CONSELHO CIENTÍFICO-PEDAGÓGICO DA FORMAÇÃO CONTÍNUA APRESENTAÇÃO DE ACÇÃO DE FORMAÇÃO NAS MODALIDADES DE ESTÁGIO, PROJECTO, OFICINA DE FORMAÇÃO E CÍRCULO DE ESTUDOS Formulário de preenchimento obrigatório, a anexar à ficha modelo ACC2 An 2-B Nº / 1. DESIGNAÇÃO DA ACÇÃO DE FORMAÇÃO Construir e desenvolver projetos de educação sexual 2. RAZÕES JUSTIFICATIVAS DA ACÇÃO: PROBLEMA/NECESSIDADE DE FORMAÇÃO IDENTIFICADO A promoção da saúde sexual e reprodutiva dos jovens é um importante contributo para a sua formação pessoal e social. Contudo, a educação sexual tem suscitado várias dificuldades em ser implementada na escola. Revela-se pertinente que os professores, nos diversos níveis de escolaridade, privilegiem a emergência de uma nova cultura escolar e a considerem nas suas práticas pedagógicas. Será fundamental considerar que a construção de uma ética sexual depende de uma educação promotora de uma consciência reflexiva sobre diversas temáticas, tais como relações sexuais, conceção/contraceção, abusos sexuais, infeções sexualmente transmissíveis, entre outras. Esta ação de formação surge na sequência da publicação da Portaria nº 196-A/2010, de 9 de Abril, que procede à regulamentação da Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto, que estabelece a educação sexual nos estabelecimentos do ensino básico e do ensino secundário e define as respetivas orientações curriculares, adequadas para os diferentes níveis de ensino. Para a prossecução das finalidades da educação sexual previstas no quadro normativo atual, importa que os professores sejam capazes de desenhar projetos de educação sexual de turma e de se organizarem para a sua implementação, sendo necessário para o efeito ampliar conhecimentos e adquirir competências pedagógicas, no âmbito da educação sexual em contexto escolar. Assim, esta ação de formação prevê a conceção e aplicação de recursos didático-pedagógicos - materiais, procedimentos e metodologias - de modo a permitir aos docentes o desenvolvimento e implementação dos projetos de educação sexual na escola e em contexto de sala de aula. Envolvendo toda a comunidade educativa contagiando afetos e partilhando saberes poderemos contribuir para eliminar estereótipos e mitos, contribuindo para que crianças e jovens possuam uma boa formação na área da sexualidade humana. Os dados recolhidos são processados automaticamente, destinando-se à gestão automática de certificados e envio de correspondência. O preenchimento dos campos é obrigatório pelo que a falta ou inexactidão das respostas implica o arquivamento do processo. Os interessados poderão aceder à informação que lhes diga respeito, presencialmente ou por solicitação escrita ao CCPFC, nos termos dos artigos 27º e 28º da lei nº 10/91 de 19 de Fevereiro. Entidade responsável pela gestão da informação: CCPFC Rua Nossa Senhora do Leite, nº 7 3º - 4700 Braga
3. DESTINATÁRIOS DA AÇÃO 3.1. Equipa que propõe (caso dos Projectos e Círculos de Estudos) (Art. 12º-3 RJFCP) (Art.33º c) RJFCP) 3.1.1 Número de proponentes: 20 3.1.2 Escola(s) a que pertence(m): Escola Secundária de Caldas das Taipas 3.1.3 Ciclos/Grupos de docência a que pertencem os proponentes: - Destinatários da modalidade: (caso de Estágio ou Oficina de Formação) Professores do 2º e 3ºCiclo do Ensino Básico e Ensino Secundário (Todos os Grupos Disciplinares). 4. EFEITOS A PRODUZIR: MUDANÇA DE PRÁTICAS, PROCEDIMENTOS OU MATERIAIS DIDÁCTICOS No final da ação de formação os formandos devem estar habilitados a: 1. Analisar o enquadramento legal e normativo da educação sexual em contexto escolar. 2. Desenvolver a literacia em questões ligadas à educação sexual e educação para a Saúde. 3. Reforçar competências necessárias para abordar a sexualidade respeitando o pluralismo das várias conceções existentes. 4. Integrar os conteúdos de educação sexual nas diferentes áreas curriculares disciplinares e não disciplinares (de acordo com o nível de ensino a que pertencem). 5. Contribuir para a dinamização e conceção de recursos pedagógicos e didáticos adequados à implementação da educação sexual no contexto da sala de aula. 6. Elaborar e implementar um projeto de educação sexual na turma. 5. CONTEÚDOS DA ACÇÃO (Práticas Pedagógicas e Didácticas em exclusivo, quando a acção de formação decorre na modalidade de Estágio ou Oficina de Formação) SESSÃO 1 2 horas 1. Apresentação dos participantes 2. Diagnóstico das expetativas face à Formação (Pré-teste) 3 Divulgação dos conteúdos e objetivos da formação 4. Enquadramento Legal da Educação Sexual (ES) 5. A Sexualidade Humana: 5.1 Conceito de Sexualidade Humana 5.2. História e Mitos
SESSÃO 2-3 horas 6. Construção de um projeto de Educação Sexual 6.1 Objetivos da ES 6.2 Modelos de ES 6.3 Perfil do Agente de ES 6.4 Metodologias e técnicas pedagógicas em ES 6.5 Metodologia de Projeto SESSÃO 3-2 horas 7. Expressões da sexualidade 7.1 Afetividade 7.2 Identidade sexual 7.3 Papel de género 7.4 Orientação Sexual 7.5. Monitorização e Desenvolvimentos dos Projetos de Educação Sexual de Turma SESSÃO 4-3 horas 8. Relações interpessoais 8.1 Assertividade 8.2 Autoestima/autoconceito 8.3. Resolução de problemas 8.5. Monitorização e Desenvolvimentos dos Projetos de Educação Sexual de Turma SESSÃO 5-2 horas 9.1 Morfofisiologia do sistema reprodutor humano 9.2 Contraceção e planeamento familiar 9.3. Monitorização e Desenvolvimentos dos Projetos de Educação Sexual de Turma SESSÃO 6-3 horas 9.4 Gravidez na adolescência 9.5 Monitorização e Desenvolvimentos dos Projetos de Educação Sexual de Turma SESSÃO 7-2 horas 9.6 Reprodução Humana e Infeções Sexualmente Transmissíveis 9.7. Monitorização e Desenvolvimentos dos Projetos de Educação Sexual de Turma SESSÃO 8-3 horas 9.8 Prevenção do abuso sexual 9.9. Monitorização e Desenvolvimentos dos Projetos de Educação Sexual de Turma
SESSÃO 9-3 horas 10. Apresentação de Trabalhos SESSÃO 10-2 horas 11. Avaliação 6. METODOLOGIA DE REALIZAÇÃO DA ACÇÃO 6.1. Passos Metodológicos: Considerando que o público-alvo possui formação pedagógica inicial e experiência profissional preconizase uma formação centrada nas vivências dos Docentes e nas expetativas que possuem face à formação. Pretende-se conceber (em sala de formação), executar (em sala de aula com os alunos) projetos de educação sexual, incentivando os formandos para o trabalho colaborativo, a participação ativa quer na conceção dos projetos, quer na aplicação prática dos recursos pedagógicos e didáticos produzidos, em contexto de sala de aula com os alunos. A reflexão sobre as respetivas práticas e a partilha das mesmas far-se-á com o objetivo de proceder a alterações dos recursos pedagógicos com vista a novas aplicações, permitindo consciencializar para a importância da educação sexual em meio escolar, como forma de desenvolver nos alunos competências para a realização de escolhas informadas e seguras no campo da sexualidade. 6.2. Calendarização: 6.2.1. Período de realização da acção durante o mesmo ano escolar: Entre os meses de Fevereiro e Maio. Número de sessões previstas por mês (média) 0 4 6.2.2. Número total de horas previstas por cada tipo de sessões: Sessões presenciais conjuntas 2 5 Sessões de trabalho autónomo 2 5 7. APROVAÇÃO DO ÓRGÃO DE GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA: Data: / / Cargo: Assinatura:
8. CIENTÍFICO-PEDAGÓGICO OU ESPECIALISTA NA MATÉRIA (ART.25º-A,2 C) RJFCP) Nome: Maria Lucinda Palhares da Cunha Bessa (Modalidade de Projecto e Ciclo de Estudos) delegação de competências do Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua (Art. 37º f) RJFCP) SIM X NÃO Nº de acreditação do consultor CCPFC/CF-0264/10 9. REGIME DE AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS Nos termos do artigo 13.º do Regime Jurídico de Formação Contínua, com a redacção dada pelo artigo 4.º do Decreto-lei n.º 15/2007 de 19 Janeiro (Alteração ao Regime Jurídico de Formação Contínua), a avaliação dos formandos terá de ser quantitativa. Esta é expressa na escala de 1 a 10, deverá respeitar o referencial da escala de avaliação prevista no nº2 do artigo 46º do Estatuto da Carreira Docente, aprovado pelo D.L. nº15/ 2007, de 19 de Janeiro, de acordo com a Carta Circular do CCPFC 3/2007 de Set. 2007, sendo atribuída com base nos indicadores abaixo apresentados e respectiva ponderação:. Participação. Realização das Tarefas nas Sessões. Assiduidade/Pontualidade. Produção de Trabalhos e/ou Materiais e/ou procedimentos. Aplicação em contexto escolar 25% 60%. Reflexão crítica 15% Considera-se desistente o formando que não cumpra o regime de assiduidade obrigatória (2/3 do nº de horas de duração da ação), não devendo por isso ser avaliado quantitativamente. 10. FORMA DE AVALIAÇÃO DA ACÇÃO - Ficha de avaliação da ação; - Ficha de avaliação do formador: - Relatório do formador; - Relatório do consultor.
11. BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL Alcobia, H., Mendes, A.R. Serôdio, H.M. (2003). Educação para a Sexualidade. Porto Editora. Bastos, A. (2003). Afectividade na Adolescência Sexualidade e Educação para os Valores. Lisboa: Edições Paulinas. Cravo, C. e Malheiro, S. (2002). Áreas de Educação Projecto Integrado para o 1º ciclo. Lisboa: Texto Editora. Departamento de Saúde Pública ARS Norte, I.P. (2008). Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar. ARS Norte: Ministério da Saúde. Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. (2008). Planeamento e Avaliação de Projectos Guião Prático. Lisboa: DGIDC. Frade, A. e al (2003). Educação Sexual na Escola Guia para Professores, Formadores e Educadores. Lisboa: Texto Editora. Freitas, F. e Pereira, M. (2001). Educação Sexual - Contextos de sexualidade e adolescência. Lisboa: Edições ASA. Guerra, I. (1994). Introdução à Metodologia de Projecto. Centro de Estudos Territoriais. Lisboa: ISCTE. Machado Vaz, J.(1996). Educação Sexual na Escola. Universidade Aberta. Ministério da Educação. (2007). Relatório Final do Grupo de Trabalho de Educação Sexual. Acedido em: 02.03.2010 em: http://sitio.dgidc.min-edu.pt/saude/documents/gtes_relatorio_final.pdf Seródio, H.; Alcobia, H. e Mendes, A. (2004). Educar para a Sexualidade. Porto: Porto Editora. Santos, A. e al (2001). Educação da Sexualidade na Escola. Lisboa: Didáctica Editora. Portaria nº 196-A/2010, de 9 de Abril. Diário da República Nº 69/2010 I Série. Ministério da Saúde e da Educação. Lisboa. Lei nº 60/2009, de 6 de Agosto. Diário da República N.º 151/2009 - I Série. Ministério da Educação. Lisboa. Despacho nº 12 045/2006, de 7 de Junho. Diário da República Nº 110/2006 - II Série - Ministério da Saúde Alto-Comissariado da Saúde. Lisboa. Despacho n.º 15 987/2006, de 27 de Setembro. Ministério da Educação Secretário de Estado. Lisboa. Despacho nº 25 995/2005, de 16 de Dezembro. Diário da República Nº 240/2005 II Série Ministério da Educação. Lisboa. Decreto-Lei n.º 259/2000, de 17 de Outubro. Diário da República nº 240/2000 I Série - A Ministério da Educação. Lisboa. Alguns sites de referência: http://www.apf.pt http://www.sexualidades.pt http://juventude.gov.pt http://www.ippf.org http://www.who.org http://www.minsaude. pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/saude+escolar/educacaosexual. http://www.siecus.org/ http://www.phac-aspc.gc.ca http://www.sexojovenonline.com/ (site direcionado para os jovens) Data: / / 2011 Assinatura (O Diretor do CFFH) O Formador