O LÚDICO: SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL GT 01 Educação Matemática no Ensino Fundamental : Anos iniciais e anos finais Maria Christina Schettert Moraes UNICRUZ chris@comnet.com.br Renata da Silva Dessbesel UNICRUZ redessbesel@bol.com.br Resumo A sociedade evoluiu e se modernizou, com isso a escola também, hoje ensinamos para crianças diferentes as do século passado. A informação está mais rápida e acessível, as crianças mais questionadoras e investigativas. Neste contexto o ensino da matemática também mudou. Atualmente, muito se tem discutido a respeito das metodologias utilizadas no ensino da matemática. Entre elas está o uso do lúdico, em específico, os jogos didáticos. Esta discussão torna-se relevante na medida em que jogar faz parte da vida dos alunos, valorizando as vivências dos mesmos. O uso do lúdico em questão As transformações pelas quais passam a sociedade moderna exigem do ser humano um aprimoramento do conhecimento que lhe possibilite enfrentar as situaçõesproblemas do cotidiano com autonomia. Sendo o professor o principal responsável pela formação do cidadão ele precisa desenvolver um conjunto de competências que lhe permita trabalhar os conteúdos de uma forma mais significativa para os alunos. De acordo com Alves (2008) os jogos ainda são marginalizados, apesar dos docentes conhecerem seus benefícios ainda temem que os mesmos sejam vistos como perda de tempo. Para Smole (2007) a utilização de jogos no ensino da matemática, quando bem planejado e orientado, auxilia na aprendizagem e no alcance dos objetivos, competências e habilidades. Como a autora esclarece: Ao jogar, os alunos tem a oportunidade de resolver problemas, investigar e descobrir a melhor jogada; refletir e analisar as regras, estabelecendo
relações entre os elementos do jogo e os conceitos de aprendizagem (SMOLE, 2008, p 11). As brincadeiras e jogos na educação infantil e ensino fundamental são de suma importância para o desenvolvimento de nossas crianças, pois estimulam o raciocínio lógico, a concentração e a curiosidade, incentivando e motivando o aluno. Como LIMA apud ARAMAN (2009, P.110) afirma: Se alguma coisa não é passível de transformar-se em um jogo (problemas, desafios) certamente não será útil para a criança nesse momento. Dessa forma contribui para o coleguismo entre a turma e a competição saudável, proporcionado prazer e aprendizagem ao mesmo tempo, tornando-se essencial para o desenvolvimento da autonomia. A matemática está presente na música na arte, nas histórias, na forma como a criança organiza seu pensamento, enfim é importante que o professor saiba como utilizar e explorar todos os recursos de maneira positiva e significativa. A respeito disto ALVES (2008, p.3) diz: Quando utilizamos o lúdico na escola estamos buscando também um resgate cultural da criança onde ela traz à escola vivências aprendidas em casa, com os amigos, na sua comunidade. Sendo assim, percebe-se a importância do uso de práticas pedagógicas, que estimulem no aluno a vontade de aprender. Ao jogar o aluno tem a oportunidade de (re) significar um conceito matemático com auxílio do concreto. Relação teoria-prática Atualmente muito se discute a respeito dão ensino da matemática nas instituições de ensino e cada vez mais aumentam-se os índices de reprovação nesta disciplina. Fato que preocupa pais e educadores, pois o mercado de trabalho exige seres com raciocínio rápido, versáteis, dinâmicos e criativos. Com isso desenvolvemos este mini-cruso com o propósito de auxiliar o ensino de matemática através do lúdico, do concreto e dos jogos. Voltado a professores que trabalham nas séries iniciais do ensino fundamental. Durante o mini-curso os participantes terão uma abordagem teórica da importância deste trabalho, do desenvolvimento e avaliação do uso dos jogos na sala de aula, como também, terão contato direto com os jogos. Faremos a construção de alguns jogos,
desenvolvendo desde os objetivos, da separação de materiais, da confecção dos mesmos, definição das regras e a prática de jogar. No final abriremos para perguntas, trocas de ideias, opiniões e esclarecimentos. Considerações Finais Pretendemos despertar nos educadores a vontade de desenvolver através do lúdico um ensino mais prazeroso e motivado, como também, a interação com seus educandos. Acreditar que o aluno é capaz de aprender é fundamental, temos que estar cientes que o mundo lá fora é muito mais atraente que as aulas de matemática, assim devemos torná-las o mais prazerosa possível para nossos alunos. Enfim, desejamos semear nos participantes o planejamento de aulas com momentos felizes, motivadores e criativos no ambiente escolar. Pois compreendemos que a ludicidade está presente no dia a dia de nossas crianças. Descrição das Atividades 1. Jogo bolas de gude Para esta atividades são necessários os seguintes materiais tinta guache e pincéis, bolinhas de gude (5 bolinhas por caixa), uma caixa de sapatos, tesoura.o objetivo é explorar da adição, concentração. Confeccionando o jogo: a participante pegará uma caixa de sapato e fará 4 aberturas na mesma lateral (como se fosse portinhas), depois escreverão sobre as aberturas os números 2, 5, 8 e 10. Com isso as regras iniciais são: todos os jogadores devem começar o jogo com uma bolinha de gude, lançando-a na caixa, o objetivo é acertar as aberturas com maior pontuação. Cada vez que a bolinha entrar na caixa o jogador deve anotar na folha de pontuação o número que está acima da abertura. Ao final da partida vence quem conseguir mais pontos. Depois dos participantes jogarem uma partida faremos as discussões. 2. Jogo da velha soma 10 Para esta atividade são necessários papel e duas cores de lápis diferentes. O objetivo desta atividade é desenvolver estratégia com auxílio da adição. Primeiramente
retomaremos o jogo tradicional (suas regras), depois os participantes desenharam no papel a estrutura do jogo da velha, porém no lugar das bolinhas e x serão usados números de 0 a 9. As regras iniciais: cada jogador da dupla deve escolher uma cor diferente de lápis de cor. Decide-se quem começa o jogo. Cada jogador deve, na sua vez, colocar um número de 0 a 9 numa quadrícula vazia. Objetivo é preencher, antes do oponente uma quadrícula alinhada cuja soma seja 10. Os números podem se repetir. Vence quem somar 10 primeiro em uma coluna, linha ou diagonais. 3. Mini banco comerciário Para esta atividade serão necessários: 1 dado, marcadores, dinheiro feito de papel de cores diferentes e nos valores 100, 50, 20, 10, 5 e 1, canetinha, lápis de cor, cartolina, tesoura, cola e fita durex. O objetivo é desenvolver conhecimentos sobre o sistema monetário, cálculos de adição e subtração, estratégia. Confecção do jogo: os participantes colarão em uma cartolina a trilha xerocada, que poderá ser colorida. Depois será feito um dado com papel cartolina e serão escritos os com numeração de 1 a 6, após recorte as cartas dos dinheiros, pinte e cole em uma cartolina. As regras iniciais são: cada dupla de jogadores recebe 300 reais e um pino. Um aluno será o banco. Cada um na sua vez lança o dado e anda o número de casas correspondentes. Se o marcador cair na casa VERMELHA (despesa), o jogador retira o valor correspondente de seu dinheiro o valor indicado e entrega ao banco. Se cair na casa AZUL (compra), o jogador decide se deseja fazer a compra indicada, se desejar retira o dinheiro correspondente e paga ao banco; o banco lhe dará uma carta correspondente a sua compra. Se cair na casa VERDE (ganho), o jogador ganha o valor indicado. Cada jogador deverá fazer no mínimo três compras. O jogo termina quando todos passarem a linha de chegada. Assim somam-se os dinheiros, as compras valem a metade do valor pago, vence quem tiver mais dinheiro. No caso de empate, vence quem fez mais compras. Ao final faremos as discussões. Referências ALVES, Rosilda Maria. Atividades lúdicas e jogos no ensino fundamental. Disponível em :<http//ufpi.br/mesteduc/eventos/iiiencontro/gt8/atividades_lúdicas.pdf. Acesso em 03 fev. 2008.
ARAMAN, Elaine Maria de Oliveira. Ensino da matemática na educação infantil: pedagogia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. LOUREIRO, Luciana. Jogos e brinquedos para trabalhar matemática e arte em sala de aula (1º ao 5º ano). São Paulo: Editora Escolar, 2009. SMOLE, Kátia Stocco. Jogos matemáticos do 1º ao 5º ano. Porto Alegre: Artmed, 2007.