IV SIMPOSIO INTERNACIONAL CAMBIO Y PERMANÊNCIA EM LA AGENDA DE INTEGRACIÓN N DE AMÉRICA DEL SUR (MERCOSUR, CAN, UNASUR, ALBA Y TLC) Os Impasses da Integração Regional na América do Sul Marcos Costa Lima
SUMÁRIO 1. A Mundialização em sua dimensão Histórica 2. A Integração Sul-Americana 5. Conclusões 3. Conclusões
A Mundialização em sua dimensão Histórica
Mundialização O processo de mundialização tem três vetores fortes: i) a internacionalização ampliada das firmas multinacionais, realizada a partir da abertura das economias nacionais às transações exógenas e à ampliação do comércio mundial de bens e serviços; ii) as transformações produzidas pelas novas tecnologias (inclusive militares) de informação e comunicação, que alteram radicalmente quer os procedimentos de atuação das empresas, que passam a atuar em rede, reduzindo o tempo de produção e a duração da vida dos produtos, quer as relações de trabalho, pela flexibilização das regras laborais e; iii) a globalização financeira, que pode ser definida como um processo de interconexão dos mercados de capitais aos níveis n nacional e internacional, levando à conformação de um mercado unificado de capitais em escala planetária.
O Produto Mundial passou de US$ 42.8 trilhões em 1995 para US$ 61.3 trilhões em 2005 Tabela Distribuição Percentual do Produto Mundial por Regiões em 1995 e 2005 Regiões 1995 2005 Países Ricos 60 54 Ásia do leste e Pacífico 13 19 América Latina e Caribe 8 8 Europa e Ásia Central 7 7 Ásia do Sul 6 8 Oriente Médio M e Norte da África 3 3 África Sub-Sahariana Sahariana 2 2
Participação de países e regiões na produção mundial de Manufaturas de Valor Agregado e na exportação de manufaturas 1980 2003 (%) Participação mundial Manufaturas Valor Agregado 1980 1990 2000 2003 Participação Exportações Mundiais de manufaturas 1980 1990 2000 2003 Países desenvolvidos 64.5 74.1 74.9 73.3 74.1 77.9 67.3 65.4 Países em Desenvolvimento 16.6 17.0 23.0 23.7 18.9 18.3 28.9 29.7 América Latina e Caribe 7.1 5.6 5.4 4.4 4.3 2.4 4.7 4.1 Brasil 2.9 2.2 1.1 0.9 0.8 0.8 0.8 0.8 México 1.9 1.1 2.0 1.7 0.8 0.5 2.7 2.2 Coréia 0.7 1.4 2.2 2.3 1.1 2.2 3.1 3.0 China 3.3 2.6 6.6 8.5 1.0 1.7 4.3 6.5
TABELA PARTICIPACIÓN N DE ALGUNAS AGRUPACIONES DE ASIA Y EL PACÍFICO EN LA ECONOMÍA A MUNDIAL (En porcentajes) -2006 Superfí cie Populaçã o Pib Preço corrente Pib/PPPP Exp Imp APEC 46,5 41,1 60,5 61,4 46,2 47,6 ASEAN+6 19,2 49.3 23,9 38,2 24,8 21,9 U.Européia (25) 3,0 7,1 32,0 21,2 39,4 39,3 A.Latina 15,7 8,5 5,1 7,4 5,6 5,0 Mundo 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Fuente: Banco Mundial, World Economic Indicators Database Foro de Cooperación n Económica Asia- Pacífico, KeyEconomic Indicators Organización n Mundial del Comercio (OMC), Perfiles comerciales 2006,, Ginebra, La ASEAN (10) : Brunei Darussalam,, Camboya, Filipinas, Indonesia, Malasia, Myanmar,República Democrática Popular Lao,, Singapur, Tailandia y Viet Nam.. La ASEAN+3 incluye a los 10 países de la ASEAN más m s China, Japón n y la República de Corea. La ASEAN+6 incluye a los 13 países anteriores + Australia, India y N. Zelandia.
Região Asean (10) TLCAN COMERCIO INTRARREGIONAL, POR AGRUPAMENTOS GEOGRÁFICOS (Em porcentagens do comercio total da região) Dentro da Asean + 3 Dentro da ASEAN+3+Hong Kong (RAE da China) +provincia china de Taiwán União Européia (25) 1980 17,9 30,2 34,1 61,4 33,8 1985 20,3 30,2 37,1 59,8 38,7 1990 18,8 29,4 43,1 67,0 37,9 1995 24,0 37,6 51,9 67,4 43,1 2000 24,7 37,3 52,1 66,8 48,8 Fuente: : Organización n Mundial del Comercio (OMC), Estadísticas sticas del comercio internacional, 2006; Pradumna B. Rana, and a possible roadmap, ADB Working Paper Series on Regional Economic Integration,, Nº N 2, julio de 2006 y Comisión n Económica para Am B. Rana,Economic integration in East Asia: trends, prospects, mica para América Latina y el Caribe (CEPAL), sobre la base de información n del Asian Regional Integration Center [en línea] l http:// ://www.aric.adb.org/indicator.phindicator.ph 2005 28,1 39,2 55,6 66,2 45,5
2 A Integração Sul-Americana
Iniciada em 1960 (Alalc( Alalc); depois ALADI.(projetos fracassados); Mercosul em 1991 (Tratado de Assunção), ão),é uma União Aduaneira Imperfeita e teve um perfil associado à Mundialização ão.. Trocas comerciais avançaram aram de USD 2 para 18 bilhões até 1998; Profundas Assimetrias Internas: háh que observar as grandes diferenças entre populações Rurais e Urbanas nos distintos países; Geopolítica dos EUA ( efeitos negativos); Vários momentos de Crise, mas tem superado e revela um acúmulo e competência institucional para integração; A Crise Argentina revela a violência do modelo neoliberal e do Consenso de Washington para a região;
A chegada ao poder de governos de esquerda na América do Sul não gerou necessariamente alinhamentos automáticos. ticos. As dificuldades de cooperação regional foram ampliadas na medida em que esses governos, ao contrário rio dos governos conservadores, tendem a ser mais sensíveis ao atendimento das demandas de suas respectivas sociedades, independentemente do efeito que suas ações a possam ter sobre a cooperação regional. O caso mais emblemático foi a eleição de Evo Morales na Bolívia e a nacionalização dos hidrocarbonetos, em maio de 2006, atingindo diretamente os interesses da Petrobras naquele país. Contudo, a resposta brasileira de procurar o diálogo e não a confrontação, como queriam setores ponderáveis da opinião pública, p representou um dos pontos altos da política externa do governo Lula ao preservar a negociação.
Dificuldades na Integração no âmbito brasileiro a falta de articulação de uma posição comum com a Argentina na questão da reforma do Conselho de Segurança da ONU, ainda que os dois países tenham reconhecido a legitimidade das postulações recíprocas; a nova ordem geopolítica sul-americana com o crescente protagonismo de Hugo Chávez vez,, em particular após s sua vitória no plebiscito revogatório rio de 2002; a oferta pelos Estados Unidos de acordos bilaterais, no formato de Acordos de Livre Comércio, aos países menores da região; o descompasso entre as altas expectativas dos vizinhos e as ofertas feitas pelo Brasil
No âmbito interno, em contraste com a diversidade da agenda, há uma escassa presença a das questões relacionadas à integração sul-americana no debate público p brasileiro. Não se conhece, de forma sistematizada, quais os interesses de um grande número n de setores e grupos sociais brasileiros na região, háh dúvidas quanto ao espaço o que a América do Sul deveria ocupar na agenda de política externa brasileira. Portanto, não se sabe qual o grau de institucionalidade e de profundidade o Brasil deveria propor para o processo de integração regional. Essas dúvidas d permeiam os diversos segmentos da sociedade e da burocracia estatal.
Independentemente da falta de clareza na estratégia do Brasil para a região, assimetrias de tamanho do país s em relação a seus vizinhos provocam impactos que independem das intenções brasileiras. Os movimentos brasileiros têm repercussões na região, mesmo que não estejam incorporados em políticas e iniciativas explícitas. Os países sul-americanos não podem ignorar o Brasil, independentemente da postura que este adote e da relativa indiferença a que a sociedade brasileira ainda manifeste em relação ao que se passa na região. HáH uma expectativa difusa em alguns países de uma contribuição brasileira aos desafios e carências regionais, combinada com um temor também m difuso em relação à eventual ambição de hegemonia regional pelo Brasil.
A dimensão regional é relevante para a atração de investimentos diretos para o Brasil. Muitas empresas multinacionais vêem a América do Sul como uma região integrada, em suas decisões de inversões. Para muitas delas, a dimensão regional tem impacto em suas estruturas organizacionais, na alocação dos recursos e na distribuição de produção. Os inúmeros obstáculos à circulação de mercadorias, as diferenças nos ambientes regulatórios rios e a precariedade da infra-estrutura de transportes têm impactos negativos sobre a capacidade de atração desses capitais para toda a região. As mudanças as na geografia econômica mundial com a emergência da China e da Índia e seus impactos sobre os setores produtivos dos países sul-americanos constituem um tema da agenda global com implicações para a estratégia brasileira para a região. Os produtos industriais brasileiros vêm perdendo espaço o para concorrentes asiáticos nos países da América do Sul. Esse risco é agravado pela negociação de acordos comerciais entre alguns países da região com países asiáticos.
3 CONCLUSÕES
Falta de Ações A Mais ousadas A instituição do Fundo de Convergência Estrutural em 2006 teve esse objetivo, em uma situação de quase implosão do bloco. A ausência brasileira na crise entre Uruguai e Argentina, para preservar a integração, no contencioso originado pela instalação das processadoras de celulose também m integra esse conjunto de não decisões da política externa. Os governos mantêm um legado soberanista de pouca disposição à delegação e à criação de instituições e normas supranacionais. A criação da Comunidade Sul-Americana de Nações não preencheu esse vácuo v institucional, ainda que tenha criado uma estrutura propícia a iniciativas nas áreas de energia e infra-estrutura, campos com grande potencial de cooperação regional.
1. A percepção de que os interesses brasileiros na região vêm se diversificando e que háh um processo de adensamento das relações do Brasil com os países da região que não pode ser gerenciado nos marcos da política reativa que tem caracterizado historicamente a política regional do Brasil. Além do com 2. m do comércio, investimentos, integração energética e desenvolvimento de infra-estrutura demandam novos enfoques para a política brasileira para a América do Sul; a emergência de questões transfronteiriças as de grande relevância : narcotráfico, tráfico de armas, segurança a regional, migração, controle de pragas em atividades agropecuárias, rias, etc., exige ações a cooperativas; a necessidade de lidar com temas da agenda internacional, como aquecimento global e preservação do meio-ambiente ambiente, demandam iniciativas de âmbito regional. 2. O reconhecimento de que os mecanismos desenvolvidos nos anos 90 são insuficientes para lidar com a complexidade dos temas de interesse da região.
3. A constatação das dificuldades por que passam os projetos de integração sub-regionais leva alguns segmentos a defender maior prioridade ao tratamento de temas não-comerciais e não-econômicos na agenda da região. 3. 4. O reconhecimento de que se explicita, nos últimos anos, a existência de uma agenda regional com características e temáticas ticas próprias, prias, associada à proximidade geográfica e às s oportunidades e riscos por ela gerados. Energia e infra- estrutura são dois temas dessa agenda, mas também m os grandes problemas relativos às s carências sociais saltam aos olhos. Essas questões devem levar em consideração aspectos do ambiente doméstico e regional que exigem gradualidade, mas também m resultados efetivos para o conjunto da América do Sul.
O Presente momento é sensível e ao mesmo tempo decisivo, pois a inclusão da Venezuela ao Mercosul será fundamental para que o projeto venha a ter uma dimensão efetivamente sul-americana; O avanço o do processo vai depender da evolução das tendências mundiais; da capacidade de luta dos movimentos sociais organizados na região; do entendimento dos governos sobre a importância histórica da integração.