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Transcrição:

Diretrizes Clínicas Protocolos Clínicos 021 Asma na Infância Última revisão: 05/07/2012 Estabelecido em: 30/09/2007 Responsáveis / Unidade José Semionato Filho HIJPII Luís Fernando A. Carvalho HIJPII Wilson Rocha Filho HIJPII Validadores Equipe médica do HIJPII Revisores: Flávia Alves Campos Médica HIJPII Talitah Michel Sanchez Médica HIJPII Disponível em www.fhemig.mg.gov.br e intranet

INTRODUÇÃO / RACIONAL A asma aguda é uma importante causa de procura aos serviços de pronto atendimento e de internações hospitalares, podendo evoluir para o óbito. Mesmo com a conscientização progressiva dos profissionais em relação ao tratamento preventivo, a terapia de resgate é o tratamento mais frequentemente administrado nestes pacientes. DEFINIÇÃO A asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hipersensibilidade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. Manifesta-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, à noite e pela manhã ao despertar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos, irritantes e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas. OBJETIVOS Estabelecer um protocolo de tratamento da crise aguda de asma em pacientes pediátricos através de avaliação clínica e terapêutica adequadas; Consolidar a necessidade de uma orientação efetiva na alta da criança; Evitar retornos desnecessários ao serviço de atendimento de urgência. SIGLAS ESP: Espaçador para inalação PEEP: Positive end Expirtatory pressure ß 2 : Medicação ß 2 agonista SAT O 2 : Saturação Arterial de Oxigênio PaCO 2 : Pressão Arterial de Gás Carbônico UTI: Unidade de Tratamento Intensivo FATORES DE RISCO PARA ASMA GRAVE 1. Duração da crise; 2. Falta de resposta a medicações; 3. Pico de fluxo expiratório < que 50% do melhor registro conhecido do paciente; 4. Crises anteriores com necessidade de internação; 5. Uso de broncodilatadores de longa duração; 6. Uso de beta-bloqueadores; Pág. 2

7. Procura frequente ao serviço de urgência. MATERIAL / PESSOAL NECESSÁRIO 1. Equipes de recepção, enfermagem e médica capacitadas e treinadas para os cuidados de pacientes com crise aguda de asma; 2. Oxímetro de pulso/aparelho P.A./monitor cardíaco/medidor de pico de fluxo expiratório; 3. Espaçadores de grande e pequeno volume; 4. Medicações: Broncodilatadores (ß 2 agonistas spray, venosos); Brometo de ipratrópio spray; Corticosteroides orais e venosos; Analgésicos orais e venosos; Sulfato de magnésio endovenoso; Adrenalina; Carrinho de emergência; Oxigênio. ATIVIDADES ESSENCIAIS 1. Anamnese; 2. Exame físico; 3. Avaliação rápida e periódica (evolução) da gravidade da crise. Pág. 3

ESCORE CLÍNICO DE DOWNS E WOOD Escore Clínico para Quantificar Gravidade da Crise de Asma Parâmetro 0 1 2 Cianose Nenhuma Ar ambiente FiO 2 = 40% Murmúrio vesicular Normais Variados Diminuídos ou ausentes Uso de músculos acessórios Nenhum Moderado Máximo Sibilância Mínima Moderada Intensa Função cerebral Normal Deprimida ou agitada Coma Escore < 5: Crise Leve Escore 5 indica falência respiratória eminente: crise moderada Escore 7indica falência respiratória: crise grave Fonte: Wood DW e at Am J Dis Child 1972; 123:227-8. Pág. 4

TRATAMENTO Avaliar imediatamente a gravidade da crise asmática Não Escore 7? Sim - Até 3 doses de ß 2 Agonista (5 jatos com ESP- 100mcg/jato) a cada 20-30 min; (A) - O 2 se Sat O 2 92%; (A) - Iniciar corticóide oral na primeira hora (Prednisolona - 2mg/kg, máx 60mg); (A) Cuidados intensivos Resposta clínica Boa resposta Sem sinais de gravidade Resposta parcial Redução dos sinais de gravidade Resposta ruim Persistência ou piora dos sinais de gravidade Alta Hospitalar - Manter B 2 via inalatória, prescrever de acordo com a demanda. - Prednisona, ou Prednisolona, 1 a 2 mg/kg, max. 60 mg, em casa por 5 a 7 dias. - Avaliação médica no Centro de Saúde 24h após liberação para casa. Manter no PA - Manter ß 2 via inalatória 5 jatos a cada 60 min até a 4ª hora. - Associar Ipratrópio 2 jatos de 20 mcg de 1/1 hora, até a 4ª hora. (A) - Manter corticóide oral. Resposta clínica UTI ou leito de emergência ver conduta específica (Leito de Urgência e Emergência UTI) Piora Melhora - Manter ß 2 via inalatória 5 jatos a cada 4 h. - Manter Ipratrópio 2 jatos de 20 mcg de 4 / 4 hora ou de 6/6h. - Prednisona, ou Prednisolona, 1 a 2 mg/kg, máx 60 mg via oral de 24/24h. Melhora parcial - Administrar Sulfato de magnésio em caso de risco de internação. - Considerar internação se não houver melhora nas primeiras 12h. Pág. 5

LEITO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA / UTI CONDUTA 1. Monitorização contínua de ECG e Sat O 2 / gasometria arterial; 2. O 2 em alto fluxo (10 a 15 l/min) por máscara facial com reservatório (FiO 2 > 60%); 3. ß 2 inalatório: 5 jatos de 100 mcg de 30/30 minutos; 4. Brometo de Ipratrópio: 2 jatos de 100 mcg de 1/1 hora; 5. Considerar ß 2 venoso se não houver melhora após uso inalatório: Salbutamol 500 mcg/ml dose inicial 1 mcg/kg/min (máx. 4 mcg/kg/min); 6. Corticosteroide venoso (opções): - Hidrocortisona 5 mg/kg/dose 4/4 horas (máx 300 mg/dose); - Metilprednisolona 1 mg/kg/dose 6/6 horas (máx 60 mg/dose). - Sulfato de Magnésio 25-75 mg/kg máximo de 2 g. - MgSO 4 50% 1 ml = 500 mg. Correr em 20 a 30 minutos e monitorar FC e PA; 8. Considerar internação em UTI; 9. Considerar intubação traqueal. INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO NA UTI: Resposta ruim após terapia broncodilatadora; PaO 2 menor que 60 mmhg ou queda de Sat O 2 (< 91%) em uso de oxigenioterapia; PaCO 2 > 40 mmhg; Exaustão ou falência respiratória; Confusão mental ou sonolência; Inconsciência; Parada respiratória. INDICAÇÕES DE INTUBAÇÃO Fadiga respiratória; Alteração do nível de consciência; Acidose respiratória; Bradicardia ou sinais de instabilidade hemodinâmica; Hipoxemia PaO 2 < 60 mmhg com FiO 2 > 60%; PaCO 2 > 55 mmhg ou elevação de 5 mmhg/hora. PARÂMETROS DE VENTILAÇÃO MECÂNICA Utilizar baixas frequências respiratórias propiciando altos tempos expiratórios; PEEP fisiológica de 3 a 5 cm H 2 O; Limitar pressões de pico inspiratório em 35 a 40 cm H 2 O; Permitir hipercapnia quando com ph > 7,20. Pág. 6

ITENS DE CONTROLE 1. Número e tempo de internações com Asma; 2. Entre pacientes internados na enfermaria, avaliar: uso de medicamentos durante internação: B2-agonista inalatório e venoso, corticóide oral e venoso, brometo de ipratropio e sulfato de magnésio. REFERÊNCIAS 1. Global Initiative for Asthma GINA. ginasthma.org/pdf/gina_report _2010.pdf. 2. Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma 2012 Jornal Brasileiro de Pneumologia. v 38, Suplemento1, p. S1 S46, Abril 2012. 3. Wood DW, Downes JJ, Lucks HI. A clinical scoring system for the diagnosis of respiratory failure. Preliminary report on child hood status asthmaticus. Am J Dis Chil 1972; 123: 227-8. 4. Cook T, Stong G. Pediatric Asthma. A correlaction of clinical treatment and oxygen saturation. Hawaii Med J 1995; 54: 665-8. 5. Mc Fadden ER. Critical appraisal of the therapy of asthma: and idea whose time has come. Am Rev Respir Dis 1986; 133:723-4. 6. Rodrigo C, Rodrigo G. Salbutamol treatment of a cute severe asthma in the E.D: MDI versus hand held nebulizer. Am J Emerg Med. 1998, 16:637-42. 7. Barnes PJ. Beta-adrenergic receptors and their regulation. Am J Respir Crit Care Med 1995; 152: 838-60. 8. Figlsang G, Pedersen S. comparation of nebuhater and nebulizer treatment of acute severe asthma in children. Eur J Resp Dis 1986; 69: 109-113. 9. Searfone RJ, Fuchas SM, Nager AL e al. Effect of single oral dose of prednisone in acute childhood asthma. Pediatrics 1993; 92: 513-8. Grau de Recomendação / Nível de vidência A A C B B B B B 10. Rodrigo C, Rodrigo G. Early administration of corticosteroids in acute asthma. Am J. Emerg Méd 1998; 16: 436-9. 11. Rozov, Tatiana. Doenças Pulmonares em Pediatria: Diagnóstico e Tratamento. 1999. D 12. Sole, Dirceu. Asma Aguda na Criança: Aspectos Práticos 2005. D Pág. 7

APÊNDICE I ORIENTAÇÕES APÓS ALTA DO PRONTO SOCORRO A. Revisar a prescrição médica e treinar paciente para uso de medicações inalatórias que sejam necessárias a curto ou médio prazo; Caso a criança faça profilaxia, reforçar este item e verificar a técnica de aplicação de medicamentos e se está havendo adesão ao tratamento; Encaminhar os pacientes para o pediatra responsável. Nos casos de difícil controle, encaminhar para o especialista. B. Medicação Manter uso das medicações broncodilatadoras por um período mínimo de 3 dias, após melhora clínica, observando sempre a técnica correta de aplicação da medicação; Corticóides orais: para evitar recaídas no domicílio e retorno ao pronto atendimento, administrar corticóide oral (prednisona ou prednisolona) no momento da alta em todos paciente atendidos na urgência por um período de 3 a 5 dias; Descrever os efeitos colaterais e saber minimizá-los. C. Dieta Manter a dieta normal do paciente, conforme aceitação; Oferecer líquidos. D. Exercícios Manter atividade física conforme tolerância da criança; Estimular atividade ao ar livre. E. Evitar Evitar ambientes com fumaça de cigarro, poluentes, cheiros fortes, etc.; Manter a casa ventilada. F. Retorno ao P.A Caso identifique sinais e ou sintomas de piora do quadro respiratório (chieira, cansaço progressivo, tosse importante, dificuldade para falar, cianose de dedos ou lábios, dificuldade em realizar atividades cotidianas). Pág. 8

APÊNDICE II I - Ficha de Atendimento ao Paciente Asmático Pediátrico em Unidade de Urgência Nome: Data: / / Hora Entrada: : Hora Saída: : Pág. 9

II Exame Físico 1. Frequência Respiratória 2. Frequência Cardíaca 3. Musculatura Acessória < 2 meses até 60 ipm 2 a 11 meses até 50 ipm 1 a 5 anos até 40 ipm 6 a 8 anos até 30 ipm > 8 anos até 25 ipm Lactentes até 160 bpm Pré-escolares até 120 bpm Escolares até 100 bpm A. Retração acentuada ou em declínio B. Retrações subcostais e/ou esternocleido-mastóideas acentuadas C. Retração intercostal leve ou ausente 1. Ausculta 5. Estado Mental 6. Pulso paradoxal A. Sibilos ex e inspiratórios localizados ou difusos ou ausentes com MV; B. Em toda fase expiratória, localizados ou difusos; C. No final da expiração, localizados ou difusos, ou ausentes com MVF; A. Agitação, Confusão, Sonolência B. Normal C. Normal Crise < 10 mmhg de diferença Moderada 10-20 mmhg de diferença Grave > 20 mmhg de diferença Considerações: Uso de espaçadores: volume de acordo com a idade: menores que 2 anos, usar o espaçador com volume < 200ml; Máscara deve ser do tamanho adequado da criança; Se via oral preservada preferir corticóide oral; Pacientes com vômitos incoercíveis, não relacionados com tosse ou outro sintoma respiratório e/ou dificuldade de inalação, avaliar medicação parenteral; *Se necessário, repetir a dose de corticóide oral 12h depois. Após a primeira dose prescrever nova dose de corticóide oral após 12 horas, depois manter de 24/24h; Sulfato de magnésio; Em caso de b2 adrenérgico prolongado avaliar possibilidadae de hipopotassemia e hiperglicemia; As letras maiúsculas entre parênteses foram usadas para indicar o grau de recomendação. Pág. 10

III Como Utilizar Corretamente o Espaçador 1. Checar a integridade do espaçador, conferindo seus componentes: 2. Checar o medicamento contido no aerossol: Coloque a latinha do medicamento em um recipiente com água 3. Spray com espaçador em crianças pequenas: Coloque a criança sentada ou no colo ou com a cabeceira elevada. Retire bico ou chupeta ou cateter nasal Pág. 11

4. Spray com espaçador em crianças maiores: Fonte das figuras: Laboratório RSMed. Pág. 12

Governador do Estado de Minas Gerais Antônio Augusto Junho Anastasia Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais Antônio Jorge de Souza Marques Presidente da FHEMIG Antônio Carlos de Barros Martins Chefe de Gabinete Fernando Eduardo Guimarães de Carvalho Procurador Júlio César Pinto Auditor Seccional Alexandre Gorgulho Cunningham Assessora de Comunicação Social Christina Guimarães Marândola Diretor de Planejamento, Gestão e Finanças Cláudio Rodrigues Damasceno de Andrade Diretor Assistencial Henrique Timo Luz Diretora de Gestão de Pessoas Flávia de Queiroz Lima Diretora de Desenvolvimento Estratégico Hilda Maria Silveira Mesquita Zschaber Coordenador da Comissão Central de Protocolos Clínicos da FHEMIG Guilherme Freire Garcia Pág. 13