CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EMPRESARIAL

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Transcrição:

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EMPRESARIAL DISCIPLINA: GESTÃO DE CUSTOS PROFESSOR: MSc. ANDERSON PIRES CARGA HORÁRIA: 24 H PERÍODO: 12/MAR A 08/ABR DE 2012 1

ANÁLISE DA RELAÇÃO CUSTO x VOLUME x LUCRO Consiste na comparação dos diversos resultados que um empreendimento pode apresentar. Auxiliará na resolução de diversos questionamentos do diaa-dia da Gestão das Empresas, tais como: O empreendimento é viável? Qual o produto mais rentável? Qual o produto mais lucrativo? Quais as conseqüências de suspender-se a fabricação de um determinado produto? Variando um tipo de custo, para mais ou para menos, quais são as conseqüências para os resultados da empresa? E reduzindo-se a produção da empresa como ficam os resultados? Etc. 2

ANÁLISE DA RELAÇÃO CUSTO x VOLUME x LUCRO Calças Camisas Total Volume Fabricado e Vendido no mês 20.000 30.000 (x) Preço unitário de Venda 20,00 8,00 (=)Receita Bruta 400.000 240.000 640.000 (-) Impostos e Contrib. s/ Vendas (30%) (120.000) (72.000) (192.000) (-) Custo das Matérias-Primas (150.000) (80.000) (230.000) (-)Custo da MOD (30.000) (16.000) (46.000) (-) Custo da MOI (4.000) (6.000) (10.000) (-) Desp. c/ Aluguel do Prédio da Fábrica (18.200) (7.800) (26.000) (-) Outros Custos Fabris (32.000) (8.000) (40.000) (-) Despesas Fixas com a comercialização dos produtos (11.200) (16.800) (28.000) (-) Despesas Administrativas (8.000) (8.000) (16.000) (=) Lucro antes do IR/Contrib. Soc 26.000 25.400 52.000 (-) IR e Contrib. Social = 35% (9.310) (8.890) (18.200) (=) Lucro Líquido 17.290 16.510 33.800 3

ANÁLISE DA RELAÇÃO CUSTO x VOLUME x LUCRO Agora vamos analisar algumas situações de mercado: Aparece uma demanda de mercado em que a empresa tem a possibilidade de vender 40.000 camisas, mas para conseguir esse volume deverá reduzir a produção e, conseqüentemente, a venda de calças para 15.000 unidades. Vejamos então como ficará o resultado com esse novo perfil operacional! 4

ANÁLISE DA RELAÇÃO CUSTO x VOLUME x LUCRO Calças Camisas Total Volume Fabricado e Vendido no mês 15.000 40.000 (x) Preço unitário de Venda 20,00 8,00 (=)Receita Bruta 300.000 320.000 620.000 (-) Impostos e Contrib. s/ Vendas (30%) (90.000) (96.000) (186.000) (-) Custo das Matérias-Primas (112.500) (106.667) (219.167) (-)Custo da MOD (22.500) (21.333) (43.833) (-) Custo da MOI (4.000) (6.000) (10.000) (-) Desp. c/ Aluguel do Prédio da Fábrica (18.200) (7.800) (26.000) (-) Outros Custos Fabris (32.000) (8.000) (40.000) (-) Despesas Fixas com a comercialização dos produtos (11.200) (16.800) (28.000) (-) Despesas Administrativas (8.000) (8.000) (16.000) (=) Lucro antes do IR/Contrib. Soc 1.600 49.400 51.000 (-) IR e Contrib. Social = 35% (560) (17.290) (17.850) (=) Lucro Líquido 1.040 32.110 33.150 5

ANÁLISE DA RELAÇÃO CUSTO x VOLUME x LUCRO Como se pode ver, o lucro total será menor que o apurado na versão original do negócio, o que levará os administradores a não aceitarem o acréscimo da produção e venda de camisas. Vejamos agora uma outra situação em que a empresa tem a possibilidade de vender 30.000 calças, mas para conseguir esse volume deverá reduzir a produção e, conseqüentemente, a venda de camisas para 20.000 mil unidades. 6

ANÁLISE DA RELAÇÃO CUSTO x VOLUME x LUCRO Calças Camisas Total Volume Fabricado e Vendido no mês 30.000 20.000 (x) Preço unitário de Venda 20,00 8,00 (=)Receita Bruta 600.000 160.000 760.000 (-) Impostos e Contrib. s/ Vendas (30%) (180.000) (48.000) (228.000) (-) Custo das Matérias-Primas (225.000) (53.333) (278.333) (-)Custo da MOD (45.000) (10.667) (55.667) (-) Custo da MOI (4.000) (6.000) (10.000) (-) Desp. c/ Aluguel do Prédio da Fábrica (18.200) (7.800) (26.000) (-) Outros Custos Fabris (32.000) (8.000) (40.000) (-) Despesas Fixas com a comercialização dos produtos (11.200) (16.800) (28.000) (-) Despesas Administrativas (8.000) (8.000) (16.000) (=) Lucro antes do IR/Contrib. Soc 76.600 1.400 78.000 (-) IR e Contrib. Social = 35% (26.810) (490) (27.300) (=) Lucro Líquido 49.790 910 50.700 7

ANÁLISE DA RELAÇÃO CUSTO x VOLUME x LUCRO Como se pode vê, o lucro total será maior que o apurado na versão original do negócio, o que levará os administradores a aceitarem o acréscimo da produção e venda de calças. E uma das principais ferramentas a serem analisadas nesse tipo de situação é a chamada MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO. 8

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Como comentado anteriormente (no item Custeio Variável), a Margem de Contribuição (MC) representa a diferença entre a receita de venda e os custos e despesas variáveis, numa abordagem global do resultado; ou a diferença entre o preço unitário de venda e os custos e despesas variáveis unitários, numa abordagem na base unitária. Vejamos o exemplo da empresa de confecções: 9

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Calças Camisas Total Receita Bruta 400.000 240.000 640.000 (-) Impostos e Contrib. s/vendas (120.000) (72.000) (192.000) (-) Custo das Mats-Primas (150.00) (80.000) (230.000) (-) Custo da MOD (30.000) (16.000) (46.000) (=) Margem de Contrib. Global 100.000 72.000 172.000 Abordando a margem de contribuição numa base unitária: Calças Camisas Volume fabricado e vendido /mês 20.000 30.000 Preço de Venda Unitário 20,00 8,00 (-) Impostos e Contrib. s/vendas (6,00) (2,40) (-) Custo das Matérias-Primas (7,50) (2,67) (-) Custo da MOD (1,50) (0,53) (=) Margem de Contribuição Unitária 5,00 2,40 10

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO A análise mostra que cada calça vendida pela empresa proporciona uma contribuição unitária de R$ 5,00 ao passo que cada camisa proporciona uma contribuição unitária de R$2,40. Assim, o incremento do volume de calças, sempre que possível, deverá ser privilegiado pelo fato de ser o produto com maior margem de contribuição. 11

Hora de praticar... 12

PONTO DE EQUILÍBRIO Representa o nível de vendas, em unidades físicas ou em valor ($), no qual a empresa opera sem lucro ou prejuízo. O número de unidades vendidas no Ponto de Equilíbrio é o suficiente para a empresa cobrir seus custos (e despesas) fixos e variáveis, sem gerar qualquer resultado positivo (lucro). 13

Tipos de Ponto de Equilíbrio Ponto de Equilíbrio Contábil Ponto de Equilíbrio Financeiro Ponto de Equilíbrio Econômico O modelo de Ponto de Equilíbrio a ser utilizado dependerá da informação demandada pela gestão da empresa, e poderá ter uma série de variáveis, tais como: Custos e despesas não desembolsáveis; Introdução do valor do lucro que se pretende atingir; Inserção de pagamentos a serem efetuados no período, etc. 14

Determinação Algébrica do Ponto de Equilíbrio Legenda: Pv = Preço de Venda Q = Quantidade Vendida CF = Custo Fixo CVu = Custo Variável unitário MCu = Margem de Contribuição unitária Tem-se que: RT = Pv x Q CT = CF + (CVu x Q) No PE, RT = CT, logo: Pv x Q = CF + (CVu x Q) PV x Q CVu x Q = CF Colocando Q em evidência: Q (Pv CVu) = CF Q x MCu = CF Q = CF MCu Obs: ou seja, PE em unidades, resulta da Profº Anderson divisão Pires do CF pela MCu. 15

Ponto de Equilíbrio Contábil Informa a quantidade de produtos (metros, quilos, litros, peças etc.) que deve ser vendida para que o resultado do período seja nulo. Fórmula: PEC = Custos Fixos MC unitária Obs: Para conhecer o PEC em valor basta multiplicar o resultado pelo preço de venda unitário. Exemplo: Custos Fixos mensais 8.000,00 Preço de Venda p/ unidade 200,00 Custos Variáveis Unitários 120,00 16

Ponto de Equilíbrio Contábil PEC = Custos Fixos = 8.000,00 = 8.000,00 = 100 un MC unitária (200, - 120,) 80,00 100 un x 200,00 = 20.000,00 (PEC em Valor) A exatidão do Cálculo pode ser comprovada pela seguinte demonstração de resultado: (+) Vendas Totais (100 un. x 200,00 un.) 20.000,00 (-) Custos Variáveis Totais (100 un. x 120,00 un.) (12.000,00) (=) Margem de Contribuição Total (100 un. x 80,00 un.) 8.000,00 (-) Custos Fixos Mensais (8.000,00) (=) Resultado do Período 0 17

Ponto de Equilíbrio Financeiro Representa o volume de vendas da empresa (em unidades ou em $) que é suficiente para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos (exceto a depreciação) e outras dívidas que a empresa tenha que saldar no período (como empréstimos e financiamentos bancários, aquisição de bens...). Fórmula: PEF = CF Depreciação + Dívidas Período Exemplo: MC unitária Custos Fixos mensais 8.000,00 Depreciação 2.000,00 Parcela do Financiamento 1.200,00 Preço de Venda p/ unidade 200,00 Custos Variáveis Unitários 120,00 18

Ponto de Equilíbrio Financeiro PEF = CF - Depr. + Dív = 7.200,00 = 7.200,00 = 90 un MC unitária (200, - 120,) 80,00 90 un x 200,00 = 18.000,00 (PEF em Valor) A exatidão do Cálculo pode ser comprovada pela seguinte demonstração de resultado: (+) Vendas Totais (90 un. x 200,00 un.) 18.000,00 (-) Custos Variáveis Totais (90 un. x 120,00 un.) (10.800,00) (=) Margem de Contribuição Total (90 un. x 80,00 un.) 7.200,00 (-) Custos Fixos Mensais (8.000, - 2.000, Depreciação) (6.000,00) (-) Financiamento a pagar no mês (1.200,00) (=) Resultado do Período 0 19

Ponto de Equilíbrio Econômico Representa o volume de vendas da empresa (em unidades ou em $) que é suficiente para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos e ainda obter um lucro desejado em função, geralmente do capital investido. Fórmula: PEE = CF + Lucro Desejado Exemplo: MC unitária Custos Fixos mensais 8.000,00 Lucro Desejado 20% do capital investido (200.000,00) 40.000,00 Preço de Venda p/ unidade 200,00 Custos Variáveis Unitários 120,00 20

Ponto de Equilíbrio Econômico PEE = CF + Lucro Desej. = 48.000,00 = 48.000,00 = 600 un MC unitária (200, - 120,) 80,00 600 un x 200,00 = 120.000,00 (PEE em Valor) A tabela a seguir comprova que o volume calculado (600 un) é suficiente para proporcionar o lucro desejado pelo investidor (R$ 40.000,00) (+) Vendas Totais (600 un. x 200,00 un.) 120.000,00 (-) Custos Variáveis Totais (600 un. x 120,00 un.) (72.000,00) (=) Margem de Contribuição Total (90 un. x 80,00 un.) 48.000,00 (-) Custos Fixos Mensais (8.000,00) (=) Resultado do Período (Lucro Desejado) 40.000,00 21

Hora dos exercícios sobre Ponto de Equilíbrio 22

CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES ABC Activity Based Costing Baseia-se não primeiramente nos custos absorvidos pelos produtos e sim nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos; Origem: Relevância dos Materiais Diretos e da Mão-de-obra Direta; Pouca influência dos GGF na apuração do CPV e na apuração da Margem de Lucratividade; Aumento considerável do grau de mecanização e automação dos processos produtivos; Significativo aumento dos GGF; Surge o ABC-Custeio Baseado em Atividades, na tentativa de alocar os recursos produtivos da empresa de uma forma mais eficiente. 23

CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES ABC Activity Based Costing O pressuposto do ABC é de os fatores de produção da empresa são consumidos pelas suas atividades e não pelos produtos que ela fabrica; A atribuição dos custos às atividades se dá através da utilização dos direcionadores de recursos. E a maneira como os produtos consomem as atividades se dá através dos direcionadores de atividades. 24

Exemplo prático simplificado - ABC 1) Produção da Companhia Produtos da Cia Solar Preço de Venda Viseira Chapéu Boné 8,00 14,00 24,00 Produção Mensal Custos Diretos Unitários 10.000 5.000 4.000 2,00 3,00 5,00 2) Custos Indiretos de Fabricação - Aluguel e Seguro da Fábrica: R$ 40.000,00 - Mão-de-Obra Indireta: R$ 90.000,00 - Material de Consumo: R$ 20.000,00 TOTAL: R$ 150.000,00 3) Atividade desenvolvida pela empresa DEPARTAMENTO ATIVIDADES Compras Compras Produção Atividade Industrial 1 Atividade Industrial 2 Acabamento Acabar Profº Anderson Despachar Pires 25

Exemplo prático simplificado - ABC Atribuição dos custos às atividades (Critérios): - Aluguel e Seguro: o direcionador do recurso é a área utilizada pela atividade, uma vez que o valor do aluguel e do seguro da fábrica depende da área. - Mão-de-Obra Indireta: Atribuição direta às atividades, uma vez que cada uma delas tem funcionários indiretos próprios. Os valores atribuídos pelo Departamento de Pessoal da empresa foram os seguintes: Compras --------------------- R$ 10.000,00 Atividade Industrial 1 --- R$ 30.000,00 Atividade Industrial 2 ---- R$ 40.000,00 Acabamento ---------------- R$ 8.000,00 Despacho -------------------- R$ 2.000,00 - Material de Consumo: Atribuição direta às atividades através das requisições de material de cada departamento. Os valores atribuídos pelo almoxarifado foram: Compras --------------------- R$ 2.000,00 Atividade Industrial 1 ---- R$ 5.000,00 Atividade Industrial 2 ---- R$ 8.000,00 Acabamento ---------------- R$ 3.000,00 Despacho -------------------- R$ 2.000,00 26

Exemplo prático simplificado - ABC As áreas ocupadas por cada atividade, em percentual, são dadas pela tabela a seguir: ATIVIDADES PERCENTUAL DA ÁREA Compras 20% Atividade Industrial 1 25% Atividade Industrial 2 30% Acabar 15% Despachar 10% TOTAL 100% 27

Exemplo prático simplificado - ABC Quadro referente a atribuição dos Custos Indiretos às Atividades Atividades Aluguel + Seguros ( % da área x 40.000,00 ) Mão-de-Obra Indireta (Atribuição Direta) Material de Consumo (Atribuição Direta) TOTAL Compras 8.000,00 10.000,00 2.000,00 20.000,00 Atividade 10.000,00 30.000,00 5.000,00 45.000,00 Industrial 1 Atividade Industrial 2 12.000,00 40.000,00 8.000,00 60.000,00 Acabar 6.000,00 8.000,00 3.000,00 17.000,00 Despachar 4.000,00 2.000,00 2.000,00 8.000,00 TOTAL 40.000,00 90.000,00 20.000,00 150.000,00 28

Exemplo prático simplificado - ABC Atribuições dos Custos das Atividades aos Produtos A atribuição dos custos das atividades aos produtos é feita através da utilização de um direcionador de atividades, que é um indicador de quanto os produtos consomem de cada atividade. Suporemos a seguinte composição dos indicadores de atividade: Atividades Direcionador de Viseira Chapéu Boné TOTAL Atividades Compras Nº de Pedidos 30% 20% 50% 100% Atividade Tempo de Produção 5% 50% 45% 100% Industrial 1 Atividade Tempo de Produção 25% 35% 40% 100% Industrial 2 Acabamento Tempo de Operação 35% 30% 35% 100% Despachar Tempo de Operação 40% 30% 30% 100% 29

Exemplo prático simplificado - ABC Quadro Resumo: Atividades/Produto Viseira Chapéu Boné TOTAL Compras 6.000,00 4.000,00 10.000,00 20.000,00 Atividade Industrial 1 2.250,00 22.500,00 20.250,00 45.000,00 Atividade Industrial 2 15.000,00 21.000,00 24.000,00 60.000,00 Acabamento 5.950,00 5.100,00 5.950,00 17.000,00 Despacho 3.200,00 2.400,00 2.400,00 8.000,00 TOTAL 32.400,00 55.000,00 62.6000,00 150.000,00 Quantidades Prod 10.000 5.000 4.000 CIF Unitário 3,24 11,00 15,65 Custos Diretos Unit 2,00 3,00 5,00 Custo Unitário Total 5,24 14,00 20,65 30

Hora de exercitar o ABC 31

CUSTEIO PADRÃO Segundo Neves e Viceconti (2010.p.195), Custo Padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os produtos de sua linha de fabricação, levando-se em consideração as características tecnológicas do processo produtivo de cada um, a quantidade e os preços dos insumos necessários para a produção e o respectivo volume desta. 32

CUSTEIO PADRÃO Os custos são apropriados à produção não pelo seu valor efetivo (ou real), mas sim por uma estimativa do que deveriam ser (custo-padrão); Pode ser utilizado pela empresa quer adote o custeio por absorção, quer adote o custeio variável; As diferenças entre o custo-padrão e o custo real são objetos de análise da contabilidade de custos, com o objetivo de controle dos gastos e medida de eficiência. 33

CUSTEIO PADRÃO Para atingir um de seus principais objetos, que é servir como parâmetro para o controle dos custos reais, o Custo-Padrão, não precisa servir de base para os lançamentos contábeis da empresa. Pois a comparação entre o custo real e o padrão pode ser feita de forma extra-contábil, através de relatórios especiais. Entretanto, há empresas que preferem controlar as variações entre o custo real é o padrão na própria contabilidade. Existem várias maneiras de se fazer esse controle e essas formas de custeamento são denominadas de Custeio Padrão. 34

TIPOS DE CUSTO PADRÃO IDEAL ESTIMADO - O custo é determinado da forma mais científica possível pela Engenharia de Produção; - Condições ideais de qualidade da MP; Eficiência da MO; Mínimo de desperdícios; - Considerado meta de longo prazo -Determinado através de uma projeção para o futuro, através de uma média dos custos observados no passado; -Não leva em consideração se houve ineficiência na produção. CORRENTE -Situa-se entre o Ideal e o Estimado; -A empresa faz um estudo para avaliar a eficiência da produção; -E leva em consideração as deficiências existentes e que não podem ser sanadas pelo menos a curto e médio prazos; -Considerado de curto e médio prazo. 35

Custo Padrão x Custo Real Custo Real: é o custo efetivo incorrido pela empresa. Comparações: Custo Real superior ao Custo Padrão = Variação Desfavorável Custo Real inferior ao Custo Padrão = Variação Favorável 36

Como exemplo, temos: A Cia. Nada de Praia Ltda. possui os seguintes Custos- Padrão por unidade para a fabricação do produto Filtro Solar: CUSTOS R$ Material Direto 100,00 Mão-de-obra Direta 80,00 CIF 70,00 Não existia estoque de Produtos em elaboração e de Produtos Acabados no início do período. A produção de Filtro Solar foi de 4.000 unidades totalmente acabadas, sendo que 3.200 foram vendidas no período (vendas correspondentes a 80% do que foi fabricado. 37

Como exemplo, temos: CUSTOS REAIS APURADOS NO FINAL DO PERÍODO Material Direto 410.000,00 Mão-de-obra Direta 310.000,00 CIF 300.000,00 TOTAL 1.020.000,00 CUSTOS-PADRÃO TOTAIS REFERENTES À PRODUÇÃO DE 4.000 Un. Material Direto R$ 100,00 x 4.000 un. R$ 400.000,00 Mão-de-obra Direta R$ 80,00 x 4.000 un. R$ 320.000,00 CIF R$ 70,00 x 4.000 un. R$ 280.000,00 TOTAL...R$ 1.000.000,00 38

Como exemplo, temos: RELATÓRIO DO CONTROLE EXTRA-CONTÁBIL ITEM DE CUSTO CUSTO REAL CUSTO PADRÃO VARIAÇÃO Material Direto 410.000,00 400.000,00 + 10.000,00 (Desfavorável) Mão-de-obra Direta 310.000,00 320.000,00-10.000,00 (Favorável) CIF 300.000,00 280.000,00 + 20.000,00 (Desfavorável) TOTAL 1.020.000,00 1.000.000,00 + 20.000,00 (Desfavorável) 39

Hora de exercitar o Custo Padrão 40

ANÁLISE DE PREÇO DE VENDA No ambiente atual...concorrência acirrada... Formação do preço de venda como questão fundamental para sobrevivência e crescimento das empresas. Existência de dois caminhos para se pensar o método de formação de preço a ser utilizado: Formação do preço de venda (Markup) Análise dos preços de vendas praticados (identificação da rentabilidade obtida com os preços praticados) 41

ANÁLISE DE PREÇO DE VENDA Formação de preço com base no MARKUP: Empresas que conseguem cobrar um preço desejado dos compradores por inexistir produtos similares... Empresas que se aproveitam das peculiaridades de monopólio ou oligopólio do segmento em que atuam e podem praticar os preços que lhes sejam convenientes. Empresas que desejam determinar um preço de venda mínimo, no qual já está embutida a margem de lucro almejado, com intuito de compará-lo com preços correntes de mercado. 42

ANÁLISE DE PREÇO DE VENDA No contexto atual, contudo, a maioria deve recorrer à segunda opção, que consiste analisar os preços de venda praticados. Isso é pertinente porque a determinação do preço de venda está sendo cada vez mais influenciada por fatores de mercado e menos por fatores internos. Ex: Y.Yamada em relação às pequenas lojas da João Alfredo. 43

APROFUNDANDO O ESTUDO SOBRE TAXA DE MARCAÇÃO OU MARK-UP Fator aplicado sobre o custo de compra de uma mercadoria ou sobre o custo total unitário de um produto ou serviço, para a formação do preço de venda. Pode ser inserido todos os fatores que se deseja cobrar no preço de venda, sob a forma de percentuais (%). Tributos incidentes sobre as vendas efetuadas; As comissões pagas aos vendedores; A taxa de franquia cobrada pela franqueadora O percentual cobrado pela administradora sobre as vendas feitas por cartão de crédito, O tributo incidente sobre a movimentação financeira da venda, e A margem de lucro desejada para cada produto/serviço. Há a possibilidade de incluir também as despesas e custos fixos. 44

APROFUNDANDO O ESTUDO SOBRE TAXA DE MARACAÇÃO OU MARK-UP Qual a Margem de Lucro deve ser considerada no Mark-up? 45

Fatores a serem considerados na determinação da taxa de Mark-up: A Estratégia de Competição a ser adotada: Produtos diferenciados: margens maiores Estratégia de preços baixos: margens menores A existência de produtos similares Facilidade de importações e a existência de diversos concorrentes em determinado segmento. O volume previsto de vendas Quanto maior o volume de venda previsto, menor a margem de lucro: é preferível ganhar pouco por unidade vendendo grande quantidade, do que ganhar muito por peça e vender pouco. 46

Fatores a serem considerados na determinação da taxa de Mark-up: Os segmentos de mercado a serem atingidos: O mesmo produto pode ser comercializado em mais de um segmento de mercado e podem ser praticadas margens de lucro específica para cada um deles... Política de preços de atração Margens de lucro baixas em determinados produtos que servem como atração aos consumidores. Exemplo dos supermercados. 47

CÁLCULO DO MARK-UP Existem duas formas de calcular o Mark-up: Mark-up Divisor Mark-up Multiplicador Independente de qual tipo seja utilizado, o valor do preço de venda a ser praticado será o mesmo. 48

MARK-UP DIVISOR Listar todos os percentuais incidentes sobre o preço de venda (% PV) Tributos incidentes sobre as vendas = 17% Comissões sobre vendas = 3% Lucro almejado = 5% Somar todos os percentuais incidentes sobre o preço de venda: (17% + 3% + 5%) = 25% Dividir a soma dos (% PV) por 100 (para achar a forma unitária) (25 : 100 = 0,25) Subtrair de 1 o quociente da divisão da fase anterior (1 0,25 = 0,75) Mark-up Divisor 49

MARK-UP DIVISOR Dividir o Custo da Compra da Mercadoria (no caso do comércio) ou do Custo Unitário Total (no âmbito industrial) pelo Mark-up Divisor, apurando o preço de venda unitário: Supondo que o custo unitário da mercadoria seja R$ 500, o preço de venda à vista, seria, então, de R$ 666,67 (pois R$ 500 / 0,75 = 666,67) A exatidão do cálculo pode ser verificada pela demonstração a seguir: Preço de Venda orientativo R$ 666,67 Percentuais utilizados (17%+5%+3%=25%) R$ (166,67) Custo da Mercadoria (PV - %PV) R$ 500,00 50

MARK-UP MULTIPLICADOR Listar todos os percentuais incidentes sobre o preço de venda (% PV) Tributos incidentes sobre as vendas = 17% Comissões sobre vendas = 3% Lucro almejado = 5% Somar todos os percentuais incidentes sobre o preço de venda: (17% + 3% + 5%) = 25% Partindo de 100%, subtrair a soma dos (%PV): (100% - 25% = 75%) O Mark-up multiplicador é obtido dividindo 100 pelo resultado da fase anterior: (100 : 75 = 1,333333) 51

MARK-UP MULTIPLICADOR O preço de venda orientativo é calculado multiplicando o custo unitário pelo Mark-up multiplicador: Admitindo que o custo unitário é de R$ 500, teríamos: 500,00 x 1,33333 = 666,67 52

Referências MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. NEVES, Silvério das. VICECONTI, Paulo E.V. Contabilidade de Custos: um enfoque direto e objetivo. 9 ed.são Paulo: Frase, 2010. BRUNI, Adriano Leal. A administração de custos, preços e lucros: com aplicações na calculadora HP 12C e Excel. 2.ed.São Paulo: Atlas, 2008. PEREZ JR. José Hernandez, OLIVEIRA. Luiz Martins, COSTA. Rogério Guedes. Gestão Estratégica de Custos. 5ª Ed. São Paulo: Atlas, 2006. WERNKE, Rodney. Análise de Custos e Preços de Venda. São Paulo: Saraiva, 2005. CARNEIRO. Jorge M.T., SAITO. Cláudio Sunão, AZEVEDO. Hélio Moreira, CARVALHO. Luiz Celso. Formação e Administração de Preços. Rio de Janeiro: FGV, 2004. COGAN, Samuel. Custos e Preços: formação e análise. São Paulo: Pioneira, 1999. 53

Obrigado!!! 54