Relatório de Pesquisa. Março 2013

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Transcrição:

Relatório de Pesquisa SONDAGEM CONJUNTURAL DO VAREJO BRASILEIRO Março 2013

SONDAGEM CONJUNTURAL DO VAREJO BRASILEIRO Pesquisa realizada pela CNDL e SPC Brasil. Foram ouvidos em todo o país 615 varejistas. A pesquisa foi realizada em todas as capitais com alocação em cada capital proporcional ao tamanho da população economicamente ativa (PEA), com margem de erro de 4,0% a um intervalo de confiança de 95%. Esta pesquisa tem como objetivo identificar, da perspectiva do empresário, o comportamento do comércio varejista no cenário econômico. Caracterização do negócio varejista A maioria dos empresários entrevistados está no mercado entre 10 e 20 anos (31%). Considerando-se as empresas que estão no mercado entre 0 e 20 anos, o percentual é de 74%. Este resultado demonstra que as empresas estão conseguindo se manter, mesmo frente a tantos desafios que encontram durante todo o seu processo de gestão como: alta carga tributária, concorrência acirrada e falta de mão de obra qualificada. Além disso, a maior parte dos entrevistados (69%) afirmou possuir de 0 a 9 funcionários, indicando que são empresas de micro e pequeno porte. Quanto ao número de estabelecimentos, 61% dos entrevistados possui somente 1 (um) estabelecimento no Brasil e, dos que possuem mais de um estabelecimento, a maioria (47%) possui entre 1 e 5 estabelecimentos. As faixas de faturamento mais citadas pelos entrevistados também mostram que a maior parte das empresas pesquisadas é de menor porte, ao passo que o faturamento anual bruto de 47% dos entrevistados é de até R$123.000,00 (microempresários). 2

TEMPO EM QUE O NEGÓCIO ESTÁ NO MERCADO Nº DE FUNCIONÁRIOS Desempenho geral do comércio varejista em 2012 De acordo com a pesquisa, a forma de pagamento mais utilizada em 2012 foi o cartão de crédito parcelado, com 50% das respostas. Considerando- se os meios de pagamento eletrônicos em geral (incluindo cartões de débito e cartões de crédito à vista e a prazo), este percentual chega a 72%. O chamado dinheiro de plástico oferece uma maior praticidade na realização das compras, aumentando assim a sua utilização por parte dos consumidores. Já os empresários oferecem essa forma de pagamento, levando em conta o risco da inadimplência, no entanto pagam um percentual elevado (entre 2,5% a 4%) às administradoras de cartões sobre cada venda realizada, ao invés de realizarem consultas cadastrais aos serviços de proteção ao crédito que sairiam mais em conta para os mesmos. QUAL FOI A FORMA DE PAGAMENTO mais utilizada em seu estabelecimento em 2012? 3

Com relação ao percentual médio da inadimplência em relação às vendas, a maioria dos entrevistados afirmou não ter havido inadimplência no ano de 2012 (57%). Dentre os que constataram inadimplência em 2012, o maior percentual (24%) foi de 0,1% a 2,5%, ou seja, um índice baixo. Este resultado é fruto de uma melhor condição financeira dos consumidores, tendo em vista a estabilidade no mercado de trabalho, combinada com aumento da renda dos consumidores. Dentre os entrevistados que afirmaram ter havido inadimplência no ano de 2012, a maioria alegou como causa a falta de planejamento do consumidor (63%). O perfil do novo consumidor brasileiro revela que este está aprendendo a utilizar as facilidades que possui (como o crédito e as baixas taxas de juros) de maneira parcimoniosa, mas, enquanto isso, muitos consumidores ainda realizam compras sem o devido planejamento, contribuindo para que se tornem inadimplentes. Para 41% dos entrevistados, o faturamento em 2012 foi maior que no ano anterior. Esse resultado é um reflexo do aumento do consumo familiar a partir dos incentivos do Governo Federal, como redução da taxa de juros (a SELIC encerrou 2012 no patamar de 7,25% a.a., ante 11,00% em 2011), expansão do crédito (os empréstimos às pessoas físicas cresceram 10% nos últimos doze meses, segundo BACEN) e redução do IPI para alguns setores. Além disso, as baixas taxas de desemprego juntamente com o aumento dos rendimentos auxiliaram o aumento do consumo. COMPARANDO O FATURAMENTO TOTAL de 2012 com o de 2011... Os que afirmaram ter apresentado queda no faturamento em 2013 utilizaram como principal justificativa o aumento da concorrência (45%). Já entre aqueles que o faturamento aumentou, a principal justificativa utilizada foi o investimento em publicidade e propaganda (20%). Ambos os fatores estão correlacionados tendo em vista que, com o aumento da concorrência, somada à demanda em expansão, os empresários têm de procurar alternativas a fim de se diferenciar no mercado, justificando, portanto, o maior interesse em trabalhar a imagem da empresa e conquistar mercado. 4

POR QUE ACREDITA QUE O FATURAMENTO tenha diminuído? POR QUE ACREDITA QUE O FATURAMENTO tenha aumentado? Futuro do negócio/ Perspectivas para 2013 A maioria dos entrevistados acredita que o ano de 2013 será melhor que o ano anterior (73%). As principais razões para esta expectativa são o maior número de pessoas empregadas (19%), maior disponibilidade de crédito (14%) e maior planejamento financeiro das famílias (11%). Ressalta-se aqui que as expectativas dos empresários são geralmente baseadas em percepções passadas, assim dada a conjuntura econômica em 2012 favorável ao comércio, com níveis de emprego estáveis, ampla oferta de crédito e juros menores, os empresários, por conseguinte, esperam um bom desempenho em 2013. QUAL É A SUA EXPECTATIVA em relação às vendas de 2013? 5

Dentre os que acreditam que as vendas serão piores que em 2013, os principais motivos citados foram o endividamento das famílias (23%) e a inflação (16%). A combinação de fatores favoráveis ao consumo, ao mesmo tempo em que auxiliam no aumento das vendas, cria uma maior possibilidade de endividamento devido, principalmente, às compras não planejadas, podendo culminar em uma situação de inadimplência. POR QUAL MOTIVO ACREDITA que as vendas serão piores que em 2012? POR QUAL MOTIVO ACREDITA que as vendas serão melhores que em 2012? Com relação à inadimplência do consumidor em 2013, 58% acredita que permanecerá igual ao ano anterior. Já, para 34%, a inadimplência diminuirá, em função, principalmente de um maior planejamento financeiro das famílias (35%) e mudanças na forma de pagamento do estabelecimento (16%). Já para 8% dos entrevistados, a inadimplência do consumidor em 2013 aumentará influenciada, sobretudo pelas compras não planejadas (35%), seguida por alta taxa de juros (24%). Como já dito anteriormente, o consumidor brasileiro está 6

aprendendo aos poucos a usufruir do crédito disponível e das taxas de juros atrativas de forma a conciliar com seu orçamento. Quando questionados se pretendem contratar ou efetivar funcionários para o ano de 2013, 58% afirmaram que sim (neste percentual estão somados os que já contrataram este ano e não contratarão mais, os que contrataram e ainda contratarão mais e os que não contrataram ainda, mas irão contratar). 41% dos entrevistados não farão contratações e/ou efetivações em 2013, o que pode ser justificado pela grande absorção da mão de obra disponível no ano anterior, tal fato pode ser percebido pelas baixas taxas de desemprego verificadas em 2012. Quanto aos investimentos, 57% dos entrevistados pretende realizar em 2013. A atual conjuntura econômica brasileira com taxa de desemprego em patamares menores, taxa de juros em queda, controle inflacionário e expansão de crédito, aliado ao grande estímulo ao consumo faz com que os empresários se sintam mais confiantes a investir, afim de melhor atender à crescente demanda dos últimos anos e se tornarem mais competitivos. A maior parte utilizará de capital próprio para a realização destes investimentos (59%). Atualmente captar recursos em bancos para os micro e pequenos empresários ainda é difícil, pois precisam apresentar garantias, relatórios de resultados e até mesmo fazerem planos de negócio o que para maioria torna-se inviável tanto pela falta de conhecimento de como realizar e reunir tal documentação ou por falta de bens para oferecer como garantia, fazendoos utilizar capital próprio para investimentos. As principais áreas nas quais serão realizados os investimentos são ampliação/melhoria das instalações (27%), divulgação/marketing (17%) e formação a ampliação de estoques (13%). Mais uma vez nota-se a crescente preocupação dos empresários em atender a esta demanda em ascensão, fazendo investimentos relacionados à imagem e visibilidade da empresa, levandose em consideração também a grande concorrência, que constitui mais um fator para que os empresários procurem se diferenciar de alguma forma no mercado. 7

Os entrevistados, entretanto, consideram que a alta carga tributária (34%) e os juros altos (30%) são fatores que podem atrapalhar o desempenho do comércio varejista em 2013. Os impostos elevados são prejudiciais ao comércio varejista, pois impede que os empresários realizem investimentos em infraestrutura, mão-deobra, publicidade e outros pontos, prejudicando assim as vendas. Além disso, do ponto de vista do consumidor, a alta carga tributária sobre os produtos compromete sua renda, pois onera o preço final do produto. No entanto, 74% acredita que está preparado para lidar com estes obstáculos. De acordo com os entrevistados, os aspectos do atual cenário econômico que influenciarão positivamente o comércio varejista em 2013 serão: o aumento do salário mínimo (79%), reduções no IPI (77%), queda nas taxas de juros (86%), mudança na tarifa de energia elétrica (62%), aumento do volume de crédito (78%), Copa das Confederações (68%), aumento do e-commerce (47%), melhorias em infraestrutura urbana (84%), entrada de empresas/ produtos internacionais (60%) e aumento do poder de compra da classe média brasileira (89%). Já os fatores que influenciarão negativamente o comércio varejista em 2013 serão o aumento do preço dos combustíveis (78%), aumento da inflação (82%) e o aumento da inadimplência (76%). CONCLUSÃO Com a estabilização econômica, o país vem assistindo a mudanças significativas em seu ambiente. Queda da taxa de desemprego, aumento da renda, queda da taxa de juros e ampliação da oferta de crédito são fatores que vem alavancando o consumo e consequentemente o varejo. Essa nova fase tem levado também o comércio a novos desafios, os consumidores estão mais exigentes e a competitividade mais acirrada, com novos formatos e novas marcas surgindo a cada dia para disputar um mercado ainda carente de profissionalismo. O aumento da concorrência aliado às mudanças ocorridas nos hábitos dos consumidores são alguns dos fatores que impactaram e proporcionaram mudanças profundas no varejo. Novos formatos de lojas, novos tipos de serviços e produtos dirigidos a nichos específicos, visando a atender determinados segmentos vêm exigindo uma reformulação no setor varejista. 8

É necessário que os empresários invistam em novas alternativas e estratégias de divulgação e até mesmo de comercialização para que possam se diferenciar neste mercado cada vez mais repleto de possibilidades. O e-commerce, que tem crescido amplamente no Brasil no período recente, é um exemplo de ferramenta que tem surtido efeito, considerando-se a utilização cada vez maior de meios eletrônicos ao fazer as compras, dada sua facilidade e praticidade. Embora seja visto como um fator positivo ao desempenho do comércio em 2013 por 47% dos entrevistados pode-se dizer que o e-commerce ainda é um recurso subutilizado para a ampliação do mercado e, por conseguinte, das vendas. Ou seja, ainda há um grande espaço para se explorar no que tange à maior utilização da tecnologia no comércio. Em suma dado esse contexto econômico atual com uma maior internacionalização da economia, é imprescindível para enfrentar a concorrência, expandir o negócio e se fortalecer no mercado evitando a mortalidade, planejar o futuro. No entanto, o planejamento deve ser calcado em informações que o subsidiem a encontrar a adequação de seu negócio com a sua capacidade de gestão e recursos disponíveis. 9