Introdução para a PBE. Objetivos. PBE: O quê significa isto? Prática Baseada em Evidências. I a parte: Introdução para a PBE



Documentos relacionados
PROGRAMA da Certificação Internacional em Integração Sensorial

METODOLOGIA DA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO- ORTOPÉDICA

NÍVEIS DE EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA PRÁTICA MÉDICA

Faculdade de Odontologia Mestrado em Odontologia - Ortodontia. Projeto de Pesquisa. Titulo. Pesquisador:

Medicina Baseada Em Evidência (MBE) Preenchendo a Lacuna Entre a Investigação Clínica e a Prática Médica

INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE

Medidas e Escalas: Escalas não Comparativas

Avaliação crítica de artigos sobre diagnóstico

5.1 Processo de Avaliação de Organizações Prestadoras de Serviços Hospitalares O processo de avaliação e visita deve ser orientado pela aplicação do

A certificação de Belts do Seis Sigma

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

EVIDÊNCIAS NA EDUCAÇÃO. Lino de Macedo Instituto de Psicologia, USP Academia Paulista de Psicologia São Paulo, 06 de Abril de 2011.

Metodologia de Investigação Educacional I

Gerenciamento de Integração. Prof. Anderson Valadares

NAPE. Núcleo de Apoio PsicoEducativo. Divisão de Assuntos Sociais

FUNÇÃO DESENVOLVER PESSOAS:

Processo da Entrevista e Coleta de Dados (Semiologia e Semiotécnica)

Estatística AMOSTRAGEM

AULA 07 Procedimentos de Pesquisa em Ciências Sociais

ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA

Servem para comprovar a veracidade das informações contidas na pesquisa. Artigos científicos Como redigir, publicar e avaliar Maurício Gomes Pereira

3 Metodologia. 3.1 Tipo de pesquisa

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA: CARÁTER EXPLORATÓRIO-DESCRITIVO E QUALITATIVO.

1. A IMPORTÂNCIA DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS.

Avaliação da aprendizagem

Para João Mohana a enfermagem utiliza a denominação de: 1) necessidade de nível psicobiológico; 2) psicossocial; 3) psicoespiritual

Medicina ambulatorial Processo de revisão e graduação das evidências Maicon Falavigna, Bruce B. Duncan, Maria Inês Schmidt GRADE. Nível de evidência

Tamanho da Amostra e Amostragem

A sociologia e o espaço urbano. Por: Eugénio Brás

Mestrados Profissionais em Ensino: Características e Necessidades

Público a que se destina: Gestores e profissionais da área da saúde e informação

Instruções para elaboração de Artigo Científico

Epidemiologia Analítica. AULA 1 1º semestre de 2016

Oficina: Jogar para gostar e aprender matemática. Profa. Dra. Adriana M. Corder Molinari dri.molinari@uol.com.br

Conceito de evidência e Busca bibliográfica. 1º semestre de

Contribuir para a evolução do conhecimento humano em todos os setores. Deve seguir normas metodológicas consagradas

ICEI Índice de Confiança do Empresário Industrial Julho/07 Interiorização da Sondagem

Sistemas de Informação para Bibliotecas

CRITÉRIOS GERAIS E NORMAS DE AVALIAÇÃO 2016/2017

Melhorias de Processos segundo o PDCA Parte IV

CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA Pós-graduação UNIANCHIETA. TRABALHO DE CURSO Modalidade: projeto corporativo

ORIENTAÇÃO: SUBSÍDIO BÁSICO PARA A MOBILIDADE DE PESSOAS CEGAS

MAPAS CONCEITUAIS COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

JOGOS EM PROCESSOS DE TREINAMENTOS

Classificação da Pesquisa:

ESTATÍSTICA E TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM

O SIGNIFICADO DA PESQUISA SEGUNDO PROFESSORES FORMADORES ENS,

MÉTODO CIENTÍFICO E MÉTODO DE PESQUISA

Inferência sobre duas proporções

Avaliação de impacto do Programa Escola Integrada de Belo Horizonte

Gestão de Tecnologias em Saúde na Saúde Suplementar. GRUPO TÉCNICO REVISÃO DO ROL Karla Santa Cruz Coelho Fevereiro/2009

COMO VALIDAR O HACCP Um Exemplo na Indústria de Carnes e Derivados

AULA 06 A Ciência e as Ciências Sociais

Equipamentos de Proteção Individual Quais as evidências para o uso? Maria Clara Padoveze Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo

ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO E SIGNIFICADOS

Autor: Profª Msª Carla Diéguez METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA

COORDENAÇÃO DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES OFICINAS 2015 MATRÍCULAS: DE 25 DE FEVEREIRO A 06 DE MARÇO

Informação/Exame de Equivalência à Frequência. Ano letivo de 2012/2013

ONE TOONE CURSOS PARTICULARES ADOBE ACROBAT DC

Estatística. Conjunto de métodos e processos quantitativos que serve para estudar e medir os fenômenos coletivos ou de massa.

MAE116 - Noções de Estatística

AULA 20 Pesquisa de survey como método das ciências sociais

Todo Campo de Estudo Tem a Sua Terminologia. 2. Pensando como um Economista. Todo Campo de Estudo Tem a Sua Terminologia

PLANO DE AÇÃO - EQUIPE PEDAGÓGICA

Desenvolvimento de Estratégias

AÇÃO EDUCATIVA COMO INSTRUMENTO DE TRABALHO DO ENFERMEIRO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

ABRAMAN NOV/2008. VIII Seminário Paranaense de Manutenção. da Avaliação de Desempenho à Gestão de Desempenho por Competências

UFRN/CCSA DCC CONSTRUINDO O SEU TCC PASSO A PASSO

SUMÁRIO. Sobre o curso Pág. 3. Etapas do Processo Seletivo Pág. 5. Cronograma de Aulas Pág. 10. Coordenação Programa e metodologia; Investimento

DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA DE VARIÁVEIS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS DISCRETAS (TABELAS E GRÁFICOS)

Manual do Processo de Planejamento da UFSC. Departamento de Planejamento SEPLAN/UFSC

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO DAS DST/AIDS Belo Horizonte - Minas Gerais Novembro de 2006

Boas situações de Aprendizagens. Atividades. Livro Didático. Currículo oficial de São Paulo

Qual é o estoque mínimo que irá garantir o nível de serviço ao cliente desejado pela empresa?

ANOVA. (Analysis of Variance) Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

GESTÃO DA MANUTENÇÃO

AULA 09 O que é pesquisa qualitativa?

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO

Redes de Computadores

ANÁLISE DE FALHAS DE COMPUTADORES

ESTRUTURA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS FERNANDO ROBERTO MARTINS DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA INSTITUTO DE BIOLOGIA UNICAMP MARÇO/2007

Escola Superior de Educação Instituto Politécnico de Bragança. Mestrado em: Animação Artística

Análise de Regressão Múltipla com informação qualitativa: variáveis binárias (dummy)

Capítulo 4 Inferência Estatística

Qual o meu real objetivo? O que me motiva a assistir aulas e estudar?

GRUPO AVALIAÇÃO PAE 2 Semestre/2015

Saúde Baseada em Evidências APS Baseada em Evidências Odontologia Baseada em Evidências Decisões Baseadas em Evidências

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DOS ALUNOS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERGÍLIO FERREIRA

O profissional da informação e o papel de educador em uma Escola Técnica de Porto Alegre-RS

Tutorial de Pesquisa Bibliográfica:

a) tamanho do tumor; b) presença e extensão do envolvimento ganglionar regional; c) tipo histológico do tumor; d) grau histológico;

A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o emprego de processos científicos.

alocação de custo têm que ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como o aluguel, a supervisão, as chefias, etc.

SOCIOLOGIA A SOCIOLOGIA EM AÇÃO

Inquérito ao Emprego 2013

TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA

PROCESSO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ESCOLAR EM EDUCAÇÃO QUÌMICA: Em busca de uma nova visão

Instituto Superior de Línguas e Administração. Licenciatura em Psicologia. Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção.

Transcrição:

Prática Baseada em Evidências Introdução para a PBE Paula Silva de Carvalho Chagas Doutoranda Ciências da Reabilitação UFMG Depto Fisioterapia FACMED / UFJF Rosana Sampaio e Marisa Mancini Depto Fisioterapia e Depto Terapia Ocupacional EEFFTO/ UFMG 1 I a parte: Introdução para a PBE Conceitos iniciais A necessidade de PBE O processo de PBE - visão geral Formulando adequadamente uma pergunta clínica Tipos e hierarquia da evidência Recursos da Internet 2 II a parte: Recursos para apreciação da evidência CAP e CAT: Critical Appraisal Paper e Cii Critical Appraisal Topic Roteiro para elaboração de CAPs de estudos quantitativos Exemplos de apreciação crítica Barreiras e limitações da PBE 3 Objetivos Entender o contexto do paradigma da PBE Ganhar habilidades básicas para conduzir a apreciação crítica de pesquisa quantitativa Aprender e aplicar o processo da PBE na rotina clínica 4 PBE: O quê significa isto? Prática Baseada em Evidências O que é? Quais são as competências necessárias para a PBE? Quanto dessas competências eu tenho e o que eu preciso desenvolver? 1) Relevante para a clínica individual 2) Termo guarda-chuva usado por várias disciplinas 5 6

Prática Baseada em Evidências envolve: O uso consciente, explícito e judicioso da melhor e mais atual evidência na tomada de decisão sobre os cuidados de um paciente individualmente. (Sackett, Richardson, Rosenberg & Haynes, 1996). Prática Baseada em Evidências (PBE) - O quê é? É um processo de decisão sistemática no qual os resultados de pesquisas são avaliados e usados pelo terapeuta para nortear sua prática clínica, de forma a garantir a qualidade de assistência ao indivíduo e otimizar resultados. Envolve a integração da melhor evidência científica com a experiência clínica do terapeuta considerando-se o contexto e preferências individuais da criança ou sua da sua família. 7 Sackett, 2000 8 Prática Baseada em Evidências (PBE) - O quê é? A PBE é a integração da experiência clínica com a melhor evidência de uma pesquisa sistemática e preferências /expectativas do paciente. Experiência Clinica Preferências do cliente Pesquisa PBE pode ser visto como uma maneira de integrar resultados de pesquisa na tomada de decisão clínica Usando pesquisa VS Fazendo pesquisa Sackett et al, 2000 9 10 Contexto da PBE Contexto da PBE Grande quantidade de literatura/qualidade variada Mudanças nos tratamentos Desatualizada Bias ou viés Qualidade científica variada Estilo de redação muito heterogêneo Grande número de fontes de informação Tempo limitado para ler Cursos de educação continuada ajudam mas não são fontes de informação suficientes 11 Expectativas dos clientes estão aumentando Clientes têm mais acesso a informação (www) Dificuldade de manter-se atualizado A PBE ajuda os clínicos a se manterem atualizados 12

Paradigmas da aprendizagem VELHO Conhecer o que você conhece Aprendizagem se completa com treinamento formal Quantidade finita de conhecimentos para aprender Conhecimento baseado em aprendizagem Conhecimento baseado em experiência NOVO Conhecer o que você não conhece Habilidade para questionar Aprender ao longo da vida Aprendizagem baseada em problemas Integrar conhecimento de pesquisa com experiência 13 Por quê a PBE é importante? Principal ferramenta para melhorar desfechos ou resultados dos pacientes Valorizada e esperada pelos nossos pacientes Aprimoramento das nossas habilidades clínicas Desenvolvimento da profissão Estimula pesquisas clínicas relevantes Credibilidade 14 PBE: O processo IDENTIFICAR A QUESTÃO(S) 1 Identificar a necessidade de informação RESOLVIDO 2 NÃO RESOLVIDO PROCURA POR EVIDÊNCIA Formular uma questão clínica relevante AVALIANDO OS DESFECHOS 7 3 AVALIAR A EVIDÊNCIA Encontrar a evidência Avaliar a evidência Integrar a evidência na tomada de decisão clínica Avaliar o processo 15 6 IMPLEMENTANDO INTERVENÇÃO PBE UM MODELO INTEGRADO 5 4 ENTENDENDO EXPECTATIVAS DO CLIENTE INTEGRAR PREFERÊNCIAS DO CLIENTE COM A EXPERIÊNCIA DO CLÍNICO & EVIDÊNCIA DE PESQUISA 16 PBE:Tomando decisão clínica Quais as fontes de informação que você pode confiar quando toma decisões clínicas? Cursos de pós-graduação Livros Revistas Educação continuada (conferências, congressos) Colegas Experiência própria Experiência dos pacientes 17 Que informações podem ser fornecidas por pesquisas? Algumas informações são tidas como conhecimento geral ou questões de fundo EX. O que é uma fratura de Colles? Outras informações necessitam ser encontradas após a interação com o paciente EX. Será necessário realizar alguma modificação no ambiente doméstico? Pesquisa pode prover informação específica sobre os cuidados e as experiências do cliente. 18

Passos para a PBE: 1. Questão Clínica 1. Questão clínica 2. Encontrando evidência para responder a pergunta 3. Apreciação crítica da evidência 4. Verificar a possibilidade de integrar a evidência na prática clínica 19 PBE é uma proposição baseada em problemas Aprender origina-se i da nossa necessidade d de informação na clínica Construir a questão clínica com base na informação que você necessita 20 Tipos de Questões Clínicas Diferentes tipos de informação são necessárias: Avaliação? Curso da doença/incapacidade? Escolha de tratamentos? Abordagem preventiva? Custo-eficácia? Experiências de paciente/preocupações? ETC Construir questões clínicas específicas baseadas na necessidade de diferentes tipos de informação 21 Questões básicas: 1) A respeito do conhecimento geral da condição de saúde Use 2 componentes: - A raiz da questão (quem, o que, onde, quando, como, por que) com um verbo - Uma condição de sáude ou um aspecto de uma condição de sáude EX: Qual são as causas da dor de cabeça de origem cervicogênica? Quando ocorrem complicações na paralisia facial? 22 Questões de aplicação clínica P Um paciente ou um problema sendo considerado (Patient) I Uma intervenção, prognóstico ou avaliação (Intervention) C Comparação de intervenção (se relevante) (Comparison) 0 Um desfecho ou desfechos de interesse (Outcome) 2. Encontrando evidência para responder a pergunta Qual o tipo de evidência de pesquisa? Exemplo: Reabilitação com foco no ambiente doméstico (I) melhora função (O) para pessoas com artrite reumatóide (P) comparado com cuidados convencionais (C)? Como eu encontro essa evidência? Tipo de questão: Tratamento 23 24

Procurando por Evidência: Tipos Focar para encontrar evidências de pesquisa Focar para encontrar artigos usando o melhor método para um determinado tipo de pergunta Hierarquia da evidência pode ser usada para a procura da literatura Qual o tipo de evidência? Nem toda evidência é elaborada da mesma forma Muitas fontes: colegas, livros, clientes, experiência i anterior, pesquisa Evidências de pesquisa são MELHOR desenvolvidas, MAIS confiáveis e ATUAIS Armazenar quando a melhor evidência for encontrada 25 26 Hierarquia da Evidência Diferentes tipos de questões clínicas requerem diferentes tipos de metodologia de pesquisa para respondê-las Algumas pesquisas fornecem melhores respostas para diferentes perguntas: Tratamento: Revisão Sistemática, Ensaio Clínico Randomizado, Experimental de Caso Único (em alguns casos) Hierarquia de evidência são diretrizes para identificar a melhor tipo de metodologia para diferentes perguntas Ajuda a focar a procura da literatura 27 Experiências de pacientes/crenças: Qualitativo Curso da doença/incapacidade: Coorte/ Estudos Longitudinais Custo-eficácia: Estudos Econômicos comparando desfechos e custos 28 Hierarquia da evidência: Evidência nível I Menos vulnerável a bias/viés Mais generalizável Desfechos mais prováveis de serem atribuídos a intervenção estudada Forte evidência de no mínimo uma Revisão Sistemática de múltiplos ensaios clínicos controlados e randomizados, bem desenhados 29 30

Evidência tipo I: REVISÃO SISTEMÁTICA Evidência nível II Disponibiliza um resumo das evidências relacionadas a uma estratégia de intervenção específica, mediante a aplicação de métodos explícitos e sistematizados de busca, apreciação crítica e síntese da informação selecionada. Úteis para integrar as informações de um conjunto de estudos realizados separadamente sobre determinada terapêutica/intervenção, que podem apresentar resultados conflitantes e/ou coincidentes, bem como identificar temas que necessitam de evidência, auxiliando na orientação para investigações futuras. Sampaio e Mancini, 2006 31 Forte evidência de um Ensaio Clínico Controlado, randomizado de tamanho apropriado. 32 Evidência nível III Evidência nível IV Forte evidência de ensaios bem desenhados sem randomização, quase experimentais, coortes, séries temporais e estudos caso controle Forte evidência de estudos não experimentais bem desenhados e multicêntricos 33 34 Evidência nível V ECR Coorte EC baixa qualidade Evidência Forte Evidência Fraca Meta Análise Revisão Sistemática Opinião de autoridades respeitadas, baseada em evidência clínica e estudos descritivos Caso-ControleC Transversais Séries de Caso / Relato de Caso Opinião de Expert/ Pesquisa Qualitativa Revisão Não Sistemática de Artigos Revisão de Editoriais 35 Hierarquia de Evidências de Publicações Primárias Hierarquia de Evidências de Publicações Secundárias 36

Oxford Centre for Evidence-based Medicine Levels of Evidence (May 2001) Level Therapy/Prevention, Aetiology/Harm Prognosis Diagnosis Differential diagnosis/symptom prevalence study Economic and decision analyses 1a SR (with homogeneity*) of RCTs SR (with homogeneity*) of inception cohort studies; SR (with homogeneity*) of Level 1 diagnostic studies; SR (with homogeneity*) of prospective cohort studies SR (with homogeneity*) of Level 1 economic studies CDR validated in different populations CDR with 1b studies from different clinical centres 1b Individual RCT (with narrow Confidence Interval ) Individual inception cohort study with > 80% followup; CDR validated in a single population standards; or CDR tested within one clinical centre alternatives; systematic review(s) of the evidence; Validating** cohort study with good reference Prospective cohort study with good follow-up**** Analysis based on clinically sensible costs or and including multi-way sensitivity analyses 1c All or none All or none case-series Absolute SpPins and SnNouts All or none case-series Absolute better-value or worse-value analyses Hierarquia da evidência para perguntas sobre Tratamento Contínuo de Segurança (Os efeitos são devido ao tratamento e não a outra coisa) 2a SR (with homogeneity*) of cohort studies SR (with homogeneity*) of either retrospective cohort SR (with homogeneity*) of Level >2 diagnostic SR (with homogeneity*) of 2b and better studies SR (with homogeneity*) of Level >2 economic studies or untreated control groups in RCTs studies studies 2b Individual cohort study (including low quality RCT; Retrospective cohort study or follow-up of untreated Exploratory** cohort study with good reference Retrospective cohort study, or poor follow-up Analysis based on clinically sensible costs or e.g., <80% follow-up) control patients in an RCT; Derivation of CDR or standards; CDR after derivation, or validated only alternatives; limited review(s) of the evidence, or validated on split-sample only on split-sample or databases single studies; and including multi-way sensitivity analyses 2c "Outcomes" Research; Ecological studies "Outcomes" Research Ecological studies Audit or outcomes research 3a SR (with homogeneity*) of case-control studies SR (with homogeneity*) of 3b and better studies SR (with homogeneity*) of 3b and better studies SR (with homogeneity*) of 3b and better studies 3b Individual Case-Control Study Non-consecutive study; or without consistently Non-consecutive cohort study, or very limited Analysis based on limited alternatives or costs, poor applied reference standards population quality estimates of data, but including sensitivity analyses incorporating clinically sensible variations. 4 Case-series (and poor quality cohort and casecontrol studies ) studies***) reference standard Case-series (and poor quality prognostic cohort Case-control study, poor or non-independent Case-series or superseded reference standards Analysis with no sensitivity analysis 5 Expert opinion without explicit critical appraisal, or Expert opinion without explicit critical appraisal, or Expert opinion without explicit critical appraisal, or Expert opinion without explicit critical appraisal, or Expert opinion without explicit critical appraisal, or based on physiology, bench research or "first based on physiology, bench research or "first based on physiology, bench research or "first based on physiology, bench research or "first based on economic theory or "first principles" principles" principles" principles" principles" Evidência Revisão sistemática de ensaio clínicos randomizados Ensaios clínicos randomizados Estudos experimentais não randomizados Estudos descritivos/transversais Série de casos Opinião de expert Certeza Bob Phillips, Chris Ball, Dave Sackett, Doug Badenoch, Sharon Straus, Brian Haynes, Martin Dawes, 37 November 1998. Incerteza 38 Hierarquia da Evidência: Prognóstico Hierarquia da Evidência: Experiência de Pacientes Revisão sistemática de estudos de coorte Estudos coortes/ estudos longitudinais Série de caso Opinião de expert Revisão sistemática de pesquisas qualitativa metodologia está sendo desenvolvida pelo grupo Cochrane) Qualitativo ou survey desenhado por mais que um centro ou grupo de pesquisa Opinião de expert, incluindo consumidores, comitês ou experiência 39 40 3. Apreciação crítica da evidência Apreciação Crítica da Evidência: Passos Apreciação crítica é um processo de rever um artigo para encontrar a informação mais importante. Decidir se a evidência é válida Decidir se a evidência é importante (Crombie, 1996). 41 42

A Evidência é válida? Usar Checklists - O método foi apropriado para a questão? A estratégia de amostra foi apropriada? Todos os sujeitos que entraram no estudo foram considerados na conclusão? Foram usadas medidas que reduzem bias e confusão? Os métodos de análise foram apropriados? 43 A Evidência é Importante? Necessário olhar os resultados do estudo Considerar a significância clínica dos resultados (difere significância estatística) ie. Qual o tamanho do efeito (d) mostrado? Resumo da estatística ex. Diferenças de médias, número necessário para tratamento (NNT). 44 Força da evidência Para estudos sobre tratamento a força da evidência é determinada por : Tamanho do efeito Categorias de Conclusão Evidência para (benéfica ou provavelmente benéfica) Evidência oposta (não efetiva e pode ser prejudicial) A confiança dos efeitos observados Intervalo de confiança (menor é melhor) Número de estudos confirmando os resultados Resultados de outros tipos de estudos (ex. qualitativo) considerados de maneira diferente 45 Evidência i inconclusiva i (ex. Resultados conflitivos, i a informação não é suficiente para uma decisão clara. Heterogênea para uma decisão clara, estudos pobremente desenhados) Nenhuma evidência de pesquisa avaliável usa de opinião de expert e experiência clínica 46 Formas de apreciar criticamente a literatura: CAPs - Critically Appraised Papers CATs - Critically Appraised Topics Resumo padronizado de uma evidência científica sobre determinada pergunta clínica. Proporciona uma análise critica sobre o estudo e a relevância clinica dos resultados. Fetters et al, 2004. 47 O que fazer se a evidência é inconclusiva ou não é possível avaliar? Foi encontrada toda a literatura disponível? Nenhuma mudança na prática baseada em pesquisa inconclusiva Considerar que outras informações podem ser aprendidas com o artigo Necessidade de novas pesquisas? Entretanto: - Considerar o n de 1 estudo - Procurar evidência para usar o tratamento com outros grupos de pacientes - Checar se há opinião de expert sobre a questão - Usar raciocínio clínico e experiência 48

4) Verificar a possibilidade de integrar a evidência na prática clínica Fortes Evidências (qualidade metodológica dos artigos) Valores e necessidades do paciente Experiência clínica 49 É um processo PBE em resumo É sobre USAR a pesquisa-não fazê-la É a tomada de uma decisão clínica informada Envolve a integração: - experiência clínica preferência do cliente alta qualidade da evidência disponível 50 COMEÇA E TERMINA COM O CLIENTE? Perguntas????????????????? 51 52