Organizadores: Denise Maria Rosa dos Santos, Márcia Luísa Tomazzoni, Mateus Rocha da Silva e Mayara de Andrade.



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Transcrição:

INTRODUÇÃO À LÓGICA Denise Maria Rosa dos Santos Organizadores: Denise Maria Rosa dos Santos, Márcia Luísa Tomazzoni, Mateus Rocha da Silva e Mayara de Andrade. 1. Duração: 02 horas e 30 minutos. 2. Recursos didáticos: quadro negro, folha impressa e fórum virtual. 3. Justificativa: é necessária a compreensão por parte dos alunos de que existem regras que estruturam nosso pensamento, pois são importantes para a investigação como forma de desenvolver o conhecimento e aprimorá-lo. 4. Objetivos: desenvolver a capacidade argumentativa e o raciocínio lógico através de argumentos, diálogo textual e de enigmas. 5. Desenvolvimento 5.1 Breve apresentação do que é a lógica. Lógica e argumentação A Lógica é o ramo da filosofia que cuida das regras do raciocínio. Ela investiga os meios que utilizamos para inferir ideias a partir de outras ideias, ou, dito de outro modo, os raciocínios que normalmente fazemos para chegar a estas ideias. Isto é o que chamamos de argumentação e os argumentos são constituídos de proposições. 5.2 Apresentação de noções básicas: proposição, valor de verdade, premissa e conclusão. Proposição Proposição é uma frase que se pretende ou verdadeira ou falsa, não podendo haver uma terceira opção (de acordo com o Princípio do 3º Excluído). As proposições transmitem pensamentos, isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados entes. Isto ocorre quando afirmamos algo (predicado) de algo (sujeito). Lembre-

se: toda proposição é uma frase, mas nem toda frase é uma proposição; uma frase é uma proposição apenas quando possui valor de verdade (possibilidade de ser VERDADEIRA ou FALSA). OU FALSA PROPOSIÇÃO É OU VERDADEIRA OU FALSA FRASE QUE NÃO É PROPOSIÇÃO NÃO PRETENDE SER VERDADEIRA Exemplos: "O homem é mortal" (é PROPOSIÇÃO, pois pretende que seja ou verdadeira ou falsa a mortalidade dos homens.) Abra a porta! (frase IMPERATIVA, portanto não é PROPOSIÇÃO, pois não pretende que seja ou verdadeira ou falsa a ordem de abrir a porta, a frase pretende ser uma ordem.) "Qual é o seu nome?" (frase INTERROGATIVA, não é PROPOSIÇÃO, pois a frase não se pretende ou verdadeira ou falsa, a frase é um questionamento. Nenhum questionamento pode ser proposição.) "A água é inodora" (é PROPOSIÇÃO, pois pretende que seja ou verdadeira ou falsa o fato da água ser inodora). Argumentos Um argumento é constituído por um conjunto de proposições que pretendem provar/demonstrar uma ideia/tese. Nesse conjunto de proposições umas são chamadas premissas, outras são chamadas de conclusão, dependendo da função que desempenham dentro do argumento: as premissas sustentam a conclusão; a conclusão se segue das premissas, está fundamentada nelas. Um tipo de argumento é o silogismo, que é constituído de três proposições declarativas (ou mais) que se conectam de tal modo que a partir das duas primeiras as premissas -, é possível deduzir a terceira a conclusão. Comumente iniciamos no estudo da lógica e da argumentação pelo tipo de argumento silogístico o qual tem 3 termos (2 premissas e 1 conclusão). É importante observar que, independentemente do tipo de raciocínio empregado, premissas e conclusão sempre desempenham, em um argumento, os papéis acima descritos.

Estrutura do argumento (premissas e conclusão) Suponhamos um argumento formado por 3 proposições, onde a proposição 1 e 2 são as premissas e a proposição 3 é a conclusão. O objetivo do conjunto de premissas é fundamentar/sustentar a conclusão. Proposição 1 Proposição 2 PREMISSAS Proposição 3 CONCLUSÃO 5.3 A próxima etapa é mostrar que os argumentos são usados no cotidiano. Os argumentos estão inseridos em nosso dia-a-dia, pois nós os usamos para nos comunicarmos! Ainda que no linguajar coloquial (cotidiano) não se costume utilizar as expressões que indicam premissas (ex.: visto que, uma vez, pois, porque, etc) e conclusão (ex.: logo, portanto, então, dessa forma, etc), estas expressões estão implícitas nos raciocínios que fazemos para chegar a conclusões. Exemplo: Mariana disse que estaria (ou) na biblioteca ou na lanchonete. Fui até a biblioteca e Mariana não estava lá. (Logo,) Mariana está na lanchonete. 5.4 Atividade de aula: solicitar aos alunos a produção de dois argumentos. 5.5 Utilizar dois dos argumentos produzidos pelos alunos, um válido e outro inválido, para demonstrar no quadro-negro como se verifica a validade/invalidade através de diagramas com conjuntos.

5.6 Apresentação de um diálogo entre mãe e filha, onde ambas apresentam razões em favor das ideias que defendem. Atividade de aula: solicitar aos alunos que encontrem as razões e conclusões no diálogo. Para isso é necessário que o professor utilize a primeira ideia que está sendo defendida no diálogo, como exemplo aos alunos, de como devem proceder nessa análise. O uso do argumento no cotidiano do jovem O diálogo a seguir foi elaborado visando exemplificar o uso do argumento no cotidiano do jovem, numa típica situação de discussão - argumentada entre uma mãe e uma filha, que coloca a possibilidade da argumentação em contraste com a autoridade incontestável da mãe (como vemos na alusão feita pela tirinha acima). Exercício: leia com atenção e, ao final da leitura, procure identificar os argumentos apresentados pelas personagens do diálogo, bem como as premissas e as conclusões que constituem tais argumentos. Júlia foi convidada para ir a uma festa, aceitando prontamente o convite. Ao consultar sua mãe para saber se poderia ir à festa, recebeu um vigoroso não. Inconformada, indagou: Júlia - Por que não? Mãe - Porque tu tens prova segunda-feira, tu precisas estudar nesse final de semana. Júlia - Mãe, eu já estudei a semana inteira para essa prova, não preciso estudar mais... Mãe - Julia, veja bem: tu já foste mal na primeira prova. Se tu também fores mal na segunda prova, tu vais reprovar nessa disciplina! Júlia - Mas mãe, eu já estudei para a prova, já combinei com minha amigas e a festa não acaba tarde. Além disso, como hoje é sexta-feira, ainda tenho mais dois dias do final de semana para estudar. Decididamente, a festa não vai atrapalhar meu desempenho! Mãe - Tá, tá bom, filha! Mas não chegues muito tarde. 5.7 Para desenvolver o raciocínio lógico de uma forma que desperte o interesse nos alunos, o trabalho com enigmas pode ser uma ferramenta útil, por relatar uma situação que envolve

determinado problema e instiga a sua resolução. Para a nossa oficina foi criado um fórum virtual, no qual disponibilizamos enigmas lógicos e solicitamos que os alunos postassem suas soluções. Pode-se, então, solicitar como atividade de casa que os alunos resolvam enigmas através de fórum virtual a ser criado pelo professor. O enigma da Feira de Ciências Isaac e Albert estavam empolgadamente reportando os resultados da Terceira "Extravaganza", feira internacional anual de Ciências na Suécia. Haviam três competidores: Louis, Rene e Johannes. Isaac disse que o vencedor da feira foi Louis, enquanto Rene ficou com o segundo lugar. Albert, por outro lado, disse que Johannes venceu a feira, deixando Louis em segundo. Na verdade, nem Isaac e nem Albert deram os resultados corretos da feira. Cada um informou um resultado verdadeiro e um falso. Qual foi, afinal, a colocação de cada um dos três competidores? O enigma da reunião de família Em uma reunião de família estavam presentes as seguintes pessoas: um avô, uma avó, dois pais, duas mães, quatro filhos (incluindo homens e mulheres), três netos, um irmão, duas irmãs, dois filhos (homens), duas filhas (mulheres), um sogro, uma sogra e uma nora. Mas não haviam tantas pessoas quanto parece. Quantas pessoas estavam lá, e quem eles eram? 5.8 Explicar as possíveis formas de solução para os enigmas. Em nossa experiência, utilizamos o quadro-negro, apresentando algumas alternativas de solução para os enigmas que ficaram como atividade de casa. 5.9 Apresentar um texto que mostre aos alunos a importância fundamental da argumentação na filosofia e na ciência. Esse texto tem o intuito de retomar, junto aos alunos, o propósito geral da argumentação, especificamente na disciplina de Filosofia, e não somente nas discussões cotidianas.

O papel fundamental da argumentação na Filosofia e na Ciência Como vimos até aqui, todo argumento é um conjunto de proposições que utilizamos para provar algo. O que queremos provar tem o nome de conclusão; as justificativas que oferecemos para provar a conclusão têm o nome de premissas. O argumento tem um papel fundamental na Filosofia e na Ciência. Ele é a forma que as duas se utilizam para defender suas teses. Na Filosofia os argumentos procuram provar, por exemplo, a possibilidade do conhecimento. Se eu defender que é através do que vejo, escuto ou toco que eu conheço as coisas (objetos), eu preciso justificar o porquê das coisas serem desse jeito. Já na ciência (Física, Química, Biologia, etc), os argumentos visam provar teses a respeito da natureza de modo que tratam do conhecimento a respeito de algo, não mais da possibilidade da própria obtenção de conhecimento -, com base em experiências e observações. Assim, podemos dizer que a argumentação é a ferramenta que nós utilizamos na tentativa de provar teorias/teses que visam desenvolver e aprimorar nosso conhecimento a respeito do mundo que nos cerca, seja na esfera da natureza ou na esfera dos assuntos humanos. 5.10 Apresentar um exemplo de argumento filosófico (formalizado) para exemplificar o uso do argumento na Filosofia como tentativa de prova de teses/ideias. Exemplo de argumento filosófico: Tudo o que aceitei até agora como inteiramente verdadeiro e garantido foi obtido pelos sentidos ou por meio dos sentidos. Mas aprendi por meio da experiência que os sentidos podem por vezes me enganar, sendo prudente nunca confiar por inteiro em coisas que já nos enganaram uma vez. - Passagem das Meditações de René Descartes 1 Argumento formalizado: Premissa 1: Aprendi por meio da experiência que os sentidos podem por vezes me enganar. Premissa 2: É prudente nunca confiar por inteiro em coisas que já nos enganaram uma vez. Conclusão implícita: É prudente não confiar nos sentidos. 1 p. 87, do livro Descartes (Coleção os Pensadores), São Paulo: Abril Cultural, 1983.

5.11 Resolução dos enigmas postados no fórum: Resolução A colocação correta é Johannes em 1º, Rene em 2º e Louis em 3º. Meu raciocínio = se nenhum deles deu o resultado correto, e cada um deu 2 afirmações, sendo uma verdadeira e uma falsa, sem mencionar os terceiros lugares, então nem Johannes nem Rene poderiam ocupar o terceiro lugar. Sobrando apenas Louis para essa posição. Se Louis ficou em 3º, não pode ter sido o 1º como disse Isaac, logo, isso é mentira e a afirmação de que Rene ficou em 2º é a verdadeira. Sobrando o primeiro lugar para Johannes. Resolução Eram 7 pessoas? O avô e a avó são ao mesmo tempo um pai e uma mãe, um sogro e uma sogra. Eles têm um filho que é casado com uma mulher (a nora). Esse casal têm 3 filhos, que são os 3 netos. 2 são meninas (as duas irmãs) e 1 é menino (o irmão).