ii. Doenças que afetam a pele (eczema extenso, ictiose, dermografismo); iii. Elevado risco de reação anafilática com o alergénio.



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NÚMERO: 061/2011 DATA: 29/12/2011 ATUALIZAÇÃO 23/03/2015 ASSUNTO: Prescrição de Exames Laboratoriais para Avaliação de Doença Alérgica PALAVRAS-CHAVE: Alergia, alergénios, anticorpo IgE específico PARA: Médicos do Sistema de Saúde CONTACTOS: Departamento da Qualidade na Saúde (dqs@dgs.pt) Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 14/2012, de 26 de janeiro, por proposta conjunta do Departamento da Qualidade na Saúde e da Ordem dos Médicos, emite a seguinte: NORMA 1. No rastreio inicial da doença alérgica devem ser incluídos todos os grupos etários (crianças, jovens e adultos) com manifestações clínicas suspeitas de patologia alérgica (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I) 1. 2. Para rastreio inicial da doença alérgica, deve prescrever-se um anticorpo IgE específico para uma mistura de alergénios inalantes e/ou alimentares, de diferentes grupos num único teste, na impossibilidade de realizar testes cutâneos por picada (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I) 1,2. 3. Em doentes com história clínica sugestiva de patologia alérgica, a prescrição de anticorpos IgE específicos isolados deve ser efetuada nos seguintes casos (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I) 3 : a) Confirmação do diagnóstico clínico; b) Implementação de medidas de evicção alergénica; c) Impossibilidade de realização de testes cutâneos: i. Contraindicação para suspender medicamentos (anti-histamínicos, antidepressivos tricíclicos); ii. Doenças que afetam a pele (eczema extenso, ictiose, dermografismo); iii. Elevado risco de reação anafilática com o alergénio. d) Confirmação da suspeita diagnóstica quando os testes cutâneos são negativos; e) Confirmação do diagnóstico clínico e dos testes cutâneos nos doentes com indicação para tratamento com vacina antialérgica (imunoterapia específica com extratos alergénicos); f) Monitorização da aquisição de tolerância natural (ex: alergia alimentar) ou da resposta à terapêutica de dessensibilização específica. Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 1/21

4. Faz-se a prescrição de 1 a 2 anticorpos IgE específicos por cada grupo de alergénios, nas seguintes situações, salvaguardando situações em que a história clínica e /ou os testes cutâneos apontem para vários alergénios específicos (Anexo I, Quadros 1 e 2) (Nível de Evidência C, Grau de recomendação IIb) 3 : a) Alergia respiratória e/ou ocular (asma, rinite, conjuntivite): i. Doentes com quadro clínico persistente (perene), os alergénios mais frequentemente implicados são os ácaros, fungos e epitélios de animais; ii. Doentes com quadro clínico intermitente (sazonal), os alergénios mais frequentemente implicados são os pólenes e fungos. b) Alergia alimentar; c) Alergia medicamentosa (4 a 6 semanas após a reação); d) Alergia ao látex; e) Alergia a venenos de himenópteros (4 a 6 semanas após a reação); f) Alergia ocupacional. 5. O doseamento da IgE total não está indicado (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação IV) 2,4 : a) No rastreio ou diagnóstico de alergia respiratória 1 ; b) No diagnóstico de alergia alimentar 3. 6. O doseamento da IgE total está indicado (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I) 3 : a) No diagnóstico e monitorização terapêutica da aspergilose bronco-pulmonar alérgica 2 ; b) Para determinar a dose inicial do tratamento com omalizumab; c) No diagnóstico da síndrome de hiper-ige. 7. Qualquer exceção à Norma é fundamentada clinicamente, com registo no processo clínico. Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 2/21

8. Algoritmo clínico Avaliação da doença alérgica 1. Avaliação de doença alérgica História clínica sugestiva de patologia alérgica (alergia respiratória, ocular, alimentar, medicamentosa, látex, veneno de himenópteros, ocupacional, eczema atópico) Anticorpo IgE específico para uma mistura de alergénios inalantes e/ou alimentares, de diferentes grupos, num único teste Testes cutâneos Negativos e suspeita clínica? Positivos e indicação para imunoterapia com alergénios ou monitorização clínica Sim Sim Positivo e indicação para medidas de evicção alergénica e/ou imunoterapia com alergénios Sim Anticorpos IgE específicos isolados Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 3/21

9. Instrumento de auditoria clínica Unidade: Data: / / Instrumento de Auditoria Clínica Norma " Prescrição de Exames Laboratoriais para Avaliação de Doença Alérgica " Equipa auditora: 1:Prescrição Critérios Sim Não N/A Existe evidência de que é incluído no rastreio inicial da doença alérgica a criança, o jovem, o adulto e o idoso com manifestações clínicas suspeitas de patologia alérgica Existe evidência de que no rastreio inicial da doença alérgica, é prescrito um anticorpo IgE específico para uma mistura de alergénios inalantes e/ou alimentares, de diferentes grupos num único teste, na impossibilidade de realizar testes cutâneos por picada Existe evidência de que no doente com história clínica sugestiva de patologia alérgica, a prescrição de anticorpos IgE específicos isolados é efetuada nas seguintes situações: confirmação do diagnóstico clínico; implementação de medidas de evicção alergénica; confirmação da suspeita diagnóstica quando os testes cutâneos são negativos; confirmação do diagnóstico clínico e dos testes cutâneos no doente com indicação para tratamento com vacina antialérgica (imunoterapia específica com extratos alergénicos); monitorização da aquisição de tolerância natural (ex: alergia alimentar) ou da resposta à terapêutica de dessensibilização específica Existe evidência de que é prescrito 1 a 2 anticorpos IgE específicos por cada grupo de alergénios, nas seguintes situações, salvaguardando situações em que a história clínica e /ou os testes cutâneos apontem para vários alergénios específicos, no doente com alergia respiratória e/ou ocular (asma, rinite, conjuntivite): quadro clínico persistente (perene), sendo os alergénios mais frequentemente implicados, os ácaros, fungos e epitélios de animais Existe evidência de que é prescrito 1 a 2 anticorpos IgE específicos por cada grupo de alergénios, nas seguintes situações, salvaguardando situações em que a história clínica e /ou os testes cutâneos apontem para vários alergénios específicos, no doente com: alergia alimentar; alergia medicamentosa (4 a 6 semanas após a reação); alergia ao látex; alergia a venenos de himenópteros (4 a 6 semanas após a reação); alergia ocupacional Existe evidência de que é prescrito 1 a 2 anticorpos IgE específicos por cada grupo de alergénios, nas seguintes situações, salvaguardando situações em que a história clínica e /ou os testes cutâneos apontem para vários alergénios específicos, no doente com alergia respiratória e/ou ocular (asma, rinite, conjuntivite: quadro clínico intermitente (sazonal), sendo os alergénios mais frequentemente implicados, os pólenes e fungos Existe evidência de que o doseamento da IgE total não é indicado nas seguintes situações: rastreio ou diagnóstico de alergia respiratória; diagnóstico de alergia alimentar Existe evidência de que o doseamento da IgE total é indicado nas seguintes situações: diagnóstico e monitorização terapêutica da aspergilose bronco-pulmonar alérgica; determinação da dose inicial do tratamento com omalizumab; diagnóstico da síndrome de hiper-ige Sub-total 0 0 0 ÍNDICE CONFORMIDADE % EVIDÊNCIA /FONTE Avaliação de cada padrão: x 100= (IQ) de..% 10. A presente Norma, atualizada com os contributos científicos recebidos durante a discussão pública, revoga a versão atualizada de 29/12/2011 e será atualizada sempre que a evolução da evidência científica assim o determine. Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 4/21

11. O texto de apoio seguinte orienta e fundamenta a implementação da presente Norma. Francisco George Diretor-Geral da Saúde Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 5/21

TEXTO DE APOIO Conceitos, definições e orientações A. Considera-se alergia respiratória e/ou ocular quando as manifestações clínicas de asma, rinite ou conjuntivite, estão normalmente relacionadas com a exposição a um ou vários dos seguintes alergénios: 1) Ácaros: os clinicamente mais importantes, de acordo com o mapa acarológico de Portugal (Anexo I, Figura 1) 5, são: a) Ácaros domésticos (Dermatophagoides pteronyssinus, Dermatophagoides farinae); b) Ácaros de armazenamento (Lepidoglyphus destructor, Glyciphagus domesticus e Blomia tropicalis na Madeira e Açores). 2) Pólenes: os clinicamente mais importantes, de acordo com a Rede Portuguesa de Aerobiologia (Anexo I, Quadro 3) 6, são: a) Poaceae (gramíneas), Urticaceae (parietária, urtica), Olea europaea (oliveira), Cupressaceae (cipreste), Platanus hispânica (plátano), Artemisia, Chenopodium; b) Pinaceae (pinheiro, cedro) a norte do País, e Quercus sp. (sobreiro) a sul do País. 3) Fungos: os clinicamente mais importantes são: Cladosporium herbarum, Alternaria alternata, Aspergillus fumigatus 7. B. Considera-se alergia alimentar as situações clínicas em que a reação, está relacionada com a ingestão, inalação ou contacto com alimentos. 1) Nas crianças os alimentos mais frequentemente implicados são: leite de vaca (frações proteicas: caseína, α-lactoalbumina, β-lactoglobulina), ovo [clara (ovalbumina e ovomucóide) e gema], peixes (pescada, bacalhau), cereais (trigo), soja, amendoim, frutos frescos, crustáceos (camarão), frutos secos (noz, avelã, amêndoa), legumes 8. No rastreio da alergia ao ovo, deve prescrever-se o anticorpo IgE específico para o ovo inteiro na ausência de reação prévia e os anticorpos IgE específicos para gema e clara perante antecedentes de reação ao ovo. O leite Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 6/21

de vaca é um bom alergénio para o diagnóstico, na grande maioria dos casos não é necessário prescrever os anticorpos IgE específicos para as frações proteicas do leite; 2) Nos adultos os alimentos mais frequentemente implicados são: frutos frescos (pêssego, maçã, kiwi), crustáceos (camarão), peixes (bacalhau e atum), frutos secos (noz, avelã, amêndoa), amendoim 9 ; 3) Na monitorização da aquisição de tolerância alimentar devem ser incluídos: leite de vaca e as frações proteicas, na alergia ao leite de vaca; clara, ovomucóide e gema, na alergia ao ovo; bacalhau, pescada, linguado e atum, na alergia ao peixe; C. Considera-se alergia medicamentosa as situações clínicas em que a reação imediata pode ser mediada por IgE, como é o caso dos antibióticos betalactâmicos, alguns anestésicos e outros. Nestas situações os critérios são os seguintes: 1) Doentes com reação alérgica imediata a antibióticos betalactâmicos (penicilina G, penicilina V, ampicilina, amoxicilina, cefaclor) e testes cutâneos negativos. Deve ser a opção de eleição nos casos de anafilaxia 10,11 ; 2) Doentes com anafilaxia peri-operatória relacionada com anestésicos (suxametónio, morfina); 3) Doentes com reações imediatas relacionadas com outros alergénios (insulina, clorohexidina, gelatina, protamina, toxoide do tétano). D. Considera-se alergia ao látex as situações clínicas em que a reação está relacionada com a inalação ou contacto com látex, como é o caso dos profissionais de saúde ou os doentes submetidos a intervenções cirúrgicas múltiplas. Nalguns casos há reatividade cruzada com alimentos (frutos): 1) Doentes com anafilaxia peri-operatória: anticorpo IgE específico para látex; 2) Profissionais de saúde o padrão de sensibilização compreende como alergénios principais: Hev b 5, Hev b 6.01 e Hev b 6.02 12 ; 3) Doentes com espinha bífida e/ou submetidos a intervenções cirúrgicas múltiplas o padrão de sensibilização compreende como alergénios principais: hev b 1 e Hev b 3 13. Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 7/21

E. Considera-se alergia a veneno de himenópteros as situações clínicas em que a reação está relacionada com a picada de himenóptero (abelha, vespa). Nestas situações os critérios são os seguintes: 1) Doentes com reação sistémica à picada de himenóptero, com indicação para vacina antialérgica (imunoterapia específica com veneno de himenóptero) 14 ; 2) Doentes com reação sistémica e testes cutâneos negativos; 3) Doentes com reações locais exuberantes e risco de exposição frequente 15. F. Os venenos mais frequentemente implicados nas reações alérgicas são: abelha (apis mellifera), abelhão (bombus terrestris) vespa (Vespula), vespa europeia (Vespa crabo) e vespa do papel europeia (polistes dominulus). As reações provocadas por outros insetos (mosquito, mosca, e escaravelho) só excecionalmente justificam a prescrição de anticorpos IgE específicos. G. Considera-se alergia ocupacional as situações clínicas em que a reação está relacionada com a exposição a poeiras orgânicas ou substâncias químicas decorrentes da atividade profissional. Nestas situações os critérios são os seguintes: 1) Doentes com exposição a alergénios de alto peso molecular: proteínas de animais, ácaros de armazenamento (acarus siro, glycyphagus domesticus, lepidoglyphus destructor, tyrophagus putrescentiae), látex, farinhas de cereais, grão de café, semente de girassol, algodão, fungos, alfa-amilase, papaína, bromelina, alcalase, maxatase; 2) Doentes com exposição a alergénios de baixo peso molecular: penicilina, cefaclor, pepsina, anidrido fetálico, anidrido trimetílico, isocianatos, poeira de madeira 16,17. H. Os alergénios moleculares têm papel na investigação da alergia, permitindo distinguir entre sensibilização primária e reatividade cruzada, e identificar o grau de risco da reação clínica, devendo a sua prescrição ser efectuada numa consulta de Imunoalergologia, nas seguintes situações: (Anexo I Quadros 4, 5, 6 e 7) 18, 19, 20 : 1) Na alergia respiratória a determinação dos alergénios moleculares pode ter um papel importante na escolha da Imunoterapia com alergénios, distinguindo sensibilização primária e reatividade cruzada; Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 8/21

2) Na alergia alimentar a determinação dos alergénios moleculares pode melhorar a sensibilidade do diagnóstico, prognóstico e terapêutica; 3) Na alergia a veneno de himenópteros a determinação dos alergénios moleculares aumenta a sensibilidade do diagnóstico, distinguindo entre dupla sensibilização primária e reatividade cruzada nos casos de dupla positividade nos testes cutâneos e anticorpos IgE específicos. Fundamentação A. O diagnóstico das doenças alérgicas faz-se predominantemente pela história clínica, podendo ser confirmado pelos testes cutâneos e/ou pelo doseamento dos anticorpos IgE específicos. B. Os métodos que utilizam uma mistura de vários alergénios num único teste, são testes válidos de rastreio para a alergia, têm uma elevada especificidade e sensibilidade e menores custos do que a utilização inicial de um painel de anticorpos IgE específicos isolados 1. Existem misturas para alergénios inalantes e alimentares, de acordo com a clínica e idade. C. Um anticorpo IgE específico positivo não implica, por si só, a existência de alergia (falso positivo) e se negativo não exclui o diagnóstico (falso negativo ou reação não mediada pela IgE )21. D. Os anticorpos IgE específicos eram originalmente doseados por método radio-imunológico (RAST - radioallergosorbent test), técnica que foi atualmente substituída por métodos imunoenzimáticos mais sensíveis, pelo que o termo RAST deverá ser abandonado. E. O doseamento dos anticorpos IgE específicos não é influenciado por medicamentos (antihistamínicos, antidepressivos tricíclicos) ou por doenças que afectem a pele (eczema extenso, ictiose, dermografismo). F. A IgE específica no sangue de cordão não tem valor diagnóstico nem prognóstico para alergia no recém-nascido 3. G. Na alergia alimentar: 1) Os anticorpos IgE específicos podem contribuir para identificar os alimentos potencialmente responsáveis pela reação alérgica, mas isoladamente estes testes não fazem o diagnóstico de alergia alimentar 4 ; Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 9/21

2) A presença de anticorpos IgE específicos reflete sensibilização alérgica ao alimento mas não necessariamente doença alérgica 4 ; 3) Níveis elevados de anticorpos IgE específicos podem corresponder a uma maior probabilidade de reação e a redução desses níveis pode refletir uma aquisição de tolerância ao alimento 22. H. Na alergia medicamentosa: 1) Os anticorpos IgE específicos para medicamentos não estão claramente validados no que diz respeito à especificidade e sensibilidade, pelo que se deve equacionar sempre o seu pedido 23 ; 2) Os anticorpos IgE específicos aumentam dias ou semanas depois da reação. Para evitar falsos negativos, estes exames devem ser pedidos 4 a 6 semanas após a reação; 3) Os anticorpos IgE específicos podem ser úteis quando os resultados são positivos mas se negativos não excluem reacção alérgica ao medicamento 24 ; 4) Os anticorpos IgE específicos para antibióticos beta-lactâmicos têm baixa sensibilidade, a sua prescrição deve ser limitada aos doentes com anafilaxia grave ou com testes cutâneos negativos 10,11. I. Na alergia a veneno de himenópteros: 1) Os anticorpos IgE específicos aumentam dias ou semanas depois da picada. Para evitar falsos negativos, o pedido destes exames deve ser feito 4 a 6 semanas após a reacção; 2) Anticorpos IgE específicos negativos, não excluem a possibilidade de reação alérgica IgEmediada. J. Alergia ocupacional: o número de anticorpos IgE específicos para alergénios ocupacionais de baixo peso molecular é limitado, têm baixa sensibilidade, mas quando positivos podem confirmar o diagnóstico de alergia ocupacional. Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 10/21

Avaliação A. A avaliação da implementação da presente Norma é contínua, executada a nível local, regional e nacional, através de processos de auditoria interna e externa. B. A parametrização dos sistemas de informação para a monitorização e avaliação da implementação e impacte da presente Norma é da responsabilidade das administrações regionais de saúde e dos dirigentes máximos das unidades prestadoras de cuidados de saúde. C. A efetividade da implementação da presente Norma nos cuidados de saúde primários e nos cuidados hospitalares e a emissão de diretivas e instruções para o seu cumprimento é da responsabilidade dos conselhos clínicos dos agrupamentos de centros de saúde, das direções clínicas dos hospitais e dos diretores das unidades de internamento de cuidados continuados integrados. D.. A implementação da presente Norma pode ser monitorizada e avaliada através dos seguintes indicadores: 1) Percentagem (%) de inscritos com diagnósticos de alergia no total de inscritos com estudo de Ac IgE específicos para antigénios isolados prescritos; 2) Percentagem (%) de inscritos com diagnósticos de alergia no total de inscritos com estudo de Ac IgE específicos para uma mistura de vários alergénios (inalantes, alimentares ou outros) prescritos; 3) Percentagem (%) de estudos Ac IgE específicos para uma mistura de antigénios (inalantes, alimentares ou outros) no total de estudos de Ac IgE específicos requisitados. Comité Científico A. A proposta da presente Norma foi elaborada no âmbito do Departamento da Qualidade na Saúde e do Programa Nacional para a Saúde Mental da Direção-Geral da Saúde e do Conselho para Auditoria e Qualidade da Ordem dos Médicos, através dos seus Colégios de Especialidade, ao abrigo do protocolo existente entre a Direção-Geral da Saúde e a Ordem dos Médicos. Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 11/21

B. A elaboração da proposta da presente Norma foi efetuada por Elisa Pedro, Manuel Cirne Carvalho (coordenação científica), Paula Leiria Pinto e Maria da Conceição Pereira Santos. C. Todos os peritos envolvidos na elaboração da presente Norma cumpriram o determinado pelo Decreto-Lei n.º 14/2014 de 22 de janeiro, no que se refere à declaração de inexistência de incompatibilidades. D. A avaliação científica do conteúdo final da presente Norma foi efetuada no âmbito do Departamento da Qualidade na Saúde. Coordenação Executiva Na elaboração da presente Norma a coordenação executiva foi assegurada por Cristina Martins d Arrábida, do Departamento da Qualidade na Saúde da Direção-Geral da Saúde. Comissão Científica para as Boas Práticas Clínicas Pelo Despacho n.º 7584/2012, do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, de 23 de maio, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 107, de 1 de junho de 2012, a Comissão Científica para as Boas Práticas Clínicas tem como missão a validação científica do conteúdo das Normas Clínicas emitidas pela Direção-Geral da Saúde. Nesta Comissão, a representação do Departamento da Qualidade na Saúde é assegurada por Henrique Luz Rodrigues. Siglas/Acrónimos Api m Ara h Bos d Cor a Der p Fel p Gad c Gal d Gly m Hev b Ig E Jug r Lep d LTP Apis mellifera Arachis hypogaea Bos spp Corylus avellana Dermatophagoides pteronyssinus Felis domesticus Gadus morhua Gallus domesticus Glycine max Hevea brasiliensis Imunoglobulina E Juglans regia Lepidoglyphus destructor Lipid Transfer Proteins Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 12/21

Mal d Ole e Pen a Pol d PR-10 Pru p RAST Tri a Ves v Malus domestica Olea europaea Panaeus aztecus Polistes dominulus Proteína homóloga de Bet v1 (Betula verrucosa) Prunus persica RadioAllergoSorbent Test Triticum aestivum Vespula Vulgaris Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 13/21

Referências Bibliográficas 1. Kwong KY, Eghrari-Sabet JS, Mendoza GR, Platts-Mills T, Horn R. The benefits of specific immunoglobulin E testing in the primary care setting. Am J Manag Care. 2011 Dec;17 Suppl 17:S447-59. 2. Bousquet J, Khaltaev N, Cruz AA, Denburg J, Fokkens WJ, Togias A, et al. Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma (ARIA) 2008. Allergy 2008; 63 (Suppl 86):8-160. 3. Bernstein IL, Bernstein DI, et al. Allergy diagnostic testing: an updated practice parameter. Ann Allergy Asthma Immunol 2008;100 (suppl 3):S1-148. 4. Sampson HA, Aceves S, Bock SA, James J, Jones S, Lang D, et al. Food allergy: A practice parameter- 2014. J Allergy Clin Immunol. 2014 Nov;134(5):1016-25. 5. Mapa Acarológico de Portugal. Rev Port Imunoalergologia 2009;17 (2):195-8. 6. Caeiro E, Brandão R, Carmo S, Lopes L, Almeida MM, Gaspar A, et al. Rede Portuguesa de Aerobiologia: Resultados da monitorização do pólen atmosférico (2002-2006). Rev Port Imunoalergologia 20075(3):235-50. 7. Nunes C, Câmara I, Branco-Ferreira M, Almeida MM, Gaspar A, Loureiro C, et al. Fungos na atmosfera de Portugal. Rev Port Imunoalergologia 2008;16 (4):377-94. 8. Almeida MM, Prates S, Pargana E, Arede C, Godinho N, Tavares C, et al. Alergia alimentar em crianças numa consulta de Imunoalergologia. Rev Port Imunoalergologia 1999;7:167-171. 9. Silva P, Monteiro I, Soares J, Branco-Ferreira M, Lopes A, Costa AC et al. Avaliação de auto-diagnóstico de Alergia alimentar. Rev Port Imunoalergologia 2009;17 (Supl2):31. 10. Fontaine C, Mayorga C, Bousquet PJ, Arnoux B, Torres MJ, Blanca M, et al. Relevance of the determination of serum-specific IgE antibodies in the diagnosis of immediate beta-lactam allergy. Allergy 2007;62:47-52. 11. Blanca M, Romano A, Torres MJ, Férnandez J, Mayorga C, Rodriguez J, et al. Update on the evaluation of hypersensitivity reactions to betalactams. Allergy 2009: 64: 183 193. 12. Alves R, Uva A, Lima M, Santos MC, Branco-Ferreira M, Barbosa M. Alergia ao látex em profissionais de saúde hospitalares. Rev Port Imunoalergologia 2008;16 (4):349-76. 13. Cullinan P, Brownw R, Fieldz A, Hourihane J, Jones M, Kekwickz R, et al. Latex allergy. A position paper of the British Society of Allergy and Clinical Immunology. Clin Exp Allergy 2003; 33:1484 99. 14. Bilo BM, Rueff F, Mosbech H, Bonifazi F, Oude-Elberink JN. Diagnosis of Hymenoptera venom allergy. Allergy 2005; 60:1339 49. 15. David B. K. Golden, John Moffitt, Richard A. Nicklas. Stinging insect hypersensitivity: A practice parameter update 2011. J Allergy Clin Immunol 2011; 127:852-4. Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 14/21

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ANEXOS Anexo I Quadros e Figura Quadro 1: Recomendações para a prescrição de anticorpos IgE específicos Situação Clínica Alergénios Asma, rinite, conjuntivite Persistente (perene): Ácaros, fungos, animais Intermitente (sazonal): pólenes, fungos Eczema Alergia alimentar Alergénios inalantes (ácaros, pólenes, fungos, anima mais alergénios alimentares na criança Crianças: leite de vaca, ovo, peixes, trigo, Ω-5 glia soja, frutos frescos, amendoim, frutos secos, mari (crustáceos e moluscos), legumes Adultos: frutos frescos, mariscos (crustáceos e molus peixes, frutos secos, amendoim Alergia medicamentosa Alergia ao látex Alergia a venenos de himenópteros Fármacos Látex Venenos de abelha (apis mellifera), abelhão (bom terrestris) vespa (Vespula), vespa europeia (Vespa crab vespa do papel europeia (polistes dominulus) Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 16/21

Quadro 2 Grupos de alergénios e anticorpos IgE específicos Grupos de alergénios Ácaros Anticorpos IgE específicos - Domésticos: Dermatophagoides pteronyssinus, Dermatophagoides farinae - De armazemanento: Lepidoglyphus destructor, Glyciphagus domes Blomia tropicalis (Madeira e Açores) Pólenes - Gramíneas: (Poa pratensis, Dactylis glomerata, Phleum pratense), - Ervas: Urticaceae (Parietária, urtiga), Artemisia, Chenopódio, Plantago - Árvores: Oliveira, Cipreste, Plátano Na região norte: Pinaceae (Pinheiro, Cedro) Na região sul: Quercus sp. (Sobreiro) Fungos - De exterior: Cladosporium herbarum, alternaria alternata - De interior: Aspergillus, Penicilium Epitélios de animais Fármacos Cão, gato, cavalo, vaca, coelho, cobaia, hamster, ratinho, cabra, gali peru, pato, pombo, papagaio, periquito, canário - Antibióticos: Penicilina G, penicilina V, ampicilina, amoxicilina, cefaclor - Anestésicos: Suxametonio, morfina - Outros: Insulina, clorohexidina, gelatina, protamina, toxóide do tétano Ocupacionais - Alto peso molecular: proteínas de animais, ácaros de armazenam (acarus siro, glycyphagus domesticus, lepidoglyphus destructor, tyroph putrescentiae), látex, farinhas de cereais, grão de café, semente de gira algodão, fungos, alfa-amilase, papaína, bromelina, alcalase, maxatase. - Baixo peso molecular: Penicilina, cefaclor, pepsina, anidrido fetá anidrido trimetílico, isocianatos, poeira de madeira. Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 17/21

Quadro 3 Período de maior polinização Pólen Artemisia (Compositae) Azinheira, Sobreiro, Carvalho (Quercus) Cipreste (Cupressaceae) Chenopódio (Chenopodium) Gramíneas Oliveira (Oleaceae) Parietária (Urticaceae) Pinheiro / Cedro (Pinaceae) Plantago Plátano (Platanaceae) Período de maior polinização Maio a Junho a Sul, e Julho a Norte Abril a Junho Dezembro a Março Abril a Outubro Março a Junho. Maio a Junho (finais da Primavera) Abril e Maio, e Setembro e Outubro Março a Maio Março a Junho Março e Abril Quadro 4 Fonte alergénica, reatividade cruzada e família de proteínas Fonte alergénica Reatividade cruzada Família de proteínas Látex Gramíneas Castanha, kiwi, banana, abacate, pa Quitinase, profilina tomate, maracujá, batata, grão-de-bico Pêssego, maçã, cereja, ameixa, melão LTP, profilina Bétula Maçã Profilina, PR-10 Artemísia Cenoura, aipo, especiarias LTP, profilina Ácaros Crustáceos, barata, anasakis Tropomiosina Peixes Peixes Parvalbumina Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 18/21

Quadro 5 Alergénios moleculares de alimentos e risco para anafilaxia Fonte alergénica Alto risco de anafilaxia Baixo risco de anafilaxia Amendoim Ara h 1, 2, 3, 9 (LTP) Ara h 8 (PR-10) Avelã Cor a 8 (LTP), 9, 14 Cor a 1 (PR-10) Noz Jug r 1, 2, 3 (LTP) Jug r 5 (Profilina) Soja Gly m 5, 6 (Glicinina) Gly m 4 (PR-10) Frutos do grupo rosáceas: Pêssego Maçã Pur p 3 (LTP) Mal d 3 (LTP) Pru p 1 (PR-10), 4 (Profilina) Mal d 1 (PR-10) Trigo Tri a 14 (LTP), 19 (Ω-5 Gliadina) Tri a 12 (Profilina) Quadro 6 Alergénios moleculares de alimentos e risco de persistência de alergia / resistência ao calor Fonte alergénica Alergénios principais Leite caseína Bos d 8 Ovo ovomucóide Gal d 1 Bacalhau parvalbumina Gad c 1 Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 19/21

Quadro 7 Alergénios moleculares principais Fonte alergénica Alergénios principais Ácaros domésticos Der p 1, Der p 2 Tropomiosina dos ácaros Der p 10 Tropomiosina do camarão Pen a 1 Ácaros de armazenamento Lep d 2 Pólen de Gramíneas Phl p 1, Phl p 5 Pólen de Oliveira Ole e 1 Látex Hev b 1, Hev b 3, Hev b 5, Hev b 6.01, Hev b 6.02, Hev b 8, Hev b 9, Hev b 11 Himenópteros Api m 1, Ves v 1, Ves v 5, Pol d 5 Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 20/21

Figura 1 Mapa acarológico de Portugal Mapa Acarológico de Portugal. Rev Port Imunoalergologia 2009;17 (2):195-8 Norma nº 061/2011 de 29/12/2011atualizada a 23/03/2015 21/21