ANEXO X Experiências Mundiais de Recuperação de Orla



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Transcrição:

ANEXO X Experiências Mundiais de Recuperação de Orla

Em consequência da transformação das áreas portuárias e do surgimento de espaços ociosos nestas áreas, cerca de 40 cidades encontraram como desafio a revitalização desses espaços, transformando-os em novas frentes marítimas, através de complexos e pioneiros programas de waterfront, criando, urbanisticamente, novos padrões para as suas áreas centrais. Exemplos de renovação de bairros a beira d água podem ser encontrados pelo mundo em cidades como Boston, Nova York, Baltimore, Gênova, Roterdã, Cidade do Cabo, Buenos Aires, Barcelona, Lisboa e, no Brasil, em Belém do Pará. i. Boston (EUA) Um dos primeiros casos de revitalização da área portuária foi o de Boston, a partir do final dos anos 50. Seu sucesso tornou-se um paradigma para outras revitalizações mundo afora. Foram recuperados prédios históricos e feita uma total recuperação da frente marítima, que reintegrou cidade e mar. Surgiram ainda espaços de entretenimento com lojas, cinemas, restaurantes, marina, centro de convenções, integrados a prédios comerciais e residenciais. Figura AX.1 A nova frente marítima Fonte: Centro de Arquitetura e Urbanismo/SMU/PCRJ - Porto do Rio, 2001 Página AX-1

ii. Nova York (EUA) A cidade de Nova York, também pioneira na revitalização portuária, nos anos 60 recuperou prédios históricos para novos usos, com a construção de shoppings e edifícios de escritórios. O Píer 17, totalmente remodelado, abriga lojas, restaurantes e uma marina para barcos de turismo. Figura AX.2 - O Píer 17 revitalizado Fonte: Centro de Arquitetura e Urbanismo/SMU/PCRJ - Porto do Rio, 2001 iii. Baltimore (EUA) Baltimore, na costa leste dos Estados Unidos, no início dos anos 60 teve toda a sua indústria portuária abandonada, tornando-se, desde os anos de 1970, o paradigma da renovação de waterfronts. A área portuária central decadente, conhecida por Inner Harbour, foi renovada e transformada em um complexo urbano com mistura de usos comerciais, turísticos recreacionais e residenciais. Lá foram construídas marinas, shopping, restaurantes, aquário, hotéis, museu, centro de convenções, bem como edifícios residenciais. A cada ano se observa o crescimento do mercado residencial no entorno do Inner Harbour, identificado como um bom lugar para se morar. Página AX-2

Figura AX.3 O porto revitalizado Figura AX.4 Operação Inner Harbor de Baltimore Houve uma estrutura continuada de gestão e avaliação ao longo de quase 50 anos, e tornou-se um caso paradigmático pelo êxito dos novos usos, pela especial atenção para as obras arquitetônicas, atrativas e simbólicas, atraindo anualmente mais de 7,5 milhões de visitantes. Hoje oferece mais de 35 atrações turísticas diferentes (marinas, museus, aquário, cinemas, centros comerciais e outras atividades), tendo gerado 30 mil novos empregos nos 25 últimos anos. Em 2002 foi aprovado um novo Plano Diretor que colocou a ênfase na renovação dos itinerários de pedestres, com reforma das ruas, no sistema de transporte coletivo, e na construção de estacionamentos, com desenvolvimento de novos empreendimentos imobiliários. Página AX-3

O exemplo de Baltimore tem sido seguido, entre outras cidades, por Londres (operação de recuperação dos Docklands), Liverpool, Seattle, Sidney (no entorno do seu palácio da opera), New York, Cidade do Cabo (Albert e Vitória wharfs), Yokohama, Hong Kong, Malmöe, Amsterdã, Roterdã, Genova, Hamburgo, Barcelona, Albourgh, Buenos Aires, Toronto, e tantas outras grandes cidades. iv. Roterdã (Holanda) Roterdã também sofreu com a degradação da sua zona portuária já que a cidade ao longo dos anos viveu em função do porto. Nas décadas de 70/80 A partir de 1987, projetou um novo centro para a cidade, às margens do Rio Maas. A antiga área portuária de Kop van Zuid, decadente e obsoleta, transformou-se em uma área requalificada com vários usos escritórios, residencial, serviços e lazer. Para garantir a acessibilidade foram ainda construídas nova estação de metrô e VLT, integrados ao sistema pré-existente. Figura AX.5 O porto revitalizado - Roterdã Fonte: Porto Maravilha: Rio de Janeiro + 6 casos de sucesso de revitalização portuária Casa da Palavra, 2010 Como a operação urbana foi realizada sobre os cais de um porto interior de canais, foi necessária a construção de varias pontes e novos acessos, porém as soluções viárias evitaram viadutos e passagens elevadas que tirassem valor do espaço urbano conquistado. Página AX-4

Figura AX.6 Maquete da planta da operação Koop van Zuid, Roterdã e cais de Uitgeverij O novo porto de Roterdã, deslocado da sua antiga posição urbana, destaca por ser o maior do norte da Europa, é o sétimo no tráfego de contêineres e a saída natural do coração da Europa ao Atlântico, tendo superado a atividade do porto de Hamburgo. Isso não teria sido possível mantendo-o na sua posição precedente. As operações de recuperação de cais obsoletos em Amsterdã e Hamburgo tiveram também uma grande repercussão no mundo pelos seus efeitos na revitalização dos vizinhos bairros antigos de ambas as cidades. A destacar o fato de que as políticas de acessibilidade em transporte público, em bicicleta ou a pé, tem sido reforçadas em detrimento da passagem de carros, que tem ficado fortemente restrita. v. Cidade do Cabo (África do Sul) Na Cidade do Cabo, existe o projeto da Victoria & Alfred Waterfront Company, criada em 1988 para comandar o processo de revitalização da antiga área portuária. Teve como premissa a conversão da área em uso misto residencial, comercial e turístico além da manutenção da operação portuária, com resgate das edificações históricas antes existentes ou reconstruídas no local e a nova utilização dos piers. Foram valorizadas as áreas turísticas e de lazer com a construção de shoppings, hotéis, restaurantes, aquário. O sistema de transportes conta com estação ferroviária e um sistema intermodal com ônibus e barcos. Página AX-5

Figura AX.7 O porto revitalizado Cidade do Cabo Fonte: Porto Maravilha: Rio de Janeiro + 6 casos de sucesso de revitalização portuária Casa da Palavra, 2010 vi. Buenos Aires (Argentina) Foi feito um modelo de gestão que permitiu, a partir de 1990, a integração entre os poderes municipal, estadual, federal e a iniciativa privada para a revitalização da área de Puerto Madero, que promoveu a integração da cidade com o rio. Cada margem do dique existente obteve um tratamento diferenciado: de um lado os antigos armazéns (galpões industriais) foram readequados e tornaram-se espaços para trabalho, serviços e restaurantes; do outro os galpões alfandegários fora de uso foram demolidos, dando lugar a modernos edifícios residenciais/comerciais, um parque público e áreas verdes. Figura AX.8 O porto revitalizado Buenos Aires Fonte: Porto Maravilha: Rio de Janeiro + 6 casos de sucesso de revitalização portuária Casa da Palavra, 2010 Página AX-6

vii. Gênova (Itália) Gênova, a partir de 1980, produziu um belo exemplo de modernização com preservação histórica. Toda a região do antigo porto, repleta de construções medievais, transforma-se num centro de moradia e lazer, convivendo harmoniosamente com instalações contemporâneas. Figura AX.9 A nova frente marítima Gênova Fonte: Centro de Arquitetura e Urbanismo/SMU/PCRJ - Porto do Rio, 2001 viii. Barcelona (Espanha) Barcelona se torna um modelo desta tendência a partir dos anos 90. A requalificação da zona portuária, localizado muito próximo do centro histórico da cidade teve como fator motivador a realização dos Jogos Olímpicos de 1992. O projeto do Port Vell teve como intenção abrir Barcelona para o mar. No antigo Porto de Barcelona, nos Cais de Fusta e Espanya, foram construídos marcos arquitetônicos que convivem harmoniosamente com as construções históricas abrigando uma marina, aquário, centro de convenções, shopping, restaurantes integrados a edifícios comerciais e a um bairro residencial. Página AX-7

Figura AX.10 Port Vell de Barcelona Fonte: Porto do Rio A Nova Interface Porto-Cidade no Rio de Janeiro Verena Andreatta, Julho 2003 É oportuno lembrar a polêmica que se produz nos anos 80 em Barcelona com motivo das obras preparatórias dos Jogos Olímpicos de 1992, quando se enfrentaram a necessidade de construir um anel viário especializado de grande capacidade (ronda) ao redor de toda a cidade com a de construir a Vila Olímpica na borda do mar e recuperar o espaço do porto velho para atividades de lazer. A solução final recaiu na construção de uma autoestrada (Ronda litoral) enterrada, lindeira ao porto e ao mar, quer dizer em túnel, apesar do seu custo econômico. Hoje passam por esse túnel mais de 90.000 veículos ao dia, sem atrapalhar a acessibilidade às praias, aos Port Vell, Port Olímpic e ao Maremagnum, tendo recebido mais de 12 milhões de visitantes estrangeiros na média anual da década anterior. Página AX-8

Figura AX.11 - Construção da Ronda Litoral de Barcelona em túnel por detrás do Port Vell Um ensaio geral dessa obra de túnel foi realizado já em 1982 quando se decidiu recuperar a fachada urbana da Cidade ocupada até então por galpões e depósitos de madeira. A obra de túnel junto ao cais de Bosh i Alsina, conhecido popularmente como moll de la fusta (cais da madeira). Esta atuação foi destacada na literatura urbanística como uma muita boa solução de passagem de vias expressas sem afetar a acessibilidade transversal. Figura AX.12 - Túnel construído na frente portuária urbana de Barcelona Página AX-9

A Barcelona das Olimpíadas de 1992 se transformou no ícone do urbanismo contemporâneo. A Cidade se abre para o mar, diante da Vila Olímpica com um novo e elegante passeio marítimo e a criação de praias artificiais. ix. Lisboa (Portugal) Em Lisboa a revitalização da área portuária teve início nos anos 90 com a recuperação das margens do Rio Tejo transformando-se em área publica de lazer. As outras intervenções vieram com a EXPO 98, com a construção do Parque da EXPO 98 que contempla museu, estação intermodal de transportes, oceanário, pavilhão de exposições, centro de convenções. Todos os prédios são representativo marcos da arquitetura contemporânea. Figura AX.13 - O Oceanário de Lisboa Fonte: Centro de Arquitetura e Urbanismo/SMU/PCRJ - Porto do Rio, 2001 x. Belém No Brasil, Belém foi primeira cidade brasileira a iniciar um processo de revitalização da sua região portuária, em 2000, quando foram recuperadas construções centenárias e construído um complexo de entretenimento. A Estação das Docas, com galerias de arte, restaurantes, centro de convenções, destaca as singularidades das construções do porto. Foi também recuperado o antigo Mercado Ver-o-Peso, com restaurantes, mercado popular, integrando o conjunto. Página AX-10

Figura AX.14 - A revitalização do Mercado Ver-o-Peso Fonte: Centro de Arquitetura e Urbanismo/SMU/PCRJ - Porto do Rio, 2001 Em síntese, a experiência mundial recomenda, e a prática garante, que projetos de revitalização urbana como os do Porto Maravilha aperfeiçoam a infraestrutura existente, renovam o uso do solo e melhoram a Cidade de forma gradativa, inclusive por efeito demonstração. Página AX-11