PROTOCOLO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA FISIOTERAPIA - CTI

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Transcrição:

Data 07/2012 1- CONSIDERAÇÕES GERAIS O uso da ventilação mecânica não invasiva com pressão positiva (VMNI) para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada foi, certamente, um dos maiores avanços da ventilação mecânica nas últimas duas décadas. Apesar do seu uso ser relativamente recente, o grande número de estudos publicados até o presente momento, tornaram a aplicação dessa técnica mais baseada em evidências do que provavelmente qualquer outra medida de suporte ventilatório. Hoje não há dúvidas de que o uso da VMNI em grupos selecionados de pacientes é responsável pela diminuição da necessidade de intubação, mortalidade e custos do tratamento, motivo pelo qual o seu uso vem se tornando cada vez mais freqüente. Entretanto, como a VMNI é uma modalidade de suporte ventilatório parcial e sujeita a interrupções, essa técnica não deve ser utilizada em pacientes totalmente dependentes da ventilação mecânica para se manterem vivos. 2- PROPOSTA / ESCOPO A proposta do protocolo é padronizar a aplicação da VMNI no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), considerando principalmente a seleção, monitoração e cuidado do paciente, bem como o treinamento e capacitação da equipe. Além disso, tem os seguintes objetivos: Evitar a intubação traqueal Reduzir do tempo de VMI, tempo de internação no CTI e tempo de internação hospitalar; Reduzir complicações relacionadas à VMI como pneumonia associada à VMI (PAVM), sepse...; Reduzir mortalidade; Reduzir custos com internação hospitalar prolongada. 3- CONTEÚDO A seguir serão apresentadas as indicações, critérios de seleção, contra-indicações, modo de instalação, monitoração, cuidados com o paciente, critérios de falha, descontinuação e sucesso conforme as melhores evidências e recomendações para o uso da VMNI em ambiente hospitalar no tratamento de pacientes adultos com insuficiência respiratória aguda ou insuficiência respiratória crônica agudizada. Indicações: Exacerbação da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Edema Agudo Pulmonar Cardiogênico (EPC)

Data 07/2012 Imunocomprometidos Desmame do paciente com DPOC Desmame do paciente com Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Edema de glote que não necessite intubação imediata Critérios de seleção: Disfunção ventilatória moderada ou severa Necessidade de assistência ventilatória Taquipnéia, Dispnéia Uso de musculatura acessória e assincronia tóraco abdominal ph < 7.35 PCO 2 > 45 mmhg Contra-indicações: Parada cárdio-respiratória Instabilidade hemodinâmica (Infarto agudo do miocárdio, arritmia cardíaca grave) Sangramento gastrointestinal alto Cirurgia, queimadura, trauma, deformidade facial Cirurgia esofágica ou de via aérea alta Vômitos e distensão abdominal importante Alteração de sensório*, agitação * exceto DPOC Incapacidade de cooperar e proteger vias aéreas Pneumotórax não drenado Instalação: Montar o circuito com um aparelho específico de VMNI, traquéia, válvula exalatória e interface. A interface, primeiramente indicada é a facial (facial total ou facial simples) e conforme melhora do paciente tentar evoluir para máscara nasal. No caso da máscara possuir orifício de exalação, não há a necessidade de válvula exalatória no circuito. Explicar para o paciente o procedimento e os benefícios da VMNI. Nos casos de EPC e no desmame do paciente com ICC: o Usar preferencialmente o modo de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP). Iniciar com CPAP de 5 cmh 2 O e aumentar até no mínimo 10 cmh 2 O para manter SpO 2. > 90%. Se necessário fornecer oxigênio (O 2 ) suplementar. o Se além da hipoxemia o paciente apresentar hipercapnia, usar o modo de dois níveis de pressão nas vias aéreas (BiPAP ).

Data 07/2012 Iniciar com pressão inspiratória (IPAP) de 5 cmh 2 O e pressão expiratória (EPAP) de 0 cmh 2 O. Aumentar IPAP até VAC > 5 ml/kg e EPAP mínima de 10 cmh 2 O, aumentando para manter SpO 2 > 90%. Se necessário fornecer oxigênio (O 2 ) suplementar. Nos casos de exacerbação da DPOC, pacientes Imunocomprometidos, no desmame do paciente com DPOC e no edema de glote: o Usar preferencialmente o modo de dois níveis de pressão nas vias aéreas (BiPAP ). Iniciar com pressão inspiratória (IPAP) de 5 cmh 2 O e pressão expiratória (EPAP) de 0 cmh 2 O. Aumentar IPAP até VAC > 5 ml/kg e EPAP mínima de 5 cmh 2 O, aumentando para manter SpO 2 > 90%. Se necessário fornecer oxigênio (O 2 ) suplementar. Em todas as situações evitar pressões acima de 20 cmh 2 O. Após adaptação do paciente, fixar a máscara com fixadores apropriados e com o mínimo de tensão possível. Se necessário, é possível realizar nebulização ou administração de medicação spray pelo circuito da VMNI. Monitoração: Sincronia paciente-ventilador f, FC, TA e SpO2 VAC Escape Nível de consciência Gasometria arterial (se necessário) SE APÓS 30 MIN/1 HORA DO INÍCIO DA VMNI O PACIENTE NÃO APRESENTAR MELHORA CLÍNICA A INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL DEVE SER CONSIDERADA. SE O PACIENTE TOLERAR, ESTE DEVE PERMANECER COM A VMNI O MAIOR TEMPO POSSÍVEL NAS PRIMEIRAS 12 HORAS. Critérios de falha: Instabilidade hemodinâmica Diminuição do sensório Piora do padrão ventilatório

Data 07/2012 Piora da acidose respiratória Piora da oxigenação Intolerância à máscara Impossibilidade de manejar secreção Avaliar possíveis complicações e realizar ações para evitá-las ou minimizá-las: Desconforto o Ajustar máscara o Minimizar tensão dos fixadores o Tentar diferentes tipos e tamanhos de máscara Claustrofobia o Tentar diferentes tipos e tamanhos de máscara o Tranquilizar o paciente Lesão de pele / úlcera em pontos de apoio o Prevenção Tempo de uso necessário Máscara e fixação adequadas Aplicação de curativos com material hidrocolóide (pele artifical siliconada) Irritação ocular o Evitar escape aéreo o Ajustar máscara o Tentar diferentes tipos de máscara Dor / congestão / ressecamento nasal o Tempo de uso necessário o Tentar diferentes tipos de máscara o Sistema de umidificação Aspiração de conteúdo gástrico o Cuidado na seleção do paciente o Vigiar constantemente o paciente o Sonda gástrica quando apropriado

Data 07/2012 Distensão gástrica Dificuldade de manejar secreção brônquica / Pllugs o Fisioterapia respiratória o Adequada umidificação / hidratação Descontinuação da VMNI: Diminuir progressivamente os níveis de pressão positiva Aumentar progressivamente os períodos de ventilação espontânea Sucesso: Evitar intubação endotraqueal (24 horas sem VMNI e sem disfunção ventilatória pelo mesmo motivo do uso anterior) 4- MACROFLUXO Paciente com insuficiência respirató ria aguda PCR / IAM Alteração sensório / agitação Sangramento gastrointestinal alto Instabilidade hemodinâmica / arritmia cardíaca grave Cirurgia, trauma ou deformidade facial Cirurgia esofágica e via aérea alta Incapacidade cooperar, proteger via aérea e manejar secreções Distensão abdominal / vômitos Pneumotórax não drenado EAP, DPOC, Desmame DPOC ou ICC, Imuno, Estridor SIM Avaliar presença de contra-indicações de VNI SIM NÃO Médico Fisioterapeuta Considerar intubação traqueal NÃO EAP / Desmame ICC Modo: preferencialmente CPAP Iniciar: 5 cmh 2 0, até no mínimo 10 cmh 2 O para Sat>90% DPOC / Desmame DPOC / Imuno / Estridor EAP / Desmame ICC + hipercapnia Modo: BiPAP Iniciar PI:5 e PE:0 cmh 2 O IPAP até VAC = 6 8 ml/kg EPAP para Sat>90% Fisioterapeuta Médico Enfermagem Avaliar conforto e melhora clínica Por 1 hora NÃO SIM Manter em VNI por 12hs e REAVALIAR Médico Fisioterapeuta Enfermagem

Data 07/2012 5- INDICADORES DE QUALIDADE Adequação ao protocolo Número de pacientes que utilizam VMNI conforme indicação do protocolo / Número total de pacientes que utilizam VMNI X 100 META = 60% Percentual de sucesso da VMNI Número de pacientes que obtêm sucesso com a utilização da VMNI / Número de pacientes que utilizam VMNI conforme indicação do protocolo X 100 META = 60% 6- MATERIAS DE REFERÊNCIA 1. Brochard L. Noninvasive ventilation support. Curr Opin Crit Care 1999; 5:28-32. 2. Liesching T, Kwok H, Hill NS. Acute Applications of Noninvasive Positive Pressure Ventilation. CHEST 2003; 124: 699-713. 3. Ferrer M et al.early noninvasive ventilation averts extubation failure in patients at risk: a randomized trial. Am J Respir Crit Care Med 2006; 173(2): 164-70. 4. Nava S et al.noninvasive mechanical ventilation in the weaning of patients with respiratory failure due to chronic obstructive pulmonary disease. A randomized, controlled trial. Ann Intern Med 1998; 128(9): 721-8. 5. International Consensus Conferences in Intensive Care Medicine: noninvasive positive pressure ventilation in acute respiratory failure. Am J Respir Crit Care Med 2001; 163(1): 283-91. 6. Antonelli M et al. Noninvasive positive pressure ventilation using a helmet in patients with acute exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease: a feasibility study. Anesthesiology 2004; 100(1): 16-24.

Data 07/2012 7. Park M et al. Randomized, prospective trial of oxygen, continuous positive airway pressure, and bilevel positive airway pressure by face mask in acute cardiogenic pulmonary edema. Crit Care Med 2004; 32(12): 2407-15. Aprovações Gerência Diretoria Operacional Diretoria Técnica Médico Científica Editado por: Fabrícia Hoff Revisado por: Fabrícia Hoff Data Revisão:07/2012