Dr. Marco Demange.

Documentos relacionados
Doença de Addison DOENÇA DE ADDISON

ÍNDICE. Introdução 4. O que é diabetes 5. Os diferentes tipos de diabetes 5. Fatores de risco do diabetes tipo 1 e tipo 2 6. Sintomas 7.

SISTEMA ENDÓCRINO órgãos hormônios

Noções Básicas sobre a Glândula Tireoide

A tireóide é uma glândula que fica no pescoço, logo abaixo daquela saliência popularmente conhecida como pomo - de adão.

Fisiologia do Sistema Endócrino

EXAMES LABORATORIAIS PROF. DR. CARLOS CEZAR I. S. OVALLE

HIPERTENSÃO DIABETES ESTEATOSE HEPÁTICA

FISIOTERAPIA PREVENTIVA

[CUIDADOS COM OS ANIMAIS IDOSOS]

Aluna: Laise Souza Mestranda em Alimentos e Nutrição

Principais sintomas: - Poliúria (urinar muitas vezes ao dia e em grandes quantidades); - Polidipsia (sede exagerada); - Polifagia (comer muito);

Então, os hormônios são os responsáveis pela manutenção do equilíbrio e perfeito funcionamento do organismo. Qualquer variação de dosagem hormonal no

SISTEMA ENDÓCRINO. Prof.ª Leticia Pedroso

Sistema Endócrino. Prof. Mateus Grangeiro

BIOLOGIA. Identidade dos Seres Vivos. Sistema Endócrino Humano Parte 1. Prof.ª Daniele Duó

ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO NUTRICIONAL. DIETAS Aula 7. Profª. Tatiane da Silva Campos

1. Explique por que o macarrão saiu da base e foi para o topo da nova pirâmide e a atividade física ficou na base da pirâmide nova.

Hipertensão Diabetes Dislipidemias

ADRENAL INTRODUÇÃO AO ASSUNTO

Saúde do Homem. Medidas de prevenção que devem fazer parte da rotina.

Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I

SÍNDROME DE CUSHING PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. ACRONOR Núcleo de Estudos em Acromegalia e Doenças Relacionadas do Norte - Nordeste Brasileiro

Pâncreas O Pâncreas é um órgão do sistema digestivo e endócrino. Tem uma função exócrina (segregando suco pancreático que contém enzimas digestivas) e

Sistema Endócrino. Atividades

Medicações usadas no tratamento do Diabetes Mellitus. Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente

Infarto do Miocárdio

O QUE É O INDATIR? DIRETORIA

Perfil para transtornos musculares Perfil para enfermidades ósseas Perfil funcional tireodiano

Glândulas exócrinas e endócrinas

MAGNÉSIO DIMALATO. FÓRMULA MOLECULAR: C4H6Mg2O7. PESO MOLECULAR: 396,35 g/mol

RISCOS CARDIOVASCULARES E METABÓLICOS BENEFICIÁRIOS ATIVOS:

Glândulas endócrinas:

AULA: 5 - Assíncrona TEMA: Cultura- A pluralidade na expressão humana.

Cardiologia. Prof. Claudia Witzel

Regulação hormonal 15/11/2018. Regulação hormonal. Glândula pineal

Aula: Sistemas Reguladores II. Sistema Endócrino

AULA DE VÉSPERA VESTIBULAR 2019 BIOLOGIA

Diabetes Mellitus Insulinoterapia Hipoglicemiantes Orais

Exercite-se com seu diabetes

Olá, BEM-VINDO meu nome é Alexandre Wagner, e estou muito feliz que você está me acompanhando.

número 29 - setembro/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

Obesidade - IMC. IMC em adultos (OMS) O que é o Índice de Massa Corporal?

Imagem da Semana: Cintilografia

Capítulo. Alterações da Glicemia 18 e Diabetes Mellittus. Capítulo 18. Alterações da Glicemia e Diabetes Mellitus 1. OBJETIVOS

SISTEMA ENDÓCRINO Existem três tipos de glândulas no organismo: Glândulas exócrinas, glândulas endócrinas e glândulas mistas.

Desnutrição na Adolescência

AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA NO IDOSO

Aula 1 - Fatores de risco Cardiovascular

Atividade física e ácidos graxos insaturados como o ômega-3 revertem inflamação que desencadeia obesidade e diabetes

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE ATIVIDADE FÍSICA

DIABETES MELLITUS. Jejum mínimo. de 8h. Tolerância à glicose diminuída 100 a a 199 -

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO E DE LIPÍDIOS

BIOLOGIA. Identidade dos Seres Vivos. Sistema Endócrino Humano Parte 2. Prof.ª Daniele Duó

A Diabetes É uma doença metabólica Caracteriza-se por um aumento dos níveis de açúcar no sangue hiperglicemia. Vários factores contribuem para o apare

O sistema endócrino. Atividade 67 Os mensageiros químicos: hormônios. Exercícios de Aplicação. Exercícios Propostos. Capítulo

PANCREAS A eliminação do suco pancreático é regulada, principalmente, pelo sistema nervoso. Quando uma pessoa alimenta-se, vários fatores geram

TYROX 0,2 mg. Levotiroxina sódica mcg. Uso Veterinário

DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DOS LIPÍDEOS

Universidade de São Paulo. Faculdade de Ciências Farmacêuticas FBF Fundamentos de Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica

ENFERMAGEM NO CUIDADO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER ATIVIDADE TIREÓIDE

Síndrome de Cushing. Fernando Baptista Serviço de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo CHLN-Hospital Santa Maria, EPE

Tudo o que você precisa saber sobre Cateterismo

O MEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO ESTÁ A FICAR GERIÁTRICO?

parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27

LIPOPROTEÍNAS LIPOPROTEÍNAS SANGUÍNEAS COLESTEROL E TRIGLICERÍDEOS

Síndrome Metabólica. Wilson Marques da Rosa Filho. (Tratamento pela Acupuntura e Homeopatia)

Sistema Endócrino. Móds 33 e 34. Prof. Rafa

Conheça algumas doenças tipicamente femininas

Vertigens, desmaios e crises convulsivas. Prof. Sabrina Cunha da Fonseca Site:

O humano e o ambiente

EXAMES BIOQUÍMICOS. Profa Dra Sandra Zeitoun Aula 3

DESCOMPLICANDO O DIABETES

Michael Zanchet Psicólogo Kurotel Centro Médico de Longevidade e Spa

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE DOENÇA METABÓLICA

Maio, Unidade de Cuidados na Comunidade de Castelo Branco. Hipertensão Arterial

Aprenda a Viver com a Diabetes

FEIRA DE SAÚDE TESTE DE ACUIDADE VISUAL ESCALA OPTOMÉTRICA DE SNELLEN LIONS CLUBE: LOCAL: DATA: HORÁRIO: Resultado. Nº Nome Legível Telefone

DIABETES MELLITUS ( DM )

NUTRIÇÃO. Problemas nutricionais associados à pobreza: Desnutrição /Hipovitaminose / Bócio

Cortisol. Antiinflamatórios 04/06/2013. Córtex da SR. Fascicular: Glicocorticóides AINES. Esteroidais. Hormônios da Supra Renais

Brochura de informação para o doente sobre KEYTRUDA. (pembrolizumab)

Sumário detalhado. Fundamentos S. Silbernagl e F. Lang 2. Temperatura, Energia S. Silbernagl 24. Sangue S. Silbernagl 32

19/04/2016. Profª. Drª. Andréa Fontes Garcia E -mail:

Tratamento com Hormônio da Tiróide (L-tiroxina)

TERCEIRO TERMO DE RETIFICAÇÃO DO EDITAL 01/2014 CONCURSO PÚBLICO PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIRITÉ MG

O que é diabetes? No Brasil, a ocorrência média de diabetes na população adulta (acima de 18 anos) é de 5,2% e de 11% para pessoas acima de 40 anos.

Quando você precisar, nós estaremos lá.

DISTÚRBIO DA ANSIEDADE E DEPRESSÃO

Gastroenterite. Karin Aula 04

Brochura de informação para o doente sobre KEYTRUDA. (pembrolizumab)

Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini

Fisiologia do Sistema Endócrino. Pâncreas Endócrino. Anatomia Microscópica. Anatomia Microscópica

SISTEMA ENDÓCRINO QUE BOM QUE VOCÊ VEIO HOJE!!!

ODONTOLOGIA PREVENTIVA. Saúde Bucal. Periodontite. Sua saúde começa pela boca!

TÍTULO: HIPERTRIGLICERIDEMIA PÓS-PRANDIAL EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 E O RISCO CARDIOVASCULAR

Sistema Endócrino. Móds 56 ao 58 Biologia B Prof. Rafa

MATERIAL COMPLEMENTAR. Teste Seus Chakras

SINAIS DE PERTURBAÇÕES FUNCIONAIS

Transcrição:

Hipertireoidismo A doença decorre do excesso de hormônios (tiroxina -T4- e a triiodotironina -T3) produzidos pela tireoide. Esses hormônios são imprescindíveis para o metabolismo celular, funções cardíacas, gastrointestinais e neurológicas reprodutora e de crescimento celular. Os sintomas decorrem da hiperativação do metabolismo, o que gera tremores nas mãos, batimentos cardíacos acelerados (taquicardia), fadiga e cansaço fácil, perda de peso pela queima muscular, fome excessiva, diarreia ou aumento do número de evacuações, irritabilidade, agitação, ansiedade, insônia, olhos saltados (exoftalmia), irregularidade menstrual, bócio, suor excessivo e sensação de calor exagerado. As causas podem ser hereditária ou adquirida (bócio). A doença de graves é hereditária e se caracteriza pela produção de um anticorpo que estimula a produção hormonal. O bócio pode ter nódulos tireoideanos que produzem o hormônio tireoideano. Para diagnosticar o distúrbio, deve-se dosar os hormônios do sangue. O hormônio da hipófise que controla os hormônios tireoideanos estará baixo, enquanto T3 e T4 estarão elevados. O tratamento consiste em medicações que inibem a produção hormonal (metimazol e propiltiuracil), radioidoterapia (para destruir parte do tecido tireoideano) ou cirurgia para retirada da tireoide. Hipotireoidismo O hipotireoidismo decorre da baixa produção de hormônios pela glândula tireoide. A causa pode ser hereditária ( Tireoidite de Hashimoto) ou pela deficiência de iodo na dieta. Os sintomas decorrem do menor metabolismo e variam conforme o déficit. Nos quadros mais leves, o paciente pode ter poucos ou até nenhum sintoma, o que dificulta o diagnóstico. Se a disfunção é maior, os sintomas incluem cansaço, depressão, raciocínio lento, pele e cabelos ressecados, unhas quebradiças, prisão de ventre, fraqueza muscular, anemia, perda de apetite, aumento de peso (em torno de 3 a 5 Kg), intolerância ao frio, inchaço no rosto e nos membros inferiores, elevação do colesterol sanguíneo e, na mulher, irregularidades no ciclo menstrual e surgimento anormal de leite nas mamas. Nos recémnascidos o hipotiroidismo é mais grave, pois pode impedir o desenvolvimento do cérebro, além de provocar déficit de crescimento, deficiência mental irreversível e surdez, etc. O diagnóstico é feito dosagem sanguínea dos hormônios tireoideanos, que denota baixos níveis de T3 e T4. O hormônio da hipófise que controla os hormônios tireoideanos estará elevado. O tratamento é simples e requer a reposição hormonal (T4) de forma contínua. A Levotiroxina, hormônio de reposição, deve ser usada de preferência ao acordar, sempre no (011) 3053-6611

mesmo horário e com água. O paciente deve permanecer em jejum por pelo menos 30 minutos. Dislipidemias Consistem no aumento de lipídeos no sangue, principalmente o triglicérides e o colesterol. O colesterol é essencial para o organismo, uma vez que compõe a membrana das células, é precursor de hormônios, vitamina D e ácidos biliares. O excesso de colesterol no sangue é um dos fatores de risco para aterosclerose. A maior parte do colesterol circulante no sangue provém do fígado, sendo somente 30% decorrente da dieta. As gorduras saturadas do alimento contribuem para elevar o colesterol ruim no sangue. A molécula chamada LDL transporta o colesterol do fígado para o sangue e tecidos, enquanto a HDL o devolve para o fígado, onde ele será eliminado do organismo. Quando há excesso de LDL, há lesão dos vasos e deposição de gordura (placas de ateroma). O triglicéride também é uma gordura do sangue, cujo aumento está relacionado ao infarto agudo do miocárdio, derrame e pancreatite. Quanto mais alto os níveis de triglicérides, maior a quantidade de LDL pequeno, o qual penetra mais fácil na parede das artérias oxidando-a e provocando a placa de ateroma. As deslipidemias podem ter fator hereditário ou decorrer da dieta inadequada e do sedentarismo. O tratamento preventivo baseia-se na dieta equilibrada com muito antioxidante (vitamina E, C, betacarotenos e selênio). É essencial a prática de exercícios físicos, redução do peso e suspensão do fumo. Diabetes Mellitus Consiste na hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue) decorrente da falta de produção ou da falta de ação (resistência) da insulina ( hormônio pancreático que permite a retirada da glicose do sangue para adentrar na célula). Existem dois tipos de diabetes: tipo 1 e tipo 2. O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células produtoras de insulina. O organismo não produz a insulina ou a produz em quantidades muito pequenas. É mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas pode surgir em qualquer idade. Os sintomas da hiperglicemia são: fome frequente, sede constante, vontade de urinar com frequência, perda de peso, fraqueza, fadiga, nervosismo, alteração de humor, náusea e vômitos. O tratamento baseia-se na administração da insulina continuamente. É necessária a aplicação diária da insulina para controlar os níveis de glicose no sangue. As altas taxas de (011) 3053-6611

glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração. A diabetes tipo 2 decorre da ineficácia na ação da insulina (resistência insulíncia), apesar de sua produção estar adequada. Isso pode ocorrer por falta de receptores para o hormônio, por exemplo. (resistência). A DM tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo, principalmente após os 40 anos. O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Porém, muitas vezes são necessários medicamentos orais hipoglicemiantes. Como muitos dos diabéticos tipo 2 podem evoluir para o tipo 1, pode ser necessária insulina no tratamento. Os sintomas são: infecções frequentes, visão embaçada, dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furunculose. Na gestação pode ocorrer alterações nos níveis de glicose sanguíneo, caracterizando a diabetes gestacional. Ela pode persistir ou desaparecer depois do parto. As complicações da diabetes decorrem de problemas com a irrigação sanguínea aos tecidos e o alto nível glicêmico. Isso gera glaucoma, catarata, insuficiência renal crônica, redução da sensibilidade das mãos e pés (neuropatia diabética), aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nos vasos), infarto agudo do miocárdio, isquemia nos pés com necrose (falta de irrigação e morte tecidual). Síndrome dos ovários policísticos Caracteriza-se pela presença de cistos no ovários e distúrbios hormonais nas mulheres em idade reprodutiva. A menstruação é irregular (intervalos de 35 dias e menos de 8 ciclos por ano) ou até mesmo ausente por 4 meses ou mais (amenorreia). Os dias de menstruação são numerosos e de fluxo intenso.. Pode ocorrer aumento dos níveis de hormônios masculinos na mulher, o que gera excesso de pelos, bem como acne severa e calvície no padrão masculino. Não se sabe a causa da síndrome. O diagnóstico precoce diminui os riscos de diabetes mellitus tipo 2 e doenças cardíacas. Nota-se a presença de cistos no ovário ao ultrassom. Alguns fatores de risco para o aparecimento da síndrome são: excesso de insulina, resistência a insulina, histórico familiar, baixo peso ao nascer, aparecimento dos pelos pubianos precocemente, no início da puberdade). O Tratamento é feito com anticoncepcionais para regular o ciclo menstrual. Em alguns pacientes pode ser necessário reduzir os níveis de insulina (com uso de metformina) e reduzir andrógenos (hormônios masculinos). Em alguns casos é necessário o estímulo da (011) 3053-6611

ovulação (com clomifeno). É importante realizar uma dieta balanceada, atividades físicas e controlar o peso. Hiperadrenocorticismo (síndome de Cushing) Consiste em alterações provocadas pela exposição prolongada ao hormônio cortisol. Esse aumento pode ocorrer pela administração externa de cortisol (medicações para asma, doenças inflamatórias, artrite reumatoide, lúpus, etc) ou interna por disfunção glandular. A glândula hipófise produz um hormônio (ACTH) que estimula as glândulas adrenais a produzirem o cortisol. A disfunção glandular pode ocorrer por um tumor benigno (adenoma) na hipófise, que leva a elevada produção de ACTH, hiperestimulando a produção de cortisol pelas adrenais. Tumores nas adrenais são mais raros, mas também podem ocorrer. O aumento do cortisol leva a hiperglicemia, hipertensão, deposição de gordura na face e tronco, perda muscular principalmente nos braços e pernas, pele fina, irritabilidade, cansaço, insônia, aumento do apetite, aumento do volume urinário, sede, hirsutismo (nascem pêlos). O diagnóstico é feito através da sintomatologia associada a dosagem hormonal (cortisol basal e após aplicação de dexametasona) e tomografia/ressonância magnética). O tratamento dependerá da causa do hiperadrenocorticismo, se for medicamentosa, deve-se retirar gradativamente o fármaco que provocou o aumento do cortisol, caso seja pelo tumor na hipófise ou na adrenal, o tratamento é cirúrgico, associado ou não a medicações. Hipoadrenocorticismo (síndrome de Addison) Consiste em alterações provocadas pela deficiência o hormônio cortisol, hormônio produzido pelas adrenais. A deficiência pode ser primária, pela destruição auto-imune da adrenal ou secundária, pela destruição da adrenal por doenças (infecção viral, tuberculose, doença fúngica, auto-imune, trombose, tumor), hipoplasia da adrenal (doença congênita em que a adrenal é hipoplásica), alteração na síntese do hormônio ( medicamentos podem interferir, como: cetoconazol, mitotano, rifampicina, fenitoína, barbituratos). Os sintomas são: cansaço, fraqueza, perda de peso, anorexia, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, diarreia e hipoglicemia em jejum. Pode ocorrer pressão baixa (hipotensão), diminuição da libido, amenorreia (ausência de menstruação), hiperpigmentação na pele e diminuição dos pelos pubianos e axilares. O diagnóstico depende da avaliação dos sintomas, exame físico, exames de sangue, testes hormonais, tomografia e ressonância magnética. O tratamento consiste na reposição (011) 3053-6611

do cortisol (prednisona ou prednisolona ou dexametasona). Em alguns caosos pode ser necessária a reposição de hormônios sexuais, uma vez que o precursor deles é o cortisol. (011) 3053-6611