - O bom funcionamento desse sistema é fundamental para se obter boas eficiências e fluxos de radiação elevados no centro do absorvedor

Absorvedor Absorvedor de chapas de alumínio prenchidas com lã de rocha para isolamento térmico. Espessura do isolamento: 75 mm Condutividade térmica: 0,04 W/m.K

Absorvedor - Janela de vidro para minimizar as perdas de calor para o ambiente. Espaço não evacuado - Tubos absorvedores: 6 tubos de aço inoxidável, com 1 pol. de diâmetro externo e 1,2 mm de parede. Recobrimento seletivo dos tubos absorvedores: Tinta: Solkote Solec Emissividade: 0,20-0,49 Absortividade: 0,88 0,94 Temperatura: -73 538 C

Absorvedor Extensão do suporte do absorvedor para movimentação. Redução de perdas de final de linha. 1,7 m

Instrumentação Termopares no absorvedor - Temperatura do fluido - Temperatura da parede do tubo - Temperatura no isolamento - Temperatura do ar na cavidade - Temperatura do vidro

Instrumentação Termopares no absorvedor - Temperatura do fluido - Temperatura da parede do tubo - Temperatura no isolamento - Temperatura do ar na cavidade - Temperatura do vidro

Instrumentação Termopares no absorvedor - Temperatura do fluido - Temperatura da parede do tubo - Temperatura no isolamento - Temperatura do ar na cavidade - Temperatura do vidro

Instrumentação Termopares no absorvedor - Temperatura do fluido - Temperatura da parede do tubo - Temperatura no isolamento - Temperatura do ar na cavidade - Temperatura do vidro

Instrumentação Termopares no absorvedor - Temperatura do fluido - Temperatura da parede do tubo - Temperatura no isolamento - Temperatura do ar na cavidade - Temperatura do vidro

Instrumentação Termopares no absorvedor - Temperatura do fluido - Temperatura da parede do tubo - Temperatura no isolamento - Temperatura do ar na cavidade - Temperatura do vidro

Instrumentação Termopares no absorvedor - Temperatura do fluido - Temperatura da parede do tubo - Temperatura no isolamento - Temperatura do ar na cavidade - Serão utilizados termopares com bainha de inox - Temperatura do vidro - Os termopares terão uma blindagem contra a radiação solar - Transdutores de pressão serão utilizados em alguns pontos do escoamento

Instrumentação Outras medições: - Vazão de escoamento - Temperatura ambiente - Radiação Solar Direta (DNI): Estação solarimétrica do Labsolar/LEPTEN - Velocidade e direção do vento - Inclinômetro

Layouts de escoamento - Diferentes layouts de escoamento é um dos graus de liberdade de um absorvedor multitubos para Fresnel - É possível acoplar a intensidade do fluxo de radiação ao longo da largura do absorvedor com o coeficiente de convecção interna nos tubos - A conexão entre os tubos é desafiadora devido a falta de espaço e à dilatação térmica diferente para os tubos - A influência nas perdas térmicas deve ser mínima - Outros layouts poderão ser utilizados, inclusive com outra quantidade de tubos

Equipe do Projeto Heliotérmica-LEPTEN/UFSC Professor Júlio César Passos Doutorandos: Alexandre Bittencourt de Sá e Victor Pigozzo Mestrandos: Yves Garnard + 2 mestrandos (Selen e Willian) Alunos de IC: João Pedro G. Trancoso, Pedro M. Brogni e Lauro Oliveira Pós-doutorando: Loïc Tachon(bolsista CAPES)

Muito obrigado pela atenção!