Proveitos operacionais 15.373 M. Custos operacionais 14.809 M. Resultados operacionais 564 k



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Transcrição:

Assunto ÍNDICE Página RELATÓRIO INTERCALAR DE GESTÃO... 5 CONTAS CONSOLIDADAS... 17 Demonstrações Financeiras Consolidadas... 19 Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas... 25 CONTAS INDIVIDUAIS... 49 Demonstrações Financeiras Individuais... 51 Anexo às demonstrações financeiras individuais... 55 2/86

1º Semestre de 2015 PRINCIPAIS Indicadores CONSOLIDADOS Proveitos operacionais 15.373 M Custos operacionais 14.809 M 3/86 Resultados operacionais 564 k EBITDA 970 k RAI 184 k

4/86 PÁGINA INTENCIONALMENTE DEIXADA EM BRANCO

COMPTA Equipamentos e Serviços de Informática, S.A. e associadas Informação financeira sobre o primeiro semestre de 2015 e sua comparação com a do período homólogo de 2014 RELATÓRIO INTERCALAR DE GESTÃO Atividade reportada ao período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2015 (Considerações sobre contas não auditadas) 1. O Grupo e a atividade no primeiro semestre de 2015. A economia portuguesa voltou a crescer 1,5% 1 no segundo trimestre deste ano, valor igual ao registado no trimestre imediatamente anterior. Este desempenho supera o registado pela Zona Euro, o qual, nos mesmos períodos registou taxas de crescimento de 1,2% 1 e 1,0% 1, respetivamente. Embora as notícias sejam positivas o contexto macroeconómico mantem-se volátil. Em termos exógenos a situação na zona euro, em especial na Grécia, continua a pressionar a economia portuguesa. Já endogenamente e embora a procura interna tenha acelerado, as empresas mantém uma postura conservadora em termos de investimento, prevalecendo ainda a necessidade de redução do grau de endividamento do setor privado bem como de consolidação orçamental nas contas públicas. Desta forma predominam ainda alguns riscos e incertezas para a economia, decorrentes quer da conjuntura internacional quer de fatores internos. Foi neste clima que se desenrolou a parte mais significativa da atividade do Grupo neste primeiro semestre. Passamos, de seguida, com um pouco mais de detalhe, a descrever como se caracterizou esta atividade e os resultados alcançados. 5/86 Alguns indicadores económicos e financeiros O Grupo registou no primeiro trimestre de 2015 um Volume de Negócios 2 de 7,3 milhões de euros, o que representou um decréscimo de quase meio milhão de euros em relação ao alcançado no período homólogo de 2014. No segundo trimestre inverteu-se esta tendência, atingindo os 7,4 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 1,3 milhões de euros relativamente ao valor registado em igual período do ano anterior. No conjunto, em termos semestrais, portanto, a evolução foi bastante positiva, atingindo-se os 14,8 milhões de euros, isto é, exibindo um crescimento na ordem dos 800 mil euros, ou seja, +5,7%. Esta evolução deve-se, exclusivamente, a um crescimento muito positivo na vertente da prestação de serviços, ligeiramente superior a um milhão de euros. A venda de mercadoria, por seu turno, contraiu-se apenas cerca de 281 mil euros. O quadro ao lado resume a informação económica consolidada, acabada de descrever, para os dois períodos semestrais em comparação. Contas consolidadas (em k ) 1º Semestre 2015 2014 V.A. % Vendas de mercadorias 6.140 6.421 (281) -4,4% Prestações de serviços 8.677 7.586 1.091 14,4% Outros proveitos operacionais 556 817 (261) -31,9% Volume de negócio 15.373 14.824 549 3,7% D 1 Fontes: INE e Eurostat 2 Vendas de mercadorias + prestações de serviços

6/86 O gráfico abaixo realça a evolução das componentes dos proveitos operacionais ao longo dos primeiros semestres dos últimos quatro exercícios, evidenciando-se o crescimento patenteado pelo Volume de Negócios (VN) do Grupo. 13,0 Evolução de proveitos operacionais e volume de negócios consolidados nos primeiros semestres (M ) 6,5 14,3 7,2 7,6 Observa-se uma evolução sempre positiva do Volume de Negócios, inicialmente sustentado pelas duas principais componentes dos proveitos operacionais e nos três últimos períodos apoiada exclusivamente pelo crescimento das prestações de serviços. Constata-se que, tradicionalmente, o volume de atividade se tem mostrado superior nos segundos semestres face ao dos primeiros seis meses de cada um dos correspondentes exercícios. Mantendo-se essa tradição as expetativas do grupo para o corrente exercício parecem poder encarar-se com algum otimismo, embora moderado, dado o contexto macroeconómico volátil já acima referido. 6,3 7,0 6,4 0,2 0,1 14,8 Na rubrica Outros Proveitos Operacionais, integrante do Volume de Negócios, assinala-se o contributo do valor dos trabalhos para o próprio Grupo, de que se destacam os que a seguir se enumeram, sem prejuízo de melhor descrição dos mesmos contida nos anexos à contas. Phoenix - A Phoenix é a framework criada pela unidade de Desenvolvimento da empresa com o objetivo de suportar todos os desenvolvimentos de produtos próprios do Grupo Compta. É um acelerador de produtização de aplicações, contribuindo para a simplificação no desenvolvimento de produtos. É composta por um conjunto de bibliotecas, funções e métodos que simplificam, facilitam e mantêm o código limpo, organizado e reutilizável, dando estabilidade, fiabilidade e uniformização ao software e produtos desenvolvidos. Mobilidade/apps (cidadania digital, smart cities, internet das coisas) - Área de oferta inovadora destinada a diversos segmentos verticais considerados de elevado potencial. Da oferta de produtos já lançados, destaca-se o SouCidadão, canal digital de proximidade entre o cidadão e o poder local. Adicionalmente, desenvolveram-se tecnologias avançadas de reconhecimento automático de voz e aplicações para as principais lojas mundiais de aplicações (Apple, Google e Microsoft). Lusideias - (www.lusideias.pt), é uma plataforma nacional de inovação que tem como objetivo receber ideias de todos os Portugueses, transformá-las em negócios, e levá-las ao mundo. Trata-se de uma plataforma de gestão da inovação, já materializada e de acesso e compreensão fáceis, permitindo reunir ideias e captar talentos, mas também disponibilizar um conjunto integrado de condições e funcionalidades que visam fomentar parcerias e apoios. A plataforma tem como fim último a comercialização das melhores propostas submetidas, em consórcio com os autores da ideia. No que respeita à Margem Bruta das Vendas Consolidadas de Mercadorias o quadro seguinte explicita o seu comportamento e a respetiva evolução entre os 1º Semestre dois primeiros semestres em apreço. Contas consolidadas (em k ) D 2015 2014 Não obstante o decréscimo registado no volume de vendas de mercadorias, pode notarse Vendas de mercadorias Custos das mercadorias vendidas 6.140 5.260 6.421 5.626-281 -366 um assinalável crescimento na Margem 880 795 +85 Bruta Consolidada das Mercadorias Vendidas, + 2p.p., mas, também, a melhoria em Margens brutas 14,3% 12,4% termos absolutos, o que é significativo dado a sua contribuição positiva para a formação do resultado do exercício. 15,4 8,7 6,1 0,8 0,6 1ºS/12 1ºS/13 1ºS/14 1ºS/15 Vendas P.serv. Outros p.o. VN 1ºS/14 1ºS/15

No que concerne à atividade consolidada, na vertente Prestação de Serviços, o quadro seguinte procura mostrar a evolução nos primeiros semestres, de 2015 e do ano anterior, quer das prestações de serviços quer das componentes dos custos que mais contribuem para a consecução daquelas. A comparação estabelecida entre os proveitos respeitantes à Prestação de Serviços e os custos consideradas no quadro, permite avaliar aproximadamente a cobertura daqueles proveitos para com os custos que lhe estão afetos. Contas consolidadas (em k ) 1º Semestre de 2015 2014 D 1. Prestações de serviços 8.677 7.586 1.091 2. Custos - componentes mais significativas 2.1. F.S.E. 5.545 5.081 464 2.2. Gastos com pessoal 3.498 3.057 441 2.3. Somas 9.043 8.138 905 3. = (1.-2.) (366) (552) 186 As rubricas de gastos estão influenciadas pelos custos suportados com os trabalhos para o próprio Grupo, cuja contrapartida se encontra em Outros Proveitos Operacionais, como acima se referiu, o que destorce a análise evolutiva do indicador constante da linha 3. Retirado o efeito dessa componente ter-se-á libertado um excedente de cerca de 190 mil euros, a significar um contributo positivo para o resultado consolidado e uma evolução positiva relativamente ao semestre em comparação. A evolução destes indicadores ao longo dos dois primeiros trimestres de cada um dos últimos dois últimos exercícios, bem como dos EBITDA 3 correspondentes está patente no quadro junto. Evolução trimestral de proveitos (PO) e custos operacionais (CO) e EBITDA consolidados (M ) Salienta-se a quebra do volume dos proveitos do primeiro para o segundo trimestre do ano de 2015 mas que, face à contração dos custos operacionais nos mesmos períodos, mesmo assim resultaram em evoluções muito positivas em termos de resultados, do primeiro trimestre para o seguinte desse mesmo ano e, consequentemente dos EBITDA. Nos primeiros trimestres do exercício anterior a evolução tinha sido oposta, isto é, crescimento dos proveitos mas contração dos EBITDA. 1T14 654 341 455 6.971 7.854-6.481 2T14 Em termos semestrais os proveitos operacionais cresceram, do primeiro semestre de 2014 para o período homólogo do corrente ano, muito embora a evolução em idêntico sentido dos inerentes custos tenha anulado o efeito da evolução ascendente dos proveitos no EBITDA, que contraíram ligeiramente, ficando o mais recente cerca de 25 mil euros aquém daquele. -7.641 7.937 1T15 PO CO EBITDA 7.436 2T15 515-7.686-7.123 Evolução trim 7/86 No primeiro semestre de 2014 foi concretizada a operação que ficou definida aquando da realização de uma Assembleia Geral de Acionistas, em junho 2013, cuja descrição já se fez no Relatório Único de Gestão, integrado no Relatório Anual de 2013, no seu Ponto 10. Factos Relevantes Ocorridos (página 18). Daí resultou a saída da DEZ Desenvolvimento Empresarial, S.A. do perímetro de consolidação bem como o reconhecimento do lucro retido dessa operação descontinuada. Os efeitos dessa operação, não recorrente, produzem-se no Resultado semestral consolidado, antes de impostos, desse período, e refletem-se, ainda, nos Lucros retidos do período que quase atingiu os dois milhões e meio de euros, valores estes que, pela razão apontada não recorrência da operação DEZ - são incomparáveis com os que se alcançaram no primeiro semestre do corrente exercício, o qual, no entanto, foi positivo e quase atingiu os 70 mil euros. 3 Resultado operacional líquido de Gastos de depreciação e de amortização

Sob o ponto de vista patrimonial as variações mais significativas entre os balanços em 31 de dezembro último e no termo deste primeiro semestre sintetizam-se no quadro que se segue, em que se individualizam as componentes com maior peso. 8/86 A redução muito significativa verificada no valor dos saldos sobre clientes é resultado não apenas duma maior eficiência operacional de cobranças por parte do Grupo mas, fundamentalmente, decorrente dum pico de faturação que ocorreu no final do ano de anterior e cuja respetiva cobrança veio a ocorrer só no decurso deste primeiro semestre do exercício corrente. COMPARAÇÃO DE BALANÇOS CONSOLIDADOS (M ) Ativo V.A. % Ativos intangíveis 3,4 3,4 0,0 1% Clientes 10,7 15,7-5,0-46% Outras 9,3 8,9 0,4 4% 23,4 27,9-4,5-19% Capital próprio 0,7 0,6 0,1 12% Os valores das restantes contas do Ativo (Ativos intangíveis e Outras), quer no ativo quer no passivo, patenteiam variações não muito significativas e que, portanto, não merecem referência específica. No que ao passivo diz respeito verificam-se variações favoráveis dos saldos de Financiamentos e de Fornecedores, variações essas fundamentadas na variação dos saldos sobre clientes, cuja explicação se prestou acima. As restantes rubricas incluídas nestes grupos de Outras (no ativo e no passivo) apresentam variações condizentes com as que se verificaram na própria atividade desenvolvida nos períodos subjacentes, inclusive as que refletem razões de natureza sazonal. Passivo 30/06/15 31/12/14 Financiamentos 7,1 8,4-1,3-19% Fornecedores 8,9 10,5-1,6-18% Outras 6,6 8,4-1,7-26% 22,7 27,3-4,6-20% 23,4 27,9-4,5-19% Out c/arec D A Casa-Mãe do Grupo a Compta, S.A. apresentou neste primeiro semestre indicadores que mostram estagnação da atividade face ao que registara no período homólogo do exercício anterior. A sua composição é que variou em sentido contrário ao que acontecera em períodos anteriores. Assim, assistiu-se a um decréscimo nas Vendas de mercadorias, decréscimo esse que foi, no entanto, compensado com idêntica amplitude na evolução positiva manifestada na vertente de Prestações de serviços. No quadro seguinte exibem-se as componentes do resultado, evidenciando aquelas que apresentam pesos mais significativos, quer nos proveitos quer nos custos. Em termos de reflexos na composição do resultado do período a referida contração nas Vendas de mercadorias veio COMPTA, S.A. - COMPARAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS (M ) a ser de certo modo compensada por uma melhoria nas 1º Semestre de D 2015 2014 margens de comercialização V.A. % e, assim, este setor acabou Vendas 2,9 3,4-0,6-17% por contribuir com cerca de Prestações de serviços 5,0 4,5 0,5 12% 5,4 milhões de euros 7,9 7,9 0,0 0% enquanto no semestre Outros proveitos 0,5 0,8-0,3-43% homólogo imediatamente Total dos proveitos 8,4 8,8-0,4-4% anterior aportara apenas 4,8 Custo das mercadorias vendidas e consumidas 2,5 3,2-0,7-21% milhões de euros. Fornecimentos e serviços externos 3,9 3,8 0,1 2% Custos com pessoal 1,3 1,0 0,3 26% Outros custos 0,6 0,6 0,0 2% Total dos custos 8,3 8,6-0,3-3% Resultado líquido antes de impostos 0,1 0,2-0,1-53% As variações em Outros proveitos e em Custos com pes-

soal influenciaram negativamente a evolução do Resultado antes de preciações, gastos financeiros e impostos, que se contraiu cerca de 70 mil euros. Um incremento significativo na rubrica de Gastos/Reversões de depreciação e de amortização acabou por arrastar o resultado operacional (antes de gastos financeiros) para cerca de 56% do valor registado no primeiro semestre de 2014. Verificou-se, contudo, uma evolução favorável nos Juros e gastos similares suportados que, em certa medida, atenuou o efeito referido no parágrafo anterior. De todos este efeitos e, ainda do aumento do efeito do Imposto do período, o resultado líquido do período evoluiu negativamente, o qual dos 139 mil euros alcançados no 1º semestre de 2014 passou para, apenas, 27 mil euros no último semestre em análise. Em termos patrimoniais, a comparação entre os balanços do final do ano de 2014 e no termo do semestre em apreço, mostra a evolução e variações que se apresentam no quadro junto, onde se individualizaram as componentes com pesos mais significativos nos respetivos grupos. No ativo assinala-se o crescimento de intangíveis, consubstanciado no acréscimo de instrumentos de gestão e controlo bem como de novos produtos que o Grupo vem desenvolvendo, destinados a uso próprio e para comercialização. É notória, também, a diminuição dos créditos sobre Clientes, cuja explicação é idêntica à que acima se deu no âmbito da análise aos indicadores das contas consolidadas. COMPTA, S.A. - COMPARAÇÃO DE BALANÇOS (M ) 30/06/15 31/12/14 D V.A. % Ativo Ativos intangíveis 3,1 2,4 0,7 24% Participações financeiras 2,2 2,2 0,0-1% Clientes 4,8 6,3-1,4-30% Outros 7,2 7,2-0,1-1% 17,3 18,1-0,8-4% Capital próprio 1,2 1,2 0,0 1% Passivo Financiamentos 7,8 9,2-1,4-18% Fornecedores 5,4 4,8 0,6 12% Outras 2,9 2,9 0,0-1% 16,1 16,9-0,8-5% 17,3 18,1-0,8-4% 9/86 No passivo, sublinha-se o decréscimo na utilização de capitais remunerados, muito embora, em certa medida, compensada pelo acréscimo das dívidas a fornecedores. Em todas estas análises sobre a evolução da situação patrimonial há que ter presente que se trata de comparações de saldos registados em datas que medeiam entre si apenas seis meses. 2. Análise sectorial da atividade No primeiro semestre de 2015 o Grupo Compta aprofundou a estratégia que oportunamente delineara, reforçando a posição nas áreas de integração, valorizando a oferta com mais competências base nessas áreas (Infraestruturas e Segurança, Comunicações e Aplicações) onde registou um desempenho positivo durante o período em análise, com a concretização de diversos projetos de relevo. Acresce ainda a obtenção dum conjunto de certificações e especializações, quer originadas em parceiros estratégicos, atingindo níveis máximos de certificação tecnológicas, quer em termos institucionais, com mais duas certificações de relevo: ISO/IEC 27001:2013 - Sistema de Gestão da Segurança da Informação e NP 4457 ao SGIDI Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação. Estas importantes certificações somam-se à NP EN ISO 9001:2008 Sistemas de Gestão da Qualidade, NP EN ISO 14001:2004 Sistemas de Gestão Ambiental e ISO/IEC 20000-1:2011 Information Technology Service Management, colocando o Grupo Compta num dos níveis mais elevados de certificações de empresas nacionais a operar no nosso mercado. A este esforço soma-se o investimento em Inovação, quer da oferta e processos internos, quer na procura de soluções inovadoras que possam ajudar o Grupo a consolidar a sua posição na área da mobilidade e aplicações móveis. É neste contexto, que o Grupo lançou, no período em análise, a Lusídeias (www.lusideias.pt), plataforma nacional de inovação, com o objetivo de receber ideias de todos os Portugueses, transformá-las em negócio, e leva-las ao mundo. Esta plataforma pretende assim colocar a tecnologia ao serviço da competitividade nacional, tirando proveito das mais-valias naturais do país: terra, sol e mar. Democrática e multifuncional, a plataforma materializa-se online e é de fácil acesso e compreensão, permitindo reunir ideias e captar talentos, mas também disponibilizar um

conjunto integrado de condições e funcionalidades que visam fomentar parcerias e apoios. Com uma equipa dedicada em permanência, a Lusídeias tem como fim último o apoio à materialização das melhores propostas submetidas, para além de envolver estímulos à cocriação de projetos e ao crowdsourcing. A Produtização é, neste contexto, também uma prioridade, sendo que o Grupo desenvolve já aí atividade considerável, em termos da oferta de produtos próprios, com uma especialização nas áreas do Ambiente, Energia, Logística, Agricultura e Mar. São setores chaves onde o Grupo espera obter crescimentos significativos, para além de conquistar outros graus de liberdade que lhe permitam endereçar o mercado diretamente, com tecnologia própria e mais adaptada à realidade destes setores. O Grupo, no período em análise, continuou a investir na Internacionalização da atividade. Para além do mercado angolano, onde se encontra já desde 2008, tem realizado diversas iniciativas de prospeção no mercado Colombiano com algumas propostas já apresentadas e em fase de avaliação. Paralelamente reforçou as suas operações no Brasil, muito concentradas em ofertas verticais específicas, onde o Grupo apresenta respostas baseadas principalmente na oferta de produtos próprios; durante o período concretizou diversos projetos, o que lhe permite encarar com um certo otimismo a sua presença no mercado brasileiro. Apresenta-se seguidamente em maior detalhe o resumo da sua atividade. Comunicações 10/86 Durante o primeiro semestre de 2015 continua-se a assistir a uma mudança do mercado de ICT, com os clientes procurando, através de novas soluções baseadas em tecnologia cloud, incrementar os seus benefícios operacionais e económicos. Este processo, acrescido dos efeitos decorrentes da incerteza e expectativa criada pelas alterações ocorridas em importante player no setor dos operadores de telecomunicações, levou a que durante o primeiro trimestre se constatasse uma diminuição na tomada de decisão em relação a novos projetos. No entanto este período foi muito interessante na identificação de oportunidades que se espera ver concretizadas durante o segundo semestre do corrente ano. Já na segunda parte do semestre se notou um crescimento da atividade, nomeadamente no mercado do setor público, ocorrendo o lançamento de vários concursos de media e grande dimensão, alguns entretanto já decididos e com um interessante impacto na atividade do Grupo neste setor. Com base nos sinais dados pelo mercado durante o primeiro semestre do corrente ano e com as valências específicas que o Grupo oferece ao mercado - vasta experiencia na integração de soluções com foco na solução de problemas dos clientes - admite-se que o segundo semestre se venha a revelar bastante positivo e desta forma contribuirá para um crescimento em encomendas e resultados líquidos relativamente aos alcançados no ano de 2014. É de realçar que neste momento e nesta área o Grupo esta envolvido com diversos operadores de telecomunicações no desenvolvimento de projetos de elevada dimensão e complexidade dando, desta forma, continuidade a uma estratégia de diversificação de go to market. É, também, de sublinhar que durante o primeiro trimestre do corrente ano se concluíram com sucesso vários projetos de elevada dimensão e complexidade e se prosseguiu no desenvolvimento de outros que tinham sido lançados ainda no ano transato. E de realçar que num deles o Grupo, em conjunto com o seu cliente e os seus parceiros também envolvidos no projeto, foi possível concluí-lo em metade do tempo previsto, o que representa uma redução o tempo de implementação de dois par um ano e, desta forma, permitirá ao cliente antecipar os ganhos previstos no seu planeamento. Outro aspeto que apraz realçar é o fato de se ter renovado a certificação Gold junto do parceiro de negócio Cisco Systems. Esta certificação significa e atesta que se dispõe de todas as competências técnicas e de gestão, as quais são garantes de excelência na implementação de soluções baseadas em tecnologia Cisco. Infraestruturas e Segurança Nesta área das Infraestruturas e da Segurança o Grupo desenvolveu no período em análise diversos projetos de vulto, nomeadamente Soluções de videoconferência, baseadas em tecnologia Polycom Plataformas de comunicações Centros de Dados de diversas dimensões, com recurso a tecnologias IBM e Rack Shelter Suporte de infraestruturas de IT

Fornecimentos de IE Intel apoiados em tecnologias Huawei Atualização de infraestruturas HP Suporte de infraestruturas de IT Plataformas de Content Delivery com recurso a tecnologia F5 Upgrade de plataformas de Card Management, com tecnologia IBM Aprofundando um pouco mais pode sublinhar-se, arrumando a atividade por áreas de competência, os aspetos mais significativos a seguir descritos. Infraestruturas de IT Concretizaram-se de diversos investimentos na área da consolidação e virtualização das infraestruturas, bem como a renovação de data centers com vista à redução do OPEX e à melhoria da sua eficiência. Segurança Não obstante as hesitações/postecipações que se vêm notando na concretização de investimentos na área da segurança, o Grupo logrou participar em diversos projetos na vertente de DdoS e Content Delivery; paralelamente acentuou-se a preocupação generalizada com a manutenção das plataformas de segurança nomeadamente na proteção dos seus conteúdos. Comunicações Registou-se forte evolução na procura por soluções de videoconferência e wi-fi mas, em sentido inverso, constatou-se um certo arrefecimento do interesse nos investimentos nas vertentes mais comuns, como sejam routing e switching. Como delineado pelo Grupo no planeamento estratégico de evolução nesta área, tem-se vindo a reforçar a capacidade consultiva e de desenho de soluções nas três áreas de competência, incrementando-se a capacidade disponível para endereçar projetos específicos e desenho de soluções end-to-end de tecnologias de informação. Estima-se um segundo semestre em linha com o que aconteceu no primeiro, tendo-se identificado como áreas de maior atividade as de renovação de diversas infraestruturas de segurança, a crescente procura de soluções de cloud na vertente IaaS. Paralelamente estima-se que no segundo semestre do corrente ano se concretizem as renovações de importantes projetos de serviços de IT, na continuidade do que é tradicional e foi alcançado em anos anteriores. Produtos Compta Neste primeiro semestre de 2015 e nesta área de atividade o Grupo prosseguiu com o plano de expansão oportunamente gizado, cimentado a atividade no território nacional e continuando a expansão nos mercados internacionais, com especial enfoque para com o mercado Brasileiro. Após um período de preparação da operação no Brasil foi dada uma atenção especial ao alargamento do número de clientes, tendo sido possível neste primeiro semestre a sua duplicação, logrando-se, desta forma, consolidar a atividade. Continua-se, neste país, a atuar nas áreas de gestão e automação, em projetos no setor de águas para consumo e saneamento e no de resíduas urbanos. Naturalmente a mesma linha de orientação traçada para o desenvolvimento da atividade foi mantida em Portugal, onde se situa a fábrica da sua operação. Em Portugal, e conforme previsto, o Grupo reforçou a aposta na adoção de tecnologias Open Source na sua gama de produtos ez. Continua, também, a explorar o desenvolvimento dos produtos para as novas plataformas mobile (smart phones, Pad, etc). A Unidade do Grupo neste setor, vocacionada para a agricultura, centrou os seus esforços nas componentes da agricultura de precisão, da previsão meteorológica e na comercialização de produtos agrícolas de excelência. Obteve já um impacto significativo nos negócios do Grupo, e colheu notoriedade através a participação nas principais feiras do setor, com grande impacto nos meios de comunicação. 11/86

Foram lançadas novas versões das aplicações de mobilidade para os setores dos resíduos urbanos e industriais, com uma versão do ezwaste Mobile, aplicação já premiada interna e internacionalmente. Para a segunda parte do ano, planeou-se reforçar as parcerias com fabricantes de referência na área das Smart Cities e integração das soluções ezwaste e ezenergy em plataformas Cloud e dedicadas às cidades inteligentes. A atividade será ainda dinamizada com a participação em diversos eventos, conferências e presenças institucionais com intuito de comunicar a oferta do Grupo neste setor de atividade. Aplicações O período em análise caracterizou-se por uma recessão do mercado no geral, tal como previsto pelo último relatório da IDC de 2014, tendo esta estagnação sido mais acentuada nas áreas onde o Grupo tem uma oferta mais consolidada e madura, tal como a otimização de processos operacionais e de gestão de IT. Perante a ausência de decisão por parte dos clientes quanto ao avançar com alguns dos novos projetos em carteira focou-se a estratégia em pequenos projetos evolutivos essencialmente nas componentes de serviços no atual parque de clientes. Paralelamente e sentindo diretamente a recessão das plataformas de 2ª geração, decidiu-se por antecipar desde já o avanço para a 3ª Plataforma Tecnológica, quer nas plataformas de Mobilidade e Social, quer na disponibilização de soluções de customer experience e melhorar a oferta na área do BIG Data/Analytics. 12/86 Face a estes dois vetores estratégico adotados, conseguiu-se reforçar a posição em clientes nas áreas tradicionais da empresa. Surpreendentemente, constatou-se que esta inovação nas componentes da melhoria da experiência de utilização do consumidor e do melhor conhecimento das interações que o cliente faz com o negócio (BI), originou uma boa recetividade por parte do mercado e um aumento das ações comerciais, existindo um significativo número de processos a fechar no segundo semestre. O leque da oferta de produtos, que contava já com o GTR (gestão de reclamações), passou a contar também com a Solução de Gestão de Cotações para a área seguradora. Estão também em processo de certificação final as soluções complementares à Broadsoft, para o mercado de Telecomunicações, com uma perspetiva internacional, nomeadamente SIP-REC, e Motor de Campanha. Na área de mobilidade, para alem das APP s empresariais, o Grupo abarcou o desafio de criar uma APP de apoio à atividade dos Municípios e Juntas de Freguesia - Sou Cidadão - cujo lançamento está a decorrer no início do segundo semestre. A atuação do Grupo neste sector de software aplicacional, tem vindo a conquistar o reconhecimento do Mercado e Parceiros, nomeadamente no seu mercado de atuação, Financeiro, Telecomunicações, Administração Publica e Grandes Empresas. Este posicionamento tem sido conquistado através do profissionalismo demostrado pelos nossos centros de competência, que têm vindo a disponibilizar soluções de otimização de Processos de Negócio e Recursos. Para alem destas área o Grupo tem vindo a trabalhar novas áreas de inovação, nas componentes de melhoria da experiencia de utilização do consumidor, e do possível conhecimento do cliente nas interações com o seu negocio, assim como da Qualidade e segurança do software. No que concerne à área de Enterprise Resource Planning também se fizeram sentir os efeitos do contexto macroeconómico. O semestre caracterizou-se por um início muito focado em dois novos projetos de dimensão media, sendo a restante atividade executada essencialmente em pequenos projetos de otimização das atuais soluções, de ERP tradicional. No entanto tem-se vindo a trabalhar novas áreas nas componentes de melhoria da relação com o cliente e fornecedores, que são novas áreas de focagem estratégica, nomeadamente CRM, SRM e BCM, onde se deu início a pequenos projetos e se antevê potenciais de crescimento do mercado. Na atividade do semestre sobressai um projeto de dimensão significativa implantado num Cliente do setor industrial de produção automóvel. Não menos importante foi o suporte e instalação de um projeto no sector Financeiro, em banco de referência, sobre a nova plataforma de vanguarda da SAP, o SAP-HANA; assinala-se como o primeiro projeto SAP Business One em HANA instalado.

Mau grado as perspetivas da IDC para 2015, que apontam para uma reduzida apetência pelo investimento, perspetivamos uma inversão no segundo semestre, nomeadamente nas áreas do novos canais - social e móvel pois segundo aquela mesma entidade é para aí que o mercado se está a mover. Por outro lado, com o crescimento da quantidade de informação e a necessidade de melhorar a sua qualidade, surgirá a necessidade de soluções de analytics de grande riqueza funcional. Nesta perspetiva e estrategicamente continuar-se-á a apoiar a oferta em quatro centros de competência, nomeadamente: i) Interações + inteligentes (Contact Interaction Center, Social, Marketing), ii) Enterprise Applications; iii) Data Integration & Analytics e iv) Gestão de Serviços (BSM), Gestão de ciclo vida do Software. Como centro de competências de Enterprise Resource Planning do Grupo Compta, manter-se-á a enfase nas vertentes de Consultadoria de Negócio, Contabilidade, Gestão, Auditoria e Recursos Humanos. A atual estrutura organizacional nesta área e a atuação no mercado dos ERP, onde se movimenta, tem vindo a conquistar o reconhecimento do Mercado e dos Parceiros, nomeadamente em empresas de referência de produção e distribuição. Neste segundo semestre, prevê-se a concretização de alguns negócios em fase final de negociação, principalmente no mercado das PME s. Para este mercado, a estratégia do centro de Competências de Enterprise Resource Planning do Grupo Compta, apoia-se em três pilares; i) consolidação nos mercados de atuação, onde dispõe de vasta experiencia, na otimização de processos operacionais, nas empresas de produção e distribuição; ii) consultadoria nas alterações da legislação e regulamentação legal destes mercados e com base nestas necessidades alavancar também uma consolidação nas áreas de BI, Indicadores de Gestão; iii) no reforço em novas áreas de aposta SAP, onde sobressaem o SAP-HANA, SAP- C4C, S4. Dar-se-á especial atenção para os novos produtos nas áreas da Mobilidade Empresarial, e Social Business, as quais complementarão a atual oferta em CRM, como o hybris Marketing. O Mercado Internacional está a merecer interesse, embora de forma cautelosa dada a sua especificidade. O Grupo está atento e já envolvido com clientes em projetos de expansão via exportação. Julga-se estarem reunidas as condições mínimas para avançar para a internacionalização desta área de atuação já no segundo semestre de 2015. Área Internacional Neste primeiro semestre de 2015, no sentido de desenvolver e diversificar as atividades da Compta Angola, definiram-se as seguintes linhas estratégicas: a) Consolidação da relação com clientes onde a Compta já tenha uma presença forte; b) Procura de novos produtos e parcerias no sentido de expandir a oferta para áreas de grande crescimento potencial; c) Expansão da atividade a novos clientes e áreas de negócio, diretamente ou através de parcerias. A dificuldade na obtenção de divisas que se regista em Angola não deixa, naturalmente, de se refletir na capacidade dos agentes económicos para comprar ao exterior. Este condicionalismo dificulta o lançamento de projetos que integrem hardware, licenciamento de software e/ou serviços que hajam de ser importados. É um constrangimento que atinge parte significativa do negócio da Compta Angola. Esta vê-se, assim, limitada na capacidade de realizar compras no exterior ou mesmo ao setor interno de distribuição, também este, por sua vez, sujeito às mesmas dificuldades cambiais. Esta situação retraiu bastante o mercado e a capacidade operacional da Compta Angola, o que explica o decréscimo do volume de negócios no semestre em análise. Embora estejam a ser tomadas medidas de fundo pelo Governo de Angola, não se antevê que no imediato haja uma alteração significativa da situação. Assim, as expetativas de negócio para o segundo semestre são relativamente reservadas. Conforme já referido acima, pós um período de preparação da operação no Brasil foi dada uma atenção especial no alargamento do número de clientes, tendo sido possível neste primeiro semestre a sua duplicação, logrando-se, desta forma, consolidar a atividade. Continua-se, neste país, a atuar nas áreas de gestão e automação, em projetos no setor de águas para consumo e saneamento e no de resíduas urbanos. 13/86

14/86 3. Outros aspetos As questões ligadas à Responsabilidade Social das Empresas têm merecido especial atenção por parte das Administrações das sociedades integrantes do Grupo como, de resto, já tem sido enfatizado em anteriores relatórios. Assim, ainda neste primeiro semestre, o Conselho de Administração da Compta manteve-se empenhado na aplicação da política de Responsabilidade Social do Grupo Compta, que oportunamente fixou, política essa que assenta em dois eixos fundamentais Compromisso com o Desenvolvimento Sustentável e Envolvimento com a Comunidade. Para o efeito estão em funcionamento os mecanismos considerados apropriados e foram alocados os meios indispensáveis ao seu desenvolvimento. No que diz respeito aos Recursos Humanos, principal ativo do Grupo, continua a ser especial preocupação da Gestão a captação de novos talentos, a formação e o bem-estar dos colaboradores, e a conciliação da vida profissional com a familiar/pessoal, pelo que no período em análise se desenvolveram diversas ações nesse sentido. Considerando-se a captação de recursos um fator fundamental mantém-se como vetor positivo a avaliação da ferramenta online de candidatura, gestão e consulta de currículos. Em paralelo, dinamizaram-se de ações de marketing externo para incrementar o número de consultas à página de oportunidades e, simultaneamente, mais registos/candidaturas. Numa perspetiva de responsabilidade social mantém-se a preocupação de contribuir para a envolvente social externa, potenciando os nossos recursos e a mais-valia que se pode aportar, nomeadamente na divulgação do Grupo junto de entidades de formação nas áreas das TIC, oferecendo estágios profissionais e colaborando em projetos de estágios curriculares, quer de moto próprio quer através de um protocolo de colaboração estabelecido com o Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação e a Agência Nacional para a Qualificação. Manteve-se a divulgação do Código de Ética, Conduta e Responsabilidade Social Compta e da apresentação de Sensibilização de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. 4. Riscos e incertezas Embora as dificuldades conjunturais tenham atenuado no período ainda persistem algumas dificuldades, principalmente relacionadas com os custos de crédito e a escassez de financiamento aos setores empresariais, situação que poderá afetar a expansão da atividade do Grupo. Contudo, a gestão do Grupo continuará a monitorizar estas e outras variáveis que possam condicionar a sua atividade, procurando soluções que mitiguem ou permitiam, mesmo, ultrapassar essas adversidades. Neste sentido, continuam a ser desenvolvidas políticas e medidas, quer do ponto de vista estrutural, quer do ponto de vista operacional, que facilitem a deteção antecipada de potenciais efeitos do agravamento destes fatores. 5. Perspetivas A estratégia definida pela Gestão do Grupo, continuar-se-á a concentrar na valorização da atividade, na Inovação da oferta e processos internos, na Produtização de ofertas para setores verticais e na Internacionalização e alargamento da atividade para outros mercados. Assim, assume formalmente o seu compromisso com este plano de expansão (VIPI) e concentra os seus esforços e recursos na respetiva dinamização. Desta forma e em face dos resultados apresentados, perspetiva encerrar o exercício de 2015 com um ligeiro crescimento da atividade.

6. Ações próprias No semestre em análise não ocorreram transações de ações próprias. No final do período mantinha-se em carteira o mesmo número de ações que existiam no final do exercício anterior, isto é, 7.200 ações próprias, estando o correspondente valor de aquisição abatido aos capitais próprios no balanço. Também não ocorreram transações de ações ou de instrumentos financeiros com eles relacionados, efetuadas pelos dirigentes da sociedade, por sociedades que domine e por pessoas estreitamente relacionadas com aqueles. 7. Negócios entre a sociedade e os membros dos seus órgãos sociais Neste primeiro semestre não ocorreram quaisquer negócios entre a sociedade e qualquer dos membros dos seus órgãos sociais. 8. Outras informações Quer a sociedade mãe quer as restantes sociedades englobadas no perímetro de consolidação têm as suas situações regularizadas perante o estado ou quaisquer outros entes públicos. O Capital próprio da Compta Equipamentos e Serviços de Informática, S.A. registava, em 30 de Junho último, o valor de 1,2 milhões de euros o que mantém ainda a sociedade na situação prevista no artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais. Em Julho de 2015 ocorreu o falecimento do Sr. Dr. Vitor José Magalhães Assunção. O Dr. Vítor Assunção foi o fundador e impulsionador do projeto Compta, iniciado em 1972, ao qual esteve ligado, como Presidente do seu C.A. e principal acionista da empresa, durante cerca de 34 anos, até 2006, quando deixou de fazer parte dos Corpos Sociais da sociedade e de deter uma participação acionista qualificada. O Conselho de Administração da Compta manifesta o seu profundo pesar e presta aqui a sua homenagem ao falecido, reconhecendo toda a sua importância na construção do projeto Compta. 15/86 9. Declaração de responsabilidade Declaração emitida nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1 do art.º 246.º do Código dos Valores Mobiliários em cumprimento do preceituado na legislação supra, os membros do Conselho de Administração da Compta Equipamentos e Serviços de Informática, S.A., declaram, cada um de per si, que, tanto quanto é do seu conhecimento: i. a informação prevista na alínea a) do N.º 1 do citado artigo do C.V.M. foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da emitente e das empresas incluídas no perímetro da consolidação; e que ii. o relatório de gestão intercalar expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Compta e das empresas incluídas no perímetro da consolidação, nos primeiros seis meses do exercício, e inclui uma descrição dos principais riscos e incertezas com que elas se defrontam.

Algés, 31 de agosto de 2015 O Conselho de Administração da COMPTA - Equipamentos e Serviços de Informática, S.A. Armindo Lourenço Monteiro Presidente Francisco Maria Supico Pinto Balsemão Vice-Presidente João Arnaldo Rodrigues de Sousa Administrador Jorge Manuel Martins Delgado Administrador Miguel Guimarães Cardoso e Cunha Administrador 16/86

CONTAS CONSOLIDADAS

18/86 PÁGINA INTENCIONALMENTE DEIXADA EM BRANCO

Notas (Contas não auditadas) Demonstração consolidada da posição financeira em 30 de junho de 2015 e em 31 de dezembro de 2014 (U.m.: ) Rubricas 30/06/2015 31/12/2014 ATIVO Ativo não corrente Ativos fixos tangíveis 14 985.026 1.004.062 Ativos intangíveis 15 3.382.100 3.360.289 Participações financeiras - método do custo 6 16.249 16.249 Demonstrações Financeiras Consolidadas Outros activos financeiros 5.569 2.551 Outras contas a receber 17 1.763.082 1.763.082 Ativos por impostos diferidos 16 70.575 70.575 6.222.600 6.216.808 Ativo corrente Inventários 10 188.872 254.195 Clientes 17 10.710.437 15.662.893 Outras contas a receber 17 4.975.089 4.667.390 Impostos sobre o rendimento a receber 320.201 488.669 Caixa e seus equivalentes 18 802.445 647.662 16.997.045 21.720.809 Total do ativo 23.219.645 27.937.617 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital próprio Capital nominal 19 14.775.000 14.775.000 Prestações suplementares e outros instrumentos de capital 20 1.950.000 1.950.000 Acções próprias 19 (3.610) (3.610) Prémios de emissão 19 (72.604) (72.604) Reservas não distribuíveis 1.195.731 1.195.731 Reservas distribuíveis 1.541.294 1.541.294 Reservas de conversão cambial (1.909) (9.385) Excedentes de valorização de activos fixos 190.586 191.402 Excedentes de valorização de activos financeiros 21 (141.623) (141.623) Resultados acumulados (19.059.089) (21.497.878) Resultado líquido do período 19.407 2.437.973 Capital próprio atribuível ao grupo 393.183 366.300 Interesses não controlados 22 326.954 263.926 Total do capital próprio 720.136 630.226 Passivo Passivo não corrente Empréstimos e descobertos bancários 23 21.108 21.914 Passivos por impostos diferidos 16 18.702 18.997 Passivos por locação financeira 23 53.801 66.394 93.612 107.304 Passivo corrente Fornecedores 24 8.941.777 10.528.219 Empréstimos e descobertos bancários 23 7.076.212 8.396.185 Outras contas a pagar 24 6.259.732 8.044.831 Imposto corrente sobre o rendimento a pagar 103.833 207.025 Passivos por locação financeira 23 24.343 23.827 22.405.897 27.200.087 Total do passivo 22.499.509 27.307.391 Total do capital próprio e do passivo 23.219.645 27.937.617 19/86

(Contas não auditadas) Demonstração consolidada dos resultados por natureza para os semestres findos em 30 de junho de 2015 e de 2014 Notas 2015 2014 (U.m.: ) 2º/T 1º/T 2º/T 1º/T RENDIMENTOS E GANHOS Vendas 8 3.196.330 6.139.804 3.079.956 6.420.972 Prestações de serviços 8 4.300.596 8.677.427 3.115.135 7.586.459 Outros proveitos operacionais 9 440.212 555.683 776.036 817.393 Total de proveitos operacionais (A) 7.937.139 15.372.915 6.971.128 14.824.823 GASTOS E PERDAS 20/86 Custo das vendas 10 (2.675.373) (5.260.388) (2.689.274) (5.625.953) Fornecimentos e serviços externos 11 (3.161.838) (5.545.221) (2.219.446) (5.080.922) Gastos com pessoal 12 (1.606.420) (3.498.061) (1.366.324) (3.057.041) Gastos de depreciação e de amortização 14; 15 (203.929) (406.226) (164.441) (292.307) Provisões e perdas por imparidade 17 - - (7.216) Outros custos operacionais (38.616) (98.905) (42.049) (59.185) Total de custos operacionais (B) (7.686.175) (14.808.802) (6.481.533) (14.122.623) Resultados operacionais (A)-(B) 250.964 564.113 489.595 702.200 Perdas financeiros 13 (188.631) (436.186) (217.568) (426.099) Ganhos financeiros 13 47.460 55.718 49.801 50.541 Resultados financeiros (C) (141.171) (380.468) (167.766) (375.558) Resultado antes de impostos (A)-(B)+(C) 109.793 183.645 321.828 326.642 Imposto do período (72.539) (113.943) (31.410) (69.439) Lucros retidos das operações em continuidade 19 37.254 69.703 290.418 257.203 Lucros retidos de operações descontinuadas - - 2.206.671 2.205.194 Lucros retidos do exercício 37.254 69.703 2.497.089 2.462.397 Interesses não controlados 19.065 50.296 (16.788) 22.948 Lucros retidos do exercício atribuível a detentores do capital da Empresa-mãe 18.189 19.407 2.513.877 2.439.449 Resultados básicos por acção de operações continuadas 0,00 0,00 0,01 0,01 de operações descontinuadas 0,00 0,00 0,07 0,07 Resultados diluídos por acção ( p/ acção) de operações continuadas 0,00 0,00 0,01 0,01 de operações descontinuadas 0,00 0,00 0,07 0,07