: MIN. MARCO AURÉLIO GRANDE DO SUL RIO GRANDE DO SUL CONCURSOS NOTARIAL E REGISTRAL DECISÃO

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RECLAMAÇÃO 15.838 RIO GRANDE DO SUL RELATOR RECLTE.(S) : MIN. MARCO AURÉLIO :MIGUEL OLIVEIRA FIGUEIRÓ :CARLOTA BERTOLI NASCIMENTO :PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL :CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL :PRESIDENTE DA COMISSÃO PERMANENTE DE CONCURSOS NOTARIAL E REGISTRAL DECISÃO RECLAMAÇÃO INADEQUAÇÃO NEGATIVA DE SEGUIMENTO. 1. Miguel Oliveira Figueiró, registrador de imóveis, afirma terem o Presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, o Corregedor- Geral daquele Tribunal e o Presidente da Comissão Permanente de Concursos Notarial e Registral inobservado o que decidido pelo Supremo nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 3.522/RS e 3.830/RS. Narra haver sido aprovado em primeiro lugar no concurso público de remoção para serviços notariais e registrais daquele Estado, área registral, materializado no Edital nº 3/2003. Consoante esclarece, no dia 28 de janeiro de 2004, em audiência pública voltada à escolha das serventias, optou pela 1ª Zona de Registro de Imóveis de Porto Alegre. Relata haver sido declarada, na Ação Direta de Inconstitucionalidade

nº 3.522/RS, de minha relatoria, a nulidade, com efeitos retroativos, dos incisos I, II, III e X do artigo 16 da Lei estadual nº 11.183, que regula o concurso de ingresso e remoção para atividades notariais e de registro do Rio Grande do Sul. O acórdão, publicado no Diário da Justiça de 12 de maio de 2006, ficou assim ementado: PROCESSO OBJETIVO - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - ATUAÇÃO DO ADVOGADO- GERAL DA UNIÃO. Consoante dispõe a norma imperativa do 3º do artigo 103 da Constituição Federal, incumbe ao Advogado-Geral da União a defesa do ato ou texto impugnado na ação direta de inconstitucionalidade, não lhe cabendo emissão de simples parecer, a ponto de vir a concluir pela pecha de inconstitucionalidade. CONCURSO PÚBLICO - PONTUAÇÃO - EXERCÍCIO PROFISSIONAL NO SETOR ENVOLVIDO NO CERTAME - IMPROPRIEDADE. Surge a conflitar com a igualdade almejada pelo concurso público o empréstimo de pontos a desempenho profissional anterior em atividade relacionada com o concurso CONCURSO PÚBLICO - CRITÉRIOS DE DESEMPATE - ATUAÇÃO ANTERIOR NA ATIVIDADE - AUSÊNCIA DE RAZOABILIDADE. Mostra-se conflitante com o princípio da razoabilidade eleger como critério de desempate tempo anterior na titularidade do serviço para o qual se realiza o concurso Em embargos declaratórios, conferindo-se intepretação conforme à Constituição, admitiu-se a consideração do tempo de serviço, para efeito de remoção, tendo como marco inicial a assunção do cargo mediante concurso. Refere-se, ainda, à Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.830/RS, 2

a versar sobre o inteiro teor do artigo 16 da referida norma estadual, cujo pedido foi julgado improcedente, em 23 de novembro de 2011. Segundo assevera, veio a ser assentada, na apreciação dessas ações diretas, a impossibilidade de computar, com fins classificatórios, mesmo que para efeito de desempate, tempo de exercício anterior relacionado à atividade registral ou notarial, observado o que decidido nos embargos declaratórios. Frisa não ter sido afastada a constitucionalidade do inciso XI do artigo 16 da lei local, referente à pontuação resultante da aprovação em concurso público para carreiras jurídicas. Em razão do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.522/RS, esclarece ter o Tribunal estadual publicado nova classificação dos candidatos ao concurso de remoção, revelada no Edital nº 11/2006. Conforme assevera, passou a figurar em segundo lugar, com 50 pontos, atrás do candidato João Pedro Lamana Paiva, a quem foram atribuídos 58 pontos. Informa a ocorrência, em 29 de agosto de 2008, de mais uma mudança na classificação do concurso de remoção, em virtude de recursos administrativos, mediante o Edital nº 5/2008. Diz haver permanecido em segundo lugar, mas com 55 pontos. Consoante ressalta, em 7 de julho de 2011, após o exame atinente à Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.830/RS, realizou-se outra audiência pública destinada a formalizar opção pelas serventias. Foi atribuído ao candidato João Pedro Lamana Paiva o Cartório de Registro de Imóveis da 1ª Zona de Porto Alegre, cabendo a si o Registro de Imóveis de Gramado/RS. Argumenta não ter o candidato João Pedro Lamana Paiva comparecido à primeira sessão de escolha de serventias, o que acarretaria desistência do concurso. Resume o histórico profissional do citado 3

concorrente, destacando a aprovação em apenas um concurso para carreira jurídica e o não exercício da função de registrador durante o período de 12 de outubro de 1977 a 10 de junho de 1999. Segundo afirma, o Tribunal estadual conferiu ao concorrente pontuação inexistente [...], de modo a classificá-lo como primeiro colocado, sem observar as decisões proferidas pelo Supremo nas mencionadas ações diretas. Sustenta o cômputo indevido de pontuação referente ao período de afastamento do candidato João Pedro Paiva, além de, quanto ao reclamante, não haver considerado a aprovação em cinco concursos públicos da área jurídica. Articula, por fim, com a violação aos princípios constitucionais da isonomia, moralidade, razoabilidade, impessoalidade e do concurso Requer a desconstituição da reclassificação do candidato João Pedro Lamana Paiva ao primeiro lugar no concurso de remoção, vindo o reclamante a figurar nessa posição. Em consequência, pede a desconstituição da delegação atribuída ao candidato concorrente e a anulação da escolha de serventias realizada em 7 de julho de 2011, para que possa optar pelo Registro de Imóveis da 1ª Zona da Cidade de Porto Alegre. 2. No caso, verifica-se a identidade de partes, da causa de pedir e do pedido concernentes à Reclamação nº 13.647/RS. Nesse último processo, encontra-se pendente de julgamento agravo regimental interposto pelo ora reclamante. Configura-se litispendência quando há a propositura de ação igual a outra que está em curso. O instituto volta-se a racionalizar a atividade jurisdicional, impedindo a dupla atuação envolvendo a mesma questão. 4

3. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido. 4. Publiquem. Brasília, 13 de junho de 2013. Ministro MARCO AURÉLIO Relator 5