Transtorno de déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) Epidemiologia e impacto. Thaís Lesnovski Médica de Família e Comunidade



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Transcrição:

Transtorno de déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) Epidemiologia e impacto Thaís Lesnovski Médica de Família e Comunidade I Seminário Brasileiro sobre Prevenção Quaternária em Atenção Primária à Saúde Curitiba-PR, 2013

História 1798 - Alexander Crichton (médico escocês) desatenção 1844 - Heinrich Hoffman (médico alemão) hiperatividade. Fidgety Phil (CALIMAN, 2010)

Fidgety Phil

Fidgety Phil

Fidgety Phil

História 1902 George Still (médico inglês) necessidades mórbidas de autogratificação. Não citava hiperatividade e desatenção 1935 Sequela de encefalite (CALIMAN, 2010)

História 1940 Dano cerebral mínimo (alteração do comportamento, linguagem e aprendizado ligado à causa orgânica imprecisa) 1950 - Disfunção cerebral mínima e desordem orgânica do comportamento (diagnósticos imprecisos e abrangentes) 1957 - Síndrome do impulso hipercinético 1960 - Síndrome da criança hiperativa (CALIMAN, 2010)

História Anos 60 Leon Eisenberg uso de estimulantes 1980 - DSM-III - Transtorno de déficit de Atenção (TDA) 1987 - DSM-IIIR - TDAH (CALIMAN, 2010)

Características 1997 (Barkley, EUA) TDAH ganha definição: defeito da inibição e da capacidade de autocontrole, sendo um defeito da vontade e um déficit do desenvolvimento moral Hiperatividade/impulsividade E/OU Déficit de atenção (estímulos não são filtrados) (CALIMAN, 2010)

Etiologia Genético Predominantemente hereditário Distúrbio no córtex pré-frontal (funções executivas) Baixa concentração de dopamina e/ou noradrenalina Fatores ambientais (muitos estímulos, pais estressados, sem tempo e regras)?

Critérios DSM-V Desatenção (sintomas frequentes): a. Não presta atenção em detalhes e comete erros por puro descuido b. Mostra dificuldade para manter a atenção, como por exemplo em palestras, leituras mais longas ou conversas c. Parece não escutar quando lhe dirigem a palavra d. Não segue instruções e não completa deveres escolares, tarefas domésticas ou profissionais

Critérios DSM-V Desatenção (sintomas frequentes): e. Dificuldade para organizar tarefas e atividades f. Evita, antipatiza ou reluta se envolver em tarefas que vão exigir um esforço mental prolongado g. Perde objetos necessários para suas tarefas e atividades h. Distrai-se por estímulos alheios à sua tarefa i. Mostra esquecimento nas atividades do dia-a dia

Critérios DSM-V Hiperatividade/Impulsividade (sintomas frequentes): a. Mexe as mãos e pés e remexe-se na cadeira b. Levanta-se em situações em que deveria permanecer sentado c. Corre ou sobe em situações em que isso não é adequado (em adolescentes e adultos, pode se limitar a sensações subjetivas de inquietação) d. Dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma

Critérios DSM-V Hiperatividade/Impulsividade (sintomas frequentes): e. Acelerado, a todo vapor (incapaz de ficar à vontade em reuniões, restaurantes) f. Fala em demasia g. Dá respostas precipitadas antes de ouvir a pergunta por completo h. Dificuldade de aguardar sua vez (por exemplo, numa fila) i. Interrompe ou se intromete em assunto alheio

Critérios DSM-V Critérios gerais: A. 6 sintomas de desatenção e/ou 6 sintomas de hiperatividade-impulsividade por ao menos 6 meses. Para >17 anos, apenas 5 sintomas são necessários. B. Sintomas devem aparecer antes de 12 anos de idade. C. Acontecem em 2 ou mais contextos (escola, trabalho, casa, vida social) D. Causam prejuízo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.

Tratamento - Estimulantes: Metilfenidato NNT de 3 - Terapia cognitivo-comportamental - Treinamento parental (DUNCAN et al., 2013)

Tratamento Estratégias cognitivo-comportamentais e treinamento parental reduzem os sintomas de TDAH, sendo tão eficazes (isoladas ou com a medicação) quanto o tratamento farmacológico. <6 anos: treinamento parental. Poucos trabalhos mostrando a segurança no uso de medicações (metilfenidato) para TDAH. Possivelmente afete crescimento. (DUNCAN et al., 2013)

Dados 6,5% das crianças, 2,7% dos adolescentes, 2.5% dos adultos (DUNCAN et al., 2013) Meninos: apresentam mais sintomas de hiperatividade Pelo menos 30% das crianças com TDAH mantém sintomas da afecção quando adultos

Dados Comorbidades psiquiátricas: Presente em 70-97% dos adultos TDAH (depressão, ansiedade, etilismo, drogadição, distúrbios anti-sociais, distúrbios delirantes) Em >50% crianças e adolescentes TDAH (transtorno desafiador opositor, transtorno de conduta, abuso de substâncias, distúrbio do sono, depressão, transtorno bipolar, ansiedade, tiques, desordem da comunicação)

Impactos TDAH não tratado: Maior índice de: repetição e expulsão escolar, gravidez na adolescência, DST. Início precoce da atividade sexual, maior número de parceiros/ano. Problemas de aprendizado e comportamento, instabilidade emocional, impulsividade e falta de atenção. Jovens com TDAH têm mais que o dobro de chance de serem presos em relação a grupos controle (48% vs 20%) 45-80% dos jovens sob custódia são portadores de TDAH 25-40% dos adultos presos têm TDAH (Barkley, 2002)

Impactos TDAH não tratado: Maior possibilidade de depressão materna Maior propensão a fazer e receber bullying Poucos amigos próximos, relacionamentos mais breves Uso de mais tempo para lazer (TV, videogames) do que para atividades que exigem mais disciplina (leitura, exercícios físicos) Dificuldade em economizar, gastos por impulso.

Impactos TDAH não tratado: Aumento do conflito pais x filhos Mudanças frequentes de emprego Acidentes automobilísticos por desatenção, lentidão de resposta, maior imprudência, maior propensão a dirigir antes da idade legal, maior propensão ao uso de álcool. Atividades anti-sociais: assaltos, venda e consumo de drogas, fugir de casa, prostituição

Impactos TDAH tratado: Metilfenidato: - Prós: melhora concentração, melhora relações sociais e reduz agressividade - Contras: perda de apetite, dor abdominal, cefaléia, insônia, retraimento social, possível déficit de crescimento. (DUNCAN et al., 2013)

Impactos TDAH tratado: Trabalho conjunto: pai, escola e terapeutas Brasil 2º maior consumidor mundial do metilfenidato ( droga da obediência ) Na Alemanha, de 1993 a 2011, o uso de medicações p/ TDAH aumentou 51 vezes. Nos EUA, 1:10 meninos de 10 anos de idade toma medicação para TDAH.

>50% dos autores do DSM V possuem conflitos de interesse (relacionamentos com indústrias farmacêuticas)

Em 2009, Dr Leon Eisenberg ("pai do TDAH") foi entrevistado pela publicação alemã Der Spiegel (publicada em 2012). Dúvidas quanto ao dito (pela tradução alemão-inglês): TDAH é uma doença fictícia x TDAH é sobrediagnosticada Deveria-se atentar mais detalhadamente às questões psicossociais (como a dinâmica familiar, por exemplo) que podem levar a uma alteração do comportamento. 7 meses depois, Dr Eisenberg falece.

Polêmica - Patologia x má-adaptação? - Consequência da vida moderna? - Dx é uma grande desculpa p/ a falta de limites e atenção dos pais e de um déficit escolar? - Qual o grau de interferência dos sintomas da comorbidade com o TDAH? - Qual o grau de interferência dos fatores psicossociais? - TDAH puro e simples existe? - TDAH - um dom?

Obrigada! thaismerino@gmail.com

Bibliografia AAP Releases Guideline on Diagnosis, Evaluation, and Treatment of ADHD. HAUK, L. Am Fam Physician. 2013 Jan 1;87(1):61-62. http://www.aafp.org/afp/2013/0101/p61.html Capturado em 25 de outubro de 2013. Diagnosis and Management of Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder in Adults. ROBERT E. POST, MD, MS, and STUART L. KURLANSIK. Am Fam Physician. 2012 May 1;85(9):890-896. http://www.aafp.org/afp/2012/0501/p890. html Capturado em 25 de outubro de 2013. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. DUNCAN, BB; SCHMIDT, MI; GIUGLIANI, ERJ; DUNCAN, MS; GIUGLIANI, C. 4ª ed. Artmed. 2013. Major Life Activity and Health Outcomes Associated with Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder. BARKLEY, RA. J Clin Psychiatry. 2002. http://www.jclinpsychiatry.com/pcc/pccpdf/v04s04/v63s1202.pdf Capturado em 27 de outubro de 2013. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Sua Prevalência na Região Sul do Brasil. BUSANELLO, M; FARACO, CB. https://psicologia.faccat.br/moodle/pluginfile.php/197/course/section/101/marlene.pdf Capturado em 15 de outubro de 2013. Beichte auf dem Sterbebett: ADHS gibt es gar nicht! https://pravdatvcom.wordpress.com/2013/05/09/beichte-aufdem-sterbebett-adhs-gibt-es-gar-nicht/ Capturado em 1º de novembro de 2013. Notas Sobre a Histo ria Oficial do Transtorno do Déficit de Atenção/hiperatividade TDAH. CALIMAN, LV. PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSA O, 2010, http://www.scielo.br/pdf/pcp/v30n1/v30n1a05.pdf Capturado em 20 de outubro de 2013. The history of attention deficit hyperactivity disorder. LANGE, KW; REICHL, S; LANGE, KM; TUCHA, L; TUCHA,