PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L) Vera Lúcia Pimentel Salazar Bióloga, Dr., PqC do Polo Regional Centro Sul/APTA vsalazar@apta.sp.gov.br



Documentos relacionados
ANEX0 1 - Ementas Curso PmaisL SENAI MG CURSO. Aplicação da Metodologia de Produção mais Limpa em Empresas

4 Produção Limpa e SGA

PROPRIEDADE REGISTRADA. O que fazer para alcançar ar o Desenvolvimento Empresarial Sustentável?

SGA. Sistemas de gestão ambiental. Sistemas de gestão ambiental. Sistemas de gestão ambiental 07/04/2012

NORMA ISO Sistemas de Gestão Ambiental, Diretrizes Gerais, Princípios, Sistema e Técnicas de Apoio

1. Metodologias de gestão ambiental com enfoque em prevenção da. 3. Metodologia de produção mais limpa desenvolvida pela UNIDO/UNEP

POLÍTICA DE PROMOÇÃO E COOPERAÇÃO EM PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEIS NO MERCOSUL

Estudo de Caso: Aplicação de Produção Mais Limpa no Processo de Embalagem de Soquetes de Luminárias

Questionário de Levantamento de Informações

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

OBJETIVO Apresentar e analisar analisar a implementação implementação de

Concurso da Prefeitura São Paulo. Curso Gestão de Processos, Projetos e Tecnologia da Informação. Tema: Gestão de Projetos - Conceitos Básicos

EDITAL CHAMADA DE CASOS PARA PARTICIPAÇÃO DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS INICIATIVAS INOVADORAS PARA SUSTENTABILIDADE EM DISTRIBUIÇÃO E LOGÍSTICA

Programa de Qualidade em Projetos e Obras de Engenharia Palestrante: Paulo Yazigi Sabbag, Dr., PMP. Curitiba, Maio 2011

ENG 2332 CONSTRUÇÃO CIVIL I

Micro-Química Produtos para Laboratórios Ltda.

Introdução. Gerência de Projetos de Software. Sumário. Sistemas de Informação para Processos Produtivos

METODOLOGIA DE PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE PELO GERENCIAMENTO DE PROJETOS

Eixo Temático ET Gestão de Resíduos Sólidos VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA NOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS

Por que sua organização deve implementar a ABR - Auditoria Baseada em Riscos

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS

VERSÃO COMPACTA. 17ª Edição do PRÊMIO FIESP de MÉRITO AMBIENTAL 14 de Março de Responsável pelas informações:

Alternativas tecnológicas disponíveis. Variações de custo e de segurança das operações.

5. Criar mecanismos de incentivo para facilitar que as empresas atendam o PNRS.

PROGRAMAS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

Proposta de avaliação de desempenho através dos custos da qualidade em sistemas de gestão da qualidade certificados

POLÍTICA DE SAÚDE E SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA

Processos Administrativos de Compras

PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA MELHORIAS NO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO E REFRIGERAÇÃO

Inteligência Tecnológica

Capítulo 2 Objetivos e benefícios de um Sistema de Informação

da Qualidade ISO 9001: 2000

FATEC EAD TECNOLOGIA EM GESTÃO EMPRESARIAL PROJETO INTERDISCIPLINAR IV

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

CONSIDERE ESTRATÉGIAS DE AQUISIÇÃO DE SELOS MECÂNICOS QUE SEJAM MUTUAMENTE BENÉFICAS. por Heinz P. Bloch

Referenciais da Qualidade

Projeto de inovação do processo de monitoramento de safra da Conab

As Organizações e a Teoria Organizacional

Pesquisa & Desenvolvimento

Introdução Ciclo de vida tradicional de desenvolvimento Prototipagem Pacotes de software Desenvolvimento de 4ª geração Terceirização

C O B I T Control Objectives for Information and related Technology

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto

Projetos acadêmicos Economia verde

Administração Estratégica

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL

ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005

Acrescido o Anexo Único pelo Decreto n 1.349/15, efeitos a partir de ANEXO ÚNICO

SERÁ ENCAMINHADO AO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO O NOVO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MATERIAIS, COM INÍCIO PREVISTO PARA 2008

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras

ISO 9001: SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE

NORMA ISO Sistemas de Gestão Ambiental, Diretrizes Gerais, Princípios, Sistema e Técnicas de Apoio

Introdução. Escritório de projetos

Modelo de Gestão CAIXA. 27/05/2008 Congresso CONSAD de Gestão Pública

GESPÚBLICA. Brasília ǀ 25 de Setembro de 2012

Válvulas de Controle-"Case"- Copesul. Nelzo Luiz Neto da Silva 1 Jader Weber Brum 2

Metodologias de Apoio ao Planejamento Estratégico. Profa. Lillian Alvares Faculdade de Ciência da Informação, Universidade de Brasília

PREPARANDO A IMPLANTAÇÃO

Sustentabilidade ambiental das organizações. através da produção mais limpa ou. pela Avaliação do Ciclo de Vida

Melhoria do desempenho ambiental e consequentemente, aumento da eficiência de seus processos produtivos.

SGI SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO

PASSO 1 COMO VOCÊ ESTÁ ADMINISTRANDO SUA EMPRESA?

Fundação Vanzolini O GERENCIAMENTO DA QUALIDADE NA SAÚDE E A ACREDITAÇÃO. Departamento de Certificação

Gestão Operacional do Negócio Distribuição Alinhada ao Modelo Regulatório. José Maria de Macedo

TRANSIÇÃO DAS CERTIFICAÇÕES DOS SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE E SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL, PARA AS VERSÕES 2015 DAS NORMAS.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR

Produção Mais Limpa Como Aplicar na Indústria Química

Descrição do processo de priorização para tomada de tempos: Pesquisa ação em uma empresa job shop de usinados aeronáuticos.

Recursos Hídricos. Clima e Recursos Hídricos. Anexo III-e. Prospecção Tecnológica. Síntese de Painel de Especialistas

ESTUDO DE VIABILIDADE

POLÍTICA DE RELACIONAMENTO CORPORATIVO COM GRANDES CLIENTES

Gestão dos Pequenos Negócios

Cliente Empreendedorismo Metodologia e Gestão Lucro Respeito Ética Responsabilidade com a Comunidade e Meio Ambiente

Governança Corporativa. A importância da Governança de TI e Segurança da Informação na estratégia empresarial.

Plano de sensibilização do Projeto Simbiose Industrial para os Arranjos Produtivos Locais do Rio Grande do Sul

INOVAÇÃO para a SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL. Eng. Márcio Torres Diretor CNTL SENAI/UNIDO/UNEP Novembro de 2012

Soluções Energéticas

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE

PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL CEASA GO.

PROCEDIMENTO GERAL. Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL DAS EMPRESAS ELETROBRAS

Ficha de Inscrição do 17º Prêmio Expressão de Ecologia

O valor de ser sustentável

NÚCLEOS DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA

Projeto de Gestão pela Qualidade Rumo à Excelência

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 24

NORMA NBR ISO 9001:2008

TERCEIRIZAÇÃO NA MANUTENÇÃO O DEBATE CONTINUA! Parte 2

ADMINISTRAÇÃO GERAL GESTÃO DE PROCESSOS

A PARTICIPAÇÃO DOS ENGENHEIROS DE PRODUÇÃO NA GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL

Como a Qualidade contribui para o seu negócio

Introdução à Administração Financeira

Manual de Risco Operacional

EXTRATO DA POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS

CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL CONFORME A NBR ISSO 14001: UMA ANÁLISE ECONÔMICA DO SGA DA EMPRESA DOURAMOTORS DOURADOS, MS. RESUMO

Transcrição:

PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L) Vera Lúcia Pimentel Salazar Bióloga, Dr., PqC do Polo Regional Centro Sul/APTA vsalazar@apta.sp.gov.br A Produção Mais Limpa (PML) é uma estratégia aplicada na produção e nos produtos a fim de economizar e maximizar a eficiência do uso de energia, matérias-primas e água e ainda minimizar ou reaproveitar resíduos gerados. Ela tem procedimentos simples e econômicos podendo chegar a um número maior de empresas, pois a análise é feita compreendendo apenas a unidade fabril em questão, sem considerar a cadeia produtiva como um todo, ou seja, fornecedores e clientes não são focos de estudo. Segundo o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável-CEBDS, a PML com seus elementos essenciais adota uma abordagem preventiva em resposta à responsabilidade financeira adicional trazida pelos custos de controle da poluição e dos tratamentos de fim de tubo, assim como auxilia as empresas a adotarem práticas de fabricação através de um novo conceito de produção e consumo. Com a finalidade de promover o desenvolvimento sustentável nas micro e pequenas empresas do país, foi criada a Rede Brasileira de Produção mais Limpa, que difunde o conceito de ecoeficiência e a metodologia de PML como instrumentos para aumentar a competitividade, a inovação e a responsabilidade ambiental no setor produtivo brasileiro. O programa visa desenvolver uma nova consciência ambiental, evidenciando que a preocupação com as questões ambientais é uma forma inteligente de se obter ganhos econômicos também. A PML é uma forma de produzir melhor, gastando menos, e que nem sempre a alteração em um processo depende de investimentos financeiros. Desta forma, a PML propõe que as empresas invistam em tecnologias para redução de resíduos. Para isto, existe uma metodologia que auxilia este processo.

A metodologia da PML envolve algumas etapas, e o SEBRAE (2004) as apresenta da seguinte forma: a) planejamento e organização: comprometimento da direção e dos funcionários, e formação de equipes de trabalho; b) pré-avaliação e diagnóstico: estabelecimento de metas para PML e elaboração de fluxogramas, com avaliação de entradas e saídas; c) avaliação da PML: identificar as ações que podem ser implementadas imediatamente e as que necessitam de análises adicionais mais detalhadas, através de balanços materiais e de energia e informações das fontes e causas da geração de resíduos e emissões; d) estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental: selecionar as oportunidades viáveis e documentar os resultados esperados; e) implementação e plano de continuidade: implementar as opções selecionadas e assegurar atividades que mantenham a PML, monitorar e avaliar as oportunidades implementadas, assim como planejar atividades que assegurem a melhoria contínua com a PML. Produção Mais Limpa (PML), de acordo com o CNTL (1999), significa a aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em todos os setores produtivos. As tecnologias ambientais convencionais trabalham principalmente no tratamento de resíduos e emissões existentes, atuando no final do processo de produção (técnicas de fimde-tubo). Estas tecnologias são caracterizadas por despesas adicionais para a empresa, como por exemplo, a colocação de filtros e estações de tratamento. A Produção Mais Limpa, por sua vez, integra os objetivos ambientais ao processo de produção, com a finalidade de reduzir os resíduos e as emissões em termos de quantidade e toxicidade, e consequentemente os custos também são reduzidos, conforme observado por Lemos (1998). Algumas das vantagens da Produção Mais Limpa, comparada com as tecnologias convencionais de fim-de-tubo são as seguintes (CNTL,1999):

- redução da quantidade de materiais e energia usados; - exploração do processo produtivo com a minimização de resíduos e emissões, induzindo a um processo de inovação dentro da empresa; - processo de produção é visto como um todo, minimizando os riscos na disposição dos resíduos e nas obrigações ambientais. - caminho para um desenvolvimento econômico mais sustentado, através da minimização de resíduos e emissões. Todos os resíduos que a empresa gera custaram-lhe dinheiro, pois foram comprados a preço de matéria-prima e consumiram insumos como água e energia. Uma vez gerados, continuam a consumir dinheiro, seja sob a forma de gastos de tratamento e armazenamento, seja sob a forma de multas pela falta desses cuidados, ou ainda pelos danos à imagem e à reputação da empresa (CEBDS, 2008). Vale salientar que minimizar resíduos significa (KIPERSTOK, 2002): aumentar a eficiência ecológica da empresa transformando toda a matéria-prima em produto; beneficiar-se das vantagens comerciais aumentando a competitividade; minimizar custos de retrabalho; reduzir o impacto ambiental do processo produtivo. De acordo com ideais da UNIDO/UNEP, a implementação de Produção Mais Limpa segue as seguintes etapas: Tarefa 01 - Comprometimento da direção da empresa; Tarefa 02 - Sensibilização dos funcionários; Tarefa 03 - Formação do Ecotime; Tarefa 04 - Estabelecimento das metas da P+L; Tarefa 05 - Pré-avaliação; Tarefa 06 - Elaboração dos fluxogramas (avaliação de entradas e saídas); Tarefa 07 - Tabelas quantitativas; Tarefa 08 - Definição de indicadores; Tarefa 09 - Avaliação dos dados coletados; Tarefa 10 - Identificação de barreiras; Tarefa 11 - Seleção do foco de avaliação e priorização; Tarefa 12 - Balanços de massa e de energia;

Tarefa 13 - Avaliação das causas de geração dos resíduos; Tarefa 14 - Geração das opções de P+L; Tarefa 15 - Avaliações técnica, ambiental e econômica; Tarefa 16 - Seleção da opção; Tarefa 17 - Implementação da opção; Tarefa 18 - Elaboração dos Planos de monitoramento e continuidade. O fluxograma do processo de Produção mais Limpa encontra-se na Figura 1. Figura 1. Fluxograma de opções de Produção Mais Limpa (SENAI RS, 2003). Na Figura 1, o processo de Produção mais Limpa deve seguir preferencialmente o nível 1. Em um programa de ecoeficiência, o processo de produção é permanentemente monitorado e são identificadas todas as fontes de uso de água, energia e materiais, em que poderão estar ou não ocorrendo desperdícios ocultos, com consequente aumento no gasto de água e energia e incremento na geração de resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas. Esses desperdícios estão relacionados a fatores como problemas

operacionais, qualidade de materiais e à falta de procedimentos e de treinamento adequado das equipes. Após a identificação dos desperdícios, é realizado um balanço de massa e energia em que são quantificadas todas as entradas (água, energia, matérias-primas, auxiliares e insumos) e todas as saídas (efluentes líquidos, resíduos sólidos e emissões atmosféricas) de cada etapa do processo. Por esse balanço os desperdícios referentes a cada etapa do processo podem ser quantificados e analisados economicamente. De acordo com cada situação, modificações para a eliminação desses desperdícios podem ser sugeridas, havendo desse modo influência direta nos custos relativos, com obtenção não só de benefícios ambientais, mas também, de benefícios econômicos para a empresa. Durante a implantação de um programa de ecoeficiência, diversas medidas são avaliadas do ponto de vista da sua eficiência ambiental e viabilidade econômica. Muitas das medidas sugeridas não requerem altos investimentos ou grandes modificações no processo, pois segundo o CEBDS, 42,0% das medidas adotadas e implementadas nos programas, no Brasil, no período de 1999/2002, foram consideradas medidas simples e de baixo custo, sendo as modificações de housekeeping as mais adotadas. Referências bibliográficas CEBDS Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. GUIA PARA A PRODUÇÃO MAIS LIMPA FAÇA VOCÊ MESMO, 2008. Disponível em: http://www.gerenciamento.ufba.br/downloads/guia-da-pmaisl.pdf CNTL, Ecoprofit - vol. 4: Análise de fluxo de material. Porto Alegre: SENAI, 1999. KIPERSTOK, A. Minimização de resíduos. In: KIPERSTOK, A. et al. (Org.). Prevenção da Poluição. Brasília: SENAI/DN, 2002. p. 71 112. LEMOS, A. D. C. A produção mais limpa como geradora de inovação e competitividade: o caso da Fazenda Cerro do Tigre. Porto Alegre: UFRGS, 1998. Dissertação (Mestrado em Administração), Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1998. SEBRAE. 2004. Relatório de Atividades dos Núcleos Regionais de Produção mais Limpa. Rio de Janeiro, 33 p.

SENAI RS Implementação de programas de produção mais limpa. Porto Alegre: CNTL SENAI-RS/ UNIDO/UNEP, 2003. Disponível em: http://wwwapp.sistemafiergs.org.br/portal/page/portal/sfiergs_senai_uos/senairs_uo697/proxi mos_cursos/implementa%e7%e3o%20pmaisl.pdf