LETRAMENTO E GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: RELATÓRIO DE PROJETO DE LETRAMENTO

Documentos relacionados
A INSERÇÃO SOCIAL DO ESTUDANTE NOS USOS DE ESCRITA POR MEIO DE PROJETOS DE LETRAMENTO: RELATÓRIO DE APLICAÇÃO DE UM PROJETO

LETRAMENTO E RESGATE CULTURAL: RELATÓRIO DE APLICAÇÃO DE UM PROJETO DE LETRAMENTO

Palavras-Chave: Gênero Textual. Atendimento Educacional Especializado. Inclusão.

Raquel Cristina de Souza e Souza (Colégio Pedro II / Universidade Federal do Rio de Janeiro) Simone da Costa Lima (Colégio Pedro II / Universidade

PRÉ-REQUISITOS Haver concluído a disciplina Introdução aos Estudos Linguísticos ou disciplina equivalente..

LETRAMENTO DIGITAL: NOVAS FORMAS DE LER E (D)ESCREVER O MUNDO

PEREIRA, Ana Célia da R. Autora Professora da Escola Municipal Prof. Anísio Teixeira

GUIA DIDÁTICO OFICINA DE DIDATIZAÇÃO DE GÊNEROS. Profa. MSc. Nora Almeida

A ALFABETIZAÇÃO E A FORMAÇÃO DE CRIANÇAS LEITORAS E PRODUTURAS DE TEXTOS¹. Aline Serra de Jesus. Graduanda em Pedagogia

A experiência do Projeto de Iniciação a Docência na Escola Vilma Brito Sarmento: as implicações na formação do professor supervisor

INVESTIGANDO E COMPREENDENDO PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO

Uma Nova Versão ao Conto de Chapeuzinho Vermelho

SANTOS, Leonor Werneck. RICHE, Rosa Cuba. TEIXEIRA, Claudia Souza. Análise e produção de textos. São Paulo: Contexto, 2012.

JOGOS E SEQUÊNCIAS LÚDICAS PARA O ENSINO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA COM CRIANÇAS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

PRÁTICAS PIBID: O TRABALHO COM O TEXTO DISSERTATIVO- ARGUMENTATIVO EM SALA DE AULA

SEQUÊNCIA DIDÁTICA PONDERAÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS

A UTILIZAÇÃO DE SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS EM PROJETOS DE INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO CIENTÍFICA, DESENVOLVIDOS NA ARGENTINA

O LETRAMENTO NA CONCEPÇÃO E NAS AÇÕES DOS PROFESSORES DO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO

PLANO DE ENSINO. Curso: Pedagogia. Disciplina: Conteúdos e Metodologia de Alfabetização. Carga Horária Semestral: 80 horas Semestre do Curso: 5º

ROTEIRO 4 PRODUÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS CARGA HORÁRIA DE FORMAÇÃO EM SERVIÇO ABRIL /2018

PROGRAMA DE DISCIPLINA

O GÊNERO VIDEO TOUR COMO INSTRUMENTO DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA E DE VALORIZAÇÃO DA IDENTIDADE LOCAL

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

PLANO DE ENSINO DIA DA SEMANA HORÁRIO CRÉDITOS 2as feiras 18h10-21h40 04

O USO DE NOVAS FERRAMENTAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL FELIPE RODRIGUES DE LIMA BARAÚNA/PB.

A ESCRITA NA UNIVERSIDADE NA PERSPECTIVA DOS PROJETOS

O(A) PROFESSOR(A) MEDIADOR(A) DE LEITURAS

REFLEXÕES INICIAIS SOBRE LETRAMENTO

Pró-Reitoria de Graduação Plano de Ensino 1º Quadrimestre de 2017

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Educação de qualidade ao seu alcance

Novas velhas histórias: releitura e recriação de contos na escola

Plano de Ensino IDENTIFICAÇÃO. SEMESTRE ou ANO DA TURMA: 5º semestre

LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS EM TURMAS DE ENSINO MÉDIO

Semestre Letivo/Turno: 6º Semestre. Professores:

O LUGAR DA FORMAÇÃO LEITORA NA GRADE CURRICULAR DO CURSO DE LETRAS (LÍNGUA PORTUGUESA) DA UNESC

PNAIC/2015 TERCEIRO CICLO DE FORMAÇÃO

O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

AÇÃO DOCENTE NAS SÉRIES INICIAIS E O PROGRAMA NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

O PLANEJAMENTO NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO LETRAMENTO. Resumo: UNIDADE 2. Abril de 2013

PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração Educação. Aulas teóricas: 04 Aulas práticas: 02

CRIATIVIDADE E PRODUÇÃO TEXTUAL: PRÁTICAS DE INCENTIVO À LEITURA

A REESCRITA DE CONTOS COMO GATILHO PARA A ALFABETIZAÇÃO INICIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Escola Estadual Conselheiro Antônio Prado

PROJETO DE EXTENSÃO ALFABETIZAÇÃO EM FOCO NO PERCURSO FORMATIVO DE ESTUDANTES DO CURSO DE PEDAGOGIA

A IMPORTÂNCIA DO MATERIAL BILINGUE PARA FORMAÇÃO DO PROFESSOR

A SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO INSTRUMENTO DE TRABALHO COM A LEITURA E ESCRITA DE TEXTOS JORNALÍSTICOS

CURSO PÓS-GRADUAÇÃO EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

REESCRITA COMO PRÁTICA AVALIATIVA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES NAS LICENCIATURAS

O TEXTO JORNALÍSTICO NA SALA DE AULA TEMA: MUNDO DO TRABALHO

A Prática Profissional terá carga horária mínima de 400 horas distribuídas como informado

DATA CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS Aula/data Ficha-Resumo % Questões Revisão Prefeitura de Limeira - Prova 02/07/2017

Angélica Merli Uninove Agosto/2018

Sequência Didática e os Gêneros textuais

RELATO DE EXPERIENCIA DE RELATO DE EXPERIÊNCIA DA PROFESSORA ALFABETIZADORA

FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Sinopse 25/03/2015. Intencionalidade. Eixos de Discussão» Alfabetização e letramento digital; análise, produção de uma aplicação pedagógica.

A IMPORTÂNCIA DAS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS PARA O ENSINO DE GÊNEROS

CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS DE GÊNEROS TEXTUAIS: UMA EXPERIÊNCIA DO PIBID NA UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL

FÁBULAS E DIVERSIDADE: UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA CRISTIANE MACIEIRA DE SOUZA¹

Orientações O relatório deverá conter os seguintes tópicos:

A PRÁTICA DA ORALIDADE EM AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA EXPERIÊNCIA COM O PIBID

PRATICA PEDAGOGICA INTERDISCIPLINAR, POSSIBILIDADE DE ENSINO SOBRE DIVERSIDADE CULTURA NO ENSINO FUNDAMENTAL.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS-LIBRAS MODALIDADE A DISTÂNCIA PLANO DE ENSINO

V Jornada das Licenciaturas da USP/IX Semana da Licenciatura em Ciências Exatas - SeLic: A

Letra Viva. Episódio: O Planejamento na Prática Pedagógica

O ENSINO DE BOTÂNICA COM O RECURSO DO JOGO: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS.

PROVA BRASIL: LEITURA E INTERPRETAÇÃO

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Sequência Didática e o Ensino de Gêneros Textuais: A Canoa virou

INFORMAÇÕE GERAIS DE ORGANIZAÇÃO DO CURSO INFOGRÁFICO DO CURSO E PRINCIPAIS ATIVIDADES E TAREFAS

Professor ou Professor Pesquisador

INTERPRETAÇÃO E RETENÇÃO DA LEITURA EM TEXTOS DE LIVRO DIDÁTICO

Instrumento. COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de Gêneros Textuais. Belo Horizonte: Autêntica, Mariângela Maia de Oliveira *

TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES: A INTERAÇÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA NOS MOLDES DE DOLZ, SCHNEUWLY E NOVERRAZ

Subprojeto de Língua Portuguesa

ANEXO VII DO CONTEÚDO PROGRAMADO DAS PROVAS OBJETIVAS

Linha de Pesquisa 2: FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

Pesquisa Jornal Primeiras Letras Fortaleza

TERMINOLOGIA GRAMATICAL HISTÓRIA, USOS E ENSINO

MAIS RESENHA: UMA PROPOSTA PARA FORMAÇÃO DO LEITOR CRÍTICO NA ESCOLA

VISÃO DO TEXTO LITERÁRIO NA SALA DE AULA: UM JOGO DISCURSIVO

ELEMENTOS ARTÍSTICOS COMO ESTRATÉGIA DE SALA DE AULA PARA A INOVAÇÃO DO USO DO LAPTOP EDUCACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

IV Simpósio de Prática e Ensino de Línguas SIMPEL

O TRABALHO DO PROFESSOR COMO AGENTE LETRADOR EM TURMAS DO 6 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Grade Curricular por Créditos e Pré-Requisitos

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO - SEC COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE ITAMBÉ

PLANO DE ENSINO. DISCIPLINA: DIDÁTICA CARGA HORÁRIA: 80 PROFESSOR: Vallace Chriciano Souza Herran

Sequência didática sobre artigo de opinião - estudantes concluintes de Ensino Médio em Escolha profissional

Adaptação Curricular. Andréa Poletto Sonza Assessoria de Ações Inclusivas Março de 2014

SALAS DE APOIO À APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA DE 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: CONTRIBUIÇÕES PARA O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Oficina de Apropriação de Resultados. Paebes 2013

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA PARA O INGRESSO DE ESTUDANTES NO NÍVEL SUPERIOR ATRAVÉS DO EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO ENEM

A PRODUÇÃO DE LIÇÕES PARA O ENSINO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PARA A FORMAÇÃO DOCENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

META Discutir as formas com que a escola tem se apropriado do estudo dos gêneros, especialmente, na educação básica em aulas de Língua Portuguesa.

Os gêneros textuais em sala de aula: Apresentação do oral e da escrita nas sequências didáticas

Transcrição:

LETRAMENTO E GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: RELATÓRIO DE PROJETO DE LETRAMENTO Charleni Araújo de Lima 1 Ilma Dias dos Santos Roseli Pereira de Almeida Neste projeto proposto sobre o letramento, aplicado no 4º ano do ensino fundamental, constatamos ser possível e pedagogicamente apropriado o desenvolvimento do ensino de língua materna por meio de projeto de letramento. Dolz e Scheneuwly (2004) sugerem que a melhor alternativa para trabalhar com o ensino de gêneros textuais é envolver os alunos em situações concretas de uso da língua, de modo que consigam, de forma criativa e consciente, escolher meios adequados aos fins que se deseja alcançar. O projeto teve como objetivo a conscientização sobre a limpeza do ambiente escolar, por meio de cartazes. Sob a perspectiva adotada pelos autores citados acima, colocamos em prática o projeto de letramento com base no esquema de sequência didática proposto pelos autores. O gênero textual escolhido foi cartazes, cujo conteúdo foi o asseio da escola. Esse gênero foi escolhido com o objetivo de conscientizar os estudantes sobre a higienização do espaço escolar. Cabe a ressalva que, quando confeccionados e afixados nos diversos ambientes, há leitores reais das produções realizadas pelos alunos, diferentemente do que se vê normalmente: produções para fins avaliativos cujo único leitor é o avaliador. Os autores Dolz e Scheneuwly (2004) afirmam que os gêneros são instrumentos de articulação entre as práticas sociais e a escola. Logo, parece-nos que o ensino deve se centrar na apropriação pelo aluno dos diferentes gêneros textuais para que ele dê conta das diferentes situações de comunicação na sociedade. A rigor, um ensino com projetos de letramento aproxima a escola da vida social do aluno. 1 As autoras são graduandas em Pedagogia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Língu@ Nostr@, Canoas, v. 3, n. 1, p. 171-5, jan.-jun. 2015 171

A turma escolhida a qual mencionamos acima foi do colégio Centro Educacional Jesuíno Flores, situado na Praça Luiz Eduardo Magalhaes, Caraíbas, Bahia, com alunos na faixa etária de 10 anos, sendo que alguns estão com defasagem escolar. Para o desenvolvimento do trabalho optamos pela utilização da sequência didática sugerida por Dolz e Scheneuwly (2004) que é um conjunto de atividades escolares organizadas de maneira sistemática, em torno de um gênero textual, oral ou escrito. No primeiro momento apresentamos a situação sociocomunicativa de uso da escrita, na qual os alunos confeccionariam cartazes sobre o tema proposto já mencionado anteriormente. Na análise da escrita inicial, como é possível visualizar na Fig. 1, constatamos as várias deficiências no uso da língua escrita, tanto na organização do gênero textual proposto quanto questões microtextuais. Após a análise das atividades elaboradas por eles, planejamos as aulas com o objetivo de levar o aluno a se apropriar das características do gênero e melhorar alguns tópicos gramaticais. Para isso, apresentamos inicialmente vários modelos de cartazes bem escritos e organizados, para que servissem de referência de escrita daquele gênero. Figura 1 - Escrita inicial Língu@ Nostr@, Canoas, v. 3, n. 1, p. 171-5, jan.-jun. 2015 172

Fonte: Gênero textual produzido na primeira etapa da sequência didática por um dos estudantes da classe. Após essa etapa, exploramos a escrita culta esperada de diversas frases escritas pelos alunos com o intuito de melhorar a escrita dos estudantes, facilitando assim o aprendizado. Como tópicos gramaticais elegidos por serem os desvios mais recorrentes, trabalhamos o início de frases com letras maiúsculas e o não uso de letra maiúscula no meio das palavras. Nossa intenção é que na reescrita dos cartazes tais desvios não fossem mais observados. Essas aulas foram dinâmicas e com a participação ativa dos alunos. Após a sequência didática trabalhada e aprofundada no tema proposto: escrita inicial e aulas consequentes (leitura de cartazes, estrutura do cartaz e tópicos gramaticais) os alunos foram desafiados a reescrever os cartazes e, em seguida, afixar nas dependências da escola. Um exemplo de reescrita é possível ver na Fig. 2, cujos resultados são mais esperados ao gênero textual em questão. Figura 2 Reescrita Língu@ Nostr@, Canoas, v. 3, n. 1, p. 171-5, jan.-jun. 2015 173

Fonte: Gênero textual produzido na última etapa da sequência didática por um dos estudantes da classe. Ao concluirmos o projeto de letramento, podemos constatar que a inserção dos gêneros textuais no ensino da língua materna contribui para que o aluno tenha acesso à língua em funcionamento, permitindo assim, melhores condições para receber e produzir diversos gêneros. Ainda, levar para a sala de aula algo do cotidiano, vivenciado pelos alunos, facilitou o desenvolvimento do trabalho e despertou um interesse maior nos estudantes. Ainda, a partir da sequência didática proposta por Dolz e Schneuwly (2004), o professor consegue avaliar e observar as fragilidades dos alunos em relação à escrita, e a partir daí planejar suas aulas sequenciais de modo a sanar as dificuldades encontradas. Esse trabalho com a sequência didática permitiu que os estudantes fizessem com mais facilidade, segurança e justeza a reescrita do gênero textual cartaz. Como é possível ver na comparação das figuras, observamos que houve avanço da reescrita em relação à produção inicial. O projeto de letramento em si, como defende Kleiman (2007), dá Língu@ Nostr@, Canoas, v. 3, n. 1, p. 171-5, jan.-jun. 2015 174

condição ao professor planejar as aulas a partir das deficiências observadas da escrita inicial, facilitando o trabalho docente, como também contribuindo para melhorar o aprendizado dos alunos e consequentemente preparar o estudante para a vida em sociedade (SOARES, 2004). Referências DOLZ, J; SCHNEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004.278 p. KLEIMAN, A. B. Letramento e suas implicações para o ensino de língua materna. Signo Santa Cruz Do Sul, v.32 n 53, p.1-25, dez, 2007. SOARES, M. Alfabetização e Letramento: caminhos e descaminhos. Revista Pátio, Artmed Editora, p.96-100, fev. 2004. Língu@ Nostr@, Canoas, v. 3, n. 1, p. 171-5, jan.-jun. 2015 175