PERFIL DAS MULHERES NO MUNICÍPIO DE SANTANA DO CARIRI QUANTO AO HÁBITO DO AUTOEXAME DAS MAMAS Paula Hemília de Souza Nunes 1 Aíla Maria Alves Cordeiro Arrais² Lívia Parente Pinheiro Teodoro3 Maria do Socorro Pereira de Lira4 Rose Mary Feitosa Macedo5 Thálasso Bezerra Brito6 RESUMO: Tratase de um trabalho de pesquisa que foi realizado pela mestranda do curso de Desenvolvimento Regional Sustentável, administrado pela UFC Campus Cariri, que tem como objetivo estabelecer o perfil das mulheres que frequentam a saúde pública de Santana do Cariri, segundo o hábito do autoexame das mamas, e determinar fatores associados. Métodos: Estudo descritivo, exploratório com análise multivariada, quantitativa aplicada às mulheres, que utilizaram a saúde pública de Santana do Cariri. Resultados: Com relação ao autoexame, em um total de mulheres brasileiras com idade superior a 18 anos, 8% o fazia todos os meses e 92% nunca ou raramente o faziam. Cerca de 60% que não tinha o hábito de fazer autoexame possuía entre 18 e 67 anos de idade, e % das que o faz todos os meses tinha entre 36 e anos. Conclusões: O autoexame é conhecido pelas entrevistadas, embora mais da metade dessas não o realize. O fator social e a educação médica em saúde foram fundamentais no hábito desse exame. Palavraschave: Autoexame; Diagnóstico precoce; Mama INTRODUÇÃO O Câncer de mama é o mais incidente em mulheres, representando 23% do total de casos de câncer no mundo em 2008, com aproximadamente 1,4 milhão de casos novos naquele ano. É a quinta causa de morte por câncer em geral (458.000 óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. (WHO, 2008). Segundo o INCA (2013), No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a primeira posição. A taxa de mortalidade por câncer de mama ajustada pela população mundial apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira, com 11,88 óbitos/.000 mulheres em 2011. Na mortalidade proporcional por câncer em mulheres, em 2011, os óbitos por câncer de mama ocupam o primeiro lugar no país, representando 15,7% do total de óbitos. Esse padrão é semelhante para as regiões brasileiras, com exceção da região Norte, onde os óbitos por câncer de mama ocupam o segundo lugar, com 12,5%. Neste ano, os maiores percentuais na mortalidade proporcional por câncer de mama foram os do Sudeste (16,7%) e CentroOeste (15,6%), seguidos pelos Sul (15,3%) e Nordeste (14,5%). (BRASIL, 2013).
O Câncer de mama é um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo, sendo provavelmente o mais temido pelas mulheres devido à sua alta mortalidade e pelas suas repercussões psicológicas e na qualidade de vida. Em razão disso, essa doença é hoje de extrema importância para saúde pública no Brasil e em nível mundial, motivando ampla discussão em torno de medidas que promovam o seu diagnóstico precoce e, consequentemente, a redução em sua letalidade e morbidade. Quando se fala em saúde pública, o alvo é a prevenção e o diagnóstico das moléstias, particularmente as de alta mortalidade como o câncer de mama. No entanto sabe se que as condições socioeconômicas, a situação geográfica das populações, aspectos étnicos, diferenças nos acessos individuais aos serviços de saúde oferecem impedimento ao diagnóstico precoce das doenças. E, apesar das décadas de 1980 e 1990 terem sido momento de crescimento dos testes de rastreamento, o acesso a eles não foi uniforme nos vários estratos sociais, pois [...] o rastreamento dos agravos da saúde, em especial na Área de Oncologia, sofre forte influência das condições socioeconômicas. (BREEN, 2001). [...] Pessoas em condições socioeconômicas desfavoráveis têm maior dificuldade de acesso ao sistema de saúde, consequentemente, estão expostas ao diagnóstico tardio de várias doenças, inclusive do câncer. (HEGARTY, 2004). Segundo o Achkar (2013) [...] é obrigação das políticas de saúde coletiva suprimir as desigualdades individuais, promover a igualdade no consumo de seus serviços e, assim, estabelecer equidade na saúde das pessoas, independente de sua estratificação social. As taxas crescentes de mortalidade no Brasil devem se, em parte, à descoberta tardia do câncer de mama. Em 2006 o mesmo autor complementa citando que [...] dados obtidos mediante Registros Hospitalares de Câncer revelaram que, no período de 2000/ 2001, metade dos casos diagnosticados no Brasil encontrava localmente avançados ou disseminados, um terço delas não realiza o exame, que se resume ao apalpamento da região, pois se dizem com medo de encontrar algo diferente. E mais da metade não mantém uma rotina de exames, pois dizem não saber ao certo o que deve ser feito. O levantamento foi feito pela Universidade de Exeter, da Inglaterra, e publicado pelo site Female First. Foram investigados os hábitos de 2 mil mulheres que afirmaram que fariam o exame se ele estivesse integrado às rotinas de cuidados comuns. A pesquisadora Janet Reibstein, que chefiou a pesquisa, afirmou que as mulheres deveriam começar a fazer os autoexames por volta dos 13 anos. "[...] As verificações precisam começar cedo. Uma jovem mulher não apenas está começando a conhecer seu corpo, mas está num estágio no qual estabelece hábitos que vão seguir pela vida" ACHKAR (2013). Uma em cada duas mil mulheres será diagnosticada com câncer de mama por volta dos 29 anos. Perto dos 60 anos, a ocorrência sobe para uma em cada 22 mulheres. O autoexame deve ser realizado mensalmente e é importante verificar a presença de nódulos, mudanças na textura da pele, vermelhidão, alterações nos mamilos ou secreções nos mesmos. Sabese que o diagnóstico precoce do câncer de mama está ligado, indubitavelmente, ao acesso à informação para as mulheres, conscientizandoas sobre a importância da realização do exame clínico das mamas pelo médico e do exame de mamografia, e também do autoexame da mama. A mamografia identifica lesões não
palpáveis, mas apresenta alto custo e seus resultados operacionais não têm sido factíveis para uso em grandes massas populacionais nos países pobres como os da América Latina. Assim, além do exame clínico pelos médicos das mamas das mulheres, a realização do autoexame alcança grande importância em países onde os recursos para saúde pública são menores e o acesso a métodos diagnósticos apresenta várias barreiras, como é o caso do Brasil. É fundamental insistir na necessidade do exame clínico das mamas pelos médicos no atendimento primário; Mas acrescentar o autoexame seguramente é boa política para saúde mamária inclusive para um melhor conhecimento do câncer de mama. Os organismos internacionais de saúde pública estimulam o princípio da utilização de métodos mais simples para os de maior complexidade, e o autoexame encontrou na literatura médica estudos que demonstraram sua eficácia e a recomendação para sua utilização no passado. No entanto, o autoexame das mamas ainda tem seu lugar no contexto das práticas de autocuidado com a saúde. No Brasil, as recentes Normas e Recomendações do Ministério da Saúde para o controle do Câncer de Mama recomendam que o Sistema Único de Saúde (SUS) "desenvolva ações de educação para o ensinamento da palpação das mamas pela própria mulher como estratégia dos cuidados com o próprio corpo". METODOLOGIA DE INTERVENÇÃO O trabalho partiu de uma visita de campo em um município carente da região do Cariri, no município de Santana do CaririCE onde se observou durante ma palestra educativa no município um número expressivo de mulheres desinformadas. E se estudo é descritivo, exploratório com análise multivariada, com abordagem quantitativa aplicada às mulheres, que utilizaram a saúde pública de Santana do CaririCE. Foi realizada uma entrevista, onde foi analisado a faixa etária, o grau de escolaridade, o estado civil, o número de filhos, o conhecimento a respeito do autoexame das mamas e outros. RESULTADOS E DISCUSSÕES A existência de poucos estudos sobre autoexame das mamas em nosso meio, somado às discussões sobre benefícios desta prática no Brasil, sobretudo para as populações carentes e desinformadas da região do Cariri, foi grande estímulo para a realização do presente estudo. Poucos municípios brasileiros têm mamografia disponibilizada para rastreamento do câncer de mama, em um país que há ainda restrições ao acesso à mamografia. Nesta realidade de saúde pública, podese prescindir do autoexame mamário? As dúvidas sobre o valor do autoexame das mamas nos países de primeiro mundo que possuem programas de rastreamento implantados com sucesso podem ser transferidas para nossa realidade em saúde pública de terceiro mundo? Embora existam evidências de que o autoexame das mamas gera excesso de condutas indevidas e preocupações exageradas em mulheres de países como o Canadá, em que o acesso aos serviços médicos está garantido a todas as mulheres, será que não haveria benefício, em termos de saúde pública, se o autoexame das mamas fosse mais preconizado, estimulado e
praticado, principalmente em países como o nosso, no qual o acesso aos serviços de saúde é precário? Também, não é possível dissociar o papel dos responsáveis pela adoção de políticas públicas e dos profissionais de saúde da responsabilidade de atuar quanto ao aspecto da educação da população para a saúde. Um programa de autoexame das mamas bem conduzido, com treinamento ideal, boa reprodutividade pelas mulheres após serem orientadas pelos agentes de saúde, não teria papel interessante nos países em desenvolvimento sem programa de rastreamento mamográficos implantados? No mínimo, estaria se fazendo educação sanitária e estimulando cidadania em saúde. Com relação ao autoexame, em um total de mulheres brasileiras com idade superior a 18 anos, apenas 8% o faz todos os meses enquanto 92% nunca ou raramente o fazem. Cerca de 60% que não tinha o hábito de fazer autoexame possuía entre 18 e 67 anos de idade, enquanto 40% que o fazia todos os meses tem a mesma faixa etária. Segundo Achkar (2012) [...] medo e falta de informação. É essa combinação de fatores que faz com que as mulheres não realizem o autoexame nos seios, para detectar possíveis alterações que possam indicar aparecimento de câncer de mama. A literatura refere que, [...] pelo fato de 73% dos tumores serem detectados pela própria mulher, a realização do autoexame das mamas pode representar papel na detecção do tumor nos locais em que não existem programas de rastreamento. (CONDE 2006). Tabela 1: Características sociodemográficas Características Hábito do autoexame das mamas sociodemográficas Nunca fez Sim, às vezes Sim, todos os meses N = 55 N = 36 Nº= 8 Idade % % % 18 a 35 36 a 49 > 37, 31,25 31,25 33,34 44,45 22,21 Escolaridade % % % Analfabeto 1 grau 2 grau 13,04 65,23 21,73 9,10 63,64 27,26 Estado civil % % % Solteira Estável Casada Divorciada Viúva 25,00 12, 43,75 06,25 12. 11,11 22,22 66,67 Com esses achados iniciais em análise bivariada (quem faz autoexame das mamas versus quem não faz autoexame das mamas), aplicouse a regressão logística multivariada, usando como variável dependente o hábito do autoexame das mamas, controlada pela idade, escolaridade e estado civil (Tabela 1). Diferente da literatura, este estudo não mostrou correlação estatística significativa entre, estado civil, idade e
escolaridade. Em relação à idade, não houve grandes variações, quando comparado com a frequência dos autoexames. No que diz respeito à escolaridade, observouse, também, que mais de 60% das mulheres que nunca fizeram o autoexame das mamas possui o 1 grau (65,23%). No entanto vale lembrar que, nos países de terceiro mundo, o nível de escolaridade aumenta de acordo com o fato socioeconômico. Esse mesmo grupo também se encontra em valor superior quando analisado as que responderam Sim/Às vezes, que correspondem a 63,64%. Tabela 2: Características ginecológicas Características ginecológicas Hábito do autoexame das mamas Nunca fez Sim, às vezes Sim, todos os meses N = 55 N = 36 Nº= 8 N de gestação % % % Nenhum 1 a 3 4 ou mais 45 15 40 60 40 Você está na menopausa % % % Não Sim Não sei 45 30 25 No que diz respeito ao número de gestação, observamos na Tabela 2 que as mulheres que nunca fizeram o autoexame das mamas e as que fazem de vez em quando, cerca de 40% delas tiveram mais de quatro gestações, enquanto % das que fazem todos os meses são multíparas. O INCA (2005) cita a multiparidade como um dos fatores de risco ao desenvolvimento de câncer. O que se sabe é que uma mulher que começa seu ciclo menstrual antes dos 12 anos, tem seu primeiro filho após os 35 anos ou passa pela menopausa após os 55 anos tem um risco aumentado para câncer de mama. Nas mulheres que já estão na menopausa, este autoexame pode ser feito em qualquer época do mês. [...] Alterações ao exame devem ser relatadas ao seu médico, mesmo que elas tenham aparecido pouco tempo depois de uma mamografia ou de exame das mamas pelo profissional de saúde. (KALIKS, 2013). Mesmo sabendo da importância do autoexame (%), como mostra a Tabela 3, a dificuldade de acesso ao exame clínico das mamas pelo profissional da saúde (40%) são fatores que, de certa forma, podem estar contribuindo para a prática do autoexame. A participação e o envolvimento do profissional de saúde nesta questão são fundamentais. Segundo este estudo, também foi observado que cerca de 70% dos exames por profissionais em mulheres que já realizaram o exame clínico das mamas, assim como 57,16% foram realizados por médicos. Isso preocupa bastante já que o profissional enfermeiro também é habilitado para fazer este procedimento. Das entrevistadas afirmou ser o serviço de saúde e os meios de comunicação em massa os maiores disseminadores do conhecimento e ensino da prática do autoexame das mamas. 60 40
Tabela 3: Informações e orientações Informações e orientações Hábito do autoexame das mamas Nunca fez Sim, às vezes. Sim, todos os meses. N = 55 N = 36 Nº= 8 Já ouviu falar sobre o % % % autoexame das mamas Sim Não Não sei 85 15 Por quem ouviu falar sobre o % % % autoexame das mamas Profissional de saúde Parentes, amigos e conhecidos. Meios de comunicação 65,00 05,00 20,00 77,78 33,33 33,33 Em que data faz o autoexame % % % das mamas Qualquer dia No 5 dia da menstruação 77,78 22,22 Algum profissional de saúde já % % % examinou suas mamas Sim Não Não sei 40 60 77,78 22,22 Quem já examinou suas mamas % % % Médico Enfermeiro Técnico/auxiliar de enfermagem Agente de saúde 57,16 14,28 28,56 71,42 14,29 14,29 Importância do autoexame % % % Sim Não Não sei Conhece alguém com câncer de mama Sim Não Não sei % % % 40 60 62, 37, Quem teve câncer de mama % % % Mãe, irmã ou filha. Primas ou tias Bisavós e avós Outros 12 88 32,23 67,77 É importante também que a detecção precoce do câncer de mama, por meio do ensino do autoexame, seja de responsabilidade de todos os que assistem pacientes do
sexo feminino, e não apenas daqueles, que atuam em programas específicos para esse fim. Observando o item Em que data faz o autoexame das mamas, temos como resultado alarmante: % das mulheres que fazem o autoexame das mamas fazem a qualquer dia do mês, enquanto as que não fazem periodicamente encontraram mais de 70% se tocando em qualquer dia. Conforme Brasil (2013) [...] o autoexame deve ser feito uma vez por mês. A melhor época é logo após a menstruação. Para as mulheres que não menstruam mais, o autoexame deve ser feito num mesmo dia de cada mês, como por exemplo, todo dia 15. Analisando o questionamento Quem teve câncer de mama? nas mulheres que fazem de vez em quando o autoexame vimos que 32,23% apresentam casos de câncer na família (bisavós e avós). Segundo o INCA 2013 História familiar, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos anos, são importantes fatores de risco para o câncer de mama e podem indicar predisposição genética associada à presença de mutações em determinados genes. Entretanto, o câncer de mama de caráter hereditário (predisposição genética) corresponde a cerca de 510% do total de casos. Histórias familiares, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos anos são importantes fatores de risco para o câncer de mama e podem indicar predisposição genética associada à presença de mutações em determinados genes. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante de todos os resultados encontrados, podese afirmar que o perfil das mulheres de Santana do Cariri quanto ao hábito do autoexame das mamas é preocupante. Agrupando os dados em: nunca fez, sim, às vezes e sim, todos os meses podemos encontrar resultados variados. Quando falamos das mulheres que nunca fizeram o autoexame das mamas encontramos como perfil mulheres de todas as idades entrevistadas; com cerca de 60% delas com o 1 grau completo e mais de 40% casadas; 45% delas não têm filhos e não estão na menopausa. No quesito informação, 85% já ouviram falar sobre o tema, e destas, 65% foi por um profissional de saúde. Quando nos referimos às mulheres que já fizeram o autoexame das mamas, mas que não o faz todos os meses encontramos como perfil mulheres entre 36 a 49 anos de idade; com mais de 60% delas com o 1 grau completo, casadas, com mais de três filhos e não estão na menopausa. No quesito informação, % já ouviram falar sobre o tema, e destas, cerca de 80% foi por um profissional de saúde. Quando nos referimos às mulheres que fazem o autoexame das mamas mensalmente, encontramos resultados equilibrados. Como perfil temos % das mulheres entre 36 a 49 anos de idade e % acima de anos; no que dizem respeito à escolaridade, % das mulheres tem o 1 grau completo e % tem o 2 grau completo; dessas mulheres % são solteiras e % são viúvas; Todas elas possuem filhos (% têm de 1 a 3 filhos e % têm mais de quatro filhos). No termo menopausa, % não estão na menopausa, enquanto% estão na menopausa. No quesito informação, % já ouviram falar sobre o tema, e todas por um profissional de saúde.
O autoexame das mamas, por ser um método simples, de custo mínimo, de rápida execução e, principalmente, por não necessitar de aparelho ou aparatos para a sua prática, se apresenta como método interessante de autocuidado. [...] O autoexame também é importante para a difusão e divulgação de informações a respeito do câncer de mama, desde os seus fatores de risco até a diminuição dos temores com relação ao seu tratamento. (ANDRADE, 2005). No Brasil, como país em desenvolvimento, onde os recursos para a saúde são escassos, não havendo ainda mamógrafos disponíveis necessários para atender às necessidades da população feminina, e com uma saúde pública que tem dificuldade em obter profissionais treinados nos mais longínquos municípios do país para realizar o exame clínico das mamas das mulheres, o autoexame das mamas pode representar importante forma de detecção menos tardia do câncer de mama, e talvez viável em momento prévio à implantação dos programas de rastreamento. Principalmente, como meio de despertar preocupação com questões da mama. É necessário, no entanto, salientar que o foco principal é, além do exame clínico das mamas, por profissionais qualificados responsáveis pela saúde das mulheres, a implantação dos programas de rastreamento mamográficos acessíveis às brasileiras, com ampla cobertura da população, como, nos anos recentes, as ações governamentais vêm estruturando. Os dados reunidos nesta pesquisa visam alertar os profissionais de saúde assim como os gestores públicos para uma melhor efetividade das ações de prevenção do câncer de mama feminino. Com base nas informações disponíveis, fica evidente que há muito que ser feito por essas mulheres. AGRADECIMENTOS A Professora, Dra Ana Patrícia Nunes Bandeira, pela orientação, crítica e sugestão.
REFERÊNCIA ACHKAR, M. Doenças e tratamento: Mulheres não fazem autoexame das mamas por medo. 2013. Disponível em: http://saude.terra.com.br/doencasetratamentos/mulheresnaofazemautoexamedasmamaspormedodizestudo,ffeae83d2fd1a310vgnvcm 00009ccceb0aRCRD.html. Acesso em 05/10/2013. ANDRADE, C.R. et al. Apoio social e autoexame das mamas no estudo prósaúde. Caderno de Saúde Pública. 2005; 21(2):37986. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/datasus/index.php?area=0205. Acesso em: 01/10/2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca virtual em Saúde. Dicas em saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/dicas/3auto_exame.html. Acesso em: 01/10/2013. BREEN N. et al. Progress in cancer screening over a decade: resultsof cancer screening from the 1987, 1992, and 1998. National Health Interview Surveys. J Natl Cancer nst. 2001; 93(22):170413. CONDE D.M.. et al. Qualidade de vida de mulheres com câncer de mama. Revista Brasileira de Ginecologia Obstet. 2006; 28 (3):195204. HEGARTY, V. et al. Racial differences in use of cancer prevention services among older Americans. J Am Geriatr Soc. 2000; 48 (7): 73540. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Controle do câncer de mama: documento de consenso. [monografia na Internet]. Rio de Janeiro: INCA; 2004 [citado em 2004 jun 18]. Disponível em: http://www.inca.gov.br/publicacoes/consensointegra.pdf. Acesso em 01/10/2013. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Estimativas 2005. Incidência de câncer no Brasil. [monografia na Internet]. Rio de Janeiro : INCA; 2005 [citado em 2007 jun 18]. Disponível em: http://bvsms. saude.gov.br/bvs/publicacoes/estimativa_versaofinal.pdf. Acesso em 01/10/2013.. Estimativa 2006. Incidência de câncer no Brasil. [monografia na Internet]. Rio de Janeiro: INCA; 2006 [citado em 2006 fev 6]. Disponível em: http://www.inca. gov.br/estimativa/2006/versaofinal.pdf. Acesso em 02/10/2013. Acesso em 01/10/2013.. Estimativa 2012. Incidência do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2011.
KALIKS, R. Sinais e sintomas que podem indicar câncer de mama. 2011. Disponível em: http://www.cancerdamama.com/sintomasediagnosticos/sinaisesintomasquepodemindicarcancerdemama/. Acesso em 05/10/2013. WHO WORLD HEALTH ORGANIZATION. International Agency for Research on Cancer. Globocan, 2008. Disponível em: <http://globocan.iarc.fr/>. Acesso em: 05/10/2013.