Administração Pública, Gestão Orçamentária e de Pessoas

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Transcrição:

Poder Judiciário Escola Superior de Magistratura do Estado do Ceará - ESMEC Administração Pública, Gestão Orçamentária e de Pessoas Professor Adm. Leonel Oliveira, Ms. (adm.leoneloliveira@gmail.com) Fortaleza, CE 04 e 05 de maio de 2012

Introdução Gestão do Setor Público Poder Judiciário: Segundo Nogueira (2011) apenas 0,9% dos trabalhos acadêmicos retratam o tema gestão do Poder Judiciário nos anais e periódicos que dedicam ao tema, nos anos de 1995 a 2008. A visão de uma Justiça lenta e ineficiente é algo que vem sendo combatido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão criado pela Emenda Constitucional n.º 45/2004, popularmente conhecida por Reforma do Judiciário (BRASIL, 1988); Mas afinal, o que precisamos para termos uma melhor administração judiciária? Como se desenvolver como gestor público?

Afinal, o que é administrar? A Administração remonta à própria história do homem. Contudo, é a partir da Idade Média que começa a se consolidar, tendo o auge no período pós Revolução Industrial (MAXIMIANO, 2000); Bem, é preciso ter em mente os elementos que compõem uma organização (meios/recursos) e lembrar que há sempre objetivos a serem alcançados (fins); Logo, administrar é tomar decisões, em um contexto de restrições, acerca da melhor forma de se adequar os meios aos fins.; O Administrador é o ponto de intersecção de recursos, pessoas e competências no mundo moderno (CHIAVENATO, 2006); O campo de atuação do administrador inclui todos os tipos e portes de organizações do primeiro setor (governo), do segundo (empresas) e do terceiro (organizações sem fins lucrativos e não governamentais).

Abordagens Administrativas Abordagem Funcional da Administração: conjunto de processos que se integram e se influenciam mutuamente, em função das metas. Figura 1: Funções do processo administrativo. Fonte: Adaptado de Maximiano (2000).

Abordagens Administrativas Abordagem de Sistemas Abertos: organização como um sistema dinâmico que, por meio das funções administrativas, transforma seus insumos (recursos) em produtos e serviços, influenciando e sendo influenciada pelo meio externo. Figura 2: Abordagem de sistemas abertos Fonte: Adaptado de Dubrin (1998).

Administração no setor público Afinal, o que é administrar?...bem, é preciso ter em mente os elementos que compõem uma organização (meios/recursos) e lembrar que há sempre objetivos a serem alcançados (fins). Logo, administrar é tomar decisões, em um contexto de restrições, acerca da melhor forma de se adequar os meios aos fins. O Administrador é o ponto de intersecção de recursos, pessoas e competências no mundo moderno (CHIAVENATO, 2006). O campo de atuação do administrador inclui todos os tipos e portes de organizações do primeiro setor (governo), do segundo (empresas) e do terceiro (organizações sem fins lucrativos e não governamentais).

Administração no setor público

Características dos Gestores Públicos Características / Habilidades dos Gestores Públicos Técnicas: métodos e processos, normalmente adquiridos através das informações passadas em sala de aula; Interpessoais e de comunicação (humanas): desenvolvidas tanto dentro como fora do ambiente acadêmico; e Conceituais e de decisão: envolvem o reconhecimento de questões complexas, o exame de fatores múltiplos e conflitantes, bem como a resolução de problemas; O gestor público precisa, ainda, desenvolver competências, ou seja, a capacidade de mobilizar saberes, habilidades e atitudes desenvolvidos em sua vida social, no trabalho e na escola.

O GesPública O Governo Federal implementou em 2005 o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GesPública), decorrente da evolução de iniciativas voltadas à missão de contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados ao cidadão e o aumento da competitividade do país. Com abrangência nacional, o Programa é direcionado às organizações públicas em geral. Uma das vertentes de atuação do GesPública é o Prêmio Nacional da Gestão Pública (PQGF), reconhecida como instância de verificação do nível de gestão das instituições públicas, que usa como principal referência o Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP), baseado no atendimento aos princípios constitucionais do ser público e em fundamentos contemporâneos de boa gestão.

Eficiência x Eficácia x Efetividade Definições segundo o Dicionário de Administração (DUARTE, 2005): Eficiência: Capacidade de realizar corretamente, de forma racional e organizada, dentro de um processo, uma determinada tarefa; Eficácia: Capacidade de realizar corretamente todas as etapas de um plano, conseguindo, acertada e qualitativamente, o objetivo desejado, no tempo mais curto e da forma mais simples e econômica; Efetividade: Acompanhamento permanente do planejamento implantado, modificando-o e readaptando-o quando se fizer necessário, objetivando eficiência e eficácia. Portanto, resultado da eficiência e eficácia aplicadas.

Ser ou Estar Excelente? Portanto, a excelência não é um estado definitivo. Precisa ser encarada como uma busca constante, um norte a ser seguido, com perseverança e entusiasmo (FNQ, 2009).

Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP) O Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP) é um Modelo com padrão internacional, adaptado de diversos modelos de excelência em gestão, que respeita a natureza pública das organizações brasileiras. O MEGP é a representação de um sistema gerencial, constituído por 8 partes integradas, que orientam a adoção de práticas de excelência em gestão, com a finalidade de levar as organizações públicas brasileiras a padrões elevados de desempenho e de excelência em gestão. O MEGP é focado em resultados e orientado para o cidadão e a sociedade, com a premissa de ser excelente sem deixar de ser público. A estrutura de sustentação do Modelo tem em sua base os princípios constitucionais da Administração Pública e como pilares os fundamentos da excelência gerencial, representando o estado da arte em gestão.

Modelo de Excelência em Gestão O MEGP tem oito partes, espelhados em oito critérios usados como referenciais de excelência (requisitos), e pode ser dividido em 4 blocos, que se inter-relacionam, de maneira tal que possa ser implementado ciclos contínuos de avaliação e melhoria de gestão, a saber: 1. Liderança 2. Estratégia e Planos 3. Cidadãos 4. Sociedade 5. Informação e Conhecimento 6. Pessoas 7. Processos 8. Resultados

Modelo de Excelência em Gestão Pública

O CNJ e o Planejamento Estratégico O CNJ, através da Resolução nº. 70, de 18 de março de 2009, estabeleceu que o planejamento estratégico dos tribunais deve estar alinhado com o Plano Estratégico Nacional e seguir a metodologia do Balanced Scorecard. Ademais, com o objetivo de conferir maior continuidade administrativa aos tribunais, estabeleceu-se que o Plano Estratégico dos tribunais fosse de no mínimo de 05 anos e que contasse com aprovação no Tribunal Pleno ou Órgão Especial; Além disso foram definidas outras metas de nivelamento para serem alcançadas por todos os Tribunais, a seguir:

Metas de nivelamento de 2009 1. Desenvolver e/ou alinhar planejamento estratégico plurianual (mínimo de 05 anos) aos objetivos estratégicos do Poder Judiciário, com aprovação no Tribunal Pleno ou Órgão Especial; 2. Identificar e julgar todos os processos judiciais distribuídos (em 1º, 2º grau ou tribunais superiores) até 31/12/2005; 3. Informatizar todas as unidades judiciárias e interligá-las ao respectivo tribunal e à rede mundial de computadores (internet); 4. Informatizar e automatizar a distribuição de todos os processos e recursos; 5. Implantar sistema de gestão eletrônica da execução penal e mecanismo de acompanhamento eletrônico das prisões provisórias;

Metas de nivelamento de 2009 (cont.) 6. Capacitar o administrador de cada unidade judiciária em gestão de pessoas e de processos de trabalho, para imediata implantação de métodos de gerenciamento de rotinas; 7. Tornar acessíveis as informações processuais nos portais da rede mundial de computadores (internet), com andamento atualizado e conteúdo das decisões de todos os processos, respeitado o segredo de justiça; 8. Cadastrar todos os magistrados nos sistemas eletrônicos de acesso a informações sobre pessoas e bens e de comunicação de ordens judiciais (Bacenjud, Infojud, Renajud); 9. Implantar núcleo de controle interno; 10. Implantar o processo eletrônico em parcela de suas unidades judiciárias.

Primeiros resultados... Com a Meta 2, o Poder Judiciário começou a se alinhar com o direito constitucional de todos os cidadãos brasileiros que estabelece a duração razoável do processo na Justiça. Também foram definidas outras metas importantes para organizar o trabalho nas varas de Justiça, informatizar o Judiciário e proporcionar mais transparência à sociedade. Algumas metas traçadas para 2009 foram cumpridas quase totalmente, como a Meta 1, que teve percentual de cumprimento de 98,6%, e a meta 3, que atingiu 96,7%. Mas, apesar do esforço dos tribunais, algumas metas ficaram distantes do ideal, como a meta 2, cumprida em 60,7%, e a meta 5, em 63%. Para auxiliar os tribunais, o CNJ traçou um plano de ação para as metas não cumpridas, que continuaram a ser acompanhadas no ano seguinte.

Metas prioritárias de 2010 1. Julgar quantidade igual à de processos de conhecimento distribuídos em 2010 e parcela do estoque, com acompanhamento mensal; 2. Julgar todos os processos de conhecimento distribuídos (em 1º grau, 2º grau e tribunais superiores) até 31 de dezembro de 2006 e, quanto aos processos trabalhistas, eleitorais, militares e da competência do tribunal do Júri, até 31 de dezembro de 2007; 3. Reduzir a pelo menos 10% o acervo de processos na fase de cumprimento ou de execução e, a 20%, o acervo de execuções fiscais (referência: acervo em 31 de dezembro de 2009); 4. Lavrar e publicar todos os acórdãos em até 10 dias após a sessão de julgamento; 5. Implantar método de gerenciamento de rotinas (gestão de processos de trabalho) em pelo menos 50% das unidades judiciárias de 1º grau;

Metas prioritárias de 2010 (cont.) 6. Reduzir a pelo menos 2% o consumo per capita com energia, telefone, papel, água e combustível (ano de referência: 2009); 7. Disponibilizar mensalmente a produtividade dos magistrados no portal do tribunal; 8. Promover cursos de capacitação em administração judiciária, com no mínimo 40 horas, para 50% dos magistrados; 9. Ampliar para 2 Mbps a velocidade dos links entre o Tribunal e 100% das unidades judiciárias instaladas na capital e, no mínimo, 20% das unidades do interior; 10. Realizar, por meio eletrônico, 90% das comunicações oficiais entre os órgãos do Poder Judiciário.

Ações Estratégicas para 2010 Além das metas, o CNJ definiu as seguintes ações estratégicas para o ano: Plano de ação para os tribunais que ainda não cumpriram as Metas de Nivelamento de 2009; Ano da Justiça Criminal, com ações para reduzir a zero o número de presos em delegacias, entre outros objetivos; Publicação dos maiores litigantes; Implantação de juizados especiais da fazenda pública; Criação de centro de capacitação de servidores.

Metas nacionais de 2011 Foram selecionadas quatro metas para todo Judiciário e metas específicas para cada segmento de Justiça Trabalhista, Federal, Militar e Eleitoral, com exceção da Justiça Estadual. 1. Criar unidade de gerenciamento de projetos para auxiliar a implantação da gestão estratégica; 2. Implantar sistema de registro audiovisual de audiências em pelo menos uma unidade judiciária de primeiro grau em cada tribunal; 3. Julgar quantidade igual a de processos de conhecimento distribuídos em 2011 e parcela do estoque, com acompanhamento mensal. 4. Implantar pelo menos um programa de esclarecimento ao público sobre as funções, atividades e órgãos do Poder Judiciário em escolas ou quaisquer espaços públicos.

Compromissos da Justiça em 2011 Já as metas não atingidas nos anos anteriores continuam em acompanhamento, e quatro delas fazem parte da campanha Compromisso da Justiça com você em 2011: Julgar mais processos do que a quantidade que entrou na Justiça este ano; Julgar o estoque de processos propostos até 31 de dezembro de 2006 e, quanto aos processos trabalhistas, eleitorais, militares e de competência do tribunal do júri até 31 de dezembro de 2007; Após as sessões de julgamento, publicar os acórdãos em até dez dias; Publicar mensalmente a produtividade dos magistrados no portal do tribunal.

Comissão Nacional de Metas A Comissão Nacional de Metas foi criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para definir e acompanhar as metas de desempenho do Poder Judiciário. Instituída pela Portaria 44, de 27 de maio de 2011. A Comissão tem a missão de melhorar a interlocução com os tribunais e auxiliar a aprovação, o acompanhamento e a avaliação dos objetivos estipulados por gestores dos tribunais superiores e dos tribunais que integram as cinco subcomissões do projeto. As subcomissões recebem consultas, críticas e proposições relativas ao programa de metas nacionais, além do resultado da sua análise e de suas proposições. Posteriormente, repassam essas informações ao CNJ.

Metas nacionais de 2012 Metas Gerais de 2012 1. Julgar mais processos de conhecimento do que os distribuídos em 2012. 2. Julgar, até 31/12/2012, pelo menos, 80% dos processos distribuídos em 2007, no STJ; 70%, em 2009, na Justiça Militar da União; 50%, em 2007, na Justiça Federal; 50%, de 2007 a 2009, nos Juizados Especiais Federais e Turmas Recursais Federais; 80%, em 2008, na Justiça do Trabalho; 90%, de 2008 a 2009, na Justiça Eleitoral; 90%, de 2008 a 2010, na Justiça Militar dos Estados; e 90% em 2007, nas Turmas Recursais Estaduais, e no 2º Grau da Justiça Estadual. 3. Tornar acessíveis as informações processuais nos portais da rede mundial de computadores (internet), com andamento atualizado e conteúdo das decisões dos processos, respeitando o segredo de justiça.

Metas nacionais de 2012 (cont.) e de 2013 4. Constituir Núcleo de Cooperação Judiciária e instituir a figura do juiz de cooperação. 5. Implantar sistema eletrônico para consulta à tabela de custas e emissão de guia de recolhimento. Metas Gerais de 2013 1. Julgar mais processos de conhecimento do que os distribuídos em 2013. 2. Julgar, até 31/12/2013 pelo menos 80% dos processos distribuídos em 2008 no STJ; 70%, em 2010 na Justiça Militar da União; 50%, em 2008, na Justiça Federal; 50%, em 2010, nos Juizados Especiais Federais e Turmas Recursais Federais; 80%, em 2009, na Justiça do Trabalho; 90%, em 2010, na Justiça Eleitoral; 90%, em 2011, na justiça Militar dos Estados; e 90%, em 2008, nas Turmas Recursais Estaduais e no 2º Grau da Justiça Estadual.

O CNJ e o Planejamento Estratégico A Resolução n.º 76/2009 dispõe sobre os princípios do Sistema de Estatística do Poder Judiciário, estabelece seus indicadores, fixa prazos, determina penalidades e dá outras providências (CNJ, 2009): Relatório Justiça em Números: a) Grupos de Indicadores: I. Insumos, dotações e graus de utilização; II. Litigiosidade; III. Acesso à justiça; IV. Perfil das demandas.

Alguns conceitos Planejamento Estratégico É o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com o ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada (OLIVEIRA, 2002); Balanced Scorecard Veio preencher uma lacuna que havia nas organizações quanto à mensuração dos resultados, que ignoravam os indicadores não financeiros. Este modelo propõe um balanceamento entre quatro perspectivas organizacionais: sociedade, procedimentos internos, aprendizado e crescimento e planejamento e orçamento (KAPLAN; NORTON, 1997).

O CNJ e o Planejamento Estratégico Após a revisão do mapa estratégico foi o momento de definir quais seriam os indicadores estratégicos, os quais mostrarão o progresso da instituição para o alcance dos objetivos relacionados; as metas de curto (2010), médio (2011 e 2012) e longo prazos (2013 e 2014); e os projetos estratégicos, os quais operacionalizarão os objetivos; A definição dos indicadores estratégicos levou em consideração a listagem de indicadores fornecida pelo Conselho Nacional de Justiça. A partir desta lista, foram selecionados indiciadores relacionados aos objetivos estratégicos do TJCE e como nem todos puderam ser adaptados a alguns objetivos do TJCE, a Assessoria de Planejamento optou pela criação dos demais; Ao todo são 25 indicadores estratégicos, que serão mensurados trimestralmente, de acordo com a Resolução n.º 02, de 21 de janeiro de 2010.

Objetivo: Maximizar o acesso dos cidadãos à justiça PROJETO VINCULADO Virtualização dos processos judiciais e administrativos. INDICADOR Índice de virtualização dos processos Mede o percentual de processos virtualizados sobre o número total de processos. META 100% dos processos virtualizados até 2014.

Para o nosso próximo encontro... Trabalho em equipe de 4 (quatro) ou 5 (cinco) pessoas; Prazo final de entrega: 26 de maio (sábado); Escolham 3 (três) objetivos do Plano Estratégico do TJCE e descrevam quais atividades estão sendo desenvolvidas nos seus setores de trabalho para alcançá-los. Mínimo de 3 páginas. Formatação: Fonte: Times New Roman; Tamanho: 12; Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas; Alinhamento: justificado; Margens: Superior e Esquerda: 3 cm; Inferior e Direita: 2 cm; OBRIGADO!