Perfil do país EPT 4 Contexto geral A República de é um país da África austral com,5 milhão de km² e,8 milhões de habitantes. Pela sua extensão, é o segundo país lusófono, após o Brasil, e pela sua população, o terceiro (após o Brasil e Moçambique). Colónia portuguesa desde 9, o país tornou-se independente em 975. Seguiu-se logo uma guerra civil que durou até e fez oficialmente mais de um milhão de mortos. pós-guerra civil é um país cuja economia próspera está baseada essencialmente na indústria extrativa (petróleo, diamante). O crescimento real do PIB de 3 a foi de,6% em média por ano e o PIB/habitante atingiu 5 7 $US em, o que coloca no grupo dos países de rendimento intermédio, fração superior. Entretanto, cerca de sete angolanos sobre dez vivem abaixo do limiar da pobreza, e 5 % dos ativos estão ou no desemprego ou subempregados. A população escolarizável na primária representa 7,8% da população total, e este valor aproxima-se da média na África subsariana (7,4%), mas constitui um constrangimento relativamente forte para o sistema educativo em termos de necessidades e de ofertas escolares. A taxa de prevalência do VIH&SIDA é de,% em, inferior à constatada em média na África subsaariana (5,3%). Na escala do Índice de desenvolvimento humano (IDH), o país ocupa o 48 lugar sobre 87 em. Contexto macroeconómico e demográfico () PIB por habitante ($ U.S.) 5,7 População total (),8 % da população em idade de frequentar a primária 7.8 % de crianças em idade escolar não escolarizadas 4.3 Prevalência do VIH&SIDA (5-49 anos).% IDH (classificação) 48/87 Principais indicadores da EPT em ou no ano mais recente Índice africano de desenvolvimento da EPT (IAD/EPT) 8 6 4 () ASS (57) Max ASS () Min ASS (8) Resultados encorajadores com vista ao alcance dos objetivos da EPT foram obtidos no decorrer dos últimos anos. Mas, embora tenha registado estes progressos importantes, ainda encontra-se muito afastada do alcance dos objetivos da EPT. O índice africano de desenvolvimento da EPT, que reagrupa três indicadores (taxa de conclusão da primária, taxa de alfabetização dos adultos e índice de paridade de género na primária), era de 3,5 em e de 43,6 em. Estes dois valores são inferiores às referências correspondentes na África subsariana (39,3 e 57,). Este progresso ainda é insuficiente face aos objetivos prosseguidos, mas também parece sê-lo face à conjuntura relativamente favorável que o país
conhece. Portanto, ao nível dos objetivos específicos, os esforços realizados foram importantes : a TBE do pré-escolar (objetivo ) passou de 7% em a 9% em (de % a % em média para a África subsariana no mesmo período). Progressos foram igualmente obtidos ao nível da taxa de conclusão da primária (objetivo ), mas ao nível do término continua fraco. Sendo de 37% em, a taxa de conclusão da primária atingiu somente 48,5% em, enquanto a média na África subsaariana é de 67%. Por fim, no que concerne a paridade de género (objetivo 5), o índice de paridade na primária foi de 8% em. Em contrapartida, a proporção de adultos (com 5 anos e mais) alfabetizada no país (objetivo 4) passou apenas de 67% em a 7% em. Não existem dados respeitantes à taxa de conclusão do secundário (objetivo 3) nem sobre a qualidade das aprendizagens (objetivo 6). Objetivo Desenvolvimento da pequena infância. Taxa Bruta de Escolarização do pré-escolar 9 8 Objetivo Ensino primário universal. Taxa de conclusão da primária 8 67 Objetivo 3 Competências necessárias na vida corrente dos jovens e dos adultos. Taxa de conclusão do secundário primeiro ciclo 8 Objetivo 4 Alfabetização dos adultos. Taxa de alfabetização dos adultos 94 8 7 68 Objetivo 5 Equidade entre os géneros no ensino primário Índice de paridade de sexo na primaria 8 8 94 6 6 48 6 6 6 55 4 4 4 35 4 4 4 (7) (37) 8 (67) Objetivo 6 Qualidade da educação Legenda Qualidade educativa Objetivo a 5 (Valor de ou próximo entre parêntesis) Média em África subsaariana Variação ASS (min/max)
Escolarização : pirâmide educativa em ou no ano mais recente Os dados apresentados na ficha-país, nomeadamente os retirados do perfil de escolarização e das pirâmides educativas, permitem detalhar melhor a evolução dos indicadores de escolarização (acesso, retenção, e transição). No caso de, estes indicadores dão-nos sobretudo uma prévisualização sobre a evolução da cobertura escolar para os níveis pós-primários. Assim, nota-se que a cobertura escolar teve um grande aumento no ensino secundário tanto no como no ciclo: a TBE passa de 8% a 4% para o ciclo e de % a 3% para o ciclo entre e. A cobertura do ensino superior também evoluiu positivamente no mesmo período tendo em conta que a mesma passou a 3 estudantes para habitantes em contra 84 em. Por outro lado, mesmo se este indicador não aparece nas pirâmides educativas, convém notar que a cobertura do EFTP é uma das mais elevadas do continente, dado que temos 97 alunos para habitantes (contra uma média de 67 na África subsaariana). O setor do EFTP, que representava 3% do efetivo total do secundário em, está relativamente desenvolvido (% dos efetivos do secundário estavam escolarizados no técnico em ).
Financiamento da educação em ou no ano mais recente Mínimo África Subsaariana Média África Subsaariana Máximo África Subsaariana Mobilização dos recursos, Distribuição do orçamento corrente da educação, 6 Recursos próprios do Estado em % do PIB 46 66 % % (incl. EFTP) 8 9 3 55 65 % das despesas correntes da Educação nas despesas 8 4 % Superior % Outros niveis 7 9 5 9 4 47 Impulsionados pelos rendimentos do petróleo, os recursos nacionais cresceram substancialmente no decorrer dos últimos anos. Em, estes recursos atingiram quase metade do PIB (exatamente 46%), mas apenas % das despesas correntes totais do Estado eram consagradas à educação. Globalmente, estes recursos asseguram o financiamento da educação, que em termos relativos é ligeiramente superior ao observado em média na África subsariana (as despesas da educação representam hoje 5, % do PIB em contra uma média de 4,4 % do PIB para África subsaariana). Ao nível da arbitragem orçamental intrasectorial, parece ter optado por uma política que favoriza o ensino secundário. Este subsector, incluindo o EFTP, representa de facto cerca de metade do orçamento corrente do sector (%). Em comparação, esta parte é apenas de 3% para África subsariana. Uma tal prioridade dada ao ensino secundário pode ser entendida quando se sabe que o EFTP custa relativamente caro (em relação aos outros subsectores) e que o país tem agora mais do que nunca a necessidade de mão-de-obra qualificada para fazer funcionar as suas indústrias extrativas que se encontram em pleno desenvolvimento. A parte do orçamento corrente reservado ao ensino primário é de 9% em 6. Trata-se de um nível fraco quando comparado à média observada na África subsariana (%) e parece ainda insuficiente quando comparado ao nível mínimo de 5% recomendado pelo quadro indicativo Fast-Track aos países que têm uma fraca taxa de conclusão da primária (de que faz claramente parte). O ensino superior beneficia muito pouco de financiamento público, apenas 9% do orçamento corrente da educação. Consequentemente, o essencial deste subsector é movimentado pelo privado, cuja parte no efetivo total dos estudantes do país ultrapassa 8%, um record no continente.
Parâmetro da política educativa em ou no ano mais recente Mínimo África Subsaariana Rácio aluno professor no público, Média África Subsaariana Máximo África Subsaariana Salário médio do professor do público em PIB/hab 3 46 88.8 3.4 7. 3 36 33 54.3 4.8.6 5 9 49 5.9.6.6 Parte das despensas sem o salário dos professores (%) Percentagem de repetentes,.6 4.4 65.8. 8.7.6 4.4 6.4 6. 63.5.3 3.4 6. 9.9 3.8 66..5 3.3 9.7 Percentagem do privado nos efetivos,.5 4..4.5 34. 7.5 54. 57.3 8 8.4 Custo público por aluno em % do PIB por habitante (Desp. correntes), 6 (incl. TVET) EFTP Superior 6 4 6 6 6 8 8 79 4 38 47 75