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PARECER N 268 / 2015 ASSUNTO: PARECER INFORMATIVO EMENTA: ICMS AUTO PEÇAS USADAS NOTA FISCAL DE ENTRADA OBRIGATORIEDADE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA VENDA PARA CONSUMIDOR FINAL INAPLICABILIDADE REDUÇÃO DE BASE DE CÁLCULO CONFORME ART. 70, VI, DO RICMS RELATÓRIO Cuidam os autos de solicitação de consulta acerca da interpretação e aplicação da legislação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS relativa à operação com auto peças usadas remanescentes em oficinas. A Consulente não declara a inexistência de início de procedimento fiscal em seu desfavor. Solicita orientação inerente aos procedimentos para emissão de nota fiscal de entrada, recebida de terceiros nas operações efetuadas por oficina de conserto na substituição da peça usada por uma nova. Relata que recolhe o ICMS por Substituição Tributária ICMS-ST de todas as suas aquisições referentes às autopeças, tendo dúvida inerente a sobra de peças da oficina, remanescentes de troca na qual foram substituídas por peças novas. Entende que para constituição de um estoque de Peças Usadas, para posterior comercialização, será necessário a emissão de nota fiscal de entrada para cada mercadoria usada recebida no estabelecimento, conforme art. 546, I, do RICMS. Ante o que expôs, apresenta as seguintes dúvidas: 1) Quanto a emissão da nota fiscal de entrada das peças no estoque da empresa, devido as peças serem sobras de oficina, como devemos tratar o destinatário desta nota fiscal, pois não temos um fornecedor/cliente específico, neste caso devemos ter como destinatário o próprio emitente da nota fiscal? 2) Podemos utilizar como natureza da operação Outras entradas Peças Usadas no CFOP 1.949? 3) Com relação ao ICMS na entrada das sobras da oficina no estoque da empresa para posterior revenda, devemos dar a mesma tratativa de peças novas, conforme anexo V, do RICMS, e pagar o ICMS substituição tributária novamente nesta entrada?

4) Na emissão da nota fiscal de venda ao consumidor final, referente ao estoque de peças usadas, qual a tratativa deverá ser dada com relação ao ICMS? É o relatório. APRECIAÇÃO PRELIMINAR Constatamos a legitimidade requerida no art. 842 do RICMS/ES, entretanto, carece do preenchimento dos requisitos insertos no art. 845 do mesmo diploma normativo, em especial seu inciso III, e, desta forma, não produzirá os efeitos do art. 848 do RICMS/ES. MÉRITO A Consulente é empresa que atua no ramo do comércio varejista de automóveis, caminhonetas e utilitários novos, realizando a substituição de peças usadas por novas, no que, expõe dúvidas em relação aos procedimentos e tributação destes produtos usados. Quanto aos procedimentos relativos às obrigações acessórias, é obrigatória a emissão de nota fiscal, sempre que entrarem tais produtos em seu estabelecimento, dicção do citado art. 546, I, do RICMS: Art. 546. O contribuinte, excetuado o produtor agropecuário, emitirá nota fiscal sempre que em seu estabelecimento entrarem bens ou mercadorias, real ou simbolicamente: I - novos ou usados, remetidos a qualquer título por particulares, pessoas físicas ou jurídicas não obrigadas à emissão de documentos fiscais; Desta forma, em cada nota fiscal de entrada conterá a identificação do remetente/cliente, pois esta é a situação fática, evidentemente que não se trata do próprio emitente/consulente; devendo, portanto, ser identificado o cliente que teve a peça substituída e utilizar o CFOP 1.949 Outras entradas de mercadorias. Na entrada da mercadoria no estabelecimento da Consulente, (saída promovida pelo proprietário do veículo) não há a figura do substituto tributário definido no art. 185 do RICMS, descabendo, desta forma, a aplicação da ST. Na venda para consumidor final realizada pela Consulente, não há sujeição ao regime jurídico da Substituição Tributária ST, isto em virtude de não haver contribuinte

substituído, ou seja, uma operação somente entre a Consulente e seu cliente. Ademais, quando aplica-se a ST em operação destinada diretamente a consumidor final, existe esta previsão explícita, conforme podemos observar no parágrafo único, do art. 2º, da portaria n.º 43-R/2015: Art. 2.º O ICMS-ST será calculado na forma estabelecida na Portaria Nº 42- R, de 07 de outubro de 2015. Parágrafo único. Aplicar-se-á a substituição tributária, em qualquer hipótese, nas operações internas destinadas a pessoa física. Entretanto, caso as peças usadas sejam alienadas para empresas que as revenderão, e desta maneira, retornando ao ciclo econômico com contribuintes substituídos, incidirá a ST, pois esta não se restringe ao produto novo (como é o caso dos automóveis, onde o Convênio ICMS 132/92 explicita veículos novos ), mas também ao usado e recondicionado. Assim, devem ser seguidas as regras deste regime e portanto, por hipótese, ocorrendo uma venda interestadual para comercialização ou nas operações internas para estabelecimento distribuidor, atacadista ou varejista neste Estado, seguir as normas dos convênios e protocolos ICMS, efetuando a retenção do ICMS-ST para outra unidade da Federação ou para o ES, conforme o caso. Por fim, para a mercadoria auto peças usadas existe a previsão de redução de base de cálculo prevista no art. 70, VI, do RICMS: VI - em noventa e cinco por cento, nas saídas de aparelhos, máquinas e veículos usados e, em oitenta por cento, nas saídas de motores, móveis e vestuários usados, observado o seguinte (Convênios ICM 15/81; Convênios ICMS 50/90 e 151/94): a) o benefício só se aplica às saídas de mercadorias adquiridas na condição de usadas, quando a operação de que houver decorrido a sua entrada no estabelecimento não tiver sido onerada pelo imposto, ou este tiver sido calculado sobre base de cálculo reduzida, na forma deste inciso; e b) não terá aplicação: 1. quando as entradas e saídas das referidas mercadorias não se realizarem mediante emissão dos documentos fiscais próprios, ou deixarem de ser regularmente escrituradas nos livros fiscais próprios; 2. quando, tratando-se de mercadorias usadas, de origem estrangeira, que não tiverem sido oneradas, pelo menos uma vez, pelo imposto, em etapas anteriores de sua circulação; e 3. em relação ao valor das peças, partes, acessórios e equipamentos aplicados sobre mercadorias usadas, para as quais deverá ser emitida nota fiscal distinta; c) entendem-se como veículos usados os que tenham mais de seis meses de uso, contados da data da venda; d) nas saídas de peças, partes, acessórios e equipamentos aplicados nas mercadorias de que trata este inciso, em relação às quais o imposto deve ser calculado sobre o respectivo valor de venda no varejo ou, quando o

contribuinte não realizar venda a varejo, sobre o valor equivalente ao preço de sua aquisição, incluídas as despesas acessórias nela incorporadas e a parcela do IPI, quando for o caso, acrescido de trinta por cento; Portanto, cumpridas as regras dispostas neste dispositivo legal, a tributação de auto peças provenientes de veículos usados, conta com redução da base de cálculo de 95% (noventa e cinco por cento). Respondendo: 1) Quanto a emissão da nota fiscal de entrada das peças no estoque da empresa, devido as peças serem sobras de oficina, como devemos tratar o destinatário desta nota fiscal, pois não temos um fornecedor/cliente específico, neste caso devemos ter como destinatário o próprio emitente da nota fiscal? R: Não. A nota fiscal de entrada deve ser emitida tendo como remetente o cliente específico, sempre que as mercadorias entrarem em seu estabelecimento. 2) Podemos utilizar como natureza da operação Outras entradas Peças Usadas no CFOP 1.949? R: Sim. 3) Com relação ao ICMS na entrada das sobras da oficina no estoque da empresa para posterior revenda, devemos dar a mesma tratativa de peças novas, conforme anexo V, do RICMS, e pagar o ICMS substituição tributária novamente nesta entrada? R: Não. Somente se submeterá ao regime jurídico da ST se a revenda for destinada a estabelecimento distribuidor, atacadista ou varejista. 4) Na emissão da nota fiscal de venda ao consumidor final, referente ao estoque de peças usadas, qual a tratativa deverá ser dada com relação ao ICMS? R: Incidirá a alíquota de 17% (dezessete por cento) sobre o valor da base de cálculo reduzida, de acordo com a previsão do art. 70, VI, do RICMS. CONCLUSÃO Conforme exposto, a emissão da nota fiscal de entrada deve ter como remetente o cliente específico da Consulente, sempre que as mercadorias entrarem em seu estabelecimento, utilizando o CFOP 1.949.

A tributação de peças automotivas usadas é com a incidência da alíquota de 17% (dezessete por cento) sobre a base de cálculo reduzida, de acordo com o art. 70, VI, do RICMS, e sujeita ao regime de substituição tributária somente quando for destinada a estabelecimento distribuidor, atacadista ou varejista localizado neste Estado. Esta resposta não produzirá os efeitos previstos no art. 848 do RICMS/ES, em virtude da falta da declaração prevista no art. 845, III deste mesmo diploma legal. É o nosso parecer, o qual submetemos à consideração superior. Vitória, 27 de outubro de 2015.