Área de Distribuição e Comercialização Identificação do Trabalho: BR-34 Maceió, Brasil, Agosto de 2005

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Transcrição:

COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA REGIONAL COMITÊ NACIONAL BRASILEIRO V CIERTEC - SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO DE PERDAS, EFICIENTIZAÇÃO ENERGÉTICA E PROTEÇÃO DA RECEITA NO SETOR ELÉTRICO Área de Distribuição e Comercialização Identificação do Trabalho: BR-34 Maceió, Brasil, Agosto de 2005 MODELO DE GESTÃO EFICIENTE DE PERTAS COMERCIAIS BASEADO NO RISCO DA RECEITA Tema 1.2: Perdas Não Técnicas Autor: SERGIO HENRIQUE MOURTHÉ DUARTE Empresa ou Entidade: CEMIG PALAVRAS-CHAVE: perdas comerciais, sistema de gestão DADOS DO AUTOR RESPONSÁVEL Nome: Sergio H. Mourthé Duarte Cargo: Gerente Endereço: Rua Itambé, 114 2º Andar Telefone: 31 3219-2266 Fax: 31 3219-2255 E-Mail: smourthe@cemig.com.br RESUMO DO TRABALHO: Este trabalho é uma alternativa aos modelos de gestão para proteção de receitas que estão sendo utilizado atualmente pelas concessionárias de energia elétrica. Os modelos em uso baseiam-se em sistemas informatizados que monitoram o histórico dos consumos dos clientes e outras ocorrências de faturamento e através de algoritmos seleciona as unidades consumidoras com possibilidade de haver irregularidades que provoquem perda de receita. Nos últimos anos o comportamento de consumo dos clientes alterou por diversos fatores fazendo com que estes sistemas informatizados não sejam suficientes para manter o nível de perdas comerciais sob controle. Este cenário se agrava com a percepção pelo cliente que os ganhos com a fraude de energia elétrica passou a compensar o risco de ser autuado, face ao aumento do custo da energia. O sistema que desenvolvemos na Superintendência de Distribuição Centro da Cemig leva em consideração não só o Sistema de Gestão de Ordem de Inspeção WGOI mas também um novo conceito de proteção da receita através da analise do risco de termos perda, avaliado por um calculo estatístico. O novo sistema foi desenvolvido para neutralizar os efeitos da mudança do comportamento de consumo dos clientes e reverter à tendência de crescimento das perdas comerciais que a partir de 2001 crescem exponencialmente a uma taxa de 10,4% ao ano. Através do conceito de círculos concêntricos e crescentes de blindagem de receita combinado com os círculos concêntricos e fechado de clientes, resolvemos o problema de lidar com grandes volumes de clientes. O novo sistema esta sendo testado nos 25500 que respondem por 48% do receita da Superintendência de Distribuição Centro da Cemig. Através de uma amostra estatística com 4% de erro e 95% de confiabilidade determinamos o risco de perda de receita, o valor financeiro de perda a ser evitado e o quanto a ser gasto no plano de blindagem da receita destes clientes.

1. Introdução O objetivo de trabalho é apresentar um novo modelo de gestão para a proteção a receita para as concessionárias de energia elétrica frente ao novo cenário advindo após o racionamento de 2001/2002 e com os fortes aumentos das tarifas de energia elétrica a partir do ano 2000. A partir da perda do referencial de consumo dos clientes e da tendência do aumento das perdas de comerciais com o aumento das tarifas os sistemas tradicionais de controle e combate às perdas comerciais perderam a sua eficiência, este novo modelo vem buscar reverter estas tendências restabelecendo o controle sobre as perdas de uma forma mais firme e mas adequada aos tempos atuais. Aplicado inicialmente num universo pequeno de clientes, 25500 unidades consumidoras, mas representativo do ponto de vista de proteção à receita pois representam 47,4% da receita da Superintendência de Distribuição Centro da Cemig e 19% da receita da Cemig Distribuidora. Esperamos garantir uma blindagem desta receita limitando a perda comercial nestes clientes a valores residuais através da aplicação de dois planos de blindagem: Um emergencial com custo na ordem de 0,12% da receita protegida e um longo prazo com investimentos de limitados a 50% da receita agregada líquida com a eliminação das perdas comerciais e um custo anual de manutenção 0,06% da receita protegida. 2. O Cenário das Perdas Comerciais, Suas Causas e Conseqüências A Superintendência de Distribuição Centro da Cemig possui 1,7 milhões de clientes distribuído em diversas classes de consumo e tipo de ligação conforme a Tabela 1. Tabela 1 Número de Clientes por Tipo de Ligação: Classificação Nº UC s % Faturamento Monofásico 1.159.621 28,37 Bifásico 348.051 18,02 Bifásico TC 770 0,15 Trifásico 121.076 14,73 Trifásico TC 10.341 8,97 Méd. Tensão 2.736 29,76 Total 1.641.698 100 No gerenciamento das perdas comerciais destes clientes através do Sistema de Gerenciamento de Ordens de Inspeções WGOI são geradas cerca de 500.000 motivos de inspeção por ano, considerando que a Cemig tem na média uma taxa de assertividade 30% significa que são cerca de 150.000 irregularidades de consumo por ano o que da uma taxa de 88 irregularidades para cada 1000 UC s. Deste universo de motivos realizamos verificação no campo em cerca de 160.000 motivos (previsão para 2005) e identificaremos cerca de 48.000 irregularidade ou seja estamos atuando em apenas 32% das irregularidades existentes. Para 2005 estamos aumentando em 45% o número de inspeções que serão realizadas conforme a Tabela 2. Tabela 2 Evolução do Nº de Inspeções Realizada: Colegiado Inspeções Inspeções Var. 2004 2005 % DC 109.863 160.000 45 Cemig 374.500 565.000 51 Estamos, também, alocamos mais 78 novos colaboradores ao Processo de Proteção a Receita da Superintendência de Distribuição Centro da Cemig, um aumento de 88,6%.

Para atingirmos os 100% identificação das irregularidades existentes teríamos de alocar mais 300 pessoas ao processo de proteção a receita somente na Superintendência de Distribuição Centro da Cemig. 2.1 As Causas Deste Cenário As causas deste estão ligadas às mudanças no comportamento de consumo dos clientes nos últimos anos afetado por diversos fatores fazendo com que só o Sistema Gestão de Ordem de Inspeções WGOI seja suficiente para manter o nível de perdas comerciais sob controle, dentro destes fatores podemos citar: O racionamento de energia elétrica de 2001/2002 que fez com o histórico de consumo dos clientes variasse bruscamente em 20% no mínimo; A adoção de novas tecnologias por parte da industria na busca da eficiência energética, que ser seja por decorrência do racionamento de 2001/2002 quer seja necessidade de buscar custos baixos para competir no mercado; A adoção de novos equipamentos eletrodomésticos mais eficientes; A mudança de hábitos de consumo dos clientes forcados pelos fortes aumentos nas tarifas de energia elétrica a partir do ano 2000. Este cenário se agrava com a disparada do custo da energia elétrica dando aos clientes a percepção que os ganhos com a fraude de energia elétrica passou a compensar o risco de ser autuado. 2.2 As Conseqüências deste Cenário As conseqüências deste cenário é o aumento das perdas comerciais da Cemig. As perdas comerciais da Cemig estavam em queda desde 1997 e caíam a uma taxa de 21,5% ao ano até 2000. A partir de 2001 esta tendência se inverte, desconsiderando o ano de 2001 pelas distorções introduzidas pelo racionamento, o crescimento das perdas comerciais da Cemig no período 2001 a 2004 se dá a uma taxa de 10,4% ao ano atingindo em 2004 1,68% e com uma curva de crescimento exponencial o que indica, se nada for mudado, uma perda projetada para 2010 na faixa de 3,5%, conforme Gráfico 1 do Anexo 1. 3. O Novo Modelo de Gestão das Perdas Baseado no Risco da Receita Para restabelecermos o controle sobre a gestão das perdas comerciais passamos a analisá-la através de ferramentas de marketing, introduzindo o conceito de círculos concêntricos e crescentes de blindagem de receita combinado com os círculos concêntricos e fechado de clientes e o atrelamos o Sistema de Gestão de Ordem de Inspeções WGOI. O conceito dos círculos concêntricos nos permitirá lidar com a questão do grande volume de cliente da Superintendência de Distribuição Centro da Cemig e o Sistema WGOI com o grande volume de motivos de inspeção. Aplicando o conceito dos círculos concêntricos ao universo dos 1,7 milhões de UC s da Superintendência de Distribuição Centro da Cemig obtivemos um universo de blindagem de receita UBR de 25500 UC s, cerca de 1,5% dos clientes, que representam 47,4% da receita, a estratificação do UBR por tipo de ligação esta na Tabela 3. Tabela 3 Nº de UC s por Tipo de Ligação do UBR: Classificação Nº UC s % Faturamento Monofásico 50 0,55 Bifásico 804 0,86 Trifásico 11600 7,26 Trifásico TC 10.341 8,97 Méd. Tensão 2.736 29,76 Total 25.531 47,4

Para analisarmos o risco de perda de receita para o UBR e determinarmos o plano de blindagem ideal, utilizando métodos estatísticos para determinarmos uma amostra que nos dará qual a perda comercial para UBR com uma margem de erro de 4% e 95% de confiabilidade. A aplicação dos métodos estatísticos determinou um universo amostral de 612 UC s que foram escolhidas de forma aleatória dentro do UBR e resultou numa amostra de 2,4% do número das UC s, 1,83% da energia elétrica faturada e 2,23% da receita de UBR, o que demonstra que a amostra ficou muito consistente, conforme a Tabela 4. Tabela 4 Nº de UC s por Tipo de Ligação da Amostra do UBR: Classificação Nº UC s Monofásico 1 Bifásico 20 Trifásico 277 Trifásico TC 249 Méd. Tensão 65 Total 612 Realizada as inspeções nas 612 UC s com apoio do Sistema WGOI e constatamos: Irregularidades provocadas no sistema de medição que levam a perda de receita em 8,8% das UC s; Irregularidade de responsabilidade da Cemig em 1,2% das UC s; 82% das UC s não apresentavam nenhum tipo de irregularidade. Recuperamos 1.891 MWh, 34,3% da energia faturada da amostra que representa 50,1% da receita da amostra; O incremento mensal de energia faturada é 108,9 MWh, 1,97% da energia fatura da amostra que representa 2,89% da receita da amostra. Os números mostram que as perdas comerciais para UBR esta 17,3% acima do registrado na Cemig em 2004 e 6,5% acima do resultado projetado segundo a curva de tendência para a Cemig em 2005. Mostrando que as ações de blindagem de receita para o UBR são mais rentáveis que as ações que estamos tomando para o universo global de UC s. Os critérios de sustentabilidade definidos pelo Planejamento Estratégico da Cemig para o Processo de Proteção a Receita, tendo por base parâmetros internacionais, determinam que o Processo pode apropriar-se de 50% da Receita Agregada Líquida RAL, por um período de 36 meses após a eliminação da irregularidade. A fonte de recursos que foi utilizada para financiar o Plano de Blindagem da Receita PBR foi à definida pelo critério de sustentabilidade considerando o Valor Presente Líquido da RAL descontado a 14% ao ano, custo de capital da Cemig. Extrapolando este valor para o UBR temos o valor disponível o dimensionamento do PBR, este valor corresponde a 4% a receita anual do UBR. 3.1 O Plano de Blindagem da Receita Para operacionalizarmos o Plano de Blindagem da Receita PBR definimos dois planos de ações: Plano de Blindagem da Receita Emergencial, este plano consiste da inspeção dos 25531 UC s do UBR seguindo os critérios abaixo: a. Unidades consumidoras já inspecionadas nos últimos seis meses; b. Unidades consumidoras com OI s emitidas; c. Unidades ligadas nos últimos 03 anos; d. Unidades com consumo maior que 8.000 kwh; e. Todas unidades Poder Público f. Todas as unidades de MT. g. Os demais consumidores do UBR. Este plano já esta sendo executado com previsão de término em fevereiro de 2006 a um custo de 0,12% da receita

anual protegida. Com este plano vamos restabelecer o controle sobre o sistema de medição das UC s do UBR permitindo voltar a gerenciar este clientes via o Sistema WGOI. Plano de Blindagem da Receita de Longo Prazo, este plano prever uma série de ações que tem com linha de centro aumentar a vida útil da blindagem de receita garantindo que estas UC s vão estar com um grau elevado de proteção por longos períodos, dentre estas ações citamos as mais relevantes: a. Instalação de medição eletrônica em todas as UC s do UBR, já estamos iniciando o processo de compra dos equipamentos para instalação a partir de 2006; b. Instalação de teleleitura para todas as UC s de média tensão; temos 700 em fase de implantação e devemos concluir para todas as UC s em 2006; c. Expandir a teleleitura para todos as UC s do UBR, iniciar em 2006; d. A partir da instalação de teleleitura criar o Centro de Controle de Medição, que monitorar o consumo das UC s on line acionando o Relacionamento Comercial e as Equipes de Inspeção quando houver variações de significativas de consumo. Este plano será executado em 24 meses e tem orçamento máximo estimado em 4% da receita anual protegida e será financiado pelos 50% da RAL gerada pelo Plano de Blindagem da Receita Emergencial. O Plano de Blindagem da Receita vai exigir ainda um custo anual de manutenção estimado em 0,6% da receita anual protegida a ser gasto com inspeções preventivas e corretivas das UC s do UBR. 4. Conclusões Com o Plano de Blindagem da Receita, que a tradução operacional do sistema que foi idealizado para restabelecer o controle as perdas comerciais da Superintendência de Distribuição Centro da Cemig, garantindo que 47,4% receita anual esta blindada contra as perdas, revertendo para UBR à tendência de aumento das perdas comerciais. A Superintendência de Distribuição Centro já está trabalhando, aproveitando a base filosófica deste trabalho, no Plano de Proteção a Receita que vai focar o restante dos 1,7 milhões de UC s. Os conceitos descritos aqui para o Processo de Perdas Comerciais estão permeando todos os outros processos de Proteção a Receita: Estabelecemos um processo diferenciado de leituras para as UC s do UBR de forma a garantirmos que o faturamento destas UC s será sempre correto e pela leitura real de consumo; Estamos estabelecendo um sistema diferenciado de gestão dos débitos para estes clientes, com um grupo de telecobrança e uma Equipe de Negociação de débitos própria para os clientes do UBR; Estamos reforçando as Equipes de Relacionamento Comercial que atende aos clientes ligados as estes UC s.

5. Anexos Anexo 1: Gráfico da Evolução das Perdas Comerciais da Cemig Evolução das Perdas Comerciais 3,5 3 3,03 2,75 % das Perdas 2,5 2 1,5 1 1,22 1,04 1,25 1,3 1,48 1,68 1,85 2,05 2,26 2,49 0,5 0,66 0,59 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 anos evolução das perdas Expon. (evolução das perdas)