DETERMINAÇÃO DA PUREZA RADIOQUÍMICA E PH DE RADIOFÁRMACOS EM SERVIÇOS DE MEDICINA NUCLEAR DO NORDESTE



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Transcrição:

IX Latin American IRPA Regional Congress on Radiation Protection and Safety - IRPA 2013 Rio de Janeiro, RJ, Brazil, April 15-19, 2013 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA - SBPR DETERMINAÇÃO DA PUREZA RADIOQUÍMICA E PH DE RADIOFÁRMACOS EM SERVIÇOS DE MEDICINA NUCLEAR DO NORDESTE Wellington Andrade 1,2, Poliane Santos 1,2, Fernando de Andrade Lima 1,2 e Fabiana Farias de Lima 2 1 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Av. Professor Luiz Freire, nº 1000 - CDU 50740-540 Recife, PE wellington.gandrade@gmail.com, polianeangelo@gmail.com 2 Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE) Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) Av. Professor Luiz Freire, nº 200 - CDU 50740-540 Recife, PE falima@cnen.gov.br, fflima@cnen.gov.br ABSTRACT The radiopharmaceutical is a chemical compound associated with a radionuclide, which is selected so that meets the need of diagnosis and capable of producing quality images. Drugs labeled with 99mTc radionuclide kits consist of lyophilized, and be handled by the nuclear medicine services (NMS) must pass tests as the resolution of ANVISA (RDC 38) published in 2008. Among these tests are those of radiochemical purity and ph determination. This study evaluated the radiochemical purity of radiopharmaceuticals and ph SMN manipulated in the Northeast. The radiochemical purity (RCP) was determined by thin layer chromatography, which were used Whatman and silica gel, with dimensions of 1x10cm, as stationary phase, and solvents indicated in the inserts of manufacturers. The chromatographic strips were placed in sealed containers so as not to touch the walls thereof. After the chromatographic run, the tape was cut every centimeter and the activities determined in doses of each calibrator NMS. The ph of the radiopharmaceutical was assessed through the use of universal ph paper (Merck ) and obtained staining compared with its color scale. The results showed that 82.6% and 100% of the radiopharmaceuticals of the samples were within the limits recommended by international pharmacopoeias for radiochemical purity and ph, respectively. There is then the need to include in routine tests indicated SMN by ANVISA. Well, they can detect possible problems in the marking of radiopharmaceuticals administered to the patient and avoid inappropriate material. 1. INTRODUÇÃO O radiofármaco é um composto químico associado a um radionuclídeo, sendo este selecionado de modo que atenda a necessidade do diagnóstico e que permita obter imagens com qualidade. Os radiofármacos para marcação são disponibilizados na forma de kits que contém o fármaco liofilizado acondicionado sob vácuo num frasco ampola. Para marcação adequada do composto, os kits incorporam um agente redutor junto ao fármaco, e também podem adicionar um agente conservante (SAHA, 2010; MARQUES, 2001)[1,2]. [UdW1] Comentário: É numero ou nome com ano?

Cada radiofármaco exige um tipo de controle, segundo sua natureza. Os testes de controle de qualidade são classificados em duas categorias: testes físico-químicos e biológicos. Os primeiros incluem ensaios de pureza química, pureza radioquímica, osmolaridade, ph, condutividade e estado físico, principalmente em se tratando de um coloide. Os segundos abrangem ensaios de esterilidade, apirogenicidade e toxicidade [1, 32]. A presença da impureza radioquímica pode ser percebida pela alteração da biodistribuição do radiofármaco, por isso é muito importante identificar a preparação incorreta antes da administração ao paciente para evitar a repetição do exame e, consequentemente, uma exposição desnecessária [23, 4]. Devido aos possíveis problemas que podem ocorrer durante a preparação dos radiofármacos marcados com 99m Tc, é importante que o próprio usuário seja capaz de certificar a qualidade do eluato e do produto marcado, ainda que caiba à indústria produtora a garantia da qualidade dos geradores de 99 Mo/ 99m Tc e dos kits de marcação [32]. Em decorrência desse fato, a ANVISA em sua norma a RDC 38 de 04/06/2008 declara a obrigatoriedade da realização de um mínimo de testes na rotina dos serviços de medicina nuclear antes da administração humana [5].

2. MATERIAIS E MÉTODOS Este trabalho avaliou a pureza radioquímica e o ph dos principais radiofármacos utilizados em serviços de medicina nuclear em Estados da Região Nordeste. O estudo foi realizado durante um período de 2 semanas em serviços localizados em Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Os radiofármacos marcados com 99m Tc estudados foram: ácido dimercaptosuccínico (DMSA), ácido dietilenotriamino pentacético (DTPA), metilenodifosfonado (MDP) e 2- metoxi-2-isobutil isonitrila (MIBI). Vale ressaltar que esses foram escolhidos devido a maior utilização na rotina dos SMN da Região Nordeste. 2.1. Avaliação da Pureza Radioquímica A pureza radioquímica foi determinada por cromatografia de camada delgada, como indicada por fabricantes, farmacopeias e literatura [3, 5, 6, 7, 8]. Na fase estacionária, foi empregada uma placa cromatográfica de sílica gel (60F) sobre folha de alumínio (thin-layer chromatography silica gel TLC-SG (Al)) (Merck ), de dimensões 1x10cm, e/ou, papel cromatográfico 3MM (Whatman ), de dimensões 1x10cm. Como fase móvel, foram empregados solventes como descritos pelos fabricantes (Tabela 1). Vale ressaltar que um dos fabricantes do MIBI não disponibilizava em bula as especificações das fases estacionária e móvel a serem utilizadas na realização dos controles de qualidade. Sendo assim, a metodologia empregada foi a mesma para os dois fabricantes que comercializam o referido produto para os SMN da Região Nordeste. Tabela 1. Informações sobre a cromatografia em camada delgada para controle de qualidade de radiofármacos fornecida em bula pelos fabricantes. Radiofármacos Fase estacionária Fase móvel % PRQ DMSA- 99m Tc DTPA- 99m Tc MDP- 99m Tc MIBI- 99m Tc a Correspondente a fita 1 b Correspondente a fita 2 Whatman 3MM Acetona a TLC-SG NaCl 0.9% b 90% Whatman 3MM Acetona a Whatman 3MM NaCl 0.9% b 90% Whatman 3MM Acetona a Whatman 3MM NaCl 0.9% b 90% Whatman 3MM Metanol PA a TLC-SG NaCl 0.9% b 90%

Foram utilizadas 6 (seis) tiras cromatográficas para cada radiofármaco. Cada tira foi marcada previamente com as dimensões a serem empregadas durante o teste. Determinado o ponto inicial nas tiras (ponto de aplique), adicionou-se uma gota a cada fita. Em seguida, as fitas cromatográficas foram posicionadas em recipientes fechados de forma que não tocassem nas paredes dos mesmos. Após a corrida cromatográfica, as fitas foram cortadas a cada centímetro e a atividade foi determinada pelo activímetro de cada serviço. O resultado foi expresso através da equação (Eq. 1) [8]. %PRQ = 100 (% 99m TcO 4 - + % 99 TcO 2 ) (2) 2.2. Avaliação do Potencial Hidrogeniônico ph Para a determinação do ph foi utilizado o papel universal de ph (Merck ), como mostrado na figura 1. O radiofármaco foi gotejado por sobre a fita de ph e a leitura foi realizada após 1 minuto, tempo mínimo recomendado pelo fabricante da fita. A coloração obtida foi comparada à escala fornecida pelo fabricante do papel universal de ph. Para o DMSA, os valores de ph devem estar compreendidos entre 2,0 a 4,0; para o DTPA, de 3,5 a 4,5; para o MDP, de 5,5 a 7,0; e para o MIBI, de 5,0 a 6,0. Figura 1. Fita de ph Universal (Merck ), com a escala de cores para comparação 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1. Avaliação da Pureza Radioquímica Os resultados da avaliação da pureza radioquímica encontram-se dispostos na Figura 2.

Figura 2: Valores da pureza radioquímica de radiofármacos. Observa-se que os radiofármacos DPTA e MDP possuem valores médios superiores ao limite preconizado pelos fabricantes, já o DMSA e o MIBI apresentou apresentaram uma médiamediana um pouco inferior ao limite indicado em bula. e oalém disso, o radiofármaco MIBI apresentou uma maior dispersão dos valores provavelmente devido à ausência de informações a respeito dos parâmetros para da realização do controle de qualidade na bula de determinado fabricante. Sendo assim, a metodologia foi empregada a todos os fabricantes que comercializam o produto para os SMN da Região Nordeste. [UdW2] Comentário: Média???Ou mediana??? Pelos resultados, percebe-se a possibilidade de, após a marcação, se obter radiofármacos com um percentual de pureza radioquímica abaixo do valor mínimo desejado. Há, portanto, a necessidade de implementação de um programa de controle de qualidade na rotina dos serviços de medicina nuclear, evitando-se, assim, a dispensação e administração de radiofármacos mal marcados e, consequentemente, uma readministração ou remarcação de exames elevando os custos [9]. 3.2. Avaliação do Potencial Hidrogeniônico ph Os resultados das avaliações de ph das amostras de radiofármacos marcados com eluato de gerador de 99 Mo/ 99m Tc estão dispostos na figura 3. Observa-se que 22% do DMSA, 36% do DTPA apresentaram valores acima do limite fornecido pelo fabricante. Os radiofármacos MDP obtiveram seus valores dentro dos limites descritos pelo fabricante e farmacopeias e

cerca de 95% dos radiofármacos MIBI apresentaram seus valores como descritos por fabricantes [6, 7, 8]. Figura 3: Valores do ph dos radiofármacos DMSA, DTPA, MDP e MIBI. 4. CONCLUSÕES Os resultados demonstram que o uso da determinação rotineira da pureza radioquímica e do ph é importante para a avaliação de amostras de radiofármacos com especificações da garantia de qualidade fora dos valores de referência sugeridos por normas internacionais e fabricantes. Isso reforça a necessidade de se implantar programas de controle de qualidade de radiofármacos nos serviços de medicina nuclear. Há também a necessidade dos fabricantes disponibilizarem as especificações para a realização dos controles de qualidade, bem como os valores de aceitação, possibilitando aos serviços a realização dos referidos controles de qualidade.

Sendo assim, o estudo irá prosseguir avaliando os radiofármacos já marcados quanto à pureza radioquímica e ph, fornecendo subsídios e treinamentos para que sejam implantados os procedimentos de avaliação da pureza radioquímica de radiofármacos na rotina dos serviços de medicina nuclear em outrosnos Estados da Região Nordeste. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP), a MCT (INCT em Metrologia das Radiações na Medicina) pelo apoio financeiro e aos serviços de medicina nuclearinstituições participantes por permitiremcolaborar com o desenvolvimento desde trabalho. REFERÊNCIAS 1. B. Author(s), Title, Journal Name in Italic, Volume in Bold, pp.34-89 (19xx). 2. C. D. Author(s), Article Title, Proceeding of Meeting in Italic, Location, Dates of Meeting, Vol. n, pp.134-156 (19xx). 3. E. F. Author, Book Title in Italic, Publisher, City & Country (19xx). 4. Spallation Neutron Source: The next-generation neutron-scattering facility for the United States, http://www.sns.gov/documentation/sns_brochure.pdf (2002). 1. Saha, G., Fundamental of Nuclear Pharmacy, 4ª Ed., Springer, New York (19982010). 2. Marques, F.L.N., Okamoto, M.R.Y.; Buchpiguel, C.A.; Alguns aspectos sobre geradores e radiofármacos de tecnécio-99m e seus controles de qualidade, Revista Radiologia Brasileira, vol. 34, pp.233-239 (2001). 2.3. Oliveira, R., Santos, D., Ferreira, D., Coelho, P., Veiga F., Preparações Radiofarmacêuticas e suas aplicações. Revista Brasileira Ciências Farmacêuticas, pp.151 165 (2006) 3. Marques, F.L.N., Okamoto, M.R.Y.; Buchpiguel, C.A.; Alguns aspectos sobre geradores e radiofármacos de tecnécio-99m e seus controles de qualidade, Revista Radiologia Brasileira, vol. 34, pp.233-239 (2001). 4. EANM - EUROPEAN ASSOCIATION OF NUCLEAR MEDICINE. Draft guidelines for radiopharmacy. Eur J Nuc Med and Mol Imaging, vol.30, n.8, pp.bp63-bp72 (2003). 5. ANVISA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Dispõe sobre a instalação e o funcionamento de Serviços de Medicina Nuclear "in vivo". Resolução nº 38, (2008). 6. Council of Europe, European Pharmacopeia, 6th edition, Strasbourg, France, 2007 7. The United States Pharmacopeial Convention, United States Pharmacopeia. USP 33-NF- 28, Rockville, MD, (2010) 8. ICRP INTERNATIONAL COMMISSION ON RADIOLOGICAL PROTETION. Radiaton dose to patients from radiopharmaceuticals. Publication 53. São Paulo. Pergamon, (1988) p 11 13. 9. Faria, D.P., Marques, F.L.N., Yamada, A.S., Miquelin, C.A., Avaliação dos custos para realização de controles de qualidade de radiofármacos marcados com [ 99m Tc]tecnécio em serviços de medicina nuclear no Brasil, Rev. Radiol. Bras. (2011), p 47-51 Formatado: Sem marcadores ou numeração [UdW3] Comentário: Isso é para deletar? [W4R3] Comentário: [W5R3] Comentário: