SEGUNDA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

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Transcrição:

SEGUNDA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0014628-88.2009.8.19.0061 Ação Declaratória 2.ª Vara Cível da Comarca de Teresópolis APELANTE: VANIA DOS SANTOS APELADO: DETRAN- DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RELATOR: DES. MÔNICA SARDAS APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. COMPRA E VENDA DE VEICULO. AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DA VENDA DE VEÍCULO QUE SE ENCONTRA NA POSSE DE TERCEIRO NÃO IDENTIFICADO. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO DETRAN. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. 1. Diante do disposto no artigo art. 134 do CTB, embora caiba ao comprador registrar a transferência de propriedade, pode o vendedor proceder a comunicação da transferência da propriedade ao órgão de trânsito dentro do prazo de trinta dias, sob pena do antigo proprietário se responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e suas reincidências até a data da comunicação. 2. Ilegitimidade passiva do DETRAN/RJ- o legitimado passivo, na demanda declaratória, é aquele com quem se afirma a relação jur idica deduzida. 3. A falta de cautela da apelante no ato da venda do veículo, não se cercando dos cuidados necessários ao negócio jurídico, não pode ser atribuída ao DETRAN que dele não participou. 4. Legitimado passivo, na pretensão declaratória, nunca será o terceiro, aquele que não é sujeito da relação jurídica, mesmo que se pretenda opor a declaração de existência ou inexistência ao mesmo. NEGATIVA DE PROVIMENTO AO RECURSO. Página 1 de 5

Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL n.º 0014628-88.2009.8.19.0061 em que é APELANTE: VANIA DOS SANTOS e APELADO: DETRAN- DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. ACORDAM os Desembargadores que integram a Segunda Câmara Cível do, por unanimidade de votos, em NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO. DES. MÔNICA SARDAS RELATORA Página 2 de 5

VOTO Trata-se de ação declaratória com pedido de tutela antecipada, proposta pelo rito ordinário, interposta por VANIA DOS SANTOS em face do DETRAN/RJ, objetivando a obtenção de declaração de que não mais é a proprietária do veículo Fiesta, placa KMZ 3783, com efeitos a partir de 01/04/2004, data da celebração da compra e venda, com a suspensão da exigibilidade dos impostos, bem como das multas correspondentes às infrações cometidas a partir da mesma data e, ainda, de abstenção de inscrição da autora nos cadastros restritivos de crédito. A sentença, às fls. 71/72, acolheu a preliminar de ilegitimidade passiva ad causam suscitada pelo réu e julgou extinto o processo na forma do inciso VI do art.267 do CPC. Irresignada, a autora apela, pretendendo a reforma da sentença para reconhecer o DETRAN/RJ como parte legítima para proceder a transferência, sustentando que o disposto no art. 134 do Código de Trânsito Brasileiro se encontra mitigado, devendo prevalecer o disposto no Código Civil, no sentido de que a simples tradição seria suficiente para que a autora seja declarada não sendo a proprietária do veículo. Contrarrazões às fls. 82/ 91, prestigiando o julgado. Parecer do Ministério Público, às fls. 67/70, em sede de primeiro grau e da Procuradoria de Justiça, às fls. 92/93, pelo conhecimento e, no mérito, pelo desprovimento do recurso. É O RELATÓRIO. Página 3 de 5

Trata-se de ação proposta pelo rito ordinário, Alega que em abril de 2004 deixou seu veiculo em uma agência de automóvel para ser vendido, entregando toda a documentação necessária a transferência de propriedade, não tendo a agência comunicado a transferência ao órgão de trânsito. Dúvida não, diante do disposto no artigo art. 134 do CTB, embora caiba ao comprador registrar a transferência de propriedade, que pode o vendedor proceder a comunicação da transferência da propriedade ao órgão de trânsito dentro do prazo de trinta dias, sob pena do antigo proprietário se responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e suas reincidências até a data da comunicação. Ocorre que, não tendo procedido à transferência, já que se sequer participou do negócio diretamente, nem o tendo feito a agência de automóveis em que entregou o veículo, este continua registrado em seu nome, sendo responsável pelas cobranças relativas ao IPVA e infrações cometidas. A sentença extinguiu o feito, acolhendo a preliminar de ilegitimidade passiva arguída pelo DETRAN A hipótese é de demanda de mera declaração, logo, legitimado passivo é aquele com quem se afirma a relação jurídica deduzida nos autos. A falta de cautela da apelante no ato da venda do veículo, não se cercando dos cuidados necessários ao negócio jurídico, não pode ser atribuída ao DETRAN que não participou do negócio jurídico. Página 4 de 5

Assim, com precisão, a sentença acolheu a preliminar, já que o legitimado passivo na pretensão declaratória nunca será o terceiro, aquele que não é sujeito da relação jurídica, mesmo que se pretenda opor a declaração de existência ou inexistência ao mesmo. Desta forma, não sendo o DETRAN sujeito da relação jurídica da pretensão declaratória, há de se negar provimento ao recurso, mantendo a sentença. POR TAIS FUNDAMENTOS, NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO. voto no sentido de se Rio de Janeiro, 02 de outubro de 2013. DES. MÔNICA SARDAS RELATORA Página 5 de 5