ÍNDICE - Hoje em Dia (MG)...2 Minas...2 Tradicional queijo de Minas contaminado...2 Hoje em Dia (MG)...3 Coluna...3 Paulo César...3 Alerta...3 A Gazeta de Cuiabá (MT)...4 Cidades...4 Anvisa discrimina homossexuais...4 A Gazeta de Cuiabá (MT)...5 Cidades...5 Grupo de risco perde o sentido nos dias atuais...5 Meio Norte (PI)...6 Meio Norte (PI)...6 Geral...6 Cresce fiscalização da Anvisa às farmácias...6 1
Hoje em Dia (MG) Minas Tradicional queijo de Minas contaminado O aspecto rendado associado ao cheiro inconfundível, que exala da prateleira, sempre aguça o paladar do consumidor, que não resiste ao apelo e leva para casa o famoso queijo mineiro. Típico da culinária do Estado, o produto artesanal ou industrializado que chega nas prateleiras dos mercados, supermercados, armazéns, feiras e sacolões, e também seduz os turistas, não é confiável, alerta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Produzido em condições sanitárias que deixam a desejar, 40% do queijo mineiro, de acordo com análise feita em 167 amostras, apresentaram índices acima do permitido de contaminação por coliformes fecais. A contaminação se deve à manipulação inadequada do queijo, utensílios e equipamentos mal higienizados, além de deficiência no tratamento térmico ou matériaprima contaminada. O resultado da inspeção, cujas amostras foram coletadas de janeiro de 2003 a junho 2004, em vários tipos de estabelecimentos na capital, não surpreendeu os especialistas. "A situação já foi pior. O leite usado na fabricação do queijo não é pasteurizado. Ainda falta muito para o pequeno produtor se adequar às normas sanitárias", disse a gerente do Centro de Referência de Segurança Alimentar e Nutricional de BH, Regina de Oliveira. A divulgação do resultado da pesquisa é um alerta para os consumidores orientarem suas compras. De acordo análises do Laboratório de Bromatologia da Fundação Ezequiel Dias (Funed), o maior percentual de reprovação foi do queijo minas frescal (52%), seguido pela mussarela e queijo minas padrão (50%), e, por último, a ricota (45%). Foram identificados os seguintes microorganismos nas amostras: Estafilococos coagulase positiva (13%) e Listeria monocytogenes (2%). Os Estafilococos coagulase positiva, quando ingeridos, causam intoxicação alimentar, provocando dores de cabeça, náuseas, vômito e diarréia. Além de uma fiscalização mais rigorosa, a mudança no padrão de qualidade, principalmente da produção mais artesanal, está relacionada à mudança do padrão de consumo do público. Para reduzir os riscos de contaminação, o consumidor deve adotar algumas normas de segurança na hora de adquirir produtos de origem animal, como queijo. Além de avaliar a aparência, ele deve levar em consideração se o produto está sob refrigeração adequada. Se estiver embalado, deve conferir o rótulo, checando o número de registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura, local de produção, data de fabricação e validade. De outra forma, o comerciante divide com o fornecedor a responsabilidade sobre a procedência e qualidade da mercadoria. 2
Hoje em Dia (MG) Coluna Paulo César Alerta Mais um lote de medicamentos foi interditado, desta vez o do analgésico Paralgen, fabricado pela EMS. Motivo: ph acima do limite especificado na farmacopéia brasileira. Não faz muito tempo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária retirou de circulação o Celebra, amplamente usado para males da coluna, e levantou suspeita sobre a popular Novalgina, agora liberada. Num país como o Brasil, onde a automedicação é ato natural, estas idas e vindas não deixam de ser um alerta de que alguma coisa não vai bem no setor. 3
A Gazeta de Cuiabá (MT) Cidades Anvisa discrimina homossexuais Um advogado especializado em direito homoafetivo vê medida da Anvisa como discriminatória e inconstitucional, pois perante a lei maior todos somos iguais Alex Fama Especial para A Gazeta A resolução 153/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fere a Constituição Federal excluindo potenciais doadores de sangue por causa da opção sexual ou que tenham uma atividade sexual de risco, como prostituição. O fato foi denunciado por um homossexual e um travesti que se sentiram discriminados no momento em que foram até um órgão responsável pela captação de sangue. O documento, datado de 14 de junho de 2004, determina o regimento técnico para procedimentos com sangue, incluindo a coleta, o processamento, a testagem, o armazenamento, o transporte, o controle de qualidade e o uso humano do sangue e seus componentes, obtidos via sangue venoso (através da veia), do cordão umbilical, da placenta e da medula óssea. O item da resolução que vem causando polêmica é o B.5.2.7.2, classificado como "Situações de Risco Acrescido". É nele que estaria contida a acusação de que a lei, que é federal, seja discriminatória às pessoas que tenham uma opção sexual diferente ou que utilizam o sexo como profissão. No texto do item (ver quadro na página) há a explicação de que serão inabilitados por um ano os candidatos a doadores de sangue que tiveram relação sexual com outros homens nos últimos doze meses. Segundo uma funcionária laboratorial do MT-Hemocentro de Cuiabá, esta restrição de um ano seria o tempo da janela imunológica, ou seja o tempo necessário para alguma doença se manifestar no candidato a doador. Porém, neste prazo, o possível candidato não poderia ter mais nenhuma outra relação homossexual. Em outras palavras, a funcionária, disse que a "pessoa teria que deixar de ser homossexual para que pudesse doar sangue". De acordo com o advogado especializado em Direito Homoafetivo, Leandro Pereira da Silva, esta situação e a resolução neste item é totalmente inconstitucional e soa como discriminação sexual. Segundo o advogado, algumas pessoas já o procuraram a respeito deste assunto. "Estas pessoas se sentem ofendidas, mas são elas mesmas que devem se mobilizar para mudar esta lei", ressaltou Leandro. 4
A Gazeta de Cuiabá (MT) Cidades Grupo de risco perde o sentido nos dias atuais Para a médica e diretora técnica do MT-Hemocentro, Carla Marques Rondon Campos, o órgão só obedece normas de um outro órgão superior. Mas, particularmente, ela diz que não concorda com o posicionamento da resolução da Anvisa. "É uma lei e ela nos obriga a seguí-la", explicou a diretora. Segundo ela, esta resolução visa uma campanha do Ministério da Saúde com o tema "Sangue Seguro para Todos", por isto a grande preocupação do órgão com estas pessoas. O receio de hoje, segundo a diretora, é que, antigamente, homossexuais, prostitutas, travestis e pessoas ligadas a elas, eram vistas e classificadas como indivíduos do chamado grupo de risco para a Aids e doenças sexualmente transmissíveis. "Hoje em dia a situação é bem diferente, estas pessoas não são mais sinônimo de promiscuidade", informou a médica. Para o advogado especializado em Direito Homoafetivo, Leandro Pereira da Silva, a Anvisa não considera mais os homossexuais como "grupo de risco", mas sim como "comportamento de risco acrescido". No entanto, ela ainda não permite a doação de sangue desse grupo, bem como de outros. (PN) 5
Meio Norte (PI) Geral Cresce fiscalização da Anvisa às farmácias Em passagem pelo Piauí, participando do IV Ciclo de Estudos Farmacêuticos, o diretor de inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Bezerra, salientou que os avanços na fiscalização nos estabelecimentos farmacêuticos em todo o país têm diminuído significativamente os casos de distorção de medicamentos. Bezerra falou no evento sobre a importância desta fiscalização para o bem-estar dos consumidores e declarou que em todos os Estados esta fiscalização é altamente necessária. Segundo o diretor da Avisa, este é um trabalho, antes de mais nada, preventivo e que está dando excelentes resultados. "Os medicamentos são fiscalizados desde a sua fabricação até a distribuição para os consumidores, com rigorosidade em todas as etapas desta cadeia", declarou José Bezerra. Para se ter uma idéia desta atuação da Anvisa e as sedes locais, em 1997 e 1998 foram registrados 170 casos de medicamentos falsificados. Após os trabalhos de fiscalização, de 1999 a 2003, somente oito casos foram registrados. "Estes resultados refletem o nosso trabalho. E nos levam a crer que ele é importante e que está sendo realizado com muito rigor. Para a tranqüilidade do consumidor final", comenta José Bezerra. Quando o assunto é remédio genérico, que já ocupa cerca de 10% do mercado brasileiro de medicamentos, segundo dados da própria Anvisa, Bezerra é enfático em dizer que a cada dia eles se fortificam ainda mais. "Os medicamentos genéricos estão cada dia mais fortalecidos. Os pacientes e médicos estão cada dia mais utilizando-os e na nossa função de fiscalizar acabamos dando mais credibilidade a eles, porque estamos realizando um trabalho de monitoramento da qualidade destes medicamentos", finaliza o diretor da Anvisa. (E.M.P.) 6