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Transcrição:

PROCESSO: 0093800-53.2008.5.01.0033 - RTOrd Acórdão - 7a Turma RECLAMAÇÃO TRABALHISTA CONTRA EMPREGADOR PARA O QUAL O RECLAMANTE JAMAIS PRESTOU SERVIÇOS. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS Não é o nome fantasia que individualiza a pessoa jurídica e, sim, o número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). Observado que a parteautora trabalhou para outra sociedade empresária, mesmo sendo idêntico o nome fantasia, a improcedência é manifesta. Vistos estes autos de Recurso Ordinário em que figura como recorrente, FERNANDO RODRIGUES SOUZA e como recorridas, COOPERATIVA NACIONAL DOS CONDUTORES DE MOTOCICLETA E AFINS. R E L A T Ó R I O Recorre ordinariamente a parte autora, às fls. 316/320, da r. sentença de fls. 311/313, da lavra do Juiz Robert de Assunção Aguiar da MM. 33ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, que rejeitou a preliminar arguida em defesa, para após, com resolução do mérito, julgar IMPROCEDENTES as pretensões deduzidas em juízo, na dicção do art. 269, I, do CPC(...). Busca a parte autora a reforma da r. sentença sustentando, em síntese, que a Pizzaria, filial Copacabana, foi aberta em 16.02.2005, no mês em que o reclamante foi admitido, como já comprovado pelo depoimento das testemunhas, no entanto, a Pizzaria, filial Tijuca, foi aberta em 03.05.2005, verificando-se, então, a CONFUSÃO PATRIMONIAL, o que configura fraude as normas trabalhistas(...). Ressalta que a existência de CNPJs diferentes faz parte da estratégia fraudulenta do proprietário das lojas Sr. Eduardo Lopes Rios 20263 Processo: 00938005320085010033 RO 1

Machado, no intuito de fraudar os preceitos da norma celetista, em particular o art. 9º da CLT, não realizando o registro na CTPS de seus empregados, conforme se verifica do depoimento de da testemunha de fls. 309. Argumenta, ainda, que não é razoável que, após inúmeras provas da existência de fraudes no contrato de trabalho denunciado pelo reclamante, entenda o juiz a quo que as pessoas jurídicas sejam distintas, pois o contrato firmado entre a Cooperativa e a Pizzaria, loja Copacabana, foi o mesmo contrato que deu origem a pretensa opção de adesão do reclamante, na condição de cooperado, quando o reclamante trabalhava para a filial da Tijuca (03.11.05), destacando que não existe contrato firmado entre a Cooperativa e a Pizzaria, loja Tijuca. Contrarrazões da segunda reclamada (Pizzaria Casa Nostra Ltda), às fls. 336/341, sem arguições preliminares. Deixou-se de dar vistas ao Ministério Público do Trabalho, por não se tratar de hipótese que o Parquet entenda justificar sua intervenção, conforme relação constante no Anexo ao Ofício PRT/1ª Reg. nº 131/04 - GAB, de 23/03/04, em consonância com o disposto no Provimento nº 01/2005, da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho. V O T O Admissibilidade Conheço do recurso interposto pela parte autora por tempestivo (v. fls. 314/316) e subscrito por advogado regularmente constituído nos autos (v. fl. 12). Deferida a gratuidade de justiça ao reclamante (v. fl. 313). Questão meritória Reconhecimento vínculo de emprego - fraude - cooperativa Ajuizou a parte autora reclamação trabalhista contra a Cooperativa Nacional dos Condutores de Motocicleta e Afins e Pizzaria Casa Nostra (Copacabana CNPJ 07.240.352/0001-63), pretendendo o reconhecimento do vínculo empregatício diretamente com a segunda reclamada no período de 01.02.05 a 30.08.06, bem como as respectivas anotações na CTPS do reclamante, com o respectivo pagamento das obrigações trabalhistas(...), além da declaração e reconhecimento de fraude na condição de cooperado, com a primeira reclamada, dada a exclusividade de trabalho para um único tomador com serviços destinados à atividade fim deste, objetivando o reconhecimento 20263 Processo: 00938005320085010033 RO 2

do vínculo com o real empregador do obreiro. realizada através de cooperativa. (v. fls. 4, 115 e 116) Apresentou a primeira reclamada (COOMERJ) defesa escrita, sob a forma de contestação, às fls. 170/181, salientando, dentre outros argumentos, que o autor jamais prestou serviços para a Bella Capri franquia Copacabana, sendo certo que prestou serviços através da primeira reclamada, como cooperativado, para a pizzaria Bella Capri franquia Tijuca. (v. fl. 170 grifei) Anexa, dentre outros documentos, recibos de pagamento (v. fls. 182/186); termo de adesão (v. fl. 187) e convênio para prestação de serviços (v. fls. 193/200). A segunda reclamada, por sua vez, apresentou resposta ao pedido inicial, às fls. 292/295, arguindo, preliminarmente, ilegitimidade passiva ad causam, sob a alegação de que o reclamante jamais laborou na empresa ré, PIZZARIA CASA NOSTRA LTDA, cujo nome fantasia é PIZZARIA BELLA CAPRI DELIVERY. Em continuidade, ressalta que algum equívoco deve ter ocorrido, até mesmo porque apesar de estar situada no endereço efetivamente apontado pelo rte. (rua Belford Roxo 197, loja - Copacabana), este jamais fez parte de seus quadros e nunca trabalhou no local, apesar da contestante tomar os serviços dos cooperativados da primeira reclamada. (v. fl. 293) No mérito, afirma que está igualmente prejudicada para dar resposta ao pedido do rte., vez que, como já dito, não houve entre as partes relação de emprego ou de prestação de serviço, esclarecendo que a denominação fantasia 'Bella Capri' é comum no mercado de pizzarias, havendo, inclusive, franquias com este nome. Entretanto, cada uma delas possui personalidade jurídica própria, não estando sob a direção, controle ou admininstração de outra, não se constituindo grupo seja industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica e sem que sua composição societária, independentes entre si, se beneficie economicamente do trabalho ou da produção umas das outras. Até mesmo nos casos de franquia, como os contratos, dessa natureza, prevêem apenas a cessão do uso de marcas, metódo de produção, de relacionamento com o mercado e, por vezes, o fornecimento de matéria prima ou de produtos acabados(...), a responsabilidade do franqueador está ausente, cabendo a cada franqueado assumir seus deveres e responder pelas omissões das obrigações sociais e trabalhistas. Entende, portanto, que este fato típico ao comércio de pizzas, pode ter confundido o rte., devendo ser ressaltado que a rda. não se enquadra 20263 Processo: 00938005320085010033 RO 3

em nenhuma dessas hipóteses, mas tem, tão somente, o direito ao uso do nome fantasia 'Bella Capri Delivery'. (v. fls. 294/295- grifos pertencentes ao texto original) Apresentou o reclamante razões finais, na forma de memoriais, às fls. 298/305, alegando que sempre trabalhou na PIZZARIA BELA CAPRI DELIVERY TIJUCA, situada na Rua Major Ávila 430, tendo trabalhado de 02.01.05 até 30.08.06, subordinado ao sócio Sr. Eduardo Lopes Rios Machado e recebia ordens diretamente da gerente Ana Lúcia Rodrigues Ribeiro e, posteriormente, de Carla Cristina Ramos Mateus. Ocorre que a Pizzaria Bella Capri Delivery- Tijuca fechou, em meados de 2008, sendo, também, o Sr. Eduardo Lopes Rios Machado, sócio da Pizzaria Bella Capri Delivery- Copacabana, que passou a responder pelos direitos adquiridos dos empregados da loja extinta. (v. fl. 300 grifei) Destaca que segundo o art. 10 CC art. 448 da CLT, qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados(...). Após regular instrução, a r. decisão julgou improcedentes as pretensões deduzidas em juízo, na dicção do artigo 269, I, do Código de Processo Civil, por entender que deverá a parte ajuizar ação contra o real tomador de serviços do reclamante, observando-se o CNPJ do mesmo e não o nome fantasia ou a existência de sócios comuns em outras franquias, já que estes somente respondem quando desconsiderada a personalidade jurídica, em uma futura e eventual execução. (v. fl. 312- grifei) Incensurável a r. decisão. Busca a parte autora a reforma da r. sentença sustentando, em síntese, que a Pizzaria, filial Copacabana, foi aberta em 16.02.2005, no mês em que o reclamante foi admitido, como já comprovado pelo depoimento das testemunhas, no entanto, a Pizzaria, filial Tijuca, foi aberta em 03.05.2005, verificando-se, então, a CONFUSÃO PATRIMONIAL, o que configura fraude as normas trabalhistas(...). Ressalta que a existência de CNPJs diferentes faz parte da estratégia fraudulenta do proprietário das lojas Sr. Eduardo Lopes Rios Machado, no intuito de fraudar os preceitos da norma celetista, em particular o art. 9º da CLT, não realizando o registro na CTPS de seus empregados, conforme se verifica do depoimento de da testemunha de fls. 309. Argumenta, ainda, que não é razoável que, após inúmeras provas da existência de fraudes no contrato de trabalho denunciado pelo reclamante, entenda o juiz a quo que as pessoas jurídicas sejam distintas, pois o contrato 20263 Processo: 00938005320085010033 RO 4

firmado entre a Cooperativa e a Pizzaria, loja Copacabana, foi o mesmo contrato que deu origem a pretensa opção de adesão do reclamante, na condição de cooperado, quando o reclamante trabalhava para a filial da Tijuca (03.11.05), destacando que não existe contrato firmado entre a Cooperativa e a Pizzaria, loja Tijuca. Não merecem prosperar as argumentações recursais. No caso dos autos, não houve alteração na estrutura jurídica da empresa, como sustenta o ora recorrente, quando do oferecimento de suas razões finais, o fato inconteste é que existem duas empresas distintas, com CNPJ diferentes, situadas em localidade diversas, apesar de terem um sócio em comum e o mesmo nome fantasia. Contudo, o fato de existir um sócio em comum e o mesmo nome fantasia, não confere ao reclamante o direito de acionar empresa para qual nunca prestou serviços (Pizzaria Bella Capri Delivery Copacabana), tendo este confessado que sempre trabalhou na PIZZARIA BELLA CAPRI DELIVERY TIJUCA, situada na Rua Major Ávila 430, tendo trabalhado de 02.01.05 até 30.08.06, subordinado ao sócio Sr. Eduardo Lopes Rios Machado e recebia ordens diretamente da gerente Ana Lúcia Rodrigues Ribeiro e, posteriormente, de Carla Cristina Ramos Mateus. Ocorre que a Pizzaria Bella Capri Delivery- Tijuca fechou, em meados de 2008, sendo, também, o Sr. Eduardo Lopes Rios Machado, sócio da Pizzaria Bella Capri Delivery- Copacabana, que passou a responder pelos direitos adquiridos dos empregados da loja extinta. (v. fl. 300 grifei) Ora, o fato da real tomadora de serviços do reclamante ter fechado suas portas, não lhe dá o direito de acionar outra empresa, para qual nunca prestou serviços, pelo simples fato de existir um sócio em comum e o mesmo nome fantasia. Se existe fraude ou não na contratação realizada através de cooperativa, certo é que tal fato deve ser discutido perante a referida cooperativa e a real tomadora de serviços do reclamante, com citação da mesma na pessoa de seus sócios, caso não localizada a pessoa jurídica, destacando, ainda, que não é o nome fantasia que individualiza a pessoa jurídica, mas sim o CNPJ, em especial quando se admite a existência de franquias no mercado, como bem salienta a r. decisão. Nesse passo, agiu bem o r. Juízo ao julgar improcedentes as pretensões deduzidas na inicial, na forma do artigo 269, I, do Código de Processo Civil, ao fundamento de que deverá a parte ajuizar ação contra o real tomador de serviços do reclamante, observando-se o CNPJ do mesmo e 20263 Processo: 00938005320085010033 RO 5

não o nome fantasia ou a existência de sócios comuns em outras franquias, já que estes somente respondem quando desconsiderada a personalidade jurídica, em uma futura e eventual execução. (v. fl. 312- grifei) Por tais razões, nego provimento ao recurso. Pelo exposto, conheço do recurso, e, provimento. no mérito, nego-lhe Relatados e discutidos. A C O R D A M os Desembargadores da 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região, por unanimidade, conhecer e negar provimento ao recurso. Rio de Janeiro, 28 de abril de 2010. Juiz EVANDRO PEREIRA VALADÃO LOPES Relator rac 20263 Processo: 00938005320085010033 RO 6