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Transcrição:

RECLAMAÇÃO 24.192 GOIÁS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO RECLTE.(S) :FACEBOOK SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA ADV.(A/S) :PATRÍCIA HELENA MARTA MARTINS E OUTRO(A/S) RECLDO.(A/S) :PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ADV.(A/S) INTDO.(A/S) ADV.(A/S) ESTADO DE GOIÁS :SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS :FELIPE ALCÂNTARA PEIXOTO :CAMILA MORENO ALVES DE SÁ DECISÃO RECLAMAÇÃO ALEGAÇÃO DE EQUÍVOCO NA OBSERVÂNCIA DA REPERCUSSÃO GERAL NA ORIGEM RELEVÂNCIA LIMINAR DEFERIDA. 1. O assessor Dr. Vinicius de Andrade Prado prestou as seguintes informações: Facebook Serviços Online do Brasil Ltda. afirma haver o Presidente da Turma Recursal Cível e Criminal da 12ª Região do Estado de Goiás, no processo nº 5443352-36.2014.8.09.0131, usurpado a competência do Supremo. Segundo narra, o interessado ajuizou ação visando o recebimento de indenização por danos morais. Ressalta a procedência do pedido, no que condenada ao pagamento de R$ 5.000,00 a título de reparação por não ter removido conteúdo publicado por terceiro na rede social Facebook. Protocolado recurso inominado, foi desprovido. Sobreveio extraordinário, formalizado ante a alegada violação aos artigos 5º, incisos II, IV, IX, XIV e XXXV, e 220, parágrafos 1º, 2º e 6º, da Carta Federal, o qual teve a sequência obstada na origem, em razão do não

preenchimento dos requisitos do prequestionamento e da repercussão geral. Aponta a manutenção da óptica em sede de agravo. Assevera a demonstração da repercussão geral do tema versado no extraordinário e o prequestionamento implícito da matéria, uma vez dirimida a controvérsia sob a óptica constitucional. Destaca a interposição de declaratórios contra o acórdão atinente ao recurso inominado. Frisa o reconhecimento da repercussão maior da questão por este Tribunal no recurso extraordinário com agravo nº 660.861 (Tema 533). Articula com a erronia do ato impugnado no tocante à indicação dos Temas 797, 798 e 800 para fundamentar a inadmissão do extraordinário, por envolverem discussões desvinculadas do caso concreto, a saber: indenização decorrente de acidente de trabalho, revisão contratual e adimplemento de obrigação assumida em contrato de direito privado. Consoante argumenta, presente o então vigente artigo 544 do Código de Processo Civil, cabia ao Órgão reclamado remeter ao Supremo o agravo protocolado contra a negativa de sequência do extraordinário para que fosse, então, determinado o sobrestamento do caso em razão do Tema 533 da repercussão geral. Evoca o verbete nº 727 da Súmula do Tribunal. Sustenta violado o princípio do duplo grau de jurisdição porquanto o exame dos requisitos de admissibilidade e o mérito recursal ficaria a cargo do órgão prolator do ato atacado. Evoca jurisprudência. Sob o ângulo do risco, alude ao início da fase de cumprimento de sentença. Requer, em sede liminar, a suspensão do ato impugnado e, alfim, a confirmação da medida acauteladora e a remessa, a este Tribunal, do caso para apreciação do agravo formalizado contra a inadmissão do extraordinário. 2

2. Percebam as balizas do caso concreto. A reclamante figura como ré em ação de indenização voltada ao pagamento de danos morais ante a disponibilização e a manutenção de determinado conteúdo publicado por terceiro em rede social Facebook. Julgado procedente o pedido, no que fixada a reparação civil em R$ 5.000,00, sendo mantido o entendimento em sede de recurso inominado. O acórdão ficou assim ementado: RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. OCORRÊNCIA. I. A ofensa ao direito à imagem materializa-se com a mera utilização da imagem sem autorização, ainda que não tenha caráter vexatório ou que não viole a honra ou a intimidade da pessoa, e desde que o conteúdo exibido seja capaz de individualizar o ofendido, principalmente quando a fornecedora do serviço mantém-se inerte, após solicitação da demandante para a retirada do conteúdo da rede social. II. Tem-se atribuído responsabilidade ao provedor quando notificado por qualquer meio inequívoco do conteúdo ilícito do material disponibilizado pelos usuários, e nada faz para coibir o comportamento danoso. III. Quedando-se inerte o provedor diante o uso temerário da página pelo internauta, torna-se aquele responsável pelos eventuais danos daí decorrentes. IV. O autor da ação é pessoa pública, magistrado, Juiz Eleitoral e teve a sua imagem ofendida por meio de comentário na rede social que dava a entender que estaria apoiando determinado grupo político nas eleições de 2012. Tais fatos possuem alto condão deletério, pois para um Juiz, o mais alto ponto de sua imagem é justamente sua probidade, a imparcialidade e sua isenção no tratamento das partes. V. Dano moral reconhecido. O valor deve ser mantido, pois fixado com base em juízo de razoabilidade e proporcionalidade. VI. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 3

(Recurso inominado nº 5443352-36.2014.8.08.0131, Turma Recursal Cível e Criminal da 12ª Região do Estado de Goiás, relatora juíza Hanna Lídia Rodrigues Paz Candido, Diário da Justiça eletrônico de 29 de maio de 2015). Desprovidos declaratórios, sobreveio extraordinário, formalizado com alegada base na alínea a do permissivo constitucional, no que apontada a ofensa aos artigos 5º, incisos II, IV, IX, XIV, XXXIII, XXXV, e 220, parágrafos 1º, 2º e 6º da Carta Federal. O recurso teve a sequência obstada na origem consoante as seguintes razões: A parte sucumbente da decisão exarada no acordão interpôs Recurso Extraordinário. A respeito do processamento do Recurso Extraordinário na sistemática dos Juizados Especiais, o Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o Tema 800 da sistemática da repercussão geral (ARE 835.833-RG, DJe 26/3/2015) entendeu pela ausência de repercussão geral aos Recursos Extraordinários interpostos no Juizado Especial Cível, cujos recorrentes não demonstrem de forma clara o prequestionamento da matéria constitucional e a repercussão geral da questão suscitada. [...] Examinando recurso ora interposto tenho que parte recorrente não demonstrou de forma clara o prequestionamento da matéria constitucional, e da mesma sorte vejo que a questão não possui relevância econômica, política, social ou jurídica que ultrapassem os interesses subjetivos da demanda, nem tampouco se impugna decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante do STF. Nesse sentido, aplicando-se o entendimento do STF consubstanciado nos temas 797-798-800 da repercussão geral e art.326 do RISTF, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Extraordinário. Protocolado agravo, foi desprovido. 4

Verifico a relevância da alegação. O Supremo, ressalvada a óptica pessoal, admitiu a repercussão maior da controvérsia veiculada no recurso extraordinário com agravo nº 660.861, no que discutido o dever de empresa hospedeira de sítios na rede mundial de computadores fiscalizar o conteúdo publicado por usuários nos próprios domínios eletrônicos e retirar informações reputadas ofensivas, sem necessidade de intervenção do Judiciário, bem assim eventual responsabilidade civil daí decorrente. Esta foi a ementa: GOOGLE REDES SOCIAIS SITES DE RELACIONAMENTO PUBLICAÇÃO DE MENSAGENS NA INTERNET CONTEÚDO OFENSIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO PROVEDOR DANOS MORAIS INDENIZAÇÃO COLISÃO ENTRE LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DE INFORMAÇÃO vs. DIREITO À PRIVACIDADE, À INTIMIDADE, À HONRA E À IMAGEM. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA PELO PLENÁRIO VIRTUAL DESTA CORTE. (Recurso extraordinário com agravo nº 660.861, Plenário Virtual, relator o ministro Luiz Fux, Diário da Justiça eletrônico de 6 de novembro de 2012) Conforme se verifica da leitura das peças trazidas com a inicial, o Órgão reclamado, ao inadmitir o extraordinário, adotou, de forma linear, o que assentado pela maioria do Tribunal, por meio do chamado Plenário Virtual, quando da apreciação do recurso extraordinário com agravo nº 835.833, relator o ministro Teori Zavascki. Em síntese, decidiu, de modo automático, pela ausência de repercussão geral da questão considerada a simplicidade fática e jurídica da controvérsia, sem atentar para as peculiaridades da situação concreta. Evocou os temas 797 e 798 da repercussão geral, os quais não guardam relação com o caso concreto, uma vez envolvidos debates distintos, relacionados à responsabilidade civil por acidente de trânsito e revisão contratual, respectivamente. 5

Deveria, ao contrário, ter sobrestado o processo ante a pendência de apreciação do mérito do recurso extraordinário com agravo nº 660.861. 3. Defiro a liminar para suspender, até o julgamento final desta reclamação, a eficácia do ato do Presidente da Turma Recursal Cível e Criminal da 12ª Região do Estado de Goiás, de 4 de março de 2016, que implicou a negativa de sequência do extraordinário formalizado no processo nº 5443352-36.2014.8.09.0131, determinando o sobrestamento do recurso na origem até o julgamento do recurso extraordinário com agravo nº 660.861. 4. Presente a regência do Código de Processo Civil de 2015, citem o interessado e solicitem informações. Com o recebimento, colham o parecer da Procuradoria-Geral da República. 5. Publiquem. Brasília, 14 de junho de 2016. Ministro MARCO AURÉLIO Relator 6