8 DICAS PARA REDUZIR O RISCO DE CRÉDITO PESSOA FÍSICA M2M Escola de Negócios
SELECIONAR CLIENTES QUE EFETIVAMENTE APRESENTEM CAPACIDADE DE PAGAMENTO PONTUAL DE SUAS DÍVIDAS É FUNDAMENTAL PARA A REDUÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO. SE VOCÊ PRETENDE AJUDAR SEUS CLIENTES NA OBTENÇÃO DO CRÉDITO SAUDÁVEL, É INDISPENSÁVEL DISPOR DOS CONHECIMENTOS ADEQUADOS, ESTAR TECNICAMENTE PREPARADO E DESENVOLVER O BOM SENSO PARA PROCEDER ANÁLISES EFICAZES E TOMAR BOAS DECISÕES.
HÁ BONS MOTIVOS PARA REDUZIR O RISCO DE CRÉDITO: REDUZIR A INSOLVÊNCIA PARA AS INSTITUIÇÕES A concorrência cada vez mais agressiva torna difícil para as empresas manterem seus clientes por conta de preços, juros e taxas menores, além de condições de pagamento mais longas. uma política de crédito que oriente funcionários adequadamente pode reduzir de maneira dramática a exposição ao risco. PRESERVAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE ECONÔMICA A concessão de crédito, quando não leva em consideração fatores importantes como a sensibilidade a eventos sistêmicos adversos, contribui para o aumento das taxas de inflação, juros, câmbio, tributos, etc. pode resultar ainda em redução significativa do nível de atividade econômica. A redução do nível de atividade econômica, por sua vez, pode gerar perda de renda das pessoas físicas e das pessoas jurídicas. Por isso, seja criterioso ao realizar uma análise de crédito e siga nossas dicas.
1 ANALISE O CADASTRO Verifique todos os dados de identificação do cliente. Estas informações são básicas para determinar o valor do crédito, taxa de juros, taxa de amortização, reforço ou vinculação de garantias. Atenção para: Escolaridade Estado Civil Idade Idoneidade Moradia (se é própria ou alugada, tempo de residência) Número de dependentes Renda Situação legal dos documentos de identificação (CPF no site da Receita Federal, por exemplo) Verifique a idoneidade Faça uma análise financeira Atividade exercida Tempo no atual emprego
2 LEVE EM CONTA A IDONEIDADE Essa é uma das informações mais importantes a averiguar, se não a principal. Por esse motivo, deve ser levantada já no início. Se o cliente não apresentar dados que o desabonem, dá-se sequência à coleta das demais informações para compor a análise de risco total. Faça um levantamento dos relatórios gerenciais e analise os arquivos de dados de empresas especializadas no gerenciamento do risco de crédito, tais como Serasa e Equifax. O governo também disponibiliza o chamado Cadastro Positivo que registra dados sobre os pagamentos em dia de pessoas físicas e jurídicas.
3 FAÇA UMA ANÁLISE FINANCEIRA Para tomar a decisão mais adequada em relação ao montante do crédito a conceder, é preciso fazer uma identificação cuidadosa da renda do cliente e avaliar qual é o seu nível de compatibilidade com o crédito proposto. O ideal seria que o cliente fornecesse as informações mais fiéis possíveis sobre a composição dos seus ativos (o seu patrimônio), passivos (seus compromissos), receitas e despesas. O orçamento financeiro é um dos instrumentos que ajudam a levantar estas informações. Ele fornece um valioso monitoramento informações como receitas e despesas pessoais e resultado líquido. Para pessoas jurídicas, muitas informações podem ser extraídas do Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados do Exercício e Demonstração dos Fluxos de Caixa e, claro, da declaração de imposto de renda, o que também vale para pessoas físicas. De posse dessas informações, o credor pode definir um percentual máximo de comprometimento de renda aceitável e, a partir dele, optar ou não pela concessão do crédito.
4 CONSIDERE O RELACIONAMENTO Como o cliente se relaciona com o credor? Qual o histórico do cliente no mercado de crédito? Responder estas questões ajuda a reduzir consideravelmente o risco de cada cliente. A partir delas é possível desenvolver um sistema de classificação de riscos para determinar a qualidade dos devedores. Isso propicia adotar preços mais adequados e a cobrar juros compatíveis com o efetivo risco de cada cliente. Cruze algumas informações como: Valores de compras recentes versus renda comprovada de cada cliente (para verificar a capacidade de pagamento das prestações) Levantamento do número de consultas do CPF versus informações financeiras de idoneidade (pode evidenciar uma deterioração na capacidade de pagamento do cliente) Informações de relacionamento bancário (ajudam a determinar a condutas de pagamento)
5 EXAMINE O PATRIMÔNIO Informações sobre o patrimônio dos clientes, tais como sua composição, seu valor de mercado, liquidez e vinculação a contratos, ajudam a determinar o risco de crédito de maneira mais precisa. Analise a declaração de imposto de renda de pessoa física para estimar a riqueza patrimonial do cliente e identificar o aumento ou a deterioração de sua riqueza patrimonial. Esse documento decomposto em bens móveis, bens imóveis, bens societários e bens financeiros.
6 AVALIE A SENSIBILIDADE Face ao cenário macroeconômico, avalie se existe algum fator adverso que possa prejudicar a capacidade de pagamento dos clientes. Existem diversas situações que podem ocasionar um aumento de inadimplência em carteiras de crédito, como por exemplo: Aumentos sucessivos da taxa de juros Podem desencadear redução de nível de atividade econômica e até recessão, fazendo com que as empresas gerem fluxos de caixa líquidos menores. Crises Financeiras Quando ocorrem em países que mantêm relacionamento comercial significativo com o Brasil, podem acarretar redução de negócios entre empresas e consequente aumento do desemprego. Guerra de incentivos fiscais entre governos As empresas decidem transferir suas instalações visando redução de custos, benefícios fiscais e aumento de receita. O resultado pode ser fechamento de empresas em determinadas regiões. Modernização e Tecnologia Quando novos processos, máquinas e equipamentos substituem a mão de obra massificada nas empresas, o desemprego pode ser uma das consequências.
7 ESTUDE O NEGÓCIO Qual é o risco do negócio? Em alguns casos, as pessoas físicas podem ter sua renda extraída de alguma atividade liberal, autônoma ou mesmo empresarial. Colete informações quanto ao risco do negócio, carteira de clientes e fornecedores, concorrência, situação contábil, entre outras. Quando essa pessoa física trabalha como funcionário registrado, busque informações sobre o seu empregador: O cliente é um funcionário estável de empresa pública? Isso é excelente. Se não é, trabalha em uma grande empresa ou em entidades com maior risco? Quanto tempo ele tem na empresa e qual a sua função? (funções operacionais são mais facilmente substituíveis, portanto, o risco de demissão naturalmente é maior)
8 ESTABELEÇA PARÂMETROS Considere a principal atividade do cliente em um período efetivo de trabalho (um intervalo de um ano ou seis meses, por exemplo) e identifique a renda líquida média que ele é capaz de extrair. Conforme sua estratégia de gestão (foco em manutenção ou o aumento do número de clientes), um percentual de arbitragem pode ser aplicado ao valor desta renda líquida média para estabelecer o limite de crédito e o valor do financiamento. Este valor de arbitragem pode chegar até a 100% da renda líquida média considerada do cliente. O passo seguinte é identificar qual é a capacidade de pagamento do cliente e determinar o valor da amortização ou prestação. Se considerarmos, por exemplo, que ele tem 70% de sua renda comprometida com despesas cotidianas como alimentação, moradia, saúde, educação e transporte, arbitrar um índice de 30% de comprometimento de renda seria recomendável.
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