RESULTADOS DO CONTROLE BIOLÓGICO DA CIGARRINHA DA RAIZ DA CANA-DE-AÇÚCAR COM METARHIZIUM ANISOPLIAE. José Eduardo Marcondes de Almeida

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Transcrição:

RESULTADOS DO CONTROLE BIOLÓGICO DA CIGARRINHA DA RAIZ DA CANA-DE-AÇÚCAR COM METARHIZIUM ANISOPLIAE José Eduardo Marcondes de Almeida Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal, CP 70, CEP 13001-970, Campinas, SP, Brasil. Fone: (19) 3252-2942. E- mail jemalmeida@biolofgico.sp.gov.br A cana-de-açúcar colhida sem queima é uma realidade em todo o Estado de São Paulo a pelo menos cinco anos, apesar da prorrogação do prazo para a paralisação total da queima ter se estendido até 2030 pelo menos, porém as usinas ainda são obrigadas a diminuírem a área queimada a cada ano. Junto com a colheita mecanizada e sem queima, os ataques da cigarrinhada-raiz da cana estão cada vez mais freqüentes e intensos, causando prejuízos que podem atingir a 60% ou mais em produtividade agrícola e nas qualidades industriais da matéria-prima, através da contaminação com bactérias, perda do Pol e outros mais. O controle biológico com o fungo Metarhizium anisopliae também se desenvolveu e atinge uma área de aproximadamente 350.000 ha, com aplicações tratorizadas e aéreas, variando as concentrações de 2 a 10 kg/ha, de acordo com a flutuação da cigarrinha e a variedade. Estudos de monitoramento e avaliação de variedades também evoluíram nesse período, sendo que já é possível determinar as variedades mais preferidas e suscetíveis ao ataque da cigarrinha, o que facilita no manejo da praga. A pesquisa e desenvolvimento do controle biológico da cigarrinha-daraiz da cana são de extrema importância para a economia do setor, já que o custo do controle é mais baixo do que o controle químico e através desse programa, novas empresas e laboratórios de usinas têm surgido para aumentar a oferta do bioinseticida no mercado e estimular o uso do fungo. Sem contar com o ganho para o meio ambiente, já que o bioinseticida a base do fungo não é tóxico para a flora e a fauna, bem como o homem. O Instituto Biológico tem desenvolvido um programa de treinamento e assessoria técnica para a construção de biofábricas de M. anisopliae na rede particular, além de apoiar essas empresas quanto ao registro do produto e manutenção da qualidade do bioinseticida, para que o programa de controle biológico possa de manter e atingir novas áreas. A cigarrinha-da-raiz da cana-de-açúcar (Mahanarva fimbriolata) Até 1968 Mahanarva fimbriolata (Stal) era referida como Tomaspis e/ou Sphenorhina liturata var. ruforivulata Stal (FENNAH 1968, GUAGLIUMI 1970). Sua distribuição geográfica abrange os Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Amazonas, Rio Grande do Norte, Paraíba, 32

Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Mato Grosso, Goiás, sendo mais séria sua ocorrência em São Paulo, principalmente em pastagens de capim Napier (GUAGLIUMI 1973, MENDES et al., 1977). Seu principal dano é a queima da cana-de-açúcar conseqüência da alimentação do adulto. As ninfas ao se alimentarem ocasionam a desordem fisiológica em decorrência de suas picadas que, ao atingirem os vasos lenhosos da raiz, o deterioram, impedindo ou dificultando o fluxo de água e de nutrientes. A morte de raízes ocasiona desequilíbrios na fisiologia da planta caracterizados pela desidratação do floema e do xilema que darão ao colmo características ocas, afinamento e posterior aparecimento de rugas na superfície externa. Os adultos ao injetarem toxinas produzem pequenas manchas amarelas nas folhas que com o passar do tempo tornam-se avermelhadas e, finalmente, opacas, reduzindo sensivelmente a capacidade de fotossíntese das folhas e o conteúdo de sacarose do colmo. As perfurações dos tecidos pelos estiletes infectados provocam contaminações por microorganismos no líquido nutritivo, causando deterioração de tecidos nos pontos de crescimento do colmo e, gradualmente, dos entrenós inferiores até as raízes subterrâneas. As deteriorações aquosas apresentam cores escuras começando pela ponta da cana e podem causar a morte do colmo (EL-KADI 1977). GUAGLIUMI (1973) citou que M. fimbriolata possui ninfas especificamente radicícolas e se desenvolvem sobre as raízes superficiais ou raízes adventícias inferiores das gramíneas hospedeiras. Sugam a seiva segundo a sua idade, envolvendo-se numa espuma branca, espessa e que serve como proteção a inimigos naturais. Os adultos são de hábitos crepusculares-noturnos, ficando escondidos dentro das olhaduras ou no enviés das folhas durante o dia. O dano mais importante que as cigarrinhas causam é a queima da cana, sendo conseqüência direta ao ataque das folhas, devido à injeção de substâncias tóxicas da saliva da cigarrinha, além de diminuir o teor de sacarose. Causam também a redução no tamanho e grossura dos entrenós da cana grande e a morte de rebentos jovens. O ciclo vital dessa cigarrinha ocorre no período das chuvas, desaparecendo na seca, quando os ovos estão em diapausa. No Estado de São Paulo, o ciclo vital de M. fimbriolata inicia-se em setembro, normalmente, com o início do período chuvoso. A primeira geração de ninfas é pequena em decorrência da diapausa dos ovos, porém com capacidade suficiente de se desenvolverem até a fase adulta, quando então se inicia a postura da segunda geração de ninfas, geralmente entre dezembro e janeiro, quando a umidade e o fotoperíodo são maiores. A segunda geração é responsável pela maioria dos danos, que vão se manifestar somente em fevereiro e março, quando se tem a terceira geração de ninfas, que se desenvolverão até a fase adulta, porém em menor número do que a geração anterior e farão a postura de ovos que entrarão em diapausa a partir de abril, quando o fotoperíodo e a umidade diminuem. Com a proibição da queima da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo, através do Decreto-lei Estadual n o 42.056/9, têm ocasionado mudanças no 33

manejo dessa cultura, devido ao aumento da área colhida sem queima e, como conseqüências, em muitas regiões têm ocorrido aumentos consideráveis na população de cigarrinha-da-raiz (MACEDO et al., 1997). ALVES & ALMEIDA (1997) citaram que o controle biológico com macro ou microrganismos é um dos principais componentes do manejo integrado de cigarrinhas. O controle biológico não é poluente, não provoca desequilíbrios biológicos, é duradouro e aproveita o potencial biótico do agroecossistema, não é tóxico para o homem e animais e pode ser aplicado com as máquinas convencionais, com pequenas adaptações. A cigarrinha-da-raiz da cana tem se tornado um sério problema em algumas regiões do Estado de São Paulo, tais como Ribeirão Preto, SP, onde a maioria da cana já é colhida mecanicamente e crua, pois não havendo queima da palhada, ocorre um acúmulo desse material no solo e um aumento da umidade facilitando assim o crescimento e a disseminação da cigarrinha-da-raiz da cana, M. fimbriolata. E considerando que com a nova legislação ambiental de São Paulo proibirá a queimada da cana, espera-se um aumento significativo na população de M. fimbriolata causando prejuízos sérios para as usinas e fornecedores, além do aumento de custos para o controle desta praga. Monitoramento Segundo MENDONÇA (1996), a estratégia de controle da cigarrinha-da-raiz se inicia com um monitoramento da praga. O monitoramento de M. fimbriolata deverá ser realizado no início do período chuvoso e durante todo o período de infestação, para que se possa acompanhar a evolução ou o controle da praga. O nível de dano econômico (NDE) de 20 ninfas/ metro linear de sulco e 1 adulto/cana; o Nível de controle é de 2 4 ninfas/metro e 0,5 a 0,75 adultos/cana. No Estado São Paulo, o nível de dano econômico e o nível de controle ainda não foram determinados, porém algumas pesquisas envolvendo levantamento com armadilhas, contagem de ninfas por metro linear, a partir de três a cinco pontos por hectare, sendo que cada ponto é representado por dois metros lineares, contando-se o número de ninfas nas raízes da cana, utilizando-se normalmente de dois a quatro homens. Por enquanto, tem-se utilizado o nível de controle para o controle de 5 ninfas por metro linear de cana em média, sendo o nível de dano econômico variando de 10 ninfas por metro linear. De acordo com resultados de uma usina cooperada da Copersucar, o custo do levantamento direto, com uma equipe de quatro homens, fazendo 16 metros lineares (quatro pontos de duas ruas de dois metros/hectare) é de R$ 8,00/ ha. Porém se realizar o levantamento por extrapolação, no caso de talhões uniformes, ao lado e de mesma variedade, o custo desse monitoramento pode chegar a R$ 2,00/ha (E. B. Arrigoni, não publicado). A armadilha Yellow sticky trap é adequada ao monitoramento de populações de adultos de M. fimbriolata em áreas com cana-de-açúcar. Permite 34

determinar o início do aparecimento da praga na lavoura, que tem ocorrência defasada em cerca de 30 dias em relação à população de ninfas. Porém, a armadilha não se presta para uso visando ao controle da praga (N. Macedo et al., não publicado). O monitoramento é imprescindível para se decidir sobre a estratégia de controle da praga, sendo que a detecção da primeira geração permite um controle mais eficiente principalmente através do fungo M. anisopliae. Porém, no caso da aplicação do fungo nível a ser considerado é de 1 cigarrinha por metro linear ou logo ao se observar as primeiras ninfas atacando a cana nos meses de setembro ou outubro, devido à lentidão do controle biológico. A variedade e a época de corte são outros parâmetros importantes a serem analisados no Manejo Integrado de cigarrinha-da-raiz da cana. De acordo com DINARDO-MIRANDA et al. (1999) e DINARDO-MIRANDA et al. (2000) o ataque de cigarrinha-da-raiz da cana pode afetar a qualidade industrial da cana e esse efeito pode ser diferente de acordo com a variedade, podendo esta ser mais preferida e/ou resistente, o que interfere no plantio, na época de colheita e no sistema de controle a ser adotado. Esses autores verificaram que os prejuízos causados por cigarrinha-da-raiz podem ser significativos para muitas variedades tais como: RB 72454, RB 825336, RB 835486, SP 801842 e IAC 822396. Com relação a variedades, ainda não foram concluídos os estudos sobre resistência e suscetibilidade de variedades comerciais no Estado de São Paulo, ou mesmo um trabalho de melhoramento específico para variedades resistentes, porém já foi possível observar em nível de campo variedades altamente atrativas à cigarrinha-da-raiz, tais como SP 80 1842, SP 70 1816, RB 85 5336, e RB 85 5536, possivelmente pelo seu crescimento rápido, sombreando o solo e maior volume de palha, conferindo melhores condições de desenvolvimento da praga. Portanto, nos talhões com essas variedades, deve-se tomar maiores cuidados no levantamento de ninfas e adultos da cigarrinha (ALMEIDA et al., 2003a). Controle biológico com o fungo Metarhizium anisopliae O controle biológico com macro ou microrganismos é um dos principais componentes do manejo integrado de cigarrinhas. O controle biológico não é poluente, não provoca desequilíbrios biológicos, é duradouro e aproveita o potencial biótico do agroecossistema, não é tóxico para o homem e animais e pode ser aplicado com as máquinas convencionais, com pequenas adaptações (ALVES & ALMEIDA, 1997). O desenvolvimento do fungo M. anisopliae sobre M. posticata ocorre da seguinte maneira: os conídios germinam e penetram no tegumento do inseto num período de dois a três dias. O período de colonização ocorre de 2 a 4 dias e a esporulação em 2 a 3 dias, dependendo das condições do ambiente. O ciclo total da doença é de 8 a 10 dias (Alves, 1998). Alves et al. (1998) cita que o controle das cigarrinhas-das-pastagens e da cana-de-açúcar é um bom exemplo da utilização prática de patógenos no 35

controle de pragas. Na região de Alagoas, no período de 1977 a 1991, foram pulverizados aproximadamente 670.000 ha de cana infestados por M. posticata, havendo uma redução de aproximadamente 72% nos índices de manifestação desta praga. Inicialmente, a área tratada com inseticida químico era de 150.000 ha/ano, diminuindo para 3000 ha. No Estado de Pernambuco chegou a ser a ser aplicado 38.000 kg de conídios de M. anisopliae. Segundo esses autores, o inoculo de M. anisopliae proveniente das primeiras aplicações servem para contaminar as primeiras ninfas ou adultos. De acordo com esses autores, o isolado PL-43, foi selecionado a partir bioensaios com diferentes isolados de M. anisopliae da região. A época de aplicação do fungo coincide com o período chuvoso, julho e agosto, no Nordeste do Brasil. O intervalo de aplicação foi de 30 dias, sendo o ideal que a aplicação coincidisse com o período de maior trânsito das ninfas nos colmos. A estratégia nesse caso foi de incrementação, já que o patógeno se encontra na área. Com dosagens de 200 a 500 g de conídios puros/ha. As aplicações terrestres devem ser feitas com atomizadores, com gasto de água de 50 a 200 L/ha. Em aplicações aéreas, gastam-se 20 a 30 L/ha, 2 a 5 m acima do nível da cana. O Instituto Biológico tem desenvolvido pesquisas de controle biológico de M. fimbriolata com o fungo M. anisopliae, num projeto temático financiado pela FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, cuja coordenação pertence a esse instituto, em parceria com a ESALQ/USP e UFSCar Araras, SP. A seleção de isolados de M. anisopliae é uma etapa fundamental para que se possa obter isolados virulentos de alta produtividade em meio de cultura e desse modo, proceder a produção em escala comercial. As técnicas de biologia molecular ajudam em muito na seleção de isolados de fungos, diminuindo assim o tempo utilizado para a seleção, determinando grupos de isolados e a virulência similar a outras espécies de insetos (Alves et al., 2001). Além disso, é importante desmistificar a idéia da coleta de isolados da própria região ou talhão, pois na maioria dos casos esses isolados são endêmicos, com virulência mais baixa, já que ocorrem naturalmente. Portanto, os isolados exóticos possuem grandes chances de se tornarem mais virulentos à praga. O controle de M. fimbriolata com o fungo M. anisopliae isolado IBCB 10 na concentração de 1 kg de arroz esporulado com M. anisopliae 5 x 10 11 conídios/ ha - 3 aplicações (nov. - dez. e jan.) num volume de 400 L por hectare, foi mais eficiente (BATISTA FILHO et al., 2002). Do mesmo modo, os isolados IBCB 10 e ESALQ 1037 mantiveram a população de cigarrinha-da-raiz da cana em equilíbrio na concentração de 1 kg de arroz esporulado com M. anisopliae 1,75 x 10 5 conídios/ml - 2 aplicações (nov. - dez.) em sistema de cultivo orgânico (ALMEIDA et al., 2002a). Com relação à concentração a ser aplicada em campo, de 1 a 3 kg/ha (5 x 10 11 a 1,5 x 10 12 conídios/ha) foram eficientes para manter a população de cigarrinha abaixo do nível de controle com três aplicações de novembro a janeiro, não havendo diferença entre as concentrações, porém estabeleceu-se 36

no mínimo 1 x 10 12 conídios/ha (2 kg/ha) para se evitar perdas por falta de chuva ou raios ultravioletas (ALMEIDA et al., 2002b). Quanto a época de aplicação, ALMEIDA et al. (2003b) verificaram que uma ou duas aplicações nos meses de outubro e novembro na concentração de 5 x 10 11 a 1 x 10 12 conídios/ha foram mais eficientes no controle da população de M. fimbriolata e em produtividade agrícola e industrial da cana do que as aplicações tardias, que permitiram um grande desenvolvimento da praga. A associação com inseticidas naturais como o óleo de nim também foi eficiente, porém, deve-se utilizar uma concentração de 1% de óleo de nim no mês de novembro e 5 x 1011 conídios/ha de M. anisopliae. Em cana sob cultivo orgânico, com variedade menos preferida, verificou-se resultados mais consistentes em termos de controle (ALMEIDA & BATISTA FILHO, 2003). A fase de seleção de isolados de M. anisopliae foi concluída neste ano, obtendo-se isolados virulentos à cigarrinha-da-raiz em laboratório e campo e altamente produtivos em meio de arroz pré-cozido. Na seleção em laboratório, onde se comparou 79 isolados de diferentes hospedeiros e procedência sobre ninfas de M. fimbriolata, os isolados IBCB 348, IBCB 408, IBCB 410 e IBCB 425 foram os mais virulentos e produtivos (LOUREIRO et al., 2003). Em teste de campo, o isolado IBCB 425 foi o mais eficiente (J.E.M. Almeida, não publicado). A época de corte influencia na população de cigarrinha, pois quando este ocorre em maio a população de cigarrinha é maior nos meses de dezembro e janeiro, o mesmo ocorre com o corte em julho. Já quando a cana é cortada tardiamente, a população de cigarrinha diminuiu. Esses dados ajudam na programação de plantio e cortes de variedades mais atrativas em épocas mais tardias, evitando superpopulações e a conseqüente aplicação de defensivos químicos ou queimada (ALMEIDA et al., 2002b). Recomendação de bioinseticida a base de Metarhizium anisopliae no controle de Mahanarva fimbriolata em cana-de-açúcar Época de corte da cana Precoce Média Tardia abr. jun. jun. set. set. dez. 10 15% 20 35% 40 50% Nível de controle: até 4 ninfas/metro Nível de dano econômico: > 5 ninfas/metro Principais variedades colhidas crua no Estado de São Paulo - Preferidas ou suscetíveis: SP 70 1816, SP 80 1842, RB 82 5336, RB 85 5536, RB 85 5546, SP 85 3250. - Medianamente preferidas ou suscetíveis: RB 83 5486, RB 85 5156. 37

- Menos preferidas ou suscetíveis: RB 85 5113, RB 85 5453, SP 79 1011 e RB 85 5257. Concentração recomendada de Metarhizium anisopliae em arroz esporulado Mínimo de 5 x 10 8 conídios de fungo/grama de arroz esporulado. Monitoramento Contar ninfas em dois a quatro pontos de dois metros lineares por hectare a cada 15 dias nas variedades mais preferidas e a cada 30 dias nas menos preferidas. Recomendação Iniciar as aplicações tratorizadas com jato dirigido com 0,5 a 1 ninfa/metro linear com a concentração de 1 a 1,5 x 10 12 conídios/ha (aproximadamente 2 a 3 kg/ha) em setembro ou outubro. Reaplicar 1 a 1,5 x 10 12 conídios/ha em dezembro ou janeiro nas variedades precoces ou preferidas. Acima de 5 ninfas/metro linear aplicar 1 x 10 12 conídios/ha a 5 x 10 12 conídios/ha (10 kg/ha) a partir de dezembro. Aplicação aérea granulada utilizar 4 x 1012 a 5 x 1012 conídios/ha (8 a 10 kg/ha). Aplicação aérea líquida utilizar 2 x 10 12 conídios/ha. Em aplicação tratorizada o fungo deve ser aplicado na vazão de 300 a 400 L de água/ha, utilizando um trator com bicos em pingente, com jato dirigido para a soca da cana, de preferência após as 16 horas para evitar a alta incidência de raios ultravioleta, chegando até a madrugada, período em que a umidade relativa está alta e a temperatura mais amena, facilitando o controle microbiano com o fungo. Deve-se evitar o preparo da calda com muita antecedência, pois o fungo em contato com a água germina e acaba morrendo por falta de meio de cultura. Sendo assim, o material deverá ser preparado até no máximo até 1 hora antes da aplicação. A aplicação aérea ainda está em estudo, porém essa poderá ser utilizada com vazão de 40 a 50 L/ha, com gotas grandes e altura de 2 m da cultura. Perspectivas A partir de técnicas de monitoramento e manejo integrado de pragas, será possível conviver com a cigarrinha-da-raiz da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo, aplicando-se um programa de controle microbiano com M. anisopliae e no caso de superpopulações a aplicação racional de defensivos naturais ou químicos, para o equilíbrio da população. Agradecimentos 38

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