GABARITO DIREITO Tributário Professor Fabrício Magalhães

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Transcrição:

GABARITO DIREITO Tributário Professor Fabrício Magalhães 1. Qual a função da prescrição no Direito Tributário? Elemento indispensável à estabilidade e consolidação das relações jurídicas ocorridas em sociedade, assegurando-lhes permanência, durabilidade e certeza no tempo. 2. A prescrição se suspende pela inscrição do Crédito Tributário em dívida ativa? Lei 6.830/80 LEF, art. 2º: 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo. Constituição Federal de 1988: Art. 146. Cabe à lei complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; [...] 3. Como se dá a prescrição dos tributos lançados por homologação A entrega de Declaração (dever instrumental adstrito aos tributos sujeitos a lançamento por homologação), é modo de constituição do crédito tributário, dispensando a Fazenda Pública de qualquer outra providência para a formalização do valor declarado. O prazo prescricional para o Fisco exercer a pretensão de cobrança judicial da exação declarada inicia-se na data da apresentação da declaração. 4. Como se dá a interrupção da prescrição? Código Tributário Nacional - CTN Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe: I - pela citação pessoal feita ao devedor; I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. 5. Existe denúncia espontânea de tributo já lançado por homologação? Não há possibilidade de denúncia espontânea de créditos tributários já constituídos. 6. Quais os efeitos do não recolhimento dos tributos já lançados por homologação? Autorizar a sua inscrição em dívida ativa; Fixar o termo a quo do prazo de prescrição para a sua cobrança; Inibir a expedição de certidão negativa do débito; e Afastar a possibilidade de denúncia espontânea. 1

7. Qual a principal diferença entre prescrição de decadência? A constituição definitiva do crédito tributário, sujeita à decadência, inaugura o decurso do prazo prescricional quinquenal para o Fisco exercer a pretensão de cobrança judicial do crédito tributário. 8. Como se dá a apuração do Imposto de Renda dos titulares dos serviços notariais e de registro? Regulamento do Imposto de Renda Despesas Escrituradas no Livro Caixa Art. 75. O contribuinte que perceber rendimentos do trabalho não-assalariado, inclusive os titulares dos serviços notariais e de registro, a que se refere o art. 236 da Constituição, e os leiloeiros, poderão deduzir, da receita decorrente do exercício da respectiva atividade (Lei nº 8.134, de 1990, art. 6º, e Lei nº 9.250, de 1995, art. 4º, inciso I): I - a remuneração paga a terceiros, desde que com vínculo empregatício, e os encargos trabalhistas e previdenciários; II - os emolumentos pagos a terceiros; III - as despesas de custeio pagas, necessárias à percepção da receita e à manutenção da fonte produtora. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica (Lei nº 8.134, de 1990, art. 6º, 1º, e Lei nº 9.250, de 1995, art. 34): I - a quotas de depreciação de instalações, máquinas e equipamentos, bem como a despesas de arrendamento; II - a despesas com locomoção e transporte, salvo no caso de representante comercial autônomo; III - em relação aos rendimentos a que se referem os arts. 47 e 48. Art. 76. As deduções de que trata o artigo anterior não poderão exceder à receita mensal da respectiva atividade, sendo permitido o cômputo do excesso de deduções nos meses seguintes até dezembro (Lei nº 8.134/1990). 1º O excesso de deduções, porventura existente no final do ano-calendário, não será transposto para o ano seguinte (Lei nº 8.134, de 1990, art. 6º, 3º). 2º O contribuinte deverá comprovar a veracidade das receitas e das despesas, mediante documentação idônea, escrituradas em Livro Caixa, que serão mantidos em seu poder, à disposição da fiscalização, enquanto não ocorrer a prescrição ou decadência (Lei nº 8.134, de 1990, art. 6º, 2º). 3º O Livro Caixa de que trata o parágrafo anterior independe de registro. 9. Em que consiste a DOI - Declaração sobre Operações Imobiliárias? Os serventuários da justiça responsáveis por Cartório de Notas, de Registro de Imóveis e de Títulos e Documentos estão obrigados a fazer comunicação a RFB dos documentos lavrados, anotados, matriculados, registrados e averbados em suas serventias e que caracterizem aquisição ou alienação de imóveis, realizada por pessoa física ou jurídica, independentes de seu valor. Regulamento do Imposto de Renda 2

Serventuários da Justiça Art. 939. Os tabeliães, escrivães, distribuidores, oficiais de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos, contadores e partidores facilitarão aos Auditores-Fiscais do Tesouro Nacional o exame e verificação das escrituras, autos e livros de registro em cartórios, auxiliando, também, a fiscalização e, quando solicitados, prestarão as informações que possam, de qualquer forma, esclarecer situações e interesses da administração tributária (Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 128, e Decreto-Lei nº 1.718, de 1979, art. 2º). Art. 940. Os serventuários da Justiça responsáveis por Cartórios de Notas ou de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos ficam obrigados a fazer comunicação à Secretaria da Receita Federal, em formulário padronizado e no prazo que for fixado, dos documentos lavrados, anotados, averbados ou registrados em seus cartórios e que caracterizem aquisição ou alienação de imóveis por pessoas físicas (Decreto-Lei nº 1.510, de 1976, art. 15 e 1º). 1º A comunicação deve ser efetuada em meio magnético aprovado pela Secretaria da Receita Federal (Lei nº 9.532, de 1997, art. 72). 2º O disposto neste artigo aplica-se, também, nas hipóteses de aquisições de imóveis por pessoas jurídicas (Lei nº 9.532, de 1997, art. 71). Art. 976. Será aplicada a multa de um por cento do valor do ato aos serventuários da Justiça responsáveis por Cartórios de Notas ou de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos, pelo não cumprimento do disposto no art. 940 (Decreto-Lei nº 1.510, de 1976, art. 15, e 2º). 10. A nova lei municipal revoga expressamente a lei anterior que previa a tributação fixa e determina que os cartórios sejam tributados pela alíquota de 5 % que deverá incidir sobre o total da arrecadação dos cartórios. a) Está correta esta nova forma de tributação? TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ISS. ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO PÚBLICO. REGIME DE TRIBUTAÇÃO FIXA. ARTIGO 9º, 1º, DO DECRETO-LEI N. 406/68. AUSÊNCIA DE PESSOALIDADE NA ATIVIDADE. INAPLICABILIDADE.. (STJ. REsp 1185119/SP. 1ª Turma. Rel. Ministro Benedito Gonçalves. Recurso: 1.0000.04.405432-8/000. Julgamento: 10/08/2010. Publicação: DJe 20/08/2010 - RDDT vol. 181 p. 194). b) Pode o município cobrar os valores reverentes aos últimos 5 anos? CONSTITUIÇÃO - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 3

11. A Secretaria de Fazenda de um determinado Estado, para cobrir os custos da fiscalização nas estradas, está cobrando, com base em Lei Estadual, o valor correspondente a 0,1% do valor das mercadorias e/ou bens transportados, aproveitando-se de facilidade de se utilizar a base de cálculo do ICMS. a) Qual a natureza jurídica de tal exigência? Justifique e fundamente a resposta. CONSTITUIÇÃO - Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: [...] II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; b) A cobrança é válida? Justifique e fundamente a resposta. CONSTITUIÇÃO - Art. 145, 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 12. Obrigação Tributária a) O que é obrigação tributária? A obrigação tributária nasce com a ocorrência do fato gerador, estabelecendo uma relação jurídica que vincula o sujeito ativo (Credor), que pode exigir do sujeito passivo (contribuinte e/ou responsável) uma prestação patrimonial (dinheiro), em virtude da vontade da lei que institui o tributo. b) O que é obrigação tributária principal? CTN - Art. 113, 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. c) O que é obrigação tributária acessória? CTN - Art. 113, 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. d) A obrigação tributária acessória pode ser converter em principal? CTN - Art. 113, 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. e) Dê exemplos de obrigações tributárias acessórias e principais. Obrigação Principal: pagamento do imposto de renda. Obrigação Acessória: Apresentação da DOI - Declaração sobre Operações Imobiliárias. 13. O senhor Clodoaldo dou todo o seu patrimônio composto de um apartamento de luxo no valor de R$ 1.000.000,00 à igreja da qual era fiel, sendo lavrada a necessária escritura pública, que foi transcrita no Registro Imobiliário. Após seu falecimento e seus filhos conseguiram a anulação da doação. a) Os filhos têm direito de reaver os valores pagos e título de ITCD e de Taxa de Fiscalização Judiciária? No caso do ITBI, os filhos têm direito a restituição. Se foi declarada a nulidade do contrato de compra e venda, é como se esta nunca tivesse existido. Assim, se não 4

houve a transmissão do bem, não houve o fato gerador e o pagamento foi indevido. No caso da taxa, esta é paga em razão de um serviço prestado ou do exercício do poder de polícia. O poder de polícia foi exercido quando do ato praticado pelo cartório. A anulação da compra e venda não tem o poder de apagar tal ato, ao contrário do que ocorre com a transmissão do bem. A escritura foi lavrada, a fiscalização foi exercida, enfim, o fato gerador se consumou, não sendo atingido pela decisão judicial. 5