PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DA PARAÍBA Secretaria de Administração e Orçamento Seção de Engenharia e Arquitetura/COSEG PROJETO BÁSICO Nº 01/2013 O presente Projeto Básico, que tem a finalidade de contratar os serviços de empresa ou profissional de engenharia elétrica para a elaboração de laudo técnico e projeto de adequação e melhorias na subestação abrigada do edifício sede do TRE PB, em João Pessoa - PB, que seguirá as especificações a seguir. J U S T I F I C A T I V A A subestação elétrica do edifico Sede deste TRE/PB apresenta falhas de instalação, montagem e projeto. Essas falhas são diversas e remontam desde a inauguração da edificação com quedas de tensão, desligamento da subestação e queima de equipamentos. Vários problemas já foram identificados e listados desde a inauguração e laudos posteriores como os apresentado pela Marca Engenharia LTDA em outubro de 2003 e pela Mega construções LTDA em fevereiro de 2013 (anexos). Ambos os relatórios apontam falhas graves que comprometem a operação e segurança das instalações sendo algumas abaixo citadas: 1. Tamanho reduzido da subestação; 2. Temperatura muito elevada; 3. Diversas falhas nas condições de segurança como piso emborrachado, alavancas de manobra, dificuldade de acesso; 4. Sobrecarga elétrica em elementos do sistema e o aumento de carga. 5. Exaustores mal instalados; 6. Dificuldade de fuga em caso de sinistro na subestação; A subestação ainda se torna pequena ante a necessidade de instalação de grupo gerador com maior capacidade visando atender demandas em horário de ponta com o objetivo de reduzir os custos no consumo de energia. A subestação ainda requer a instalação de bancos de capacitores para regular o consumo de energia reativa no prédio sede que gera despesa de até R$3.000,00/mês (três mil reais por mês) em multas. A subestação é abrigada e localiza-se no subsolo do edifício sede do TRE-PB, opera com dois transformadores de 500KVA cada, alimentados em alta tensão (13,8KV). Em evento recente, a alta temperatura e as condições de manutenção da subestação foram as prováveis causa do dano sofrido em um dos transformadores com sua queima, danificação da carcaça e vazamento de óleo.
Diante desta falha, foi evidente a dificuldade em se operar e manutenir a subestação nas atuais condições, onde uma parede precisou ser derrubada para troca deste transformador, deixando sua estrutura extremamente vulnerável e operando de forma provisória numa condição de risco de morte, uma vez que a grade frontal foi parcialmente deslocada e o acesso ao transformador e seu barramento facilitado. Note-se ainda que o transformador danificado foi o mais próximo a porta de acesso e caso o sinistro houvesse ocorrido no outro, toda estrutura de quadros de comando e barramentos teriam que ser removidos para sua troca. Este TRE-PB não possui na sua estrutura servidor habilitado, capacitado e com experiência para realização deste projeto. Ante a urgência e importância desta reforma, solicitamos a contratação de profissional habilitado e com experiência profissional para realizar laudo e projeto básico completo, com orçamento, projeto executivo e memorial descritivo
E S P E C I F I C A Ç Õ E S T É C N I C A S 1. DISPOSIÇÕES GERAIS Os serviços contratados serão executados rigorosamente de acordo com as normas a seguir: 1.1. O serviço a ser contratado é especificamente de engenharia, devendo a empresa ou profissional contratado apresentar obrigatoriamente, quando do início dos serviços, Anotação de Responsabilidade Técnica respectiva; 1.2. A mão-de-obra a ser empregada será especializada. A empresa ou profissional contratado deverá comprovar, através de acervo técnico, experiência na área de projetos e/ou reforma de subestação de no mínimo 1000KVA, compatível com os serviços em questão; 1.3. Caso seja contratada empresa, esta manterá, durante a realização do serviço, profissional responsável a esclarecer eventuais dúvidas por parte de equipe fiscalizadora deste Tribunal, e funcionários necessários ao bom andamento dos trabalhos; 1.4. Será de inteira responsabilidade da empresa ou profissional contratado, durante a execução e até a entrega definitiva do objeto contratado, qualquer dano ou avaria que possa ocorrer, no interior da edificação, por negligência sua ou de sua equipe de funcionários; 1.5. Serão impugnados pela fiscalização todo e qualquer trabalho que não satisfaça as condições contratuais; 1.6. Os serviços contratados serão realizados em 3 etapas e consistem na realização de: A. Perícia e Laudo de engenharia A.1. Perícia de engenharia com elaboração de laudo técnico acerca das irregularidades encontradas na subestação do edifício e ramais de distribuição até os quadros de distribuição em cada andar, além do mapeamento do consumo do edifício sede deste TRE-PB; B. Projeto Básico, Projeto executivo, Memorial descritivo, Orçamento e Cronograma. B.1. Projeto de reforma da subestação do edifício sede do TRE-PB, o projeto deve levar em consideração o atendimento às normas vigentes de instalação e operação dos equipamentos, segurança dos operadores e instalações, garantia do funcionamento da edificação, economia de energia e redução do valor da fatura; B.2. Especificação de todos os materiais, equipamentos, mão-de-obra e técnicas de execução para os serviços de intervenção definidos no projeto de reforma e/ou adaptação da subestação; B.3. Orçamento analítico e cronograma físico-financeiro previstos para execução dos serviços de intervenção definidos no projeto de reforma; C. Fiscalização da reforma C.1. Fiscalização da execução dos serviços de intervenção definidos no projeto executivo, num total de quatro visitas à obra. 1.7. A empresa ou profissional contratado deverá avaliar a atual condição da subestação, sua operação e o estado dos equipamentos elaborando um laudo. 1.8. O laudo deve descrever a atual condição da subestação e seus riscos, além de propor soluções emergenciais (caso necessárias) e apresentar as alternativas para a reforma da subestação com estimativa de custos das possíveis soluções. 1.9. As sugestões apresentadas devem levar em consideração ainda a economia e eficiência energética da edificação. 1.10. Ficará a empresa ou profissional contratado obrigado a apresentar os resultados obtidos durante o levantamento das condições atuais, ao pessoal técnico pertencente à SEARQ;
1.11. Após apresentação do laudo ao setor técnico da SEARQ e submetido a administração deste TRE-PB, deverá ser elaborado projeto básico, projeto executivo, memorial descritivo, orçamento e cronograma físico/financeiro. 1.12. O projeto básico terá em seu corpo as justificativas para as soluções adotadas no projeto executivo, descrição geral dos serviços a serem executados e memorial descritivo. 1.13. O memorial descritivo deve conter o procedimento operacional de todos os serviços a serem executados, recomendações técnicas e indicação das normas a serem seguidas. 1.14. O projeto executivo deverá seguir as normas da ABNT e da concessionária local. Quando o serviço/equipamento não tiver previsão em normas nacionais poderão ser utilizadas as normas internacionais pertinentes. 1.15. O projeto executivo deverá ser aprovado na concessionária local (Energisa/PB) e apresentado juntamente com ART devidamente assinada e quitada. 1.16. A empresa ou profissional contratado deverá apresentar a especificação técnica de materiais, equipamentos, mão-de-obra e técnicas de execução para a plena execução dos serviços de intervenção definidos no projeto executivo; 1.17. Devido ao alto custo de alguns equipamentos envolvidos, deve ser analisada e acordada entre este TRE-PB e a contratada, a possibilidade de realização de compra direta ao fabricante destes visando a diminuição do custo total da obra. 1.18. As especificações técnicas deverão ater-se preferencialmente aos materiais, equipamentos e serviços existentes ao mercado local. Exceto quando indispensável, as especificações técnicas não poderão reproduzir catálogos de um determinado fornecedor ou fabricante, a fim de permitir alternativas de fornecimento; 1.19. A empresa ou profissional contratado deverá elaborar planilha orçamentária analítica, com detalhamento do BDI, inclusive planilha de composição de custo de todos os itens da planilha orçamentária, para esclarecer o custo de execução dos serviços de intervenção definidos no projeto reforma da subestação. A elaboração do orçamento analítico deverá: Utilizar preferencialmente as composições e insumos constantes na tabela SINAPI publicada pela Caixa Econômica Federal na região do estado da Paraíba; Para os itens não constantes no SINAPI, deverá ser feita coleta de preços no mercado local, juntando comprovação da pesquisa realizada identificando no mínimo produto/serviço pesquisado, fornecedor, data da pesquisa e valor; Avaliar os custos horários de equipamentos, considerando as condições locais de operação e a taxa legal de juros; Avaliar a Taxa de Leis Sociais (LS) em função das características do local de execução dos serviços e pagamento de adicionais como periculosidade, insalubridade e noturno; Avaliar a Taxa de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) em função do volume ou porte dos serviços e do local de execução; Pesquisar os índices de aplicação de materiais e mão-de-obra, considerando as condições locais ou regionais de execução. 1.20. A empresa ou profissional contratado deverá elaborar cronograma físico-financeiro (do tipo diagrama de barras), para esclarecer o prazo de execução dos serviços de intervenção definidos no projeto de reforma da subestação; 1.21. A entrega final dos desenhos e documentos de projeto deverá ser realizada em discos óticos (CD ROM), acompanhados de duas cópias impressas, devidamente assinadas e aprovadas. 1.22. A empresa ou profissional contratado deverá fiscalizar a execução dos serviços de intervenção definidos no projeto executivo, visitando pelo menos quatro vezes o canteiro de obras.
1.23. A primeira visita deverá ser no início das atividades, para dar orientações ao responsável pela execução e prestar possíveis esclarecimentos das tarefas a serem executadas. A última visita coincidirá com a data do recebimento definitivo da execução dos serviços. As duas outras visitas serão definidas oportunamente pelo Gestor/Fiscal do contrato. 1.24. Para cada visita realizada pela fiscalização deverá ser apresentado um relatório técnico de fiscalização dos serviços executados. 1.25. Este serviço será pago por visita e apenas após a apresentação de relatório de visita assinado além das documentações previstas em contrato. 1.26. Todos os pagamentos referentes às taxas, licenças, impostos, etc., para o serviço, serão de responsabilidade da empresa ou profissional contratado; 1.27. Cabe à empresa ou profissional contratado fornecer toda ferramenta, maquinaria e equipamentos necessários à perfeita execução do serviço contratado; 2. DO PRAZO 2.1. O serviço de execução de vistoria e laudo deverá ser concluído em até 30 dias após assinatura do contrato. 2.2. O conjunto de projeto básico, projeto executivo, orçamento, composições e cronograma devem ser concluídos em até 60 dias após apresentação do laudo e definição por parte deste TRE-PB da solução a ser tomada. 2.3. A empresa ou profissional contratado se disporá por até um ano após a assinatura do contrato para a realização das visitas técnicas estando dispensado após este prazo de tal obrigação. Cada visita terá sua data determinada em comum acordo entre fiscalização e contratada. 3. DAS PENALIDADES 3.1. DAS PENALIDADES E DO DESCONTO DO VALOR DA MULTA (EXTRAÍDO DE MODELO FORNECIDO PELA SAO) 3.1.1. O CONTRATANTE poderá aplicar à CONTRATADA as penalidades previstas no artigo 87 da Lei nº 8.666/93 e suas alterações, mediante publicação no Diário Oficial da União, Seção 3. 3.1.2. A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, no prazo de 05 (cinco) dias, contados da notificação do CONTRATANTE, caracteriza o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-o à penalidade de multa no percentual de até 30% (trinta por cento) sobre o valor global da obrigação não cumprida. 3.1.3. Caso a contratada não preste o serviço contratado no prazo e condições avençadas, ficará sujeita a multa de mora diária de 0,05% (zero vírgula zero cinco por cento) sobre o valor do contrato até o máximo de 10 (dez) dias. 3.1.4. Sendo o atraso superior a 10 (dez) dias, configurar-se-á a inexecução parcial ou total da obrigação, a ensejar a aplicação da multa compensatória prevista no item 1.5, sem prejuízo da aplicação da multa moratória, limitada a 0,5% (zero vírgula cinco por cento). Se o atraso, a critério da Administração, inviabilizar a execução do serviço, restará configurada a inexecução total da obrigação assumida, sem prejuízo da rescisão unilateral da avença. 3.1.5. Caso haja inexecução contratual que motive e resulte em rescisão unilateral da avença, além das sanções administrativas supracitadas, será aplicável multa compensatória de até 30% (trinta por cento) ou de até 15% (quinze por cento) sobre o valor do contrato/item, conforme a inexecução seja total ou parcial, respectivamente.
3.1.6. A aplicação das multas compensatória e moratória não necessitam ser publicadas no DOU, devendo a intimação da apenada dar-se por meio de notificação. 3.1.7. As sanções estabelecidas neste item são da competência exclusiva da autoridade designada nos normativos internos deste Tribunal, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da efetiva notificação. 3.1.8. A autoridade competente, na aplicação das penalidades previstas neste item, deverá levar em consideração a gravidade da conduta da Contratada, o caráter educativo da pena, bem como o dano causado ao Contratante, observados os princípios da proporcionalidade, da razoabilidade, da prevalência e indisponibilidade do interesse público, em decorrência de circunstâncias fundamentadas em fatos reais e comprovados. 3.1.9. O valor da multa moratória ou compensatória, nos termos do artigo 86, 3º da LLC, poderá ser descontado dos créditos da Contratada, da garantia contratual ou cobrado judicialmente, nesta ordem. 3.1.10. O recolhimento do valor da multa, moratória ou compensatória, deverá ser feito no prazo de 5 (cinco) dias úteis contados da data da intimação da aplicação da sanção, sob pena de seu desconto ser efetuado conforme item anterior, acrescida de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês. 3.1.11. As penalidades estabelecidas nesta cláusula deverão ser registradas no SICAF. 3.1.12. As penalidades descritas nesta cláusula não excluem a possibilidade de o CONTRATANTE cobrar da CONTRARADA indenização por eventuais perdas e danos. João Pessoa, 16 de Abril de 2013. PAULO FERNANDO FARIAS DE SOUZA JÚNIOR Téc. Judiciário Téc. em Edificações Mat. 0501