PLANO DE CONTENÇÃO DE DISSEMINAÇÃO DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES E UNIDADE DE ISOLAMENTO 2015

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SERVIÇO PÚLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDEREAL DE SNATA CATARINA-UFSC HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. DR. POLYDORO ERNANI DE SÃO THIAGO HU COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR CCIH SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SCIH PLANO DE CONTENÇÃO DE DISSEMINAÇÃO DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES E UNIDADE DE ISOLAMENTO 2015 Versão 2 Florianópolis, agosto de 2015. 1

SERVIÇO PÚLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDEREAL DE SNATA CATARINA-UFSC HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. DR. POLYDORO ERNANI DE SÃO THIAGO HU COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR CCIH SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SCIH PLANO DE CONTENÇÃO DE DISSEMINAÇÃO DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES E UNIDADE DE ISOLAMENTO 2015 APROVAÇÃO DA VERSÃO REVISADA: Dr. Carlos Alberto Justo Silva Diretor Geral Dra. Heda Mara Schimidt Diretora de Medicina Dra. Eliane Mattos Diretora de Enfermagem Nélio Francisco Schimitt Diretor Administrativo Versão 1 Dezembro/2014 Versão 2 Agosto/2015 Dra. Ivete I. Masukawa Dra. Patricia de Almeida Vanny Enfª Taise Ribeiro Klein Enfº Gilson de Bitencourt Vieira 2

SUMÁRIO PARTE I- ROTINAS GERAIS página 1 - INTRODUÇÃO 04 2 - DEFINIÇÃO DE CASO 04 3 - MEDIDAS GERAIS A SEREM ADOTADAS A TODOS OS PACIENTES COLONIZADOS/INFECTADOS POR BACTÉRIAS MR. 4 - ACOMPANHANTES E VISITANTES 10 5 - TRANSPORTE, TRANSFERÊNCIA E REMOÇÃO 11 6 - ATENDIMENTO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 12 7- ORIENTAÇÕES DE ALTA HOSPITALAR 15 8- ENCAMINHAMENTO DE AMOSTRAS MICROBIOLÓGICAS 16 9 - COMUNICAÇÃO DE CASOS 16 10 - DESCONTINUAÇÃO DA PRECAUÇÃO/ISOLAMENTO DE CONTATO 08 17 PARTE II- CUIDADOS ESPECÍFICOS 11 - UNIDADE DE ISOLAMENTO CLÍNICA MÉDICA I 19 12 - TRATAMENTO 22 13 - CRONOGRAMA 25 14 - BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS 26 ANEXOS 3

PARTE I ROTINAS GERAIS 1. INTRODUÇÃO Sendo a infecção hospitalar por bactéria multirresistente (BMR) uma realidade comum em quase todas as instituições de saúde, é de responsabilidade do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar - SCIH, estabelecer normas e rotinas para conter sua disseminação, uma vez que este tipo de ocorrência pode acarretar quadros clínicos mais graves. A infecção hospitalar por bactérias multirresistentes sobrepondo-se a quadros clínicos de base de doença debilitante, aumenta o tempo de permanência no hospital, os gastos com antibióticos e todos os custos diretos e indiretos, logo, medidas preventivas para contenção de disseminação de bactérias resistentes devem ser implementadas e mantidas como rotinas de serviço. As bactérias gram negativas como as enterobactérias produtoras de carbapenemases (EPCs), Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa, bem como as Gram positivas como o Staphylococcus aureus meticilino-resistente (MRSA) ou com diminuição de sensibilidade a vancomicina, Enterococcus sp resistentes a vancomicina (VRE) e Clostridium difficile, tem causado grande preocupação e expectativa mundial devido ao número cada vez mais elevado de casos e a escassez de recursos terapêuticos. A propagação de bactérias está relacionada ao contato com reservatórios ambientais (exemplo a água do banho) ou pacientes colonizados/infectados, por meio direto (paciente/paciente) ou indireto (paciente/profissional, paciente/equipamentos). 2. DEFINIÇÃO DE CASO Todo paciente acometido (colonizado e/ou infectado) por bactérias multirresistentes, conforme o padrão do antibiograma (tabela 1): enterobactérias produtora de carbapenemases (EPCs) tipo KPC, NDM ou outras e que tenham diminuição de sensibilidade a carbapenêmicos (resistente a ertapenem e/ou imipenem e/ou meropenem), MRSA, VRE, A. baumannii MR, P.aeruginosa e C. difficille. 4

Os critérios de definição de bactéria multirresistente são variados, e de forma simplificada, chamamos de multirresistentes ( BMR) aquelas resistentes a pelo menos uma classe de duas ou três categorias de antimicrobianos; bactéria com resistência ampliada (XDR) aquelas sensíveis a apenas uma ou duas categorias de antimicrobianos e bactérias panresistentes aquelas resistentes a todas as classes de antimicrobianos disponíveis. Para fins de vigilância e precauções todas as bactérias multirresistentes serão denominadas como BMR. O paciente colonizado é aquele que porta o microrganismo (na pele e/ou superfícies mucosas e/ou secreções e/ou excreções) sem nenhum sinal e/ou sintoma de infecção. O paciente infectado é aquele que desenvolve síndrome infecciosa em qualquer topografia (pneumonia, infecção de trato urinário, infecção de corrente sanguínea, meningite, etc) com verificação do microrganismo em cultura de líquido estéril (sangue, líquor, urina, etc) ou em cultura de secreções não estéreis que preencham critérios qualiquantitavos de infecção, segundo os critérios nacionais/anvisa. Considerando a distribuição arquitetônica dos leitos hospitalares, com quartos de enfermaria com: quatro leitos e um banheiro, dois leitos e um banheiro conjugado tipo demi-suite, ou seja um banheiro para dois quartos e quarto com dois leitos e um banheiro, as medidas de contenção devem ser detalhadas de forma a evitar o bloqueio de leitos hospitalares. Os portadores de BMR serão alocados em leitos de acordo com sua importância epidemiológica e com cuidados de precaução de contato. Estabelecemos como rotina uma terminologia específica de ISOLAMENTO DE CONTATO, para aquelas situações que necessitar quarto individual, especialmente para as EPCs, entretanto, trabalharemos com coortes de pacientes portadores de bactérias com perfil semelhantes. Serão mantidos em ISOLAMENTO DE CONTATO pacientes com BMR com secreções incontidas, como secreção traqueal em traqueostomizados, diarréia volumosa, feridas com exsudação importante, etc (em caso de dúvidas, consultar o SCIH). 5

Tabela 1. Padrão de resistência de microrganismos a serem mantidos em precaução de contato ou isolamento. Bactéria Padrão de resistência Tipo de precaução P. aeruginosa Ceftazidima/cefepime R ou Contato*# Imipenem/meropenem -R A baumannii Ceftazidima -R ou Contato *# imipenem/meropenem - R Enterobactérias (Klebsiella sp, Cefalosporina de terceira e quarta Contato na UTI neonatal e Enterobacter sp, Serratia sp, E. geração R; ESBL+. cuidados intermediários. coli) ESBL+ Enterobactérias (Klebsiella sp, Carbapenemase + ou Isolamento# Enterobacter sp, Serratia sp, E. carbapenêmicos-r coli) Polimixina - R S. aureus Oxacilina R ou Vancomicina - R Contato# Enterococcus sp Vancomicina -R Contato Clostridium difficille - Contato* *Se secreções não contidas como diarréia volumosa ou traqueostomia, manter em isolamento. # No Alojamento Conjunto (AC) as mães colonizadas/infectadas por BMR devem preferencialmente ficar em ISOLAMENTO com seu bebê. Culturas de vigilância deverão ser solicitadas conforme descrito na tabela 2. Tabela 2. Culturas de vigilância para pacientes Microrganismos Indicações de coleta de cultura S. aureus R a oxacilina (MRSA) S. aureus com sensibilidade intermediária ou R a vancomicina Enterococcus sp resistentes a vancomicina (VRE) A partir do primeiro caso Surto A partir do primeiro caso A partir do primeiro caso Semanal. Quartas -feiras A partir do primeiro caso de infecção ou colonização Unidade de internação UTI Neonatal Unidades Cirúrgicas Qualquer unidade Qualquer unidade CMII Qualquer unidade Admissional Na UTI Adulto De quem coletar Contactantes do mesmo espaço físico Contactantes do mesmo espaço físico Contactantes do mesmo espaço físico Contactantes do mesmo espaço físico Pacientes da oncohematologia. Contactantes do mesmo espaço físico Todos os pacientes novos Sítio de coleta Swab nasal, lesões de pele. Swab nasal Swab nasal, lesões de pele, secreção traqueal de pacientes em ventilação mecânica Swab retal. Swab retal Swab retal. Swab retal. 6

Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos Acinetobacter sp R a carbapenêmicos Pseudomonas aerugionsa R a cefepime/ceftazidima ou carbapenêmicos Semanal às segundas-feiras Pacientes transferidos de outras unidades nas quais tenham permanecido por mais de 24h e com procedimentos invasivos Surtos Na UTI Pacientes que permanecerem na UTI, exceto aqueles que estão aguardando cultura e os já colonizados ou infectados Qualquer unidade Qualquer unidade Admissional Na UTI Adulto Semanal às segundas-feiras Surtos Na UTI Adulto Qualquer unidade Clostridium difficille Surtos Qualquer unidade Pacientes que vieram transferidos com quadro infeccioso e/ou procedimentos invasivos Contactantes do mesmo espaço físico Todos os pacientes novos Pacientes que permanecerem na UTI, exceto aqueles que estão aguardando cultura e os já colonizados ou infectados Contactantes do mesmo espaço físico Contactantes do mesmo espaço físico Swab retal. Swab retal, cultura de secreção traqueal em presença de traqueostomia ou tubo endotraqueal, urina, sangue (se febre) e ferida. Urina de pacientes com sonda vesical de demora, swab retal, secreção traqueal em pacientes sob ventilação mecânica Swab retal. Swab retal. Urina de pacientes com sonda vesical de demora, swab retal, secreção traqueal em pacientes sob ventilação mecânica ou traqueostomia. Fezes-pesquisa de toxina Obs. 1.Para fins de vigilância NÃO são indicados culturas para contactantes de pacientes portadores de enterobactérias ESBL+. 2.Considerar o contactante todo paciente que durante sua internação permaneceu pelo menos 24 horas no mesmo quarto de paciente com bactérias multirresistentes sem medidas de precaução. 3.A precaução de contato deve ser mantida em casos de vigilância até o resultado da cultura e naqueles colonizados/infectados até a alta hospitalar. 7

4.Na UTI neonatal considerar a coleta de cultura de vigilância admissional de todos os pacientes procedentes de outras unidades de saúde, com ou sem procedimentos invasivos. 5.Pacientes com culturas negativas na CM1, quando encaminhados sem culturas prévias deverão fazer swab para cultura de Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos e A. baumannii na admissão e semanal (terças feiras). 3. MEDIDAS GERAIS A SEREM ADOTADAS A TODOS OS PACIENTES COLONIZADOS/INFECTADOS POR BMR. Identificar/sinalizar adequadamente os pacientes infectados/colonizados, utilizando pranchetas na COR VERMELHA E PLACAS DE PRECAUÇÃO DE CONTATO ou de ISOLAMENTO; no censo hospitalar estarão identificados os portadores de BMR e o tipo de precaução; É de responsabilidade da(o) enfermeira(o) da unidade a sinalização no censo como Precaução Preventiva para os paciente procedentes de outras instituições ou que saíram da UTI e aguardam os resultados de cultura de vigilância. Também devem ser sinalizadas as precauções respiratórias (gotículas e aerossóis); intensificar e estimular a higiene das mãos com preparações alcoólicas à 70%; utilizar os equipamentos de proteção individual de acordo com as orientações do SCIH; evitar excesso de materiais de consumo como caixas de luvas, cateteres de aspiração, gaze, etc, ao lado do leito do paciente, levar o quantitativo a ser utilizado na assistência naquele dia; higienizar com antisséptico padronizado pelo SCIH (atualmente Incidin ) monitores e bombas (equipamentos médico hospitalares ao final de cada plantão), considerando a compatibilidade do produto com o material a ser higienizado; realizar rigorosamente limpeza e desinfecção concorrente no mínimo 2 vezes ao dia das superfícies (chão, mobiliário e especialmente banheiros); após a alta, realizar limpeza terminal rigorosa e minuciosa das superfícies fixas, equipamentos, saída de gases, etc, da unidade do paciente. Atenção especial deve ser dada à inspeção dos colchões, com substituição daqueles que apresentarem furos ou danos; descartar os materiais de consumo diário que estavam no leito (esparadrapo, gaze, fralda, seringas, sondas, etc). Vale ressaltar a necessidade da limpeza das áreas e objetos adjuntos - posto de enfermagem, sala de prescrição, maçanetas, teclados de computadores, telefones e outros; 8

utilizar, sempre que possível, equipamentos exclusivos para o paciente, como esfigmomanômetro, estetoscópios, termômetros, glicosímetros, etc, e, caso não seja possível, realizar a desinfecção imediatamente após o uso; utilizar SEMPRE colchões com capa de proteção totalmente impermeável; os pacientes devem preferencialmente utilizar pijamas fornecidos pelo Hospital; a higienização de roupas intimas é de competência do paciente/familiares; orientar paciente, acompanhantes e visitantes quanto aos cuidados de precaução; restringir circulação de pessoas (estudantes, estagiários, visitantes e acompanhantes) na(s) unidade(s) acometida(s) por enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (vide POP unidade de isolamento e/ou consultar o SCIH); se o paciente for transferido da UTI para enfermaria: manter rigorosamente as precauções de contato e todas as recomendações pertinentes para o manejo do paciente dentro do hospital. A IDENTIFICAÇÃO DO CASO DEVE CONSTAR NO PRONTUÁRIO; realizar banho diário com clorexidina degermante 4% em todos os pacientes portadores de BMR; manter os pacientes com bactérias multirresistentes em secreção traqueal com sistema de aspiração fechado. Caso seja necessário aspirar com o sistema aberto, as portas e/ou cortinas devem ser fechadas; recomendamos o ISOLAMENTO (quartos individuais) para pacientes colonizados/infectados por enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (EPC) e àqueles com bactérias resistentes com secreções incontidas, como secreção traqueal (em traqueostomizados), feridas e diarréia (consultar SCIH); bebês de mães colonizadas/infectadas por BMR serão mantidas, sempre que possível junto às mães. Os cuidados de higiene do bebê devem ser realizadas no quarto, mantendo-se a precaução de contato. Nesta situação atentar que o bebê não seja de risco, ou seja, candidato a ser admitido na UTI Neonatal. Os cuidados (banho, peso, avaliação clínica) ao RN nesta situação devem ser realizados de forma individualizada no quarto; para realização de exames complementares, seguir as orientações específicas (POP 02/SCIH/2014); as pranchetas e prontuários não devem ser apoiados no ambiente do paciente (mesinhas de cabeceira, camas, poltronas, etc). 4 - ACOMPANHANTES E VISITANTES DAS UNIDADES (EXCETO CLÍNICA MÉDICA 1) 9

4.1. Dos acompanhantes: Os acompanhantes NÃO PODERÃO executar nenhuma tarefa da assistência a saúde, como auxiliar em trocas de fraldas, banho, etc, apenas na alimentação; os acompanhantes deverão ser e estar orientados sobre as rotinas do serviço e dos cuidados, independente da unidade em que estão internados seus familiares; os acompanhantes NÃO podem sair do quarto; os acompanhantes usam o mesmo banheiro dos pacientes; os acompanhantes não utilizarão Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs); os acompanhantes não poderão ir à lanchonete ou ao refeitório, bem como NÃO poderão trazer alimentos externos, suas refeições serão servidas no quarto; a troca de acompanhantes segue as determinações de horários da Instituição podendo ser realizada até as 21 h; os acompanhantes de pacientes independentes deverão ser orientados a pernoitar em casa, ou se necessário, serem encaminhados ao Serviço Social que irá avaliar e oferecer/sugerir a opção de pernoite fora do hospital; os acompanhantes invariavelmente deverão ser orientados sobre os cuidados por toda a equipe de assistência, inclusive pelo SCIH; todos os acompanhantes e visitas deverão ter o conhecimento básico de cuidados (oferecer o folder de orientação anexo 1). 4.2. Das visitas (Unidades de Internação exceto CM 1) Para pacientes em ISOLAMENTO serão restritas a um visitante por VEZ; para pacientes em PRECAUÇÃO DE CONTATO não haverá restrições. 4.3. Controle de visitas e acompanhantes. O acesso aos visitantes para pacientes em ISOLAMENTO deve ser de acordo com as orientações acima, sendo as exceções tratadas com a chefia de enfermagem do setor; o SCIH atualizará o censo no período da manhã, até as 10h; no censo de cada unidade estará a orientação do tipo de precaução. 5- TRANSPORTE, TRANSFERÊNCIA E REMOÇÃO. 10

5.1.Identificação: Para pacientes colonizados e/ou infectados quando transferidos ou removidos para realizar exames internos ou externos; forem encaminhados a outra unidade de serviço, como Centro Cirúrgico, Hemodinâmica, outra unidade de internação; e/ou forem removidos para outra unidade hospitalar: Avisar a unidade/local ao agendar exame ou ao solicitar a transferência; carimbar a requisição do exame ou relatório de transferência com o carimbo PACIENTE COLONIZADO/INFECTADO POR BACTÉRIA MULTIRRESISTENTE, presente na unidade; encaminhar com prancheta VERMELHA (exceto para transferências); colocar prontuários/pranchetas em saco plástico fechado; avisar o servidor do serviço de transporte (quando for o caso); quando o paciente for transferido para outra unidade de saúde, avisar o SCIH da unidade receptora. 5.2. Informação de dados: em casos de transferências entre setores, repassar à equipe assistencial da unidade receptora do paciente todas as informações pertinentes; os profissionais da equipe assistencial receptora do paciente devem conferir no censo se há algum registro de informação sobre BMR e precaução/isolamento; deverão ser informados em caso de transferência para outra unidade hospitalar: a equipe assistencial da ambulância ou veículo de transporte, Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (da unidade receptora), pessoal responsável pela central de regulação de UTI, pessoal assistencial da unidade receptora; é de competência da Unidade de Transporte (ambulância, helicópteros, etc) a garantia da limpeza e desinfecção do veículo. 6- ATENDIMENTO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 6.1. Equipe multidisciplinar: todos os integrantes da equipe multidisciplinar deverão seguir as orientações de precauções sinalizadas; em áreas consideradas restritas e de isolamento o número de pessoas circulantes deve restringir-se às da assistência direta ao paciente; 11

o uso de avental de proteção e luvas é obrigatório no contato direto com o paciente, outros EPIs de acordo com os riscos de exposição a sangue e secreções; a roupa de área restrita (calça e camisa) destina-se aos servidores que realizam assistência integral na unidade, sendo PROIBIDO circular em outras unidades, exceto em cumprimento de suas atividades, como encaminhar exames, encaminhar pacientes para exames (neste caso deve estar também usando o avental e luvas), etc; o escriturário do setor NÃO deve utilizar roupas de áreas restritas (usar o jaleco de identificação); excepcionalmente, se o servidor da enfermagem tiver que buscar medicamentos ou dirigir-se a uma área limpa, deverá utilizar um jaleco sobre a roupa de uso restrito ou trocar a camisa; profissionais que vão fazer avaliações de pacientes, mas que não são exclusivos da área, como médicos, fisioterapeutas, etc., não precisam usar roupas de área restrita, apenas o avental e luvas; A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS É ESSENCIAL A TODA EQUIPE; FICA PROIBIDO UTILIZAR TELEFONES CELULARES DURANTE O ATENDIMENTO AO PACIENTE, assim como utilizá-los como relógio para verificar sinais vitais, ou mesmo como lanterna; toda a equipe multidisciplinar deve conhecer as orientações básicas de cuidados (resumo disponível no folder da CCIH- anexo 2). 6.2. Equipe médica: Deve utilizar os EPIs preconizados de acordo com o tipo de precaução; os materiais assistenciais devem ser individualizados, levados a beira do leito apenas o que será utilizado; deve evitar utilizar seus estetoscópios, utilizar os da unidade, sempre higienizando antes e após o uso (conforme POP 04/SCIH/2014). 6.3. Equipe de enfermagem: Deve utilizar os EPIs preconizados de acordo com o tipo de precaução; os materiais assistenciais devem ser individualizados, levados a beira do leito apenas o que será utilizado; a higienização de equipamentos ao final de cada turno de trabalho É ESSENCIAL! (conforme POP 04/SCIH/2014). 12

6.4. Equipe da Nutrição: Para entrar no quarto para oferecer a alimentação não é necessária qualquer paramentação; serão oferecidos os alimentos em recipientes descartáveis, evitando materiais como bandejas e talheres que precisem ser reprocessados; caso algum material precise ser reutilizado (bandejas ou talheres), devem ser acondicionados em sacos plásticos, depositados em ambiente específico (parte inferior do carrinho) e encaminhados imediatamente para a higienização na cozinha; para coleta das bandejas e utensílios, utilizar luvas descartáveis (trocar somente quando necessário, e nesse caso, higienizar as mãos); às copeiras solicitamos que não abram as portas com as mãos enluvadas; higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool gel conforme preconizado pelo SCIH; os resíduos (restos de comida) serão embalados em saco para lixo comum e desprezados no contentor da unidade; para a entrevista de avaliação nutricional, desde que não haja contato físico direto, não é necessária a paramentação com avental e luvas. 6.5. Equipe da Fonoaudiologia: Deve utilizar os EPIs preconizados de acordo com o tipo de precaução; os materiais assistenciais devem ser individualizados, levados a beira do leito apenas o que será utilizado; evitar realizar recortes de bandagens, fitas, etc a beira do leito, utilizar bandejas, se necessário, para auxilio; materiais reutilizados devem necessariamente serem limpos e desinfetados entre um paciente e outro (conforme POP 04/SCIH/2014); não guardar em geladeira coletiva, garrafas com água (ou qualquer produto) que tenham sido utilizados no quarto do paciente. 6.6. Equipe da Fisioterapia: Deve utilizar os EPIs preconizados de acordo com o tipo de precaução; os materiais assistenciais devem ser individualizados, levados a beira do leito apenas o que será utilizado; 13

materiais reutilizados devem necessariamente ser limpos e desinfetados entre um paciente e outro (conforme POP 04/SCIH/2014); a deambulação de pacientes nos corredores É permitida, desde que não haja riscos de dispositivos invasivos tocarem superfícies e contaminarem o ambiente; os pacientes em precaução devem evitar permanecer em ambientes comuns. 6.7. Serviço Social e Psicologia: devem utilizar os EPIs de acordo com o preconizado; desde que não haja contato físico direto, não é necessária a paramentação com aventais e luvas. 6.8. Voluntários e Terapeutas da Alegria: devem seguir as orientações da chefia de enfermagem quanto às visitas; podem visitar os pacientes evitando tocá-los, ou ao ambiente, atentar aos casos de precaução respiratória; não poderão visitar a unidade de isolamento. 6.8. Higienização e Limpeza: Deve seguir as orientações dos POPs específicos; em todos os banheiros serão instalados dispensadores com SOLUÇÃO DESINFETANTE para que cada paciente higienize o assento do vaso sanitário ANTES e APÓS o uso (anexo 3), mantendo as condições de limpeza local mais adequados, considerando-se o uso compartilhado dos banheiros; os resíduos dos quartos de ISOLAMENTO devem ser tratados de acordo com a legislação vigente, portanto, será disponibilizado uma lixeira com saco BRANCO (INFECTANTE). 6.9. Lavanderia e Roupas Hospitalares: As roupas NUNCA podem ser depositadas no chão. Devem ser dispostas diretamente no hamper; nos quartos de isolamento das diversas unidades de internação, manter um hamper de roupas exclusivo; na Unidade de Isolamento (CMI) seguir a rotina atual; roupas com fezes devem ser sempre colocadas em sacos plásticos e depois colocados no hamper. 14

7. ORIENTAÇÕES DE ALTA HOSPITALAR 7.1.Para o domicílio: Identificar no cartão de alta: paciente portador de BMR com o Carimbo PACIENTE COLONIZADO/INFECTADO POR BACTÉRIA MULTIRRESISTENTE ; o paciente deverá receber um documento (relatório) que o identifique como portador de BMR (enterobactéria produtora de carbapenemase tipo KPC, NDM, VRE, etc) que terá importância para seu correto manejo, caso o paciente venha precisar de novas internações; é importante que o paciente e seus familiares sejam esclarecidos que, fora de um ambiente hospitalar, essas bactérias representam risco mínimo; oferecer o folder de orientação de cuidados em domicílio (anexo 5). 7.2. Para outra Unidade de Saúde: No relatório de transferência ou encaminhamento, deverá constar o nome da bactéria, a topografia em que foi isolado e se é colonização e/ou infecção, tratamento prévio e tempo de tratamento com antimicrobianos; informar as condições de colonização/infecção para: a equipe assistencial da ambulância ou veículo de transporte; o o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da unidade para onde o paciente será transferido; o pessoal responsável pela central de regulação de leitos da UTI (se for o caso); o pessoal assistencial da unidade para onde o paciente será transferido. 8. ENCAMINHAMENTO DE AMOSTRAS MICROBIOLÓGICAS A coleta de amostras de culturas devem seguir as orientações do Laboratório de Microbiologia; todas as amostras microbiológicas devem ser adequadas, desde a identificação, coleta, armazenamento e transporte para obtenção de resultados confiáveis; os swabs ou bronquinhos utilizados para coleta de amostra biológica devem ser identificados com o nome do paciente ANTES da realização do procedimento da coleta, sendo de responsabilidade do profissional que executou a coleta; 15

deve-se respeitar as normas de biossegurança, evitando-se contaminação pessoal e do meio ambiente; amostras em que forem isolados enterobactérias resistentes a carbapenêmicos, serão avaliados pelo laboratório de microbiologia para confirmação genotípica, segundo as orientações da DIVE/ANVISA e de acordo com as necessidades epidemiológicas de informações do SCIH/HU/UFSC. 9. COMUNICAÇÃO DE CASOS 9.1- A notificação de casos suspeitos e/ou confirmados tem caráter obrigatório. 9.2- Os casos (suspeitos e/ou confirmados) deverão ser notificados à CECISS toda sexta-feira via email: cecciss@saude.sc.gov.br através do preenchimento da máscara KPC, pelo SCIH. outras situações de detecção de BMR devem ser comunicados pelo SCIH em formulário específico: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=8934 10. DESCONTINUAÇÃO DA PRECAUÇÃO/ ISOLAMENTO DE CONTATO De acordo com a literatura consultada NÃO existem evidências suficientes que indiquem o momento ideal para a descontinuação da precaução/isolamento de contato para pacientes com BMR. Diante da escassez de leitos, optou-se por criar um fluxograma para orientação de conduta frente a pacientes portadores de BMR. 10.1. Pacientes colonizados/infectados por EPC: Paciente internados que apresentem colonização ou infecção por BMR (enterobactérias produtoras de carbapenemases (EPCs) ou resistência a carbapenêmicos, Acinetobacter baumannii, P. aeruginosa multirresistente, S. aureus resistente a oxacilina ou vancomicina, enterococo resistente a vancomicina, conforme tabela 1), devem ser mantidos em precaução de contato ou isolamento até a alta hospitalar, independente do tempo de internação e do resultado de culturas de vigilância posteriores ao diagnóstico. Pacientes colonizados/infectados por EPCs e readmitidos até 06 (seis) meses da alta hospitalar devem ser mantidos em ISOLAMENTO de contato durante as reinternações que ocorrerem neste período, independente do resultado da cultura de vigilância. 16

Pacientes colonizados/infectados por EPCs e readmitidos de 06 (seis) meses a um ano da alta hospitalar devem ser mantidos em ISOLAMENTO de contato e submetidos a coleta de 02 (dois) swabs de vigilância com intervalo de 07 (sete) dias, se os resultados forem negativos, a precaução de contato pode ser descontinuada. Pacientes em vigência de antimicrobianos, uso de antimicrobianos nos últimos 90 (noventa) dias, presença de feridas/úlceras abertas ou secreções incontidas devem ser mantidos em isolamento a despeito do resultado das culturas de vigilância. Após um ano da última cultura positiva para EPCs, não recomendamos ISOLAMENTO. Manter PRECAUÇÃO PADRÃO. Os exames são coletados de acordo com a necessidade do paciente e rotina institucional (sem indicação de Swab de vigilância). 10.2 - Pacientes colonizados/infectados por outras BMR: Pacientes colonizados/infectados por outras BMR e readmitidos até 30 (trinta) dias da alta hospitalar devem ser mantidos em precaução de contato durante as reinternações que ocorrerem neste período, independente do resultado da cultura de vigilância. Pacientes colonizados/infectados por outras BMR e readmitidos entre 30 (trinta) dias e 6 meses da alta hospitalar devem ser mantidos em precaução de contato durante a reinternação e submetido a coleta de 02 (dois) swabs de vigilância com intervalo de 07 (sete) dias. Se os resultados forem negativos, a precaução de contato pode ser descontinuada. Pacientes em vigência de antimicrobianos, presença de feridas/úlceras abertas ou secreções incontidas devem ser mantidos em precaução de contato a despeito do resultado das culturas de vigilância. Após seis meses da última cultura positiva para BMR, não recomendamos PRECAUÇÃO. Manter PRECAUÇÃO PADRÃO. Os exames são coletados de acordo com a necessidade do paciente e rotina institucional (sem indicação de Swab de vigilância). Observar que a retirada de precaução de contato implica na manutenção de PRECAUÇÃO PADRÃO! 17

PARTE II CUIDADOS ESPECÍFICOS 11. UNIDADE DE ISOLAMENTO CLÍNICA MÉDICA I 11.1. Considerações Gerais: A Unidade atualmente denominada de Clinica Médica I foi escolhida como a de Isolamento devido suas características estruturais, dois leitos por quarto com um banheiro. 11.2. Pacientes ELEGÍVEIS: PORTADORES (infectados e/ou colonizados) de enterobactérias resistentes a carbapenêmicos, A. baumannii MR, P. aeruginosa resistente a carbapenêmicos. pacientes com diarréia comprovada por C. difficile; pacientes portadores de Enterococos resistentes a vancomicina (VRE); pacientes que aguardam resultados de cultura de vigilância (não podem compartilhar quarto com aqueles sabidamente em isolamento); pacientes que são admitidos pela emergência com histórico de colonização/infecção por BMR. OBS. Pacientes com suspeita de doenças de transmissão respiratória que necessitem quarto de isolamento, como tuberculose se enquadram nesta situação. 11.3. Pacientes NÃO ELEGÍVEIS para internação na CMI Pacientes da onco-hematologia colonizados/infectados que serão submetidos a quimioterapia, com risco de neutropenia, inclusive os portadores de VRE*; grandes queimados (devem permanecer na UIC II, mesmo colonizados ou infectados); transplantados de fígado (devem ser mantidos no leito exclusivo na UIC I); crianças devem ser isoladas na Unidade de Pediatria; gestantes e puérperas devem ser mantidos em isolamento no Alojamento Conjunto os recém-nascidos permanecem com suas mães, sempre que possível, mesmo sendo infectada/colonizada por BMR; casos especiais deverão ser discutidos com a equipe multidisciplinar e SCIH. 18

11.4. Acompanhantes e Visitantes 11.4.1. Dos acompanhantes: Os acompanhantes NÃO PODEM executar nenhuma tarefa da assistência a saúde, como auxiliar em trocas de fraldas, banho, etc, apenas na alimentação; os acompanhantes devem ser e estar orientados sobre as rotinas do serviço e dos cuidados independente da unidade em que estão internados seus familiares; o acompanhante NÃO pode sair do quarto; os acompanhantes usam o mesmo banheiro dos pacientes; os acompanhantes não poderão ir à lanchonete ou ao refeitório, bem como NÂO poderão trazer alimentos externos, suas refeições serão servidas no quarto; a troca de acompanhantes será permitida até as 21h, sendo que a troca deve ser efetivada na portaria após identificação e troca dos crachás; os acompanhantes de pacientes independentes deverão ser encaminhados ao Serviço Social que irá avaliar e oferecer/sugerir a opção de pernoite fora do hospital; os acompanhantes invariavelmente deverão ser orientados sobre os cuidados por toda a equipe de assistência, inclusive pelo SCIH. 11.4.2- Das visitas: Serão restritas a dois visitantes por turno, sendo um por vez, das 14h às 16h e das 20h às 21h. 11.4.3- Controle de visitas e acompanhantes. O acesso aos visitantes para a Clinica Médica I deve ser de acordo com as orientações acima, sendo as exceções tratadas com a chefia de enfermagem do setor; o SCIH atualizará o censo no período da manhã, até as 10h; no censo de cada unidade estará sinalizada a presença de BMR e a orientação do tipo de precaução; a portaria deverá identificar os visitantes e acompanhantes da CMI com crachá específico (POP-CCIH 2015.06); visitantes e acompanhantes sem identificação na CLINICA MÉDICA I deverão ser convidados a se identificarem na portaria. 11.5. Do fluxo de pacientes/vagas: Apenas serão admitidos na unidade da CLINICA MÉDICA I, pacientes sabidamente portadores ou com suspeitas de BMR; 19

far-se-á coorte de pacientes ou seja, até dois pacientes com bactérias com mesmo perfil de sensibilidade; preferencialmente, pacientes com cultura de vigilância em andamento devem permanecer em quarto individual com cuidados de precaução, para evitar colonização. Se cultura for negativa, ser remanejado para outra unidade; todos os pacientes com alta da UTI aguardando resultados de cultura de vigilância devem ser encaminhados a CMI até serem liberados os resultado de exames; não havendo vaga na CMI, o paciente pode ir para qualquer unidade do hospital, porém deve ser mantido em PRECAUÇÃO DE CONTATO PREVENTIVA; todos os pacientes que são internados pela emergência e estão com suspeita ou confirmação de serem portadoras de BMR devem ser encaminhados para a CMI. 11.6. Atividades assistenciais (visitas médicas, residentes multiprofissionais, fisioterapeutas e outros): Utilizar roupas de uso restrito em caso de atividade em tempo integral; neste caso, vestir (uniforme completo) ao entrar na unidade e, ao sair, trocar de roupa; deixar pacientes desta unidade para serem avaliados e prescritos por último; não utilizar equipamentos pessoais, apenas os da unidade; utilizar EPIs para executar atividades de assistência (OBRIGATÓRIO); é PROIBIDO utilizar aventais nas áreas de prescrição/posto de enfermagem, mesmo que limpos; HIGIENIZAR AS MÃOS; NÃO UTILIZAR TELEFONES CELULARES NO MOMENTO DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE. 11.7. Alunos, estagiários, residentes: Não serão permitidos estagiários de nível técnico assistindo aos pacientes colonizados/infectados (em qualquer unidade de internação em isolamento); alunos da graduação, pós-graduação e estagiários em geral que examinam/realizam procedimentos só poderão executar suas atividades após realizar a capacitação oferecida pelo SCIH. A partir de 01/04/2015 as chefias de unidade estarão autorizadas a solicitar que os mesmos se retirem do campo de estágio se não comprovarem capacitação (selo de participação oferecido pelo SCIH); os alunos de graduação serão distribuídos conforme segue: 20

Medicina: até 04 (quatro) doutorandos que estão em estágio da Clínica Médica e 01 (um) da Clínica Cirúrgica, no período matutino; Enfermagem: até 04 (quatro) alunos no período matutino e 04 (quatro) alunos no período vespertino; Obs.: somente a partir da quarta fase; Fonoaudiologia: 01 (um) estagiário; as roupas de uso restrito dos acadêmicos de graduação devem ser retiradas diariamente na lavanderia, sendo PROIBIDA a utilização das roupas destinadas à equipe de assistência; o uso de roupas de uso restrito NÃO implica na dispensa de uso de aventais de proteção durante a assistência a saúde (exame clínico, procedimentos, manipulação de equipamentos, e outros). 12- TRATAMENTO DE INFECÇÕES POR ENTEROBACTÉRIAS PRODUTORAS DE CARBAPENEMASES ou RESISTENTES A CARBAPENÊMICOS Por tratar-se de uma nova situação e até o momento não existirem evidências sólidas sobre qual é o tratamento antimicrobiano apropriado para infecções por enterobactérias produtoras de carbapenemases, fazemos uma sugestão terapêutica de acordo com as drogas disponíveis e conforme a literatura, considerando que há apenas 3 (TRÊS) drogas com perfil de sensibilidade: POLIMIXINA B (ou colistina), AMINOGLICOSÍDEOS (Amicacina) e TIGECICLINA. Promovemos as prescrições com posologias baseadas em conceitos de PK/PD e enfatizando a importância das doses de ataque de antimicrobianos hidrofílicos (ex: b- lactâmicos, glicopeptídeos, aminoglicosídeos e polimixinas) em pacientes criticamente enfermos. 12.1- Terapia Empírica: A terapêutica para infecções por enterobactérias multirresistentes se baseia na utilização de polimixina B em associação com um (1) ou mais dos antimicrobianos listados abaixo: Aminoglicosídeos (gentamicina ou amicacina) Carbapenêmicos (meropenem ou doripenem) 21

Tigeciclina Sempre usar associações de dois ou três antimicrobianos, sendo um deles a Polimixina B, disponível em nosso serviço. Deve-se evitar a utilização de monoterapias pelo risco de rápido desenvolvimento de resistência, exceto nas infecções urinárias não complicadas. A escolha do(s) fármaco(s) de associação com Polimixina B deve ser baseada preferencialmente, no perfil de susceptibilidade esperado aos referidos medicamentos das enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos detectadas no hospital (ver o MIC). Devese considerar igualmente o local de infecção e a penetração esperada do antimicrobiano na escolha da droga a ser utilizada na combinação. Considerar a farmacocinética/farmacodinâmica dos antimicrobianos, mantendo infusão prolongada para os antimicrobianos tempo dependentes, como carbapenêmicos, piperacilina/tazobactam e outros betalactâmicos como cefepime, bem como aminoglicosídios, polimixina e glicopeptídios. 12.2- Após a determinação do perfil de sensibilidade Após a liberação do perfil de sensibilidade deve-se adequar o uso dos medicamentos. Sempre que possível, manter no mínimo 2 (dois) fármacos com sensibilidade comprovada in vitro. Não havendo sensibilidade a uma segunda droga (suscetibilidade apenas à Polimixina B), recomenda-se manter a terapia combinada de Polimixina B com Carbapenêmicos (Meropenem) ou Tigeciclina, na tentativa de ocorrência de sinergismo entre elas de acordo com a topografia infecciosa. No caso de resistência às Polimixinas (concentrações inibitórias mínimas [CIMs] > 2 mg/l), recomenda-se a associação de dois ou três dos antimicrobianos sugeridos para a combinação. 12.3- Critérios interpretativos para avaliação da sensibilidade de enterobactérias Em todos os testes de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA) de enterobactérias são utilizadas as normas do Clinical and Laboratory Standards Institute do ano vigente e da Nota Técnica da ANVISA Nº. 01/2013. A literatura cita a necessidade de terapia combinada de pelo menos duas drogas em todos os casos, porém, mais estudos são necessários para a escolha da melhor terapia. 22

Tabela 3 Sugestão de terapia antimicrobiana para infecções por EPCs de acordo com topografia Cepas de enterobactérias produtoras de carbapenemases+ ou resistentes a meropenem ou imipenem Sitio de Infecção 1ª escolha Pneumonia Polimixina + aminoglicosídeo + meropenem ITU Gentamicina ou amicacina Bacteremia Polimixina + aminoglicosídeo+ meropenem Intra-abdominal Tigeciclina + aminoglicosídeo Pele e partes moles SNC Polimixina Osteo-articular Tigeciclina + aminoglicosídeo Tabela 4.Posologia dos antimicrobianos a serem prescritos. Antibióticos Dose / correção renal Polimixina B Tigeciclina* Meropenem Amicacina Gentamicina 2,5 mg/kg/dia (1,0 mg de sulfato de polimixina B = 10.000 UI). Divididos de 12/12horas, correr em infusão prolongada de pelo menos 03 horas. Sem ajuste pela função renal. Dose de ataque 100 mg, seguidos de manutenção 50 mg de 12/12 h. (há recomendações fora de bula de uso de doses dobradas em terapias para enterobactérias R a carbapenêmicos). Ajuste em Insuficiência Hepática grave, 50% da dose habitual. Recomenda-se a dose máxima para adultos 2,0g de 8/8h em infusão prolongada pelo menos 03 horas, (para crianças a dose varia de 60mg a 120mg/kg/dia, e o preconizado é a dose máxima). Ajuste em disfunção renal. 15 mg /kg/dose dia uma vez ao dia, correr em uma (01) hora. Ajuste em disfunção renal. 3,0 a 5,0mg/kg/dia uma vez ao dia, correr em uma (01) hora. 13- CRONOGRAMA Ações Responsáveis Período Elaboração do plano Dra. Ivete, Dra. Patricia, Enf. Taise e Enf. Gilson Novembro e dezembro de 2014. Aprovação do Plano pela Dr. Carlos Alberto Justo da Dezembro de 2014. Direção Geral do HU/UFSC Silva Autorização da Direção a partir de 01/04/2015 para que as chefias de unidade sejam autorizadas a retirar do campo de estágio aqueles que não Dr. Carlos Alberto Justo da Silva Dezembro de 2014. 23

comprovarem capacitação (selo de participação oferecido pelo SCIH); Capacitação da equipe da Clinica Médica I Capacitação da equipe de higienização e limpeza Instalação de dispensadores de desinfetante nos banheiros Equipe do SCIH Equipe do SCIH e enfermeira responsável pelo serviço de higienização e limpeza (Adservi) Enf. Gilson, Henrique e equipe da Higienização e Dezembro de 2014 e janeiro de 2015 Dezembro de 2014 a janeiro de 2015 Dezembro de 2014 a março de 2015. limpeza. Confecção de crachás CMSG Dezembro 2014 a janeiro Colocação de adesivos com orientações de limpeza e desinfecção dos vasos sanitários Aquisição de carrinhos de medicamentos e apoio Monitoramento de resultados Elaboração e implantação de POP de visitantes e acompanhantes Revisão do POP Estagiários do SCIH e Henrique Dra. Ivete Masukawa especificação Nélio F. Schimitt- aquisição Enfa. Taise, Dra. Ivete e Dra. Patricia Dra. Ivete, Enf. Taise, Enf. Gilson, Gilberto Santos Dra. Ivete, Enf. Taise, Enf. Gilson, Dra. Patricia 2015. Dezembro de 2014 a março de 2015. Dezembro 2014. Dezembro de 2014- janeiro 2015. Janeiro de 2015 a dezembro de 2015. Janeiro de 2015. Julho de 2015. 14- BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS 1. Brasil. Ministério da Saúde. Anvisa. NOTA TÉCNICA Nº 01/2013. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES POR ENTEROBACTÉRIAS MULTIRESISTENTES. 2. cdc.org. Guidance for Control of Infections with Carbapenem-Resistant or Carbapenemase Producing Enterobacteriaceae in Acute Care Facilities. March20, 2009/58(10);256-260. 24

3. cdc.org. Guidance for Control of Carbapenem-resistant Enterobacteriaceae (CRE). Center Of Diseasel Control And Prevention, 2012. 32 p. Disponível em: <http://www.cdc.gov/hai/pdfs/cre/cre-guidance-508.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2015. 3. cdc.org. Management of Multidrug - Resistant Organisms In Healthcare Settings,2006. 4. Protocolo para Manejo de Surto de Enterobactérias Produtoras de Carbapenemase Tipo KPC do Distrito Federal, 2011. 5. Guia de utilização de anti-infecciosos e recomendações para prevenção de infecções hospitalares. Hospital das Clinicas da FMUSP, 2012. 6. Magiorakos, P., Srinivasan, A., Carey, R.B., Carmeli, Y., Falagas, M.E., Giske, C.G., Harbarth, S., Hindler, J. F., Kahlmeter, G., Olsson-Liljequist, B., Paterson, D. L., Rice, L. B., Stelling, J., Struelens, M. J.,Vatopoulos, A., Weber, J.T., and Monnet, D. L.,. Multidrugresistant, extensively drug-resistant and pandrug-resistant bacteria: an international expert proposal for interim standard definitions for acquired resistance. Clin Microbiol Infect. 2012;18:268 281. 7. SIEGEL, Jane D. et al. Management of Multidrug-Resistant Organisms In Healthcare Settings. Center Of Diseasel Control And Prevention, 2006. 74 p. Disponível em: <http://www.cdc.gov/hicpac/pdf/mdro/mdroguideline2006.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2015. 8. TACCONELLI, E. et al. ESCMID guidelines for the management of the infection control measures to reduce transmission of multidrug-resistant Gram-negative bacteria in hospitalized patients. Clin Microbiol Infect, v. 20, n. 1, p.1-55, 2014 9. Zavascki,A. P.; Bulitta,J.B., Landersdorfer. C.B., Combination Therapy for Carbapenem-resistant Gram-negative Bacteria. Expert Rev Anti Infect Ther. 2013;11(12):1333-1353. 10. http://www.hu.ufsc.br/setores/ccih/documentos/rotinasmanuais/, acesso em 31 de agosto de 2015. 25

ANEXO 1 26

ANEXO2 27

ANEXO 3 LIMPE O ASSENTO DO VASO SANITÁRIO ANTES E APÓS CADA USO COM PAPEL E DESINFETANTE. FAÇA SUA PARTE, COLABORE! 28

ANEXO 4 29

Anexo 5 30