PLANO DE AJUSTAMENTO FINANCEIRO DO MUNICIPIO DE SOBRAL DE MONTE AGRAÇO

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Transcrição:

PLANO DE AJUSTAMENTO FINANCEIRO DO MUNICIPIO DE SOBRAL DE MONTE AGRAÇO

INDICE A. Introdução... 3 B. Breve Estudo da Situação Financeira... 6 C. Plano de Ajustamento Financeiro... 11 D. Monitorização e Acompanhamento do PAEL... 15 E. Quadros relativos ao Programa II (al. c) do n.º 2 do art. 1.º da Portaria 281-A/2012, de 14/09... 16 2/17

A. Introdução O Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), foi criado pela Lei 43/2012, de 28/08, e tem por objeto a regularização do pagamento de dívidas dos municípios vencidas há mais de 90 dias, registadas na Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) à data de 31 de março de 2012. O PAEL abrange todos os pagamentos dos municípios em atraso há mais de 90 dias, independentemente da sua natureza comercial ou administrativa. Os municípios aderentes ao PAEL são autorizados a celebrar um contrato de empréstimo com o Estado nos termos e condições definidos na lei supra citada, sendo que, os municípios aderentes serão enquadrados em dois programas, de acordo com a sua situação financeira, a saber: a) O Programa I integra os municípios que estejam abrangidos por um plano de reequilíbrio financeiro; que a 31 de dezembro de 2011, se encontravam numa situação de desequilíbrio estrutural; ou que reunindo os pressupostos de adesão ao PAEL previstos no n.º 2 do art. 1.º do normativo citado pagamentos em atraso há mais de 90 dias -, optem por aderir ao PAEL; b) O Programa II integra os restantes municípios com pagamentos em atraso há mais de 90 dias a 31 de março de 2012, de acordo com o reporte efetuado no Sistema Integrado de Informação das Autarquias Locais (SIIAL). O Município de Sobral de Monte Agraço não se encontra em nenhuma das situações previstas na al. a) e b) do n.º 2 do art. 2.º da Lei 43/2012, de 28/08, razão pela qual integrará o Programa II. Na verdade, o Município não se encontra abrangido por um Plano de Reequilibrio Financeiro e, também, não se encontrava numa situação de desiquilibrio estrutural 1 a 31 de Dezembro de 2011. 1 De acordo com o disposto no art. 8.º do DL 38/2008, de 07/03, 1 A situação de desequilíbrio financeiro estrutural ou de ruptura financeira pode ser declarada pela assembleia municipal, sob proposta da câmara municipal, quando se verifiquem pelo menos três das seguintes situações: a) Ultrapassagem do limite de endividamento a médio e longo prazos previsto no artigo 39.º da LFL; b) Endividamento líquido superior a 175 % das receitas previstas no n.º 1 do artigo 37.º da LFL; c) Existência de dívidas a fornecedores de montante superior a 50 % das receitas totais do ano anterior; d) Rácio dos passivos financeiros, incluindo o valor dos passivos excepcionados para efeitos de cálculo do endividamento líquido, em percentagem da receita total superior a 300 %; e) Prazo médio de pagamentos a fornecedores superior a seis meses; f) Violação das obrigações de redução dos limites de endividamento previstos no n.º 2 do artigo 37.º e no n.º 3 do artigo 39.º, ambos da LFL. 3/17

O empréstimo contraído no âmbito do Programa II tem o prazo máximo de vigência de 14 anos, sem diferimento de início de período de amortização, sendo o montante mínimo de financiamento de 50 % e o montante máximo de financiamento de 90 % do montante elegível. Para efeitos do PAEL, o montante elegível corresponde à diferença entre o montante dos pagamentos em atraso a 31 de março de 2012 e a soma dos montantes correspondentes à redução prevista nos n.os 3 e 4 do art. 65.º da Lei do Orçamento do Estado para 2012 e às dívidas abatidas com a utilização de verbas do Fundo de Regularização Municipal (FRM) 2 e 3. Da instrução do pedido de adesão do Município ao PAEL Programa II deve constar um Plano de Ajustamento Financeiro, o qual deve ser aprovado pela Assembleia Municipal sob proposta da Câmara Municipal (v.g. art. 5.º, n.º 2 e art. 7.º, n.º 1 da Lei 43/2012, de 28/08). De acordo com a previsão do art. 6.º do diploma em referência, o Plano de Ajustamento Financeiro tem uma duração equivalente à do empréstimo a conceder pelo Estado, devendo conter um conjunto de medidas específicas e quantificadas, que evidenciem o restabelecimento da situação financeira do município, tendo em conta os seguintes objetivos: a) Redução e racionalização da despesa corrente e de capital; b) Existência de regulamentos de controlo interno; c) Otimização da receita própria; d) Intensificação do ajustamento municipal nos primeiros cinco anos de vigência do PAEL. Para além das medidas que visem o cumprimento dos objetivos supra, devem os municípios que se encontrem em desiquilibrio conjuntural apurado a 31 de dezembro de 2011, apresentar no Plano medidas adicionais de redução e contenção da despesa, bem como de otimização da receita, designadamente as resultantes das medidas previstas nas alíneas b) e c) do artigo 6.º da Lei 43/2012, de 28 de agosto. Encontram-se numa situação de desiquilibrio financeiro conjuntural os municípios que preencham uma das previsões vertidas nas al. a) a d) do n.º 4 do art. 3.º do DL 38/2008, 2 PA a 31 de março 1.540.145,86 - (n.º 3, art. 65.º LOE 112.723,51 + n.º 4, art. 65.º da LOE 165.428,70) = 1.261.993,65 3 Do valor dos pagamentos em atraso registado a 31 de Março (1.540.145,86), na presente data encontra-se em divida o montante de 1.172.424,08 4/17

de 07/03 4, sendo que no Município de Sobral de Monte Agraço se verifica a situação descrita na al. d) do artigo e diploma citados, ou seja, prazo médio de pagamento a fornecedores superior a seis meses. Nesta conformidade, o Plano de Ajustamento Financeiro a apresentar pelo Município, para além de conter medidas que permitam alcançar os objectivos elencados no n.º 1 do art, 6.º supra citado, deve, também, respeitar as seguintes medidas mínimas: b) Fixação dos preços cobrados pelo município nos setores do saneamento, água e resíduos, nos termos definidos nas recomendações da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR); c) Aperfeiçoamento dos processos e do controlo sobre os factos suscetíveis de gerarem a cobrança de taxas e preços municipais, bem como ao nível da aplicação de coimas e da promoção dos processos de execução fiscal a cargo do município; (v.g. art. 6.º, n.º 2 da Lei 43/2012, de 28/08). Em síntese, e tendo presente a necessidade da consolidação orçamental das contas públicas, foi entendido pela Autarquia o recurso ao crédito mediante celebração de contrato de empréstimo com o Estado, para regularização do pagamento de dívidas vencidas há mais de 90 dias, com referência há data de 31 de Março de 2012. A obtenção do crédito ao abrigo do regime excepcional criado pelo PAEL, permitirá a execução de um plano de ajustamento financeiro municipal, com objectivos claramente definidos no âmbito de uma estratégia de consolidação orçamental. 4 a) A ultrapassagem do limite de endividamento líquido previsto no n.º 1 do artigo 37.º da LFL; b) A existência de dívidas a fornecedores de montante superior a 40 % das receitas totais do ano anterior, tal como definidas no artigo 10.º da LFL; c) O rácio dos passivos financeiros, incluindo o valor dos passivos excepcionados para efeitos de cálculo do endividamento líquido, em percentagem da receita total superior a 200 %; d) Prazo médio de pagamentos a fornecedores superior a seis meses. 5/17

B. Breve Estudo da Situação Financeira 1. Enquadramento: O concelho de Sobral de Monte Agraço situa-se no distrito de Lisboa, fazendo parte da Região Oeste. É limitado a sul e a poente pelos concelhos de Mafra e Arruda dos Vinhos, a norte pelo concelho de Torres Vedras e a nascente pelo concelho de Alenquer. O Concelho ocupa uma área de 51,95 Km2 distribuída por 3 freguesias. A freguesia de Sapataria com uma área de 14,40 Km2, ocupa 27,72 %, a freguesia de Sobral com uma área de 8,67 Km2, ocupa 16,69 % e a freguesia de Santo Quintino com uma área de 28,88 Km2, ocupa 55,59 % da superfície total, possuindo 10.156 habitantes. Apresenta uma densidade populacional de cerca de 195,50 hab./km2, O povoamento é disperso, uma vez que mais de metade da população do concelho reside em lugares com menos de 200 habitantes. Embora se trate de um pequeno Concelho, Sobral de Monte Agraço está inserido num quadro de mudança social que se têm traduzido no crescimento da sua população e num aumento, quer quantitativo, quer qualitativo de infra-estruturas e equipamentos colectivos. População do Concelho de Sobral de Monte Agraço (1981-2011) 1981 1991 2001 2011 7863 7245 8927 10156 Rácio/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 Receita Total per Capita 837,10 741,90 823,06 845,14 826,51 Receita Total por Km2 163.649,39 145.038,67 160.905,31 165.221,69 161.579,19 Despesa Total per Capita 804,01 682,07 813,58 765,40 789,92 Despesa Total por Km2 157.180,26 133.341,38 159.051,50 149.632,70 154.425,04 Receitas Próprias per Capita 330,07 337,97 323,38 315,81 309,57 Receitas Próprias por Km2 64.526,56 66.072,51 63.219,60 61.738,58 60.520,05 6/17

Rácio/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 Fundos Municipais per Capita 291,64 312,01 327,61 330,96 314,42 Fundos Municipais por Km2 57.014,01 60.995,75 64.045,52 64.702,02 61.466,93 Investimento per Capita 46,59 78,94 80,45 97,88 138,07 Investimento por Km2 9.108,43 15.431,76 15.728,10 19.135,71 26.992,71 Pessoal per Capita 249,06 266,93 281,00 292,29 290,03 Pessoal por Km2 48.691,06 52.184,17 54.933,43 57.141,22 56.699,59 Empréstimos per Capita 328,97 317,80 333,97 355,59 320,43 Pessoal/Número de Efectivos 14.454,29 15.403,22 17.507,92 17.158,88 16.548,00 2. Execução e evolução da política orçamental desenvolvida pela Autarquia 2.1 Grau de cobertura geral das receitas e das despesas Indicador Resultado 2007 2008 2009 2010 2011 1. Receita Total /Despesa Total 104% 108% 101% 110% 104% 2. Receita Corrente/Despesas Correntes 101% 107% 91% 98% 93% 3. Receita de Capital/Despesa de Capital 97% 85% 99% 142% 95% 4. Outras Receitas/Despesa Total 4% 5% 8% 1% 10% 5. Passivos Financeiros (Receita)/Despesa Total 5% 2% 5% 7% 0% 6. Receitas Próprias/Despesa Total 40% 49% 39% 41% 39% 7. Fundos Municipais/Despesa Total 37% 45% 40% 43% 39% 8. Receita Próprias/Receita total 39% 45% 39% 37% 37% 9. Impostos Directos/Despesa de Capital 48% 89% 66% 64% 62% 10. Fundos Municipais/Receita Total 35% 42% 39% 39% 38% 11. Transferências Correntes e de Capital Obtidas no Âmbito da EU/ Receita Total 12. Venda de Bens e Serviços Correntes e de Investimento/Receita Total 11% 0% 2% 9% 7% 16% 19% 17% 17% 16% NOTA 1. Mede a capacidade das receitas totais cobrirem as despesas totais. 2. Mede a capacidade das receitas correntes cobrirem as despesas da mesma natureza 3. Mede a capacidade das receitas de capital cobrirem as despesas da mesma natureza. 4. Mede a capacidade das receitas que resultam de reposição não abatidas aos pagamentos ou da gerência anterior cobrirem as despesas. 5. Mede o grau de cobertura das despesas totais pelas receitas da autarquia provenientes da emissão de obrigações e de empréstimos de terceiros. 6. Mede o grau de cobertura das despesas totais pelas receitas próprias. 7. Mede o grau de cobertura das despesas totais pelos fundos municipais. 8. Mede o peso das receitas próprias dos município no total das receitas arrecadas. 9. Mede o peso das receitas de provenientes dos impostos directos na receita total. 10. Mede o peso das Transferências dos fundos municipais na receita total. 11. Mede o peso das transferências comunitárias na receita total da autarquia. 12. Mede o peso da receita proveniente da venda de bens e serviços na receita total. 7/17

2.2 Estrutura da despesa Indicador Resultado 2007 2008 2009 2010 2011 1. Despesa de Capital/Despesa Total 32% 22% 22% 23% 25% 2. Aquisição de Bens de Capital/ Despesa Total 26% 15% 16% 16% 18% 3. Transferências de Capital/Despesa Total 2% 3% 2% 2% 2% 4. Pessoal /Despesa Total 31% 39% 34% 38% 36% 5. Pessoal/Despesas Correntes 46% 50% 44% 49% 48% 6.Remunerações certas e permanentes/despesa Total 7. Remunerações certas e permanentes/despesas Correntes 8. Aquisição de Bens e Serviços Correntes/Despesa Total 24% 31% 27% 29% 28% 36% 40% 35% 38% 38% 27% 26% 30% 26% 27% 9. Serviço da Dívida/Despesa Total 4% 5% 4% 5% 5% 10 Amortização de Empréstimos/Despesa Total 2% 3% 3% 4% 4% NOTA 1. Mede o peso das despesas de capital na despesa total 2. Mede o peso da despesa com investimento directo na despesa total 3. Mede o peso do investimento indirectamente realizado pela autarquia, através de transferências de capital para outras entidades, na despesa total 4. Mede o peso da despesa com o pessoal na despesa total. 5. Mede o peso da despesa com o pessoal na despesa corrente. 6. Mede o peso da despesa com as remunerações certas e permanentes na despesa total. 7. Mede o peso da despesa com as remunerações certas e permanentes na despesa corrente. 8. Mede o peso das despesa c/ a aquisição de bens e serviços decorrentes da actividade da autarquia na despesa total. 9. Mede o peso da despesa c/ os custos financeiros (juros + amortizações) decorrentes de empréstimos bancários na despesa 10.Permite apurar o peso da amortização de empréstimos bancários no conjunto das despesas da autarquia local. 2.3 Estrutura da receita Indicador Resultado 2007 2008 2009 2010 2011 1. Despesas Correntes/Receitas Correntes 98% 92% 109% 101% 106% 2. Receitas de Capital/Receitas Totais 30% 17% 22% 30% 22% 3. Receitas Próprias/Receitas Totais 39% 45% 39% 37% 37% 4. Fundos Municipais/ Receitas Totais 35% 42% 39% 39% 38% 5. Pessoal /Receitas Próprias 76% 78% 86% 92% 92% 6. Pessoal/Receitas Totais 30% 36% 34% 34% 35% NOTA 1. Mede o peso das despesas correntes nas receitas correntes 2. Mede o peso das receitas de capital nas receitas totais 3. Mede o peso das receitas próprias nas receitas totais 4. Mede o grau de dependência dos fundos municipais 5. Mede o peso da despesa com o pessoal nas receitas próprias 6. Mede o peso da despesa com o pessoal na receita total 8/17

2.4 Grau de financiamento do investimento Indicador Resultado 2007 2008 2009 2010 2011 1. Fundos Municipais de Capital/ Investimento (PPI) 223% 139% 140% 116% 78% 2. Transferências de Capital Participação comunitária projectos co-financiados 205% 0% 22% 75% 22% /Investimento(PPI) 3. Passivos Financeiros (receita)/ Investimento (PPI) 86% 16% 53% 57% 0% NOTA 1. Mede o grau de cobertura das despesas com o investimento pelas receitas provenientes dos fundos municipais de capital. 2. Mede o peso das receitas provenientes das transferências comunitárias no financiamento do investimento municipal. 3. Mede o peso das receitas provenientes dos empréstimos bancários no financiamento do investimento municipal. 2.5 Grau de cobertura da despesa Indicador Resultado 2007 2008 2009 2010 2011 1. Receita Corrente/Despesa de Funcionamento 2. Receita de Capital/Despesa de Investimento 117% 127% 107% 116% 109% 107% 101% 116% 177% 116% NOTA 1. Mede o grau de cobertura das despesas com pessoal e aquisição de bens e serviços inerentes ao funcionamento da autarquia pelas receitas provenientes desse mesmo funcionamento. 2. Mede o grau de cobertura das despesas com o investimento directo. Transferências de capital, activos financeiros e outras 9/17

2.6 Estrutura do balanço Plano de Ajustamento Financeiro ESTRUTURA DO ACTIVO 2007 2008 2009 2010 2011 Imobilizado 62,00% 60,00% 59,00% 55,00% 53,00% Existências 0,19% 0,21% 0,18% 0,18% 0,17% Dívidas de Terceiros 1,00% 0,49% 1,00% 1,00% 1,00% Disponibilidades 2,00% 2,00% 1,00% 3,00% 2,00% Acréscimos e Diferimentos 1,00% 1,00% 1,00% 1,00% 2,00% Estrutura do Passivo Dívidas a Terceiros Médio Longo Prazo/Passivo 23,09% 27,04% 25,33% 27,00% 24,00% Dívidas a Terceiros Curto Prazo/Passivo 8,00% 8,00% 13,00% 15,00% 19,00% Acréscimos e Diferimentos Activo/Passivo Estrutura dos Fundos Próprios 3,00% 4,00% 4,00% 3,00% 4,00% Património 122,00% 128,00% 138,00% 150,00% 166,00% Ajustamentos de partes de capital 8,00% 8,00% 13,00% 15,00% 19,00% Reservas 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Resultados Transitados -19,00% -25,00% -34,00% -45,00% -60,00% Resultado Líquido do Exercício -5,00% -6,00% -8,00% -9,00% -10,00% Outros indicadores Fundos Próprios/Passivo 2,21 2,03 1,84 1,49 1,28 Fundos Próprios/Activo 69,00% 67,00% 65,00% 60,00% 56,00% Provisões para Riscos e Encargos/Activo 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Dívidas a Terceiros Médio e Longo-Prazo/Activo 7,00% 9,00% 9,00% 11,00% 10,00% Dívidas a Terceiros Curto Prazo/Activo 2,00% 3,00% 5,00% 6,00% 9,00% Acréscimos e Diferimentos Passivo/Activo 22,00% 21,00% 22,00% 23,00% 25,00% 2.7 Evolução do Endividamento (2007-2011) Dívidas a terceiros Médio e longo prazos Dívidas a terceiros Curto prazo 2007 2008 2009 2010 2011 3.089.791,90 3.759.120,97 3.622.815,62 4.328.063,60 4.074.244,86 1.036.388,37 1.155.377,45 1.848.157,37 2.450.144,11 3.317.247,24 2.8 Dívidas a Terceiros (stock) 22 (excepto 229) Fornecedores 2611 Fornecedores de Imobilizado 24 Estado e outros entes públicos 262+...+268+211 Outros credores 2007 2008 2009 2010 2011 41.222,53 50.000,00 43.896,02 180.113,88 0,00 99.552,55 465.950,03 353.456,31 736.903,15 380.754,15 4.222,87 1.264,62 1.503,94 4.453,39 355,12 241.174,42 228.807,49 281.622,17 273.972,10 311.294,84 2.9 Proveitos vs Custos Proveitos Totais Custos Totais 2007 2008 2009 2010 2011 7.090.813,02 7.407.960,07 7.539.998,34 7.407.521,08 7.311.755,86 8.608.356,26 9.201.520,10 9.618.410,68 9.609.149,69 9.566.886,62 10/17

C. Plano de Ajustamento Financeiro Nos termos do disposto no art. 6.º do DL 38/2008, o Plano de Ajustamento Financeiro tem uma duração equivalente à do empréstimo a conceder pelo Estado, devendo conter um conjunto de medidas específicas e quantificadas, que evidenciem o restabelecimento da situação financeira do município, tendo em conta os seguintes objetivos: a) Redução e racionalização da despesa corrente e de capital; b) Existência de regulamentos de controlo interno; c) Otimização da receita própria; d) Intensificação do ajustamento municipal nos primeiros cinco anos de vigência do PAEL. Para além das medidas que visem o cumprimento dos objetivos vertidos naquela norma, devem os municípios que se encontrem em desiquilibrio conjuntural apurado a 31 de dezembro de 2011, apresentar no Plano medidas adicionais de redução e contenção da despesa, bem como de otimização da receita, designadamente as resultantes das medidas previstas nas alíneas b) e c) do artigo 6.º da Lei 43/2012, de 28 de agosto. Ora, e como referido supra, o Município de Sobral de Monte Agraço apresenta um preazo médio de pagamentos a fornecedores superior a seis meses, sendo que e por essa razão preenche a previsão do art. 3.º, n.º 4, al. d) do DL 38/2008, de 07 de Março. Por esta razão, a par da adoção de medidas que visem o restabelecimento da situação financeira do Município tendo em conta os objetivos do art. 6.º da Lei 43/2012, de 28 de Agosto, deverá também o presente Plano de Ajustamento Financeiro evidenciar a adoção das seguintes medidas mínimas: a) Fixação dos preços cobrados pelo município nos setores do saneamento, água e resíduos, nos termos definidos nas recomendações da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR); b) Aperfeiçoamento dos processos e do controlo sobre os factos suscetíveis de gerarem a cobrança de taxas e preços municipais, bem como ao nível da aplicação de coimas e da promoção dos processos de execução fiscal a cargo do município; (v.g. art. 6.º, n.º 2 da Lei 43/2012, de 28/08). 11/17

Temos, pois, que as medidas de ajustamento financeiro agregam-se em três eixos de actuação: Eficiência organizacional Redução da despesa corrente Aumento da receita I. Eficiência organizacional a) Reorganização dos serviços municipais, com especial enfoque na eficiência e eficácia organizacional, operando uma efectiva segregação de competências instrumentais e operativas; b) Reforçar, no triénio 2013/2015, a simplificação de políticas e procedimentos, combatendo actuações burocráticas e circuitos de decisão complexos, reduzindo os custos de contexto internos e encurtando os prazos de resposta aos munícipes (a presente medida impõe o mapeamento de processos, procedimentos e de funções); c) Implementação, no biénio 2013/2014, de um conjunto de medidas e procedimentos que promovam o reforço da auditoria interna e controlo de gestão. A presente medida visa dotar o Município de ferramentas de gestão do risco e controlo de gestão. A coberto desta medida será revisto o Regulamento do Sistema do Controlo Interno, adaptando-o às exigências decorrentes das mais recentes alterações legislativas, designadamente do estipulado na Lei 8/2012, de 21 de fevereiro. Alargar-se-á, também, o seu âmbito, às comunicações, atribuição de viaturas e gestão do parque automóvel, recursos humanos e processos de contratação pública. II. Redução da despesa corrente a) Adopção de medidas específicas relativas à contenção da despesa com o pessoal, respeitando o princípio de optimização na afectação dos recursos humanos do município, designadamente: a.1) Redução do número de trabalhadores do Município. a.2) Redução do nível de despesa nas rubricas de horas extraordinárias e ajudas de custo O resultado da presente medida refletirá o trabalho desenvolvido na reorganização dos serviços municipais medida supra prevista na al. a) do eixo I; 12/17

b) Adopção de medidas de contenção da despesa corrente, designadamente: b.1) Manutenção do montante global dos subsídios e transferências atribuídos a terceiros. Esta medida reflete o congelamento dos valores já objecto de redução no orçamento municipal de 2012. Caso, no período de tempo que decoorer o PAEL se verificarem novas reduções das transferências do Orçamento de Estado, será esse percentual reflectido na atribuição de subsídios e transferências por parte da Autarquia b.2) Optimização do desempenho da frota do Município, através da otimização dos recursos, racionalização de custos de manutenção preventiva e correctiva. b.3) Redução dos custos com a carteira de seguros do Município Esta medida prevê a agregação de todos os contratos existentes num único contrato, decorrente de procedimento concursal Concurso Público, a lançar no ano de 2013; b.4) Redução dos custos com comunicações fixas e móveis; Esta medida pressupõe a renegociação dos contratos e da diminuição do número de minutos efectivamente consumidos; b.5) Redução do consumo de energia electrica nos edificios Esta medida pressupõe a renegociação dos contratos e a adopção interna de um conjunto de regras de gestão dos equipamentos eléctricos e de ar condicionado, evitando consumos desnecessários ou improdutivos, bem como, a substituição de lâmpadas e instalação de detectores de presença humana; b.6) Desenvolvimento de um estudo para implementação de um plano de eficiência energética da Iluminação Pública, permitindo uma redução de custos que anetue o impacto do aumento do IVA para 23%. b.7) Redução e racionalização de despesas de funcionamento, com definição de tectos anuais para as despesas em outsourcing, com projectos, estudos, pareceres e consultoria; b.8) Redução dos desperdícios com água de consumo público, através da otimização do sistema de abastecimento de água, conservação e substituição das condutas; b.9) Redução dos custos de materiais de consumo corrente (impressão nas duas faces do papel, reaproveitamento do papel usado para rascunhos, utilização intensiva do correio electrónico e desperdícios com outros materiais); 13/17

III - Aumento da receita a) Revisão no biénio 2013/2014 das taxas municipais, suportada em fundamentação económico-financeira, aproximando-as, progressivamente, do custo da actividade pública local; b) Aumento da eficiência e eficácia da liquidação e cobrança de receitas; c) Revisão das tarifas municipais: abastecimento de água e resíduos sólidos urbanos, suportada em fundamentação económico-financeira, aproximando-os progressivamente do preço de sustentabilidade recomendada pela ERSAR; d) Criação da tarifa municipal relativa ao saneamento de aguas residuais, suportada em fundamentação económico-financeira, aproximando-os progressivamente do preço de sustentabilidade recomendada pela ERSAR; 14/17

D. Monitorização e Acompanhamento do PAEL De acordo com o presvisto no art. 12.º da Lei 43/2012, 28 de agosto, o PAEL será acompanhado e monotorizado, nos seguintes termos: a) Pela assembleia municipal, trimestralmente e através de informação prestada pela câmara municipal, que integra obrigatoriamente a avaliação do grau de execução dos objetivos previstos no Plano, bem como qualquer outra informação considerada pertinente; b) Pela DGAL, na sequência da prestação de informação nos termos que vierem a ser definidos por portaria dos membros do Governo responsáveis pela área das finanças e das autarquias locais; c) Pela Inspeção-Geral de Finanças (IGF), através da realização de auditorias regulares aos municípios que integram o Programa II. Para além deste acompanhamento do Programa, prevê-se ainda a obrigação da anexação de um documento relativo à execução do PAEL, no relatório de gestão que acompanha a Conta de Gerência. 15/17

E. Quadros relativos ao Programa II (al. c) do n.º 2 do art. 1.º da Portaria 281-A/2012, de 14/09 16/17

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