Militares encerram treinamento e se preparam para embarcar para o Haiti



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Transcrição:

Militares encerram treinamento e se preparam para embarcar para o Haiti Durante todo o mês de outubro a tropa foi adestrada no Batalhão Carlos Camisão. Três mulheres e um aquidauanense compõem a força tarefa. O Batalhão de Engenharia de Combate de Aquidauana terminou no ultimo dia 29 de outubro a preparação da tropa que fará parte da Missão de Paz da ONU, comandada pelo Brasil no Haiti. Os militares selecionados participaram de uma formação intensiva durante todo o mês de outubro. Os militares começarão a embarcar para o Haiti a partir do dia 12 de novembro em substituição aos militares brasileiros que

encontram em missão a pelo menos seis meses. Entre os 130 voluntários selecionados há três mulheres e um aquidauanense entre os cinco sul-mato-grossenses. O adestramento da tropa para a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti), foi desenvolvida em três etapas, a primeira de Nivelamento, a segunda com Exercícios Básicos de Operações de Paz e a última fase que aconteceu na derradeira semana de treinamento, os militares realizaram Exercício Avançado de Operações de Paz. Durante os treinamentos a cidade foi agitada com as operações, uso de helicóptero militar, veículos de transporte de tropas e suprimentos, realizando treinamentos para controle de distúrbio, atividades de engenharia de combate, resgates em caso de terremoto, incêndios e todo e qualquer ocorrência a ser enfrentada pela tropa durante a missão.

O Contingente Brasileiro de Força de Paz, Contbras, faz parte da Companhia de Engenharia de Força de Paz e contou com militares de todo o Brasil. A cidade contribuiu para o treinamento através der suas instituições como Polícia Civil que forneceu seu camping para treinamento, UFMS, UEMS, Prefeituras de Aquidauana e Anastácio, Corpo de Bombeiros, dentre outras. FONTE:JNEDiário FOTOS: Armando Anache Brasil deixará Haiti em 2016:

'Serei o último a partir', diz general O general brasileiro Ajax Porto Pinheiro é o responsável pela Missão de Paz no Haiti Por Luis Kawaguti Em outubro de 2016, as últimas tropas da ONU vão partir do Haiti. Vou ficar para o último avião e encerrar a missão militar, afirma à BBC Brasil o general brasileiro Ajax Porto Pinheiro, que assumiu há cerca de dez dias o cargo de comandante-geral das forças da ONU no país caribenho e coordenará no próximo domingo (25) a segurança das eleições presidenciais haitianas. O Conselho de Segurança da ONU determinou neste mês que a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) termine no dia 15 de outubro de 2016, ocasião em que a comunidade internacional espera que um novo presidente haitiano já esteja exercendo seu mandato. O Brasil comanda o setor militar da missão desde seu início em 2004. Até agora, o governo brasileiro previa que seus 850

militares começassem a voltar para casa em algum momento no ano que vem. Mas uma data oficial não havia sido estabelecida. Até outubro de 2016, a missão será mantida com o efetivo de hoje: 2.370 militares de 19 países. Apenas uma crise muito grave ou uma catástrofe podem alterar esse cronograma. Só que isso já aconteceu antes no Haiti. No início de 2010, a ONU previa a retirada total de suas tropas em meados de 2011. Porém, no dia 12 de janeiro, um megaterremoto irrompeu praticamente na superfície da capital Porto Príncipe. Centenas de milhares de pessoas morreram e 1,5 milhão ficaram instantaneamente desabrigadas. Os planos foram, então, alterados de forma radical, e a missão quase dobrou em tamanho. Além de fornecer ajuda humanitária, a ONU auxiliou na reconstrução do país e de suas instituições, como a polícia e o Judiciário, que perderam mais da metade de seus membros no terremoto. Chegada difícil Pinheiro é um veterano de Haiti. Dias depois do terremoto de 2010, ele desembarcava no país, então como coronel, para comandar um batalhão brasileiro. Ele chefiava uma unidade específica formada por brasileiros na ocasião. Hoje, comanda todos os militares da ONU no país. Nós havíamos sido treinados para proteger o processo eleitoral, mas as eleições daquele ano foram adiadas, e era preciso fornecer ajuda humanitária. Tivemos que nos adaptar, diz. Meses depois Pinheiro teve que retornar ao Brasil, pois foi promovido a general e teve que assumir um comando em território nacional. Sempre sonhei em voltar ao Haiti. Seria uma grande realização profissional e a última aventura militar da minha carreira.

Porque, quando eu voltar ao Brasil, provavelmente assumirei uma função administrativa, sem comandar tropas, afirma. Só lamento ter vindo nessas circunstâncias. Pinheiro se refere à morte de seu grande amigo e antecessor, o general José Luiz Jaborandy, que faleceu em agosto após sofrer um mal súbito em um voo do Haiti para o Brasil. Jaborandy deveria comandar as forças da ONU nas eleições do próximo domingo, e Pinheiro chegaria a Porto Príncipe só em novembro. Uma de suas primeiras tarefas no comando foi participar de uma homenagem ao amigo, com quem serviu em cinco ocasiões diferentes dentro e fora do Brasil. A base da ONU em Porto Príncipe, que já foi a maior concentração de tropas das Nações Unidas no planeta à época do terremoto, foi rebatizada de Campo General Jaborandy. Assim como em 2010, cheguei em um momento de comoção, e podemos ter problemas pela frente. Precisaremos responder. Mas já estou plenamente integrado, e as tropas estão prontas. Eleições e violência Diferentemente do que ocorreu em anos anteriores, o clima préeleitoral é de relativa tranquilidade no Haiti. Segundo relatório da ONU, a violência está caindo. O número de

homicídios no país entre março e agosto deste ano foi de 386. Nos seis meses anteriores, foram 538, o equivalente a uma queda de quase 30%. Nas eleições legislativas ocorridas em agosto deste ano não foram registrados incidentes graves. As forças da ONU (2.370 militares e 2.060 policiais internacionais) e a Polícia Nacional do Haiti (11.900 policiais) terão que proteger neste domingo 13 mil urnas em 1.508 locais de votação, no primeiro turno das eleições presidenciais e segundo das eleições legislativas. Há bases dos capacetes azuis, como são chamados os soldados da ONU, em Porto Príncipe, Cap-Haitien e Morne Casse e os contingentes militares estarão presentes em ao menos mais sete cidades. A proteção das urnas nas áreas mais sensíveis ficará a cargo de tropas brasileiras. Segundo Ajax Porto Pinheiro, uma companhia de tropas especiais brasileiras ficará de prontidão em uma base em Porto Príncipe. Ela poderá se deslocar de helicóptero e chegar em 30 minutos a qualquer região do país em que haja problemas. Neste pleito, o órgão eleitoral haitiano antecipou a organização e a divulgação de informações, o que, na opinião do general, deve facilitar a votação. As manifestações de rua relacionadas à eleição também têm sido de pequenas proporções, reunindo geralmente menos de duas centenas de pessoas. A maior teve três mil participantes. A única coisa que nos preocupa é a ação de gangues que apoiam partidos políticos. Em eleições anteriores, eles invadiram áreas de votação e roubaram urnas, afirma. Quando o Brasil desembarcou no Haiti em 2004, os grupos armados mais organizados estavam supostamente ligados ao partido Fanmi Lavalas, do ex-presidente Jean Bertrand Aristide

e a ex-militares. Atualmente, segundo o general, os grupos armados estão mais fracos e espalhados, dando apoio a diferentes partidos. No atual ciclo eleitoral, 128 partidos e 58 candidatos a presidente estão concorrendo. Deles, três se destacam: o Fanmi Lavalas (de Aristide, mas representado por outro candidato), o Parti Haitien Tèt Kale (do atual presidente Michel Martelly) e o Verité (do ex-presidente Renè Preval). Autoridades esperam que ao menos 20% dos 6 milhões de eleitores compareçam às urnas. Se houver violência, a polícia nacional deve ser acionada para agir. As tropas da ONU ficarão de prontidão caso algum incidente fuja do controle. Legado Desde o início da missão em 2004, 11 generais e milhares de soldados de todas as partes do Brasil estiveram no Haiti. O governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva se envolveu na missão, dentro de sua política de aumentar a influência internacional brasileira. Além dos objetivos humanitários e de treinamento de tropas, seu governo tentava com a ação facilitar seu acesso a uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Tropas brasileiras entraram no Haiti após a queda do expresidente Aristide. Na época, diferentes rebeldes e grupos criminosos lutavam pelo poder. Os capacetes azuis passaram por uma série de batalhas para conquistar territórios e desbaratar grupos guerrilheiros até 2007, quando os últimos integrantes das principais milícias foram presos ou mortos em combate. Os soldados internacionais também ofereceram ajuda humanitária em crises de fome, enchentes e furacões de grandes proporções. A partir do megaterremoto, se concentraram em auxiliar a

reconstrução do país e manter a ordem. Tropas da ONU do Nepal foram acusadas de levar acidentalmente ao país um surto de cólera que matou ao menos 8.000 haitianos. Durante a missão, a presença brasileira e a política de imigração do governo trouxeram levas de imigrantes haitianos para o Brasil. Durante esses anos, os capacetes azuis possibilitaram a eleição de dois presidentes, que transmitiram seus cargos democraticamente o que não ocorria em décadas no país. Fazer com que o país conclua mais um ciclo eleitoral pode ser a última tarefa dos militares da Minustah. A votação, a apuração, um eventual segundo turno e a posse do presidente devem se desenrolar até o início de 2016. Uma comissão de avaliação da ONU terá então 90 dias para decidir se o país continua estável. Se tudo ocorrer como o previsto, a desmobilização das tropas acontecerá em 15 de outubro. A minha impressão é que as instituições do Haiti evoluíram muito. Depois que a ONU sair, eles terão condições de realizar eleições com seriedade, diz o general brasileiro. O legado da ONU vai ser esse ensinamento de como conduzir a parte eleitoral do país. FONTE: BBC Brasil

Novo comandante brasileiro da Minustah toma posse no Haiti Ajax Porto Pinheiro vai substituir o general José Luiz Jaborandy Júnior, morto no fim de agosto de causas naturais - Ailton de Freitas / Agência O Globo PORTO PRÍNCIPE O general brasileiro Ajax Porto Pinheiro tomou posse na noite de terça-feira como comandante das Forças de Paz da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah). Pinheiro substitui o general José Luiz Jaborandy Júnior, que morreu no fim de agosto de causas naturais. Nesta quarta-feira, o Conselho de Segurança renovou o mandato da Missão por mais um ano e o general contou seus projetos de trabalho. É uma grande aventura, talvez a última da carreira comandando tropas disse, à rádio da ONU.

Segundo ele que já havia estado no país há cinco anos, após o terremoto que deixou mais de 200 mil mortes as prioridades são garantir a segurança nas eleições presidenciais do dia 25 de outubro. Já estamos realizando um treinamento dos soldados, fazendo patrulhas de longo alcance para avaliar e coletar informações e atuar em locais mais críticos. É um trabalho de Inteligência contou. A partir da sexta-feira, tropas também serão préposicionadas além dos pontos onde elas já estão, em seis cidades do país. Ele ainda falou sobre o papel da ONU para a estabilização da ilha caribenha e da possível desmobilização das tropas, prevista para o ano que vem, após a ida de um grupo de avaliação a Porto Príncipe. FONTE: O Globo NDCC 'Almirante Saboia' (G25) parte para a Comissão Haiti XXII

A Marinha do Brasil (MB) enviou no dia 11 de outubro, para a Comissão Haiti XXII, o Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) Almirante Saboia (G25). A despedida aconteceu no píer da Base Naval do Rio de Janeiro (RJ). O material transportado pelo Navio atenderá a Força de Fuzileiros da Esquadra e o Exército Brasileiro, a fim de contribuir com o esforço logístico, em apoio ao contingente brasileiro na Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH). Além do destino principal, Porto Príncipe, capital do Haiti, o Navio aportará, por motivos logísticos, nos seguintes portos: Natal, no Rio Grande do Norte; Fortaleza, no Ceará; San Juan, em Porto Rico; e Paramaribo, no Suriname. Desde 2004, quando chegou o primeiro contingente de tropas brasileiras no Haiti, navios da Marinha realizam viagens de Apoio Logístico, que são essenciais para a continuidade das operações de paz desenvolvidas naquele país. FONTE: MB

Chefe da ONU nomeia o general brasileiro Ajax Porto Pinheiro como comandante da Missão no Haiti General brasileiro Ajax Porto Pinheiro Foto: Cabo Valdemir da Luz O general de divisão possui mais de 20 anos de experiência militar nacional e internacional e substituirá José Luiz Jaborandy Junior, que faleceu no último dia 30 de agosto. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, anunciou nesta segunda-feira (1) o general brasileiro Ajax Porto Pinheiro como comandante das tropas da Missão de Estabilização

da ONU no Haiti (MINUSTAH). O general de divisão traz para esta posição mais de 20 anos de experiência militar nacional e internacional. Atualmente ele desempenha a função de vice-chefe do Departamento-geral do Pessoal do Exército brasileiro.anteriormente, Ajax atuou como diretor de Educação Superior Militar de 2013 a 2015 e comandante da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais entre 2012 e 2013. Ele também comandou a brigada de infantaria entre 2010 e 2012. Ajax sucederá o general brasileiro José Luiz Jaborandy Junior, que faleceu no último dia 30 de agosto de 2015. O secretáriogeral se disse profundamente triste com a morte prematura de Jaborandy e reafirmou o seu apreço por sua contribuição ao trabalho das Nações Unidas. Na ONU, o general Ajax comandou o batalhão militar do contingente brasileiro da MINUSTAH e serviu como observador militar da Missão de Observação das Nações Unidas em El Salvador em 1992 e no Grupo de Observação das Nações Unidas na América Central em 1991. O general Ajax também possui mestrado em administração de empresas da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro. Ele nasceu em 1956 e tem três filhos. Nota de Falecimento: General José Luiz Jaborandy Júnior,

Comandante da MINUSTAH O Exército Brasileiro lamenta informar o falecimento, em 30 de agosto, do General de Divisão José Luiz Jaborandy Júnior, Comandante da Força Militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Force Commander/MINUSTAH).

Maiores esclarecimentos serão prestados posteriormente.

Gen Bda Otávio Santana Do Rêgo Barros Chefe do Centro de Comunicação Social do Exército