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Transcrição:

Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 28/06/2016 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 949.320 SÃO PAULO RELATORA AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. ROSA WEBER :SOCIEDADE BENEF ISRAELITABRAS HOSPITAL ALBERT EINSTEIN :JOSE ANTONIO BALIEIRO LIMA :ESTADO DE SÃO PAULO :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. ICMS. IMUNIDADE. ENTIDADE BENEFICENTE. REQUISITOS LEGAIS. COMPROVAÇÃO. REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA. PROCEDIMENTO VEDADO NA INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. RECURSO MANEJADO EM 18.3.2016. 1. A controvérsia, a teor do já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais. Compreender de modo diverso exigiria a análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão da Corte de origem, a tornar oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, a, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Suprema Corte. 2. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada. 3. Agravo regimental conhecido e não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do, em Primeira Turma, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 11470589.

Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. Brasília, 28 de junho de 2016. Ministra Rosa Weber Relatora 2 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 11470589.

Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 28/06/2016 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 949.320 SÃO PAULO RELATORA AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. ROSA WEBER :SOCIEDADE BENEF ISRAELITABRAS HOSPITAL ALBERT EINSTEIN :JOSE ANTONIO BALIEIRO LIMA :ESTADO DE SÃO PAULO :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão por mim proferida, pela qual negado seguimento ao recurso, maneja agravo regimental Sociedade Benef Israelitabras Hospital Albert Einstein. A matéria debatida, em síntese, diz com a imunidade tributária à entidade beneficente desde que atendidos os requisitos legais previstos no art. 14 do Código Tributário Nacional. A agravante ataca a decisão impugnada ao argumento de que a violação dos preceitos da Constituição Federal se dá de forma direta. Sustenta que [...] fundamentou em suas razões de recurso o seu enquadramento na imunidade tributária como entidade beneficente nos termos do artigo 14 do CTN, porque estes elementos, sem sombra de dúvida, estavam pré-constituídos desde a impetração da segurança seja pelos certificados juntados, seja pela simples confrontação dos requisitos legais com os elementos subjetivos da Recorrente/Impetrante [...] (doc. 04, fl. 02). Alega a não incidência do óbice da Súmula nº 279/STF, pois [...] a real intenção da Recorrente é de que as provas, anexadas à exordial sejam valoradas, e, neste sentido, isso porque, como é sabido, alguns pressupostos de fato são fundamentais quanto aos pressupostos legais, sendo impossível, nesses casos, aplicar o direito à espécie, abstraindo o elemento de fato que o condiciona, sob pena de uma equivocada valoração das provas resultar a errônea aplicação do Direito, porque o Direito aplicado ao caso concreto não corresponderá à vontade abstrata da lei [...] (doc. 04, fl. 08). Reitera a afronta ao art. 150, IV, c, da Lei Maior. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo julgou a controvérsia documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 11470590.

Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 em decisão cuja ementa reproduzo: Mandado de Segurança importação de equipamentos pelo Hospital Albert Einstein Pretensão ao desembaraço das mercadorias sem o recolhimento do ICMS imunidade prevista no art. 150, IV, c, da Constituição Federal condicionada ao preenchimento dos requisitos listados no artigo 14, do Código Tributário Nacional documentos ilegíveis, antigos ou que não guardam pertinência com a causa, insuficientes para o reconhecimento da imunidade recursos oficial e voluntário providos. (Doc. 01, fl. 230.) 04). Acórdão recorrido publicado em 05.4.2013. Recurso manejado em 18.3.2016. Intimado o agravado em 20.5.2016, apresentou contraminuta (doc. É o relatório. 2 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 11470590.

Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 28/06/2016 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 949.320 SÃO PAULO VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Nada colhe o agravo. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: Vistos etc. Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein. Aparelhado o recurso na violação do art. 150, VI, c, da Constituição Federal. É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso. A Corte de origem decidiu a controvérsia em acórdão assim fundamentado: In casu, entretanto, a impetrante não logrou comprovar a observância dos requisitos previstos pelo artigo 14, do Código Tributário Nacional. Os documentos colacionados aos autos são ilegíveis (fls. 65, 69), antigos (cf. Atestado de Registro de fls. 66, emitido no ano de 1994), ou não têm qualquer relevância para a causa (cf. Declaração de Reconhecimento de Imunidade relativamente a ITCMD de fls. 71, Requerimento de Renovação do CEBAS-Saúde de fls. 64 e 70, sem a efetiva

Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 renovação). Observe que a justificativa apresentada pela apelada para a juntada de Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social CNAS fora do prazo de validade (fls. 09/10) só seria válida se a ação tivesse sido intentada logo após a apresentação do pedido de renovação. Não se mostra razoável que quando da impetração do mandado de segurança em 19.04.2012 não tenha a autoridade competente se pronunciado sobre um requerimento feito em 21.12.2009 (fls. 64). Caso realmente ainda não tenha decisão sobre o pedido de renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, deveria ter trazido prova disto, o que não o fez. Também não apresenta relevância a declaração de utilidade pública municipal da impetrante (fls. 62), única que se apresenta dentro da validade, para fins de comprovação do preenchimento dos requisitos presentes no art. 14 do CTN. Conforme foi possível extrair do endereço eletrônico da Prefeitura Municipal de São Paulo, os documentos necessários para que uma entidade seja considerada de utilidade pública municipal são : [ ] Nesse sentido se nota, por exemplo, que não se exige para declaração de utilidade pública que a entidade aplique integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais. Assim, considerando que a imunidade prevista no artigo 150, VI, c, da Constituição Federal é condicionada ao atendimento dos requisitos dispostos pelo artigo 14, do Código Tributário Nacional, deveria a impetrante ter reunidos elementos que os comprovasse, ônus do qual não se desincumbiu, não sendo possível, o reconhecimento que faz jus à imunidade tributária. Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais 2

Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta violação somente poderia ser constatada a partir da análise de matéria infraconstitucional (legislação aplicável e quadro fático delineado), o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, a, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio. Nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 150, VI, C, DA CF. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. SESC. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS CONSTITUCIONAIS. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (RE 388406 AgR, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe 25-06-2013) AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IPTU. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR. IMUNIDADE. CF/88, ARTIGO 150, VI, C e 4º. UTILIZAÇÃO DO IMÓVEL NAS FINALIDADES ESSENCIAIS DA ASSOCIAÇÃO. VERIFICAÇÃO. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. A imunidade tributária e o preenchimento dos seus requisitos constitucionais (CF, art. 150, VI, c ) e legais não são aferíveis no e. STF posto encerrar a matéria o reexame de conteúdo relativo a fatos e provas inseridos nos autos, o que é inviável nesta instância mercê do teor da Súmula 279/STF, verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Agravo regimental provido para não conhecer do recurso extraordinário. (RE 625529 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe 15-08-2011) 3

Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. ENTIDADE FILANTRÓPICA. IMUNIDADE. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (RE 576130 AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe 30-04-2010) Nesse sentir, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República. Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Irrepreensível a decisão agravada. A suposta afronta aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Constato, ademais, que o Tribunal de origem, na hipótese em apreço, se lastreou na prova produzida para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula nº 279/STF: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Colho precedentes: DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. 4

Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 IMUNIDADE. CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICIENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CEBAS. IMPLEMENTAÇÃO DOS DEMAIS REQUISITOS LEGAIS. IMPRESCINDIBILIDADE. REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA. PROCEDIMENTO VEDADO NA INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 03.5.2015. 1. A controvérsia, a teor do já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais. Compreender de modo diverso exigiria a análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão da Corte de origem, a tornar oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, a, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Suprema Corte. 2. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada. 3. Agravo regimental conhecido e não provido. (RE 909.826-AgR/RS, de minha lavra, 1ª Turma, DJe 24.02.2016.) AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. REQUISITOS LEGAIS. COMPROVAÇÃO. REEXAME DO ACERVO PROBATÓRIO. SÚMULA 279/STF. A Corte vem optando por conferir tratamento privilegiado às diversas espécies de imunidades, de modo a atribuir-lhes a máxima efetividade possível. Um reflexo desta forma de compreender o instituto é que a imunidade só deve ser afastada mediante prova em sentido contrário produzida pela Fazenda. Dissentir das conclusões adotadas pelo Tribunal de origem quanto ao preenchimento dos requisitos legais demandaria tão somente o reexame do acervo probatório constante dos autos, providência vedada nesta fase processual (Súmula 279/STF). 5

Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Agravo regimental a que se nega provimento. (ARE 808.340- agr/rj, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 19.12.2014.) Embargos de declaração no recurso ordinário em mandado de segurança. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Ausência de impugnação dos fundamentos da decisão agravada. Renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (cebas). Inexistência de direito adquirido. Constitucionalidade da exigência do cumprimento de condições para renovação do certificado. Precedentes. Agravo regimental não provido. 1. Não cabimento de embargos de declaração contra decisão monocrática. Embargos convertidos em agravo regimental. 2. Não tem êxito o agravo regimental que deixa de atacar especificamente os fundamentos da decisão singular (art. 317, 1º, RISTF). Precedentes. 3. A jurisprudência da Corte é firme no sentido de que não existe direito adquirido a regime jurídico de imunidade tributária. A Constituição Federal de 1988, no seu art. 195, 7º, conferiu imunidade às entidades beneficentes de assistência social desde que atendidos os requisitos definidos por lei. Não há imunidade tributária absoluta. Precedentes. 4. O cumprimento das exigências para a atribuição da proteção conferida pela imunidade tributária deve ser aferido no período imposto pelo sistema jurídico e deve estar de acordo com os critérios estabelecidos para a atual conjuntura, observando-se a evolução constante da sociedade e das relações pessoais. 5. Agravo regimental não provido. (RMS 27382-ED/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 07.11.2013.) As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 6

Extrato de Ata - 28/06/2016 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 949.320 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : SOCIEDADE BENEF ISRAELITABRAS HOSPITAL ALBERT EINSTEIN ADV.(A/S) : JOSE ANTONIO BALIEIRO LIMA (103745/SP) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. 1ª Turma, 28.6.2016. Presidência do Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux, Rosa Weber e Edson Fachin. Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticardocumento.asp sob o número 11471805