A DISCUSSÃO DA PEDAGOGIA HOSPITALAR NO CURSO DE PEDAGOGIA



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Transcrição:

A DISCUSSÃO DA PEDAGOGIA HOSPITALAR NO CURSO DE PEDAGOGIA NOWISKI, Evely de Moraes -UEPG evelymoraes@yahoo.com.br MORAIS, Juliane Morais UEPG juliane_morais@hotmail.com ZAIAS, Elismara UEPG elismarazaias@yahoo.com.br PAULA, Ercília Maria Angeli Teixeira de Paula UEPG erciliapaula@terra.com.br Área Temática: Pedagogia Hospitalar Agência Financiadora: Não contou com financiamento Resumo O período de hospitalização pode trazer muitos danos para o desenvolvimento infantil, além disso, é potencialmente traumático e afasta a criança dos espaços educativos. Mesmo hospitalizada a criança tem o direito de continuar seu processo de educação. Esse direito é garantido por uma ampla legislação em vigor. Para tanto, torna-se necessário a presença de um profissional da educação no contexto hospitalar. Essa atuação pode acontecer de maneira formal ou não-formal. A área da Pedagogia que estuda essas ações é a Pedagogia Hospitalar. Essa é uma área bastante recente, pouco divulgada e com necessidade de novas pesquisas. Esse estudo tem com objetivo compreender como estão acontecendo as discussões sobre Pedagogia Hospitalar em um curso de Licenciatura em Pedagogia de uma universidade pública no interior do Paraná. Essa pesquisa é exploratória de cunho qualitativo de análise do Projeto Pedagógico do Curso (PPC), bem como análise de 46 questionários respondidos por alunos do 2º e 3º ano do curso de Licenciatura em Pedagogia. As perguntas referiam-se ao conceito de Pedagogia Hospitalar, as funções do Pedagogo Hospitalar, a origem dessas informações e a relevância do estudo sobre o tema para a formação do pedagogo. As acadêmicas responderam corretamente as questões, evidenciando possuir um conhecimento sobre a área, adquirido de modo informal através de conversas e divulgação do Projeto de Extensão Brilhar: Brinquedoteca, Literatura e Artes no ambiente hospitalar. O curso dispõe apenas de uma disciplina optativa que aborda o tema como um dos eixos temáticos. Fica evidente a necessidade de estudos mais sistematizados sobre esse campo de atuação e os benefícios desse trabalho para atenuar os sofrimentos da criança hospitalizada. Palavras-chave: Pedagogia Hospitalar. Licenciatura em Pedagogia. Direito à Educação.

2040 Introdução O período de hospitalização pode causar muitos transtornos para a criança, uma vez que é afastada de sua rotina, amigos e familiares e inclusive do ambiente escolar. Sabe-se que a educação é um direito de todos, até mesmo para aquelas crianças que sofrem um período de afastamento da escola regular por motivo de internação. Condizente com essa idéia existe uma ampla legislação que ampara e legitima essa necessidade, tais como: a Constituição Federal de 1988, art. 205 (BRASIL, 1988) que trata a educação como direito de todos e dever do Estado e da família. No Estatuto da Criança e do Adolescente, ECA (BRASIL, 1990) a, Lei n. 8.069/90 no art. 53 dispõe que a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Na Resolução n. 41/95 (que no seu 9 dispõe sobre o direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programa de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência no hospital. Nas Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996), a Lei 9.394/96 enfatiza a obrigatoriedade do atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. Resolução n.02/01 CNE/CEB (Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica) implementando que Os sistemas de ensino, mediante ação integrada com os sistemas de saúde, devem organizar o atendimento educacional especializado a alunos impossibilitados de freqüentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência prolongada em domicílio (BRASIL, 2001). Estas questões também estão presentes no Documento intitulado Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: estratégias e orientações, editado pelo MEC, em 2002. (BRASIL, 2002), e na Deliberação n.02/03 CEE (Normas para Educação Especial); Percebe-se então, não só a obrigatoriedade, mas também a necessidade de existir um atendimento especializado para crianças que sofrem com períodos de internação e que por este motivo permanecem afastadas da escola regular. Matos e Muggiati (2001) afirmam que é a partir: Surge então a Pedagogia Hospitalar para o atendimento destas crianças e adolescentes. Fonseca (2003) a define como: A pedagogia hospitalar em sua prática pedagógico-educacional diária visa dar continuidade aos estudos das crianças em convalescença, com o objetivo de sanar

2041 dificuldades de aprendizagem e/ou oportunizar a aquisição de novos conteúdos. Atuando também como um acompanhamento do aluno fora do ambiente escolar, esta se propõe a desenvolver suas necessidades psíquicas e cognitivas utilizando programas lúdicos voltados à infância, entretanto sua ênfase recai em programas sócio-interativos, vinculando-se aos sistemas educacionais como modalidade de ensino Educação Especial - ou ao sistema de Saúde como modalidade de atenção integral Atendimento Pedagógico Educacional Hospitalar. (p.22) No entanto, sabe-se que existem poucos cursos de Licenciaturas que abordam o tema. Pensando nisso, este artigo tem como objetivo verificar como a Pedagogia Hospitalar vem sendo discutida em um curso de graduação em Licenciatura Pedagogia em uma universidade pública no interior do Paraná. Pedagogia Hospitalar A Pedagogia Hospitalar é uma nova área de conhecimento dentro da Pedagogia que necessita de novos estudos e que recentemente vem crescendo produções que evidenciam esta necessidade de aprofundamento com relação ao tema.. Esta área está voltada para o atendimento das necessidades educacionais das crianças internadas em hospitais e que não podem frequentar a escola regular. Nesse sentido o intuito é que a criança continue seu desenvolvimento integral que a hospitalização acaba por minimizar. Esta concepção educacional também precisa contribuir para que a criança, ao ser reinserida no contexto escolar, tenha condições de dar continuidade ao seu processo educacional dentro dos muros escolares. De acordo com Verdi (2009) a Pedagogia Hospitalar:...visa uma melhor compreensão ao atendimento pedagógico-educacional, a crianças e adolescentes hospitalizadas, dadas as suas condições especiais de saúde se encontram impossibilitadas de partilhar as experiências em contexto social, familiar e escolar. (p.165) Além disso, quando o acadêmico é preparado para este contexto educacional ele atenua os sofrimentos da hospitalização, tornando-o menos traumático para as crianças e adolescentes. No entanto é importante ressaltar que este trabalho não se trata de um mero passatempo, pois é uma práxis pedagógica séria com objetivos a serem alcançados.

2042 A função do pedagogo hospitalar não é apenas a de manter as crianças ocupadas ele está lá para estimulá-la através de seu conhecimento, catalisando e interagindo com as crianças, proporcionando condições para a aprendizagem [...] A Pedagogia Hospitalar busca levar a criança compreender seu cotidiano hospitalar, de forma que esse conhecimento lhe traga certo conforto emocional, ajudando-a a interagir com o meio de forma mais participativa. (VERDI, 2009, p.168) Ou seja, a educação nos hospitais é um direito que vem contribuir para a formação integral do sujeito, que mesmo debilitado não interrompa sua aprendizagem. Desta forma, esta modalidade de educação facilita na reinserção à escola regular do aluno póshospitalizado. Pedagogia Hospitalar: educação formal ou não-formal? A educação formal é aquela que acontece de forma sistemática, com currículos definidos, graduação e em espaço institucionalizados como, por exemplo: escolas, universidades, entre outras. Já a educação não-formal é aquela que ocorre fora dos âmbitos formais de educação, de uma forma mais espontânea, porém também possui intencionalidade e objetivos. Para Machado (2008) o não-formal é o que fica à margem do organograma educativo graduado e hierarquizado. Gohn (2006) afirma que a educação não-formal é aquela que se aprende no mundo da vida via os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivas. Para Paula (2007), a educação nos hospitais representa um entre lugar, pois apresenta características da educação formal e não formal: A escola no hospital localiza-se em uma espécie de entre lugar na educação, pois faz parte do sistema oficial de ensino e também é espaço de educação não formal, pois necessita de currículos flexíveis, abertos e adequados às necessidades dos alunos. Todavia, essas articulações não estão muito claras para muitos dos professores que estão atuando, pois, ora predominam práticas tradicionais de educação e ora predominam os aspectos lúdicos nos currículos das escolas nos hospitais. (PAULA, 2007.p.1) Desta maneira, a educação hospitalar abrange esses dois modos de educação. As classes hospitalares são um tipo de educação formal, visto que já existem professores concursados pelo Estado e pela prefeitura trabalhando nos hospitais brasileiros que realizam acompanhamento da escolarização com relatórios e provas para os alunos. Todavia, a forma

2043 de construção dos currículos, os objetivos e metodologias de ensino são específicas para o contexto hospitalar, como define a Deliberação 02/ 03: Classes hospitalares - serviço destinado a prover a educação escolar a alunos com necessidades educacionais especiais impossibilitados de freqüentar as aulas, em razão de tratamento de saúde que implique internação hospitalar, mediante atendimento especializado realizado por professor habilitado ou especializado em educação especial vinculado a um serviço especializado. (PARANÁ, 2003) É possível pensar também que a educação não-formal ocorre nos hospitais através de voluntários que em parceria com instituições, como universidades, desenvolvem projetos de extensão para atuação na área. A Pedagogia Hospitalar sob o olhar dos acadêmicos de Licenciatura em Pedagogia Considerando as discussões apresentadas e a importância das mesmas, chegamos a seguinte indagação: Como ocorre a discussão sobre Pedagogia Hospitalar em um curso de Licenciatura em Pedagogia? Optamos por uma pesquisa qualitativa exploratória. Moreira e Caleffe (2006, p. 70) descrevem a definição de pesquisa exploratória feita por Gil (1994), afirmando que:... tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, com vistas à formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Para solucionar tal dúvida selecionamos o curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no qual foram aplicados 46 questionários às acadêmicas do 2 e 3º ano do curso. Os sujeitos tinham idades entre 18 e 45 anos. O questionário, aplicado no dia 16 de junho de 2009 contemplava 4 questões abertas com o tema central Pedagogia Hospitalar. Foram elas: 1. O que você entende por Pedagogia Hospitalar? 2. Quais funções que você acredita que um Pedagogo hospitalar desempenha? 3. Como você obteve as informações acima citadas? 4. Você acredita que os estudos sobre Pedagogia hospitalar são importantes em um curso de Licenciatura em Pedagogia? Por quê? Com estas questões visávamos compreender como o curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Ponta Grossa vem discutindo a Pedagogia Hospitalar. Além disso, fizemos um estudo do Projeto Pedagógico do curso (PPC), para verificar nas ementas a

2044 previsão de discussões sobre Pedagogia Hospitalar. A seguir discutiremos as questões e seus resultados. Conceituação de Pedagogia Hospitalar Na primeira questão indagamos sobre o conceito de Pedagogia Hospitalar para os questionados. As respostas foram amplas e variadas e de modo geral demonstraram um conhecimento significativo a respeito do questionamento. Tabela 1- Resposta à questão 1. O que você entende por Pedagogia Hospitalar? Respostas Total - Processo de Ensino/ Educação/ Aprendizagens nos Hospitais, para os que não podem 16 freqüentar a escola regular. - Atividades Pedagógicas e Lúdicas nos Hospitais. 7 - Trabalho do Pedagogo no ambiente hospitalar. 6 - Trabalho (do pedagogo) com crianças hospitalizadas (corpo técnico do hospital.) 6 - Elaboração de dinâmicas e brincadeiras para tornar a internação menos dolorosa/auxiliar 2 na recuperação. -Metodologia aplicada em crianças/adultos hospitalizados para a continuação de seu 2 processo de formação. -Acompanhamento de professores/ profissionais da educação às crianças hospitalizadas. 2 - A pedagogia Hospitalar proporciona melhores condições de aprendizagem e uma 1 permanência menos dolorida no hospital. - Espaço destinado à educação no hospital. 1 - O pedagogo contribui para que a rotina da criança não seja quebrada. Ex. Atividades 1 Pedagógicas. -Pedagogos que desenvolvem projetos educacionais dentro dos hospitais 1 -Resgate de valores pessoais, de auto-estima, aproximação com as atividades da escola. 1 As respostas demonstram que de algum modo as acadêmicas compreendem o que é a Pedagogia Hospitalar. Dezesseis das acadêmicas questionadas responderam que a Pedagogia Hospitalar é o processo de ensino e aprendizagem dentro do hospital, remetendo assim as idéias de Matos e Mugiatti (2006): Este novo papel com que se depara a Pedagogia Hospitalar compreende os procedimentos necessários à educação de crianças e adolescentes hospitalizados, de modo a desenvolver uma singular atenção pedagógica aos escolares que se encontram em atendimento hospitalar na concretização de seus objetivos. (p.67) Muitas das respostas apresentaram diferentes enfoques sobre o tema, porém todas com noções pertinentes à área. Funções que um pedagogo hospitalar desempenha

2045 A maioria das respostas da questão de número 2, trouxe atribuições que são desempenhadas pelo Pedagogo Hospitalar. Estas funções não são muito diferentes das funções do Pedagogo Escolar, obviamente considerando as especificidades e necessidades diferenciadas dos seus alunos. No entanto, uma das acadêmicas respondeu de forma divergente das demais, por atribuir a este profissional apenas atividades lúdicas minimizando seu papel. A este profissional, dentro da educação formal, quando atua na coordenação pedagógica de classes hospitalares cabe:... coordenar o grupo de professores, divulgar o trabalho frente as universidades, faculdades e no próprio hospital, firmar convênio de estágio com instituições de formação superior nas áreas de Educação. [...] O coordenador contacta as escolas de origem, bem como as Secretarias de Educação para a regularização de matriculas e faltas, informando assim a situação do aluno/paciente. Esse processo ocorre para as crianças que permanecerão por mais de quinze dias internadas ou que deverão, por ordem médica, afastar-se da escola, considerando as questões de imunidade causadas pelos tratamentos de quimioterapia e/ou transplantes.outra atribuição desse profissional é orientar os pais quanto à formalização de matrículas na rede básica de ensino e transferências interestaduais nos caos de tratamento prolongados...cabe ainda ao profissional, levantamento de dados estatísticos, bem como relatórios que fazem parte da formalização do convênio entre as duas instituições, educacional e hospitalar. (CASTRO, 2009, p. 43) Mas os papéis do Pedagogo nesse ambiente são diversos, podendo atuar como docente e/ou desenvolvendo trabalhos com enfoque lúdico, fora dos âmbitos formais da educação. A tabela a seguir demonstra as respostas das acadêmicas: Tabela 2 - Respostas a questão 2. Quais funções que você acredita que um Pedagogo Hospitalar desempenha? Respostas Total -Atividades Lúdicas e Atividades escolares / educativas. 26 -Organização do trabalho pedagógico no hospital/ Auxilia e orienta os professores. 7 (Mesmas funções que um Pedagogo da escola regular) -Acompanhamento/ Orientação à criança internada 5 -Projetos/Pesquisas educacionais. 4 -Relação entre a escola e a criança hospitalizada. 2 -Atividades com crianças e funcionários, reuniões com funcionários e observa o 1 desenvolvimento da aprendizagem. -Não são as mesmas que na escola. Atividades lúdicas, jogos educativos transformando o 1 ambiente. Percebemos pelas descrições dos sujeitos estudados, que muitas das atribuições dos pedagogos hospitalares já são conhecidas pela maioria das acadêmicas. Origem dos conhecimentos

2046 Como o tema é pouco discutido nas instituições de ensino superior, buscamos através da pergunta de número 3 investigar como os acadêmicos dessa universidade têm acesso às informações que citaram nas questões anteriores. Tabela 3 - Respostas à questão 3. Como você obteve as informações acima citadas? Respostas Total -Colegas do Curso de Pedagogia que atuam em brinquedotecas hospitalares 21 -Palestras/Seminários/Apresentação de trabalhos etc. 8 -Leituras sobre o tema solicitadas ou não pelo curso. 7 - Professores da Universidade. 6 -Suposições. 3 -Vivências Pessoais 1 É notável que este não é um tema muito abordado no curso de graduação. As acadêmicas demonstraram que a principal fonte de informações são os colegas, principalmente os que atuam em um projeto de Extensão da mesma Universidade intitulado Projeto Brilhar: Brinquedoteca literatura e Artes no Ambiente Hospitalar. Este projeto atua na instalação, manutenção e desenvolvimento de atividades em brinquedotecas hospitalares, e os acadêmicos participantes atuam como brinquedistas. O projeto existe desde 2006 e atualmente está desenvolvendo suas atividades em dois hospitais da cidade, um filantrópico e outro municipal. Este projeto possui estagiários dos cursos de Licenciatura em Pedagogia, História e Letras, recentemente conta com um acadêmico de enfermagem e periodicamente acadêmicos do curso de Música participam das atividades, principalmente durante as festividades. Por isso, nota-se que mesmo a Universidade não abordando esse assunto de forma sistemática durante as aulas, os alunos demonstram interesse, pois buscam mais informações a respeito com colegas que estudam essa área devido ao Projeto de Extensão. Relevância dos estudos sobre Pedagogia Hospitalar. Quarenta e cinco respostas a essa questão foram afirmativas, demonstrando que os sujeitos pesquisados percebem que o papel do pedagogo está se ampliando para atender as demandas da sociedade. Costa (2008) evidencia que: Em tempos que demandam uma educação cidadã, emancipatória com vistas à transformação do indivíduo, profissionais da educação (Pedagogos/ Professores)

2047 tornam-se sujeitos necessários em diferentes espaços da sociedade propícios à produção dessa educação. (p. 246) Nota-se segundo as contribuições do autor que é essa percepção que as acadêmicas possuem, pois a maioria destacou a importância de estudar as várias áreas da Pedagogia. Tabela 4 - Respostas à questão 4 Você acredita que os estudos sobre Pedagogia Hospitalar são importantes em um curso de Licenciatura em Pedagogia? Por quê? Respostas Total -Sim. É importante estudar as várias áreas da Pedagogia. 27 -Sim. É uma área pouco conhecida. Saber mais. 9 -Sim. Ajuda as crianças que por seu internamento afastam-se da escola regular. 6 Garantindo o direito a educação para todos. -Sim. Pela importância do trabalho é necessário mais incentivo, preparação e 2 reconhecimento. -Sim. Contribui para uma recuperação mais rápida. 1 -Não. Pois o curso deveria ter mais um ano para estudo de todas as áreas da Pedagogia. 1 Apesar da maioria das respostas serem favoráveis às discussões em sala de aula sobre a pedagogia hospitalar é importante destacar a resposta negativa, pois revela a necessidade de um maior tempo para o estudo de forma qualitativa as várias áreas da Pedagogia. O estudo das ementas do Curso de Pedagogia. No Projeto Político Pedagógico do Curso de Pedagogia UEPG (2006), a Pedagogia Hospitalar aparece na ementa da disciplina Educação em Espaços Não Formais com carga horária de 68h/aula, como um dos temas a ser abordado. Essa é uma disciplina optativa e que poderá ser cursada no 4º ano. As entrevistadas desta pesquisa estão cursando a grade curricular nova, reformulada para adaptar-se às novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Licenciatura em Pedagogia promulgada em 2006. A primeira turma da reformulação iniciou seus estudos em 2007, portanto nenhuma das turmas está cursando o 4º ano do PPC estudado. Contudo, as acadêmicas demonstram interesse e certo conhecimento sobre a Pedagogia Hospitalar, principalmente pela ação e divulgação do Projeto de Extensão Brilhar. Considerações Finais

2048 Percebe-se que as acadêmicas estudadas ainda não tiveram em seu curso discussões sistemáticas sobre o tema. Todavia, as discussões acontecem de modo informal em conversas, colocações de questionamentos, divulgação do projeto de extensão Brilhar em congressos científicos e nas salas de aula que as ajudam a construir um conhecimento sobre a área. Destaca-se a importância do projeto Brilhar para a divulgação desse novo campo de atuação do Pedagogo, através de suas ações, trabalhos e publicações que sempre despertam grande interesse da comunidade acadêmica. Nota-se que mesmo essas discussões sendo produzidas de modo informal, produzem um conhecimento significativo, como percebemos nas respostas às questões. Essas discussões geram indagações, que por sua vez atribuem a necessidade da pesquisa, por isso são relevantes. As acadêmicas destacam que o estudo da Pedagogia Hospitalar é importante, já que se trata de uma área de atuação ainda pouco conhecida e que merece atenção. Descrevem ainda que a presença do profissional da educação no ambiente hospitalar contribui para atenuar os sofrimentos decorrentes da hospitalização. O curso oferece a oportunidade de estudos sobre o tema com a disciplina optativa Educação em Espaços Não Formais, entretanto esse é apenas um dos eixos temáticos a ser trabalhado pela disciplina, e ainda por sua natureza optativa, nem todos os acadêmicos terão a oportunidade de ampliar esse conhecimento. Conclui-se que a discussão no curso de Pedagogia está ocorrendo de modo informal. Tais discussões são fundamentais como este estudo revela. Entretanto não se pode negar a necessidade de estudos sistematizados e científicos para que, caso esse futuro pedagogo venha a atuar no contexto hospitalar, tenha subsídios científicos, teóricos e práticos para embasar a sua atuação. REFERÊNCIAS BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB n.02, de 11 de setembro de 2001. Institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001.. Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. Resolução n.41 de outubro de 1995. Diário Oficial da União, Brasília, 17 out.1995f.. Constituição da República federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial, 1988.

2049. Decreto Lei n. 1.044/69, de 21 de outubro de 1969. Dispõe sobre tratamento excepcional para alunos portadores das afecções. Diário Oficial da União. Brasília,21 out.1969.. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 20 dez.1996.. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras providências. Brasília,13 jul.1990. CASTRO, Marleisa Zanella de. Escolarização Hospitalar: desafios e perspectivas. In: MATOS, Elizete Lúcia Moreira. (org.). Escolarização Hospitalar: educação e saúde de mãos dadas para humanizar. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009, p. 35-51. COSTA, Wayne Barbosa dos Santos da. A educação não-formal em organizações nãogovernamentais (ONG s): A Pedagogia social em questão. In:Revista de ciências da educação. UNISAL-Americana/SP- Ano X- nº 18-1º Semestre/ 2008. p. 235-273. FONSECA, Eneida Simões da. Atendimento no Ambiente Hospitalar.1.ed.São Paulo: Memnom, 2003. GOHN, Maria da Glória. Educação Não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. In: Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, vol. 14, n. 50, p. 27-38, jan./mar. 2006. MACHADO, Evelcy Monteiro. A pedagogia social: diálogos e fronteiras com a educação não-formal e educação sócio-comunitária. In: Revista de ciências da educação. UNISAL- Americana/SP- Ano X- nº 18-1º Semestre/ 2008 p. 99-122. MATOS, Elizete Lúcia Moreira; MUGIATTI, Margarida M. Teixeira de Freitas. Pedagogia Hospitalar: a humanização integrando educação e saúde. Petrópolis: Vozes, 2006, p. 181. MATOS, Elizete Lúcia Moreira; MUGIATTI, Margarida M. Teixeira de Freitas. Pedagogia Hospitalar. Curitiba: Champagnat, 2001. MATOS, Elizete Lúcia Moreira (org.). Escolarização Hospitalar: educação e saúde de mãos dadas para humanizar. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. MOREIRA, Herivelto; CALEFFE, Luiz Gonzaga. Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador. Rio de Janeiro: DP&A, 2006. PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação n. 02/03 de 02 de junho de 2003. Normas para Educação Especial, Educação Básica para alunos com necessidades especiais. PAULA, Ercilia Maria Angeli Teixeira de. Escola No Hospital: Espaço de Articulação entre Educação Formal e Educação Não Formal. Anais do VII Congresso Nacional de Educação EDUCERE e V Encontro Nacional de Atendimento Escolar Hospitalar, ISBN: 978-85-

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