Captação de Funding para Financiamento Interno em Longo Prazo

Documentos relacionados
Financiamento do Desenvolvimento Aula- Magna na UFPR. Fernando Nogueira da Costa Professor do IE- UNICAMP h<p://fernandonogueiracosta.wordpress.

Fontes de Financiamento Interno em Longo Prazo

Financiamento do Desenvolvimento Aula- Magna na UFPR. Fernando Nogueira da Costa Professor do IE- UNICAMP h<p://fernandonogueiracosta.wordpress.

Contas Financeiras CEMEC Informativo Poupança Financeira São Paulo Julho/2014

Banco Central: Objetivos das Políticas Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações

Análise Macroeconômica Brasileira

Banco Central anuncia novo status da dívida externa brasileira

LISTA 5A. 3) Financiamento do investimento: poupança 4) Poupança, crescimento econômico e sistema financeiro

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CÓD. 14

OS MECANISMOS INSTITUCIONAIS DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DO SISTEMA ECONÔMICO

Gilmar Ferreira Maio de 2010

Formação da Renda e Poupança versus Formação do funding

ROSSI RESIDENCIAL S. A. COMENTÁRIOS SOBRE O DESEMPENHO CONSOLIDADO NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2.003

II Semana Contábil e Fiscal de Estados e Municípios Estatísticas de Finanças Públicas Tesouro Nacional

PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS E EXPECTATIVAS DE MERCADO

Metas de Inflação e Evolução da Taxa de Câmbio no Brasil Afonso Bevilaqua

O que não é dito sobre os indicadores fiscais (tradicionais) de 2005

1. Público - Alvo O FUNDO destina-se a receber aplicações de recursos pelo público em geral, desde que sejam clientes do Banco Citibank S.A.

Restrições de Investimento:.

CONTABILIDADE AVANÇADA. Tratamento contábil para aplicações financeiras

Títulos privados de Renda Fixa

Prof. Esp. Fábio T. Lobato 1

Lâmina de informações essenciais sobre o Fundo SUMITOMO MITSUI MASTER PLUS FI REF DI CREDITO PRIVADO LONGO PRAZO

Reunião Apimec Exercício 2015

MERCADO DE TÍTULOS DE DÍVIDA: ANÁLISE E PERSPECTIVAS

Confab Anuncia Resultados para o Primeiro Trimestre de 2008

Restrições de Investimento:.

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O HSBC FI ACOES PETROBRAS / Informações referentes a Abril de 2013

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex

USP-FEA Curso de Administração Disciplina: EAC0111 Noções de Contabilidade para Administradores. Quais são os objetivos do tópico...

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O BRADESCO FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO ADVANCED

Gestão do Valor no Capital de Giro. Brunna da Silva Ferreira

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O BRADESCO FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES DIVIDENDOS / Informações referentes a Julho de 2016

Gestão do Valor no Capital de Giro. Brunna da Silva Ferreira

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O BNP PARIBAS DIVIDENDOS FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDO DE INVESTIMENTO AÇÕES CNPJ/MF:

Restrições de Investimento:.

Administração AULA- 8. Macro Economia - Políticas. Prof. Isnard Martins. Bibliografia:

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O BNP PARIBAS MASTER CRÉDITO FI RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO LONGO PRAZO

Economia e Negócios Internacionais MACROECONOMIA

RELATÓRIO DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES RESULTADOS 2T ,00

Relatório da Administração

Departamento de Operações de Mercado Aberto

SALUS FUNDO DE INVESTIMENTO FII. CNPJ nº / (Administrado por INTRADER DTVM Asset servicing.)

Projeto Fiesp / Serasa

ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS

O Financiamento da Economia e as Empresas

Aula 06: Moedas e Bancos

Tributação de Ativos e Operações Financeiras IR e IOF

COMUNICADO AO MERCADO

Empresas abertas ganham fôlego para investir

Déficits na FUNCEF. Apresentação da APCEF São Paulo em unidades da Caixa Econômica Federal (maio de 2015)

AULA 2. Disciplina: Mercado de Capitais Assunto: Introdução ao SFN Facilitadora: Prof. Ms Keilla

Dicas de cálculo e declaração seu Imposto na Spinelli investhb

Perspec'vas da Economia Brasileira. Fernando Nogueira da Costa Professor do IE- UNICAMP h<p://fernandonogueiracosta.wordpress.com/

SEFAZ/PE. Pessoal, vou comentar as questões da prova.

LEIS DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. Metas e Projeções Fiscais para Governo Central ( art. 4º, 1º da Lei Complementar nº 101, de 2000)

Sumário do Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis

Consulta Pública de Lâmina de Fundo

HSBC LEASING ARRENDAMENTO MERCANTIL (BRASIL) S.A.

Indicadores Fiscais Atualizado em outubro de 2006, com dados até junho de 2006

PROFESSOR DOCENTE I - CONTABILIDADE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. Com base nas informações abaixo, responda às questões de nº 26 a 30.

Relatório Mensal Fevereiro. Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio de Janeiro - PREVI-RIO DIRETORIA DE INVESTIMENTOS

Rumo a um Novo Ciclo de Desenvolvimento

1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ BRASIL INSURANCE PART. E ADM. S.A / CEP 4 - MUNICÍPIO 5 - UF

Crédito habitacional acelera o investimento residencial no país

Fundamentos da Gestão do Capital de Giro. Camila & Carlos Augusto

Restrições de Investimento:.

PROVOU ENTREGA DO MATERIAL E GABARITO: Ao retirar-se da sala, você deverá entregar o cartão de respostas.

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SANTANDER FIC SELEÇÃO TOP AÇÕES / Informações referentes a Junho de 2016

GLOBEX UTILIDADES S.A. CNPJ n o / NIRE:

Análise Econômico-Financeira

RELATÓRIO TRIMESTRAL - 004/ /01/2014

relatório mensal Rio Bravo Crédito Imobiliário II Fundo de Investimento Imobiliário FII

Restrições de Investimento:.

SELIC é o Sistema Especial de

(iii) Ofereçam opção de resgate nos próximos 30 dias; que a não permissão de resgate acarreta riscos reputacionais à instituição;

COMO UTILIZAR CORRETAMENTE O CUSTO MÉDIO

Teleconferência de Resultados do 1T16

INDX apresenta estabilidade em abril

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SANTANDER FIC FI MASTER RENDA FIXA REFERENCIADO DI / Informações referentes a Abril de 2016

Lista de exercício nº 1 Juros simples e compostos*

FUNDAMENTOS DE MACROECONOMIA. Prof. Eliezer Lopes DÉFICIT PÚBLICO E DÍVIDA PÚBLICA

AS SOCIEDADES DE CRÉDITO AO MICROEMPREENDEDOR ORIGEM DESENVOLVIMENTO FUTURO

Tesouro Direto. Vitória, outubro de Renato Andrade

PLANO DE CONTAS AUDESP - VERSÃO PARA DEBATES

Economia Brasileira: performance e perspectivas

Aula 01 Balanço de Pagamentos

T souro Direto Belo Horizonte outubro Diogo g Coscrato

ALTERAÇÃO DA POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

Nota de Informação Estatística Lisboa, 22 de outubro de 2012

PLANO DE CONTAS DO ESTADO DE GOIÁS

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

Conselho Regional de Corretores de Imóveis - CRECI / DF SISCONTW - v1.06 Balancete Analítico de Verificação Período: 01/02/2011 a 28/02/2011

DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO DECRESCENTE SIGNIFICA POLÍTICA FISCAL SOB CONTROLE?

Econômico - Financeira

SUPERÁVIT PRIMÁRIO E GASTOS EM EDUCAÇÃO

RESOLUÇÃO Nº b) outros títulos nominativos, mantidos sob a forma escritural na instituição financeira emissora/aceitante;

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ

Transcrição:

Captação de Funding para Financiamento Interno em Longo Prazo Fernando Nogueira da Costa Professor do IE- UNICAMP h2p://fernandonogueiracosta.wordpress.com/

Estrutura da apresentação Hipóteses Teóricas Transição no Mercado Financeiro Potencial de Funding em Riqueza Pessoal e CorporaHva Conclusões 2

Hipóteses Teóricas

Financiamento não depende de poupança subs,tuto adequado no conceito de fonte de financiamento ou funding consolidação e alongamento da composição passiva das dívidas de curto prazo por meio de emissão de ;tulos de dívidas em longo prazo com condições sa,sfatórias de custo descartamos o conceito de poupança

circuito de financiamento Bancos Comerciais Pagamento das Dívidas Finance Empresas Não Financeiras Investimento Empresas Não Financeiras Funding Mercado de Capitais Fundos de Longo Prazo Investidores Institucionais (EPC, SS, FIF) Bancos de Investimento Lançamento Primário Aplicações Efeito Multiplicador Renda Famílias Gastos Crédito ao Consumidor e Financiamento Habitacional 5

O sistema bancário mulcplica a quancdade de moeda à medida que empresta. O suprimento de moeda cresce com o uso, ou seja, as fontes de financiamento expandem- se por meio do endividamento. A moeda é criada e destruída em função, respec,vamente, do endividamento e do pagamento de dívidas por decisões do demandante de emprés,mos, isto é, o devedor.

O mulhplicador de gastos autônomos é inversamente proporcional à fração de recrada (aplicações em outros acvos) por ciclo de gastos. Haverá, concomitantemente, aumento no total de aplicações em ahvos financeiros que servem de lastro como passivos bancários dos empréscmos efetuados pelos bancos para alavancar os gastos, seja em consumo, seja em inves,mento. Depois de todas as rodadas ou os ciclos de gastos, o aumento total na renda será a resultante de todos os gastos em consumo acumulados.

ArHculação dos conceitos dinâmicos de mulhplicador de gastos e de moeda => mul,plicação de renda e funding Bancos: novos emprés,mos = f(demanda por endividamento) => disponibilidade em passivos Setor bancário => produtos financeiros adequados para administrar os hiatos de duracons entre os prazos médios ponderados de vencimentos de seus a,vos e passivos.

circuito monetário- financeiro Tesouro Nacional Banco Central Empresas (PJ) Colocações e resgates de Títulos de Dívida Pública Tesouraria Over Adm. Rec.3º (FIF) Empréstimos & Depósitos Fundos Crédito Fundos Depósitos Consumo Renda Famílias (PF) Pagamento do crédito Empresas (PJ) Títulos de dívida direta ou ações 9

Transição no Mercado Financeiro

Dez anos depois, o estoque total de operações de crédito do SFN a,ngiu R$ 2,37 trilhões, correspondendo a 53,6% do PIB, ou seja, 32 pontos percentuais e R$ 2 trilhões a mais! Em dezembro de 2002, a relação Crédito / PIB era 21,8% do PIB com saldo de R$ 378,3 bilhões.

Dezembro de 2002, relação Dívida Mobiliária Federal / PIB: 60,6%. Financiamento Total / PIB: 82,4%. Relação Emprés,mos Bancários / PIB: 21,8%.

Abril de 2013, relação Dívida Mobiliária Federal / PIB: 41,2%. Financiamento Total / PIB: 95,3%. relação Emprés,mos Bancários / PIB: 54,1%.

Abril de 2013, relação M4 / PIB: 93%. Funding Total / PIB: 96%. Relação Déficit do Balanço das Transações Correntes/ PIB: 3,0%.

Fonte: IBMEC. Relatório Trimestral do Financiamento dos InvesCmentos. São Paulo, CEMEC - Centro de Estudos de Mercado de Capitais, dezembro de 2012.

Espaço aberto para o Tesouro Nacional captar para o BNDES Dívida líquida do setor público: diferença entre passivos e acvos acumulados pelas três esferas do governo e empresas estatais. Dívida bruta: só os passivos das três esferas. Eleva- se quando o Tesouro Nacional lança ;tulos de dívida pública e dá empréscmos perpétuos para capitalizar bancos públicos. Eles alavancam esses recursos e dão retornos via pagamento de juros e dividendos ao TN. São descontados da dívida bruta, para se calcular a dívida líquida.

As operações de crédito concedidas pelos bancos públicos seguiram mantendo desempenho mais acentuado, ao ampliar, em abril de 2013, sua representa,vidade para 49,2% do total de crédito do sistema financeiro, ante 44,4% em igual período do ano anterior. As parhcipações relahvas das inshtuições privadas nacionais e estrangeiras, por sua vez, recuaram, na ordem, 3,3 p.p. e 1,5 p.p., para 35,1% e 15,7%, nas mesmas bases compara,vas. Fonte: Banco Central do Brasil. Relatório de Estabilidade Financeira. Março de 2013. 17

Em termos de custo fiscal e orçamentos governamentais, IFPF podem fazer mais por menos. São 9 vezes mais, se comparar o valor em dinheiro necessário para executar diretamente políccas públicas com a mesma quancdade de recursos capitalizados nas IFPF para alavancar empréscmos (e tomar depósitos). Ins,tuições Financeiras Públicas Federais podem gerar políhcas públicas cujo gasto efecvo sai por cerca de 10% do custo fiscal potencial. 18

O Tesouro Nacional possibilita a realocação dos recursos em prazos adequados ao financiamento dos setores prioritários para o desenvolvimento brasileiro. O Estado brasileiro situa- se no centro das decisões cruciais de financiamento da economia. O Tesouro Nacional oferece aos inves,dores risco soberano, para captar em longo prazo, tanto no mercado financeiro domés,co, quanto no internacional. 19

Letras Financeiras = debêntures dos bancos Letras Financeiras (LF) + Letras Financeiras Subordinadas (LFS) = R$ 236 bilhões (dez/ 2012) Segregadas como Administração de Recursos de Terceiros 17% do patrimônio dos Fundos (R$ 280,5 bilhões em junho de 2012): aplicados no risco privado dos ;tulos emicdos por essas insctuições. Tendência de crescimento = f(eliminação desses instrumentos da base de recolhimento compulsório) => incencvo ao alongamento dos prazos de captação. Fundos de InvesHmento: 18% do saldo dos CDB, 78% das LF e 86% das LFS (dez/ 2012)

Debêntures emihdas por empresas não- financeiras: R$ 210,3 bilhões (dez/12) = 13,2% do saldo total de financiamentos domés,cos a essas empresas (10,5% em jun/09) 52,3% do estoque das debêntures emihdas pelo setor não financeiro: escriturado nas carteiras dos bancos (15,3% em junho de 2006)

A maior parccipação desses papéis no estoque das diversas fontes de crédito do setor e o seu gradual encarteiramento pelas insctuições financeiras são reflexos dos benegcios mútuos para credores e devedores. Para as empresas, a possibilidade de ofertas públicas com esforços restritos, bem como a isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para essas operações, favoreceu a redução nos custos de emissão dos papéis. Para os bancos, esses acvos têm maior liquidez em comparação a uma operação de crédito normal, dado que podem renegociá- los em mercado secundário, seja em caráter defini,vo ou por meio de operações compromissadas.

Potencial de Funding em Riqueza Pessoal e CorporaHva 23

Bilionários brasileiros: de 18 para 30, entre 2010 e 2011. Somadas, as fortunas dos brasileiros mais ricos chegaram a US$ 131,3 bilhões (ou R$ 216 bilhões) em 2011. Para comparar, o total dos ahvos dos fundos de pensão fechados no País alcançava, em dez/2012, R$ 668 bilhões. Elevou- se o número de bilionários brasileiros (de 36 para 46) e a soma das fortunas (de US$ 151 bilhões para US$ 189,3 bilhões) entre 2012 e 2013. 5 maiores fundos de pensão (PREVI, PETROS, FUNCEF, FUNCESP, VALIA): ~ 50% do inves,mento. Havia ~ 6 milhões de par,cipantes a,vos e dependentes. O capital de base trabalhista, quando agregado, supera o capital dos maiores capitalistas!

Riqueza Financeira Offshore Quase 1/3 do PIB Fonte: documento The Price of Offshore Revisited, escrito por James Henry, ex- economista- chefe da consultoria McKinsey, e encomendado pela Tax JusCce Network, 2012.

Ultra High Net Worth Individuals (UHNWIs): ou renda anual de mais de US$ 20 milhões. 2013 2012

Relatório sobre a Riqueza Mundial 2012 publicado pela Capgemini/RBC Wealth Management Crescimento ou diminuição do número de milionários Houve elevação no Brasil: de 155,4 mil em 2010 a 165,0 mil em 2011. Foi a maior taxa de crescimento anual (+6,2%), considerando os nove países pesquisados. Na verdade, em cinco deles Índia (- 18,0%), Austrália (- 6,9%), Reino Unido (- 2,9%), Estados Unidos (- 1,2%), e Canadá (- 0,9%) houve queda absoluta. Em outros três China (+5,2%), Alemanha (+3,0%), e Rússia (+2,0%), houve crescimento posicvo. Comparação entre o número de milionários 1. Estados Unidos: 3,067 milhões 2. Alemanha: 951,2 mil 3. China: 562,4 mil 4. Reino Unido: 441,3 mil 5. Canadá: 279,9 mil 6. Austrália: 179,5 mil 7. Brasil: 165 mil 8. Rússia: 136,4 mil 9. Índia: 125,5 mil

Os dados de patrimônio disponível para inveshmento incluem: o valor de posições em empresas de capital fechado apresentadas pelo valor contábil, ações cotadas em Bolsas de Valores, ;tulos de invescmentos, fundos mútuos e depósitos em dinheiro. Os dados de patrimônio disponível para inveshmento não incluem: arcgos de coleção, produtos de consumo, bens de consumo duráveis e imóveis usados como residência principal.

Relatórios Anuais Consolidados da DIRPF Valor dos bens e direitos em 2002 (R$ 1.499,38 bilhões) de 11,925 milhões de declarantes = média de R$ 125.728,85 Valor total dos bens e direitos em 2010 (R$ 4.464,00 bilhões), mulcplicado por três. média patrimonial em torno de R$ 190.000 23,963 milhões de contribuintes: o dobro de declarantes passou a receber renda não isenta.

AHvos de base imobiliária: 40% dos Bens e Direitos (DIRPF 2011) PNAD 2011 - domicílios próprios: 45,8 milhões (74,8%) AHvos financeiros: 52% de R$ 4,464 trilhões => PF: 77% do total de Haveres Financeiros Valor dos ahvos financeiros: saldo de fim do ano de 2010 X valor total dos imóveis: histórico. Valor de veículo automotor: histórico = 8% do total de bens

Obs.: O saldo desses a,vos passou de 25% do PIB para 32% do PIB entre 1999 e 2011.

Previdência Complementar Fechada

Previdência Complementar Aberta Σ AHvos dos fundos de pensão fechados e abertos: R$ 994 bilhões (dez/2012)

Os Fundos de Previdência Aberta terão que inves,r em wtulos de prazos mais longos. Hoje, esses fundos investem 60% do patrimônio que é aplicado em renda fixa em a,vos de curwssimo prazo. Meta Atuarial dos Fundos Fechados foi reduzida de 6% para 4,5% aa em 2018, sendo 0,25 pp em cada ano. A duração média das carteiras será de 3 anos. O tempo médio remanescente será de 5 anos. As mudanças terão de ser feitas até dezembro de 2015.

Conclusões 40

Suficientes saldos de riqueza financeira dos capitalistas e trabalhadores de alta renda para gerar funding. O problema- chave, de acordo com a abordagem da circulação, é gerar os incencvos para os fluxos de gastos em invescmento, empréscmos e renda. Disparado o mulhplicador, em qualquer momento futuro, arbitrariamente escolhido, pode- se contabilizar a diferença entre o valor agregado e o consumo, no período, encontrando- se a poupança ex- post.

O problema existente é o contrário do diagnosccado pela sabedoria convencional. É o excesso de poupança financeira, isto é, de estoques de riqueza imobilizados em capital- morto ou morto- vivo, como é o u,lizado em mera rolagem dos wtulos de dívida pública, que leva à estagnação econômica. O dinamismo ocorre quando esses acvos financeiros se transformam em passivos de empréscmos, a moeda circula, os gastos são efe,vados, a capacidade produhva eleva- se com a ampliação da infraestrutura e a melhoria da logíshca, gerando- se emprego e renda, e melhorando o Estado de Bem- estar Social.

Lado Produ,vo As decisões cruciais são as de invescmento. Decisões de inves,mento baixo grau de endividamento, permi,ndo aos tomadores de emprés,mos assumir risco crescente; expectahvas posihvas de vendas e lucros; grau de uhlização da capacidade produhva, inclusive de energia e transporte, acima da capacidade ociosa planejada; inovação tecnológica, p.ex., extração de petróleo em águas profundas, e/ou bônus demográfico favorável. Perspec,vas Todos esses fatores determinantes das decisões de inveshmento estão presentes na economia brasileira.

Grandes empresas não- financeiras emitem stulos de dívida direta (debêntures e notas promissórias) com longo prazo de vencimento, cujos lançamentos são operações estruturadas por bancos que oferecem garanca firme de colocação junto aos invescdores e/ou na própria carteira de acvos. Bancos emitem Letras Financeiras (Subordinadas ou não), com dois ou cinco anos para vencimento, que segregam em administração de recursos de terceiros, isto é, nos fundos de invescmentos. Os inveshdores desses fundos, devido à baixa taxa de juros de referência, em termos reais, estão agora dispostos a assumir maior risco, diversificando entre o risco privado e o risco soberano, com a finalidade de aumentar o retorno financeiro.

Tropicalização Antropofágica Miscigenada Aqui, até agora, se cons,tuiu Economia de Endividamento, mas não Economia de Mercado de Capitais. Ainda não houve no mundo nenhuma experiência de conversão da primeira nessa úlcma, wpica dos países anglo- saxões. O desafio é alterar o padrão de financiamento do invescmento na indústria e na infraestrutura, elevando a parhcipação do mercado de capitais. 45

fercos@eco.unicamp.br h2p://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ 46