Duque de Caxias, 09 de outubro de 2015. 049-2015-OF-ASMETRO-PR. Professor João Alziro Herz da Jornada Presidente do Inmetro



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Avenida Nossa Senhora das Graças nº 50, Prédio 32 Bloco II. CEP 25250-020 Vila Operária Duque de Caxias, Rio de Janeiro. CNPJ 29410339/0001-48 Duque de Caxias, 09 de outubro de 2015. 049-2015-OF-ASMETRO-PR. Professor João Alziro Herz da Jornada Presidente do Inmetro Cópias Professor Oscar Acselrad Diretor de Planejamento e Articulação Institucional Dr. Carlos Eduardo Vieira Camargo Chefe de Gabinete da Presidência do Inmetro Assunto: Adicional de insalubridade/periculosidade do Lamoc Senhor Presidente, O Sesao realizou medições para avaliação quantitativa de agentes químicos nos ambientes de trabalho do LAMOC Laboratório de Motores e Combustíveis, com objetivo de verificar a pertinência ou não, do recebimento do adicional de insalubridade/periculosidade, pela força de trabalho nesse laboratório. Vários servidores do Laboratório de Motores e Combustíveis Dimci/Dquim/Lamoc, vêm tendo os adicionais de periculosidade retirados ou não concedidos, devido ao conteúdo do Laudo Técnico de Avaliação Ambiental 07/2015, gerenciado pelos servidores especialistas em Segurança e Saúde Ocupacional do Sesao-Dplad/Dapso, denominados peritos. A Constituição Federal de 1988 foi um marco no que se refere à garantia de direitos sociais. A Carta Magna elencou uma série de direitos trabalhistas, estabelecidos nos incisos do artigo 7º. Dentre tais garantias estão o direito ao pagamento de adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas (inciso XXIII). Destaque-se o preceito constitucional elucidado: Artigo 7º: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social. XXIII adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei. A Lei 8.112, de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, na sua Subseção IV, que trata dos adicionais de

insalubridade, periculosidade ou atividades penosas, define claramente em seu artigo 68, que os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. Considera-se exposição habitual aquela em que o servidor submete-se a circunstâncias ou condições insalubres e perigosas como atribuição legal do seu cargo por tempo superior a metade da jornada de trabalho semanal. (Art. 9º, Inc. II da ON SEGEP/MPOG n 6/2013) Considera-se exposição permanente aquela que é constante, durante toda a jornada laboral e prescrita como principal atividade do servidor. (Art. 9º, Inc. III da ON SEGEP/MPOG n 6/2013) A caracterização e a justificativa para concessão de adicionais de insalubridade e periculosidade aos servidores da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, quando houver exposição permanente ou habitual a agentes físicos, químicos ou biológicos, dar-se-ão por meio de laudo técnico elaborado com base nos limites de tolerância mensurados nos termos das Normas Regulamentadoras nº15 e nº 16, aprovadas pela Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego nº 3.214, de 08 de junho de 1978, bem como o estabelecido no Anexo I da Orientação Normativa n 06, de 18 de março de 2013, publicada no DOU de 20/03/2013. (Art. 10º da ON SEGEP/MPOG n 6/2013). Conforme fls. 68 (doc. Anexo) considerando a inspeção realizada no Lamoc, foram identificados agentes de risco químico que são manuseados nas suas atividades ocupacionais, constantes no anexo nº 11 e no anexo nº 13 da NR 15, segundo avaliação da Perita Engenheira de Segurança do Trabalho, MARCIA NELMA LOPES DAMASCENO, responsável pelas medições. Ocorre que, se observarmos as considerações do Laudo, encontramos diversas inconsistências no que tange a avaliação quantitativa dos agentes químicos, visto que, como a própria perita afirma no parecer;... houve lapso temporal entre a recomendação da perícia técnica e a realização da avaliação quantitativa dos agentes químicos face à dificuldade encontrada pela instituição em licitar e contratar serviços técnicos de empresa especializada em avaliação de agentes químicos. A NR 15, ANEXO 11, nº 06 assim dispõe: 6. A avaliação das concentrações dos agentes químicos através de métodos de amostragem instantânea, de leitura direta ou não, deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para cada ponto - ao nível respiratório do trabalhador. Entre cada uma das amostragens deverá haver um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte) minutos. Desta feita, podemos concluir que houve prejuízo aos servidores devido as condições em que foi realizada a avaliação de agentes químicos, com isso, os laudos restaram prejudicados. 2

Contudo, os laudos emitidos pela Engenheira Química Christiane R. Lacerda CRQ 3α região nº 03423509, identificaram que a amostragem da exposição aos agentes de risco químicos, metanol e acetonitrila, excederam o limite de tolerância (LT) previsto no Anexo nº 11 da NR 15 Atividades e Operações Insalubres e, conforme previsão da norma; - Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deverá ultrapassar os valores obtidos na equação que segue, sob pena de ser considerada situação de risco grave e iminente. Para tanto, a tabela de limites e tolerância da NR 15, Anexo nº 11, classifica as substâncias em que esses servidores estão em contato permanente, em grau máximo devido. Em relação ao indeferimento do pedido de adicional de insalubridade, o laudo pericial não está de acordo com o que foi descrito no Parecer Técnico da perita MÁRCIA NELMA LOPES DAMASCENO, mesmo tendo sido diagnosticada inúmeras substâncias insalubres em grau máximo, médio e mínimo, inclusive produtos que causam irritação e infecção nos olhos. E ressaltamos que o laudo apresentado, mesmo realizado com total inobservância aos critérios informados pela NR 15 para sua avaliação, em TODAS as substâncias que os servidores estão submetidos, CARACTERIZOU O ADICIONAL DE INSALUBRIDADE NOS GRAUS MÁXIMO E MÉDIO PELA EXPOSIÇÃO AOS AGENTES DE RISCO QUÍMICO em que estes servidores trabalham e não recebem ou perderam. Portanto, segundo o conteúdo das Normas Regulamentadoras que tratam do assunto, o ambiente de trabalho hostil à saúde pela presença de agentes agressivos ao organismo do trabalhador, acima dos limites de tolerância permitidos, ensejam o pagamento do adicional Insalubridade/Periculosidade. Por todo o exposto, reafirmamos a necessidade de serem reanalisadas as atividades profissionais dos servidores que fazem jus ao adicional de insalubridade nível máximo e nunca tiveram como também dos servidores que tiveram adicional cortado de forma totalmente contrária às normas de segurança estabelecidas na NR 15 e 16. Os servidores do Lamoc manipulam substâncias que põe grande risco a saúde do ser humano, e, mesmo sem o fornecimento de EPI, o laudo já direcionou para exclusão e não concessão do adicional de insalubridade. Como decorrência do já exposto, há que se aplicar o Anexo 13 (Agentes Químicos) da NR 15 em consonância com a realidade do ambiente de trabalho, uma vez que não se dispõe nas normas legais de parâmetros conhecidos para mensuração dos agentes agressores, e não há que se falar em avaliação da exposição a cada agente de risco de forma individual tendo em vista que a exposição a esses agentes, em conjunto ou separados por si já causam risco a saúde. 3

Podemos afirmar que, mesmo se os riscos nocivos à saúde fossem mínimos, o que de fato não é, se durante a execução das atividades ou operações definidas na norma, a quantidade em presença desses agentes é significativa, se o tempo de exposição aos mesmos é relevante e se as medidas de proteção adequadas estão sendo utilizadas de forma a neutralizar os possíveis agravos, o que não vem sendo adotado pois os servidores realizam suas atividades sem os EPIs, até os dias de hoje. Não é por outra razão que, a NR-6 da Portaria 3124/78, condiciona o fornecimento do EPI a três circunstâncias: 1. Sempre que as medidas de proteção coletiva forem, tecnicamente, inviáveis, ou não assegurarem completa proteção à saúde do trabalhador. 2. No espaço de tempo em que as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas. 3. Para atender situações de emergência. Ressalte-se que compete a administração adotar medidas de controle do risco que o servidor se expõe no local de trabalho para evitar e preservar a integridade física do trabalhador, mesmo dentro dos limites de tolerância e, além disso, a implementação desses EPIs, em muitos casos, não eliminam os riscos completamente. O seu uso é uma medida de proteção quando não é possível eliminar o risco, e também quando for necessário, como complemento a proteção coletiva em trabalhos eventuais e em exposições de curto período. O uso do EPI deve ser limitado, procurando-se em primeiro eliminar, neutralizar ou diminuir o risco, com adoção de medidas de proteção geral. Quando o seu uso for inevitável, faz-se necessário tomar certas medidas quanto a sua seleção e indicação, pois o uso e o fornecimento são regulamentados pela Norma Regulamentadora n.º 6 NR-6. Alterada pela Portaria n.º 25 de 15.10.01. Defende-se a necessidade da utilização dos EPIs básicos para cada atividade frente ao risco de insalubridade que pode ocorrer no local de trabalho, porém cita-se o comentário de Araújo (2003, p. 454): A neutralização dos riscos, através do uso do EPI, é de difícil verificação. Os EPIs, ainda que aprovados pelo Ministério do Trabalho (CA) e implementados com orientação e instruções de uso, não asseguram de imediato, cabendo uma avaliação da sua eficácia. Um dos indicadores de eficiência pode ser verificado através dos resultados dos exames periódicos dos trabalhadores. A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor do equipamento e das condições em que o trabalho é executado. É preciso conhecer as características, qualidades 4

técnicas e, principalmente o grau de proteção que o equipamento deve proporcionar. Deve-se verificar também, se ele se adapta ao trabalhador e se este se adapta ao equipamento. É preciso não se afastar do objetivo primordial da análise técnica, ou seja, se o trabalhador está ou não sofrendo agravos a sua integridade. A NR 15 deve ser considerada em seu todo, coerente e harmoniosamente, sem o que seu objetivo estará sendo desvirtuado e o resultado apresentado não corresponderá à realidade técnica. Concomitantemente, em visita informal,às instalações do Lamoc, realizada pelo Perito xxx, a pedido do, o mesmo evidenciou uma quantidade significativa de combustível, superior a 100 litros, o que em sua avaliação, poderia caracterizar, não insalubridade, mas periculosidade. Tal fato não consta no Laudo Técnico constante no processo 52600.xxx. Em face do exposto, O solicita, em nome dos servidores, um novo Laudo técnico emitido por perito externo que deverá identificar o local de exercício ou o tipo de trabalho realizado, o agente nocivo à saúde ou o identificador do risco, o limite de tolerância conhecida, o tempo de exposição do servidor aos agentes agressivos, classificação dos graus de insalubridade e de periculosidade, com os respectivos percentuais aplicáveis ao local ou atividade examinados e as medidas corretivas necessárias para eliminar ou neutralizar o risco, ou proteger contra seus efeitos. (Art. 10º, 2º da ON SEGEP/MPOG n 6/2013), visto que não há como entender a manifestação da perita mesmo havendo caracterização legal do adicional de insalubridade pela exposição a vários agentes químicos de risco, manifestou-se no sentido de retirar os adicionais, o que causou diversos prejuízos aos servidores que ali trabalham. Para tanto gostaríamos de convidar um perito externo para averiguar as áreas e laboratórios e com isso suprimirmos estas lacunas. Reiteramos que a principal preocupação do sindicato é a eliminação do risco ou sua diminuição a níveis aceitáveis. Entretanto, caso não seja possível, o requer que sejam reconsiderados os adicionais para que não haja retirada dos proventos dos servidores até que haja conclusão de novo Laudo, devendo ser restabelecido o seu pagamento. Respeitosamente, Rodrigo Ozanan Presidente do Raimundo Alves de Rezende Diretor Jurídico do 5