Edital de Projetos de Extensão FORMULÁRIO PADRÃO DE INSCRIÇÃO DE PROJETO 1. Título do Projeto: Instrumentos gerenciais para a consolidação da estratégia competitiva nas micro e pequenas empresas associadas à AJET. 2. Justificativa Os empreendimentos historicamente buscam por excelência e por diferenciais competitivos no mercado. No entanto, as empresas, sobretudo as pequenas têm dificuldades em acompanhar a evolução tecnológica, em especial, os padrões de excelência impostos pelo mercado. As empresas mais modernas têm despontado e sobressaído no mercado regional. Para reduzir as diferenças uma estratégia competitiva adota por algumas empresas é a participação em núcleos setoriais, cujo objetivo principal á a busca de parcerias e alianças nas áreas de gestão, tecnologia, suprimentos, etc. (DORNELAS, 2012; TACHIZAWA, 2004). Na cidade de Tubarão existem alguns núcleos setoriais, tais como: confecções, farmácias, mercados, alimentos, entre outras iniciativas mais recentes e que estão em implantação. Quando as empresas não participam de núcleos setoriais podem participar de associações ou entidades de classe, a exemplo da AJET (Associação dos Jovens Empreendedores de Tubarão). Em Tubarão a AJET possui representatividade no tecido empresarial dos pequenos negócios e jovens empreendedores, na comunidade e nas demais instituições de classe. Entretanto, as pequenas empresas, mesmo participando de associações apresentam significativos problemas de gestão, reflexo da ausência ou de informais instrumentos de gerenciamento e controle. A AJET é a primeira entidade de Santa Catarina do segmento jovem empreendedor e uma das mais antigas do Brasil. Fundada em 1988 foi criada para propiciar ao empreendedor jovem um canal de interlocução com a comunidade civil de forma ativa. Os objetivos iniciais foram alcançados e várias personalidades se formaram nos quadros da AJET. Atualmente os pleitos da associação estão voltados à formação de lideranças preparadas aos desafios sociais e profissionais impostos pela sociedade global (AJET, 2014). Sabe-se que as micro e pequenas empresas possuem forte representatividade na economia do nosso país e da nossa região, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico regional. No entanto, segundo dados do Sebrae, atualmente, 26,9% das pequenas empresas brasileiras não conseguem se manter nos dois primeiros anos de vida. Um dos motivos que influencia nesse resultado é a falta de instrumentos gerenciais sobre o negócio. A informação é primordial para o sucesso, porém muitas micro e pequenas empresas trabalham no escuro, sem informações básicas sobre o negócio, como seu saldo de caixa, sua lucratividade líquida, sua capacidade de pagamento, seu capital de giro, controle de estoques e demais indicadores de gestão. Corroborando com Tachizawa (2004) que menciona que os pequenos negócios possuem gestão informal e os dados, muitas vezes não são estratégicos. Buscar instrumentos que atendam ao processo de gestão organizacional torna-se essencial para a permanência das empresas no mercado. Instrumentos que demonstram a situação da empresa e apresentam indicadores que possibilitam a tomada de decisões sobre o rumo da empresa e de ações corretivas contra eventuais problemas e ineficiências do processo organizacional (RAUPP; MARTINS; BEUREN, 2006, p. 121). Gomes e Salas (1999, p. 22) explicam que o controle de gestão é um mecanismo de reforço do comportamento positivo e correção de rumo no caso de resultados não desejados. Atkinson et al. (2000, p. 581) tratam o controle de gestão como o conjunto de métodos e ferramentas que os membros da empresa usam para mantê-la na trajetória para alcançar seus objetivos. A proposta de um projeto de intervenção nas empresas associadas à AJET contará com atividades de extensão e atividades de pesquisa. A pesquisa nesse processo será fundamental para o conhecimento da realidade das empresas integradas e permitirá a proposta e a aplicação de instrumentos gerenciais direcionados para as reais necessidades dos empreendimentos estudados.
O projeto vem ao encontro com a linha de extensão, Administração Estratégica e Desenvolvimento Sustentável da UnA CSDNS, pois contemplará temas que envolvem, o desenvolvimento regional, o empreendedorismo a gestão informacional. O projeto também está articulado com os Projetos Pedagógicos dos Cursos de Ciências Contábeis e Administração. No Curso de Ciências Contábeis contempla assuntos vistos nas Unidades de Aprendizagem de Análise das Demonstrações Contábeis, Orçamento Empresarial e Controladoria, Contabilidade Estratégica, Contabilidade e Análise de Custos, já no Curso de Administração envolve assuntos trabalhados nas disciplinas de Gestão Financeira, Análise de Custos, Orçamento Empresarial e Controladoria, Empreendedorismo, Elaboração e Análise de Projetos e Gestão de Micro e Pequenas Empresas. Além da articulação com as disciplinas, possui articulação com as linhas de pesquisa dos cursos. A proposta atende o que determina a UnA CSDNS (2010), que a natureza da extensão permite, convida, incentiva a transversalidade, a interdisciplinaridade, a conexão ilimitada entre saberes, dizeres e fazeres, a educação permanente e a formação integral: técnica, cidadã e humana, pois envolverá alunos de vários cursos, permitindo tais alunos irem além da técnica, exercendo sua cidadania, pois contribuirão para a sobrevivência dos pequenos negócios e, consequentemente, para o desenvolvimento socioeconômico da nossa região. Trata-se de uma proposta que permitirá a adoção de estratégias competitivas consolidadas, oriundas de indicadores de gestão gerados a partir de instrumentos gerenciais que refletem a realidade na organização, ou seja, uma estratégia é adequada quando ela é gerada a partir de dados fidedignos e seguros. Porter (1999) enfatiza que a estratégia é o caminho para a geração de diferenciais competitivos balizados por modelos de gestão eficientes. Nessa direção, Ferraz; Kupler; Haguenauer (1997) discorrem que os diferenciais competitivos são sistêmicos e dependem das competências internas às empresas, ao mercado e aos atores institucionais e são resultados especificamente da estratégia competitiva adotada e para isso é fundamental a utilização de instrumentos gerenciais. Essa proposta não é nova na região, pois algumas instituições já adotaram, tais como Sebrae, empresas Juniores, consultores. No entanto, a originalidade do projeto está em primeiro lugar na utilização da pesquisa de campo, em segundo lugar na socialização dos resultados da pesquisa com as micro e pequenas empresas e, em terceiro lugar pela orientação na aplicação dos instrumentos gerenciais propostos. Além disso, a primeira e segunda edição do projeto realizado na AMPE e CDL possibilitaram: a) sensibilizar as micro e pequenas empresas associadas sobre a importância e a necessidade de utilização de instrumentos gerenciais para se tornarem mais competitivas; b) identificar os instrumentos de gestão utilizados por mais de 150 empresas; c) propor instrumentos gerenciais às empresas associadas, possibilitando a geração de informações sobre o seu desempenho; d) aproximar a universidade do setor empresarial; e) aos alunos conciliar a teoria vista em sala de aula com a realidade prática, bem como conhecer empresas de diferentes segmentos. Fatores como o projeto de extensão ser relevante para a comunidade empresarial, atender um público diferenciado com demandas não atendidas por outros projetos institucionais e também fortalecer a relação entre a universidade e o setor empresarial, motivaram a submissão neste edital de extensão de 2016. Portanto, o projeto se enquadra como estratégico e ao mesmo tempo contribui para a geração de desenvolvimento local, uma vez que irá intervir diretamente nas estratégias competitivas das empresas participantes. (máx. 2 p.) 3. Objetivos 3.1 Objetivo Geral Aplicar instrumentos gerenciais para a consolidação da estratégia competitiva em empresas de micro e pequeno porte associadas à AJET 3.2 Objetivos específicos a) Sensibilizar as empresas associadas à AJET quanto à importância da utilização dos principais instrumentos gerenciais.
b) Realizar oficina sobre os principais instrumentos gerenciais utilizados nas empresas de micro e pequeno porte. c) Realizar oficina sobre estratégias competitivas voltadas para micro e pequenas empresas. d) Identificar os principais instrumentos gerenciais utilizadas pelas empresas associadas à AJET. e) Propor instrumentos gerenciais para a realidade das empresas estudadas, na forma de seminário. g) Socializar os resultados para todas as empresas associadas à AJET. h) Disponibilizar para a AJET os instrumentos gerenciais propostos. (máx. 1 p.) 4. Metodologia O público alvo participante da proposta será composto pelos dirigentes, empresas associadas à AJET e convidados. A seguir são apresentadas as etapas do projeto, acompanhadas das atividades e respectivas metas. Etapas Atividades Metas Apresentar o projeto para os e para o extensionista. Capacitar os e o extensionista. Apresentar o projeto para a AJET. Sensibilizar as empresas associadas à AJET quanto à importância da utilização dos principais instrumentos gerenciais. Realizar oficina sobre os principais instrumentos gerenciais utilizados nas empresas de micro e pequeno porte. Realizar oficina sobre estratégias competitivas voltadas para micro e pequenas empresas do comércio local. Identificar os principais instrumentos gerenciais utilizadas pelas empresas associadas à AJET. Propor instrumentos gerenciais para a realidade das empresas estudadas, na forma de seminário. Socializar os resultados para todas as empresas associadas à AJET. -Realizar encontros para apresentação e discussão do projeto e materiais para estudo. - Apresentação do projeto. - Realizar oficinas de preparação. - Capacitar 60. - Capacitar o extensionista. - Entrar em contato com dirigentes da AJET. - Realizar reunião para apresentação do projeto. - Verificar a relação de empresas associadas à AJET por meio de base de dados disponível pela própria entidade. - Demonstrar os benefícios da utilização de instrumentos gerenciais por meio de oficinas. - Comprovar que para ser estratégico é preciso investir em instrumentos gerenciais. - Apresentação do projeto. - Lista de empresas. - Sensibilizar as empresas. - Organizar oficina sobre o tema. - Realização de uma oficina. - Organizar oficina sobre o tema. - Realização de uma oficina. - Realizar referencial teórico. - Elaborar instrumento de pesquisa. - Realizar a coleta de dados. - Analisar os dados. - Organizar seminário de apresentação dos instrumentos gerenciais. - Organizar os dados coletados em CD. - Pesquisa realizada. - Realização da apresentação dos instrumentos gerenciais em reunião da AJET com os alunos. - Socialização realizada.
Disponibilizar para a AJET - Encaminhar a proposta realizada - Disponibilidade dos os instrumentos gerenciais para os dirigentes da AJET. instrumentos gerenciais propostos. efetuada. Serão envolvidos 60 para o desenvolvimento das seguintes atividades: a) Capacitação sobre as atividades por meio de encontros presenciais realizados pela professora e extensionista. b) Oficinas de sensibilização aos empresários participantes do projeto realizadas pelos alunos com supervisão da professora. c) Produção de material para oficinas sob orientação da professora. d) Oficinas de capacitação para a comunidade empresarial, realizados pelos alunos com supervisão da professora. e) Realização da pesquisa de campo: construção do referencial teórico sobre o tema estudado; construção do instrumento de pesquisa, coleta e análise dos dados coletados sob orientação da professora. As atividades desenvolvidas pelos alunos serão orientadas pela professora e pelo extensionista, por meio de encontros presenciais. Pretende-se distribuir as atividades formando equipes, que ficarão responsáveis por um conjunto de empresas. A seguir distribuição da carga horária do professor, bolsistas. Professora coordenadora 8 horas aula. Extensionista 20 horas. Bolsistas: 20 horas. (máx. 2 p.) 5. Cronograma A seguir as etapas a serem desenvolvidas na proposta com os respectivos responsáveis: Etapas Responsáveis Meses mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev Apresentar o projeto para os e para o extensionista Capacitar os e o extensionista. Sensibilizar as empresas associadas à AJET quanto à importância da utilização dos principais instrumentos gerenciais. Realizar oficina sobre os principais instrumentos gerenciais utilizados nas empresas de micro e pequeno porte. Realizar oficina sobre estratégias competitivas voltadas para micro e pequenas empresas. Identificar os principais instrumentos gerenciais utilizadas pelas empresas associadas à AJET. Propor instrumentos gerenciais para a realidade das empresas estudadas, na forma de seminário. Professor Professor X X
Socializar os resultados para todas as empresas associadas à AJET. Disponibilizar para a AJET os instrumentos gerenciais propostos. X X (apresentar na forma de tabela para 12 meses) 6. Resultados Esperados com o Projeto Espera-se com esse projeto: a) contribuir para a inovação no processo de gestão das micro e pequenas empresas, gerando informações que auxiliem os gestores na gerência dos negócios. b) contribuir para o aumento do índice de sobrevivência dos pequenos negócios e consequentemente para o desenvolvimento regional. c) contribuir para a competitividade dos pequenos negócios. d) permitir uma formação integral aos alunos envolvidos, pois além da técnica trabalhada em sala de aula eles poderão exercer a sua cidadania. e) contribuir para fortalecer as competências empreendedoras e o desenvolvimento local. (máx. 1 p.) 7. Itens financiáveis e parcerias As infraestruturas necessárias da universidade para desenvolver o projeto serão: espaço do grupo de pesquisa, um auditório, data show, internet, acervo bibliográfico e computador. Com relação as horas, serão 8 horas para a professora e 20 horas para o extensionista. Já a entidade parceira apoiará cedendo as instalações para a realização das oficinas. (máx. 1 p.) 8. Referências ATKINSON, Antony et al.. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000. ASSOCIAÇÃO DOS JOVENS EMPREENDEDORES DE TUBARÃO AJET. Disponível em: http://ajet-tb.blogspot.com.br/ Acesso em: 24.11.2015. FERRAZ, J. C.; KUPLER, D.; HAGUENAUER, L. Made in Brazil: desafios competitivos para a indústria. Rio de Janeiro: Campus, 1997. GOMES, Josir S.; SALAS, Joan M.. Controles de gestão: uma abordagem contextual e organizacional. São Paulo: Atlas, 1999. PORTER, M. Competição on competition: estratégias competitivas essenciais. Rio de Janeiro: Campus, 1999. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando idéias em negócios. 4ª. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2012. TACHIZAWA, Takeshy; FARIA, Marília de Sant'Anna. Criação de novos negócios: gestão de micro
e pequenas empresas. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004. SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. As 40 perguntas mais frequentes dos empresários. São Paulo: Fevereiro/2008. Disponível em: http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/e14a7db666bb501483257425004f5728/$file/n T00037656.pdf. Acesso em: 24.02.2011. RAUPP, Fabiano Maury.MARTINS, Samuel João. BEUREN. Ilse Maria. Utilização de controles de gestão nas maiores indústrias catarinenses. Revista de Contabilidade e Finanças USP, São Paulo, n. 40, p. 120 132, Jan./Abr. 2006.