Relevância das novas normas para a qualidade da infra-estruturas



Documentos relacionados
No respeitante aos sistemas de águas residuais

Certificação e Acreditação Auditorias. Normalização Processos de certificação Processos de acreditação Auditorias dos sistemas de gestão da qualidade

Observações. Referência Título / Campo de Aplicação Emissor Data de adoção

INQUÉRITO ÀS ENTIDADES GESTORAS NORMA ISO OBJECTIVO DO INQUÉRITO 2 CONSTITUIÇÃO DO INQUÉRITO RELATÓRIO FINAL

Observações. Referência Título / Campo de Aplicação Emissor Data de adoção

Dotar o território de instrumentos de planeamento de gestão compatíveis com a preservação e conservação dos recursos;

WORKSHOP SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE E SUA CERTIFICAÇÃO. Onde estão os Riscos?

FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO

PROGRAMA DE ACÇÃO COMUNITÁRIO RELATIVO À VIGILÂNCIA DA SAÚDE. PROGRAMA DE TRABALHO PARA 2000 (Nº 2, alínea b), do artigo 5º da Decisão nº 1400/97/CE)

Rastreabilidade na Indústria Alimentar

Referenciais da Qualidade

sustentabilidade da construção Isabel Santos e Carla Silva

I O SISTEMA DE CONTROLO OFICIAL NA UNIÃO EUROPEIA

Empresa Geral do Fomento e Dourogás, ACE

Encontro Anual Agenda 21 Local. Guia Agenda 21 Local. Um desafio de todos

. evolução do conceito. Inspecção 3. Controlo da qualidade 4. Controlo da Qualidade Aula 05. Gestão da qualidade:

ESTRUTURA COMUM DE AVALIAÇÃO CAF 2006 DGAEP 2007

Gestão da Qualidade NP EN ISO 9001:2008

Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas

Descentralização da rede de Call Centres: a experiência da PT Contact

A Avaliação Ambiental Estratégica no Sector Energético:

SISTEMAS DE GESTÃO: - AMBIENTE TRABALHO

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO As Normas da família ISO 9000

Programas de Acção. Page 34

Testemunho Empresa Certificada

ISO 9001: Gestão da Qualidade

Controlo da Qualidade Aula 05

CÓDIGO DE ÉTICA DA HABITÁGUA

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Serviços de Acção Social do IPVC. Normas de funcionamento da Bolsa de Colaboradores

ASSUNTO: Processo de Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP)

ÍNDICE ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE SANTARÉM 1. ÍNDICE 2. PROMULGAÇÃO 3. DESCRIÇÃO DA ESCOLA. 3.1 História. 3.2 Objetivo e Domínio da Certificação

PARECER N.º 175/CITE/2009

PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RESÍDUOS. Susana Xará

MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES GUIA DE ORGANIZAÇÃO E DE FUNCIONAMENTO DOS ESTÁGIOS

O Plano de Desenvolvimento Social

Contratação Pública e Auditoria de Gestão. Jacob Lentz Auditoria Geral da Dinamarca

VII REUNIÓN DEL PANEL TÉCNICO DE APOYO DE LA CODIA, Foz do Iguaçu, 22 Novembro 2012

Caracterização do Sector Português da Água

PROTOCOLO ENERGIA POSITIVA CONTRA A OBESIDADE

Anexos Arquitectura: Recurso Estratégico de Portugal

REGULAMENTO DA BOLSA DE AUDITORES

RESULTADOS. A consulta pública decorreu durante o mês de Setembro de 2010, durante o

Os Conceitos Fundamentais da Excelência

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS RECOMENDAÇÃO DA COMISSÃO

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para REDE RURAL NACIONAL

O Comité Nacional de Coordenação (CNC) espera que o Programa ART PAPDEL alcance os seguintes resultados:

NP EN ISO 9001:2000 LISTA DE COMPROVAÇÃO

2ª Conferência Internacional de Educação Financeira UA/CGD

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

DECLARAÇÃO AMBIENTAL

A Certificação das atividades de investigação, desenvolvimento e inovação (IDI) Alter do Chão 12 Novembro. Miguel Taborda - SPI

ACEF/1112/20967 Relatório final da CAE

Bona: Chamada para a Ação

MINISTÉRIOS DA EDUCAÇÃO, DA SAÚDE E DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE

PROMOÇÃO TURISMO 2020 Protocolo de Cooperação. Turismo de Portugal Confederação do Turismo Português

GESTÃO DA QUALIDADE, AMBIENTE, SHST E RESPONSABILIDADE SOCIAL

4 Proposta de método de avaliação de desempenho em programas

EDITAL. Iniciativa OTIC Oficinas de Transferência de Tecnologia e de Conhecimento

Referência. A prevenção na nova DQ. Conteúdo. PREVENÇÃO de resíduos. PREVENÇÃO - definição. Registo Público dos Documentos do Conselho

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o n. o 1 do seu artigo 95. o,

DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E TALENTOS

Comentários COGEN_PDIRT E 2014_2023.pdf

3º Fórum da Responsabilidade Social das Organizações e Sustentabilidade. Vitor Casimiro da Costa 2008 vefcc@iol.pt

Anexo I: Termos de Referencia

ACEF/1112/14972 Relatório preliminar da CAE

Requisitos do Sistema de Gestão de Segurança para a Prevenção de Acidentes Graves (SGSPAG)

Ferramentas de Gestão ao serviço do Turismo Qualidade e Segurança Alimentar. Orador: André Ramos

DIPLOMA ÂMBITO DE APLICAÇÃO LEGISLAÇÃO TRANSPOSTA OBSERVAÇÕES IMPORTÂNCIA NO CONTEXTO DO PERH GESTÃO DE RESÍDUOS

A gestão da qualidade e a série ISO 9000

SEMINÁRIO OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES PARA AS EMPRESAS INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS OPORTUNIDADES E SOLUÇÕES

OGFI 2015 Group Project BAI07 Primeiro Relatório

A Informação Geográfica na Economia e na Gestão do Território - Oportunidade: Sim ou Não

01. Missão, Visão e Valores

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE

Regulamento Rede Nacional de Responsabilidade Social das Organizações ÍNDICE

SISTEMAS DE GESTÃO: - AMBIENTE - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. Mestrado de Ambiente, Saúde e Segurança (III Edição)

RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA

RESUMO. Margarida Correia Marques. Cristina Sá. Sara Capela. Cristina Russo

GT2 / CS11 Fases de elaboração do Plano e Manual da Qualidade numa IES

PROGRAMA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

MANUAL DA QUALIDADE MQ_v5 MANUAL DA QUALIDADE. FORM_001_v1 [Este documento depois de impresso constitui uma cópia não controlada] Página 1 de 22

POLÍTICA DE SAÚDE E SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA

Material para os Discentes da Universidade da Madeira. NP EN ISO 9000, 9001 e Elaborado em 2005 por. Herlander Mata-Lima

GRUPO DE TRABALHO DE PROTECÇÃO DE DADOS DO ARTIGO 29.º

AVALIAÇÃO TEMÁTICA SOBRE A COOPERAÇÃO PORTUGUESA NA ÁREA DA ESTATÍSTICA ( ) Sumário Executivo

URBAN II Em apoio do comércio e do turismo

Guia Sudoe - Para a elaboração e gestão de projetos Versão Portuguesa Ficha 3.1 Construção de projetos

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO DO ENSINO BÁSICO DE PONTE DE SOR

Índice. rota 4. Enquadramento e benefícios 6. Selecção de fornecedores 8. Monitorização do desempenho de fornecedores 11

NOVO REGIME DE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SECTOR PETROLÍFERO

Síntese da Conferência

CONTRIBUIÇÃO AO PROCESSO DE COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS SOB A PESPECTIVA DO ATENDIMENTO DAS EXIGÊNCIAS DOS USUÁRIOS PREVISTAS NA NBR 15575

Transcrição:

Relevância das novas normas para a qualidade da infra-estruturas Causas de falta de qualidade Adopção de soluções e critérios incorrectos Emprego de mão-deobra não qualificada Utilização de materiais e produtos de qualidade inadequada Utilização de técnicas construtivas inadequadoas Adequada concepção Correcto dimensionamento Procedimentos adequados de construção Procedimentos adequados de reabilitação Operação adequada QUALIDADE das INFRA- ESTRUTURAS 45/66

Relevância das novas normas para a qualidade da infra-estruturas >As normas da CT90 contribuem para a correcção destas deficiências e para a garantia da qualidade das infra-estruturas de saneamento básico estabelecem princípios gerais de concepção descrevem Normas de procedimentos produto relacionadas e critérios directamente de dimensionamento com identificam as infra-estruturas princípios de relativos abastecimento à selecção, de água transporte, e de armazenamento, águas residuais instalação (sistemas+componentes) e colocação em obra de materiais e componentes dos sistemas Normas de ensaios de produto definem condições de realização de ensaios e critérios de aceitação Normas dos de serviço respectivos resultados Reabilitação 46/66

Estrutura da apresentação Introdução à normalização e regulamentação Breve apresentação do Regulamento Geral Apresentação geral da Comissão Técnica CT90 Relevância das novas normas para a qualidade da infraestruturas de saneamento básico Processo de criação de uma norma As normas ISO 24500 Considerações finais 47/66

Processo de criação de uma norma Comité Europeu de Normalização REDACÇÃO DO TEXTO (WG) Organismo Nacional de Normalização VOTO INTERNO (WG) INQUÉRITO CEN (pren) 6 meses 2 meses 2 meses 2º INQUÉRITO CEN NÃO ACORDO 2º VOTO FORMAL VOTO FORMAL ACORDO PUBLICAÇÃO EN ACORDO 2 meses 5 anos REVISÃO ADOPÇÃO como NP EN 48/66

Processo de criação de uma norma Comité Europeu de Normalização Organismo Nacional de Normalização REDACÇÃO DO TEXTO (GT) INQUÉRITO 2 meses PROPOSTA PARA PUBLICAÇÃO PUBLICAÇÃO como NP 49/66

Estrutura da apresentação Introdução à normalização e regulamentação Breve apresentação do Regulamento Geral Apresentação geral da Comissão Técnica CT90 Relevância das novas normas para a qualidade da infraestruturas de saneamento básico Processo de criação de uma norma As normas ISO 24500 Considerações finais 50/66

ISO 24500 > É um conjunto de normas com directrizes (guidelines) sobre as actividades relativas aos serviços de abastecimento de água potable e de águas residuais. > As ISO 24500 correspondem à introdução de um novo tipo de normas ISO ( normas de serviço ) diferentes das tradicionais normas de produto ou normas de ensaio. > As normas ISO/TC224 pretendem converter-se num modelo para o sector dos serviços públicos, no quadro geral da responsabilidade social, e potenciar conceitos relacionados com a conduta da organização. > Dão grande relevância às necessidades e expectativas dos utilizadores. > Importante: estas normas não são especificações (pelo que não são certificáveis), apenas orientações. 51/66

Características > Série ISO 24500 24510 Service to users (70 páginas) 24512 Drinking water (64 páginas) 24511 Wastewater (72 páginas) > International Standards (serviço, não processo!) > Publicadas em Dezembro de 2007 > Aplicação voluntária > Não certificáveis > Línguas: Inglês, Francês e Espanhol > Versão portuguesa (NP ISO) em elaboração 52/66

ISO 24500 >A aplicação da ISO/TC224 deve contribuir para: Facilitar o diálogo entre stakeholders (utilizadores, autoridades, operadores, organizações de consumidores, laboratórios, etc). Desenvolver um mútuo entendimento de funções e tarefas. Proporcionar métodos e ferramentas para definir, a nível local, objectivos e especificações, e valorizar e execução. >Preocupação: Um seguimento da execução para poder monitorizar a gestão dos operadores 53/66

ISO 24500 >Actualmente, o Comité ISO/TC224 está integrado por: 25 membros P (países membros, entre eles Portugal) 18 membros O (países observadores) 7 membros A (organizações internacionais relevantes, e.g. IWA, OMS e EUREAU) >Havia 4 grupos de trabalho (WG) e um grupo ad hoc. WG 1: Terminologia WG 2: Serviço aos utilizadores (ISO 24510) WG 3: Abastecimento de água (ISO 24512) WG 4: Águas residuais (ISO 24511) Grupo ad hoc para países em desenvolvimento. 54/66

ISO 24500 novos grupos > Na reunião de Tóquio (Novembro de 2007), aprovou-se um rearranjo dos grupos de trabalho > O grupo de trabalho 1 Terminologia, mantém-se activo > Os grupos de trabalho 2, 3 e 4 foram encerrados > Mantém-se o grupo adhoc (financiado por França e liderado por Marrocos) > Em Dez 2007 foram criados mais 3 grupos: WG5: Acompanhamento da aplicação das normas (Líder: Argentina) WG6: Gestão Patrimonial de Infra-estruturas (Líderes: Alemanha+Áustria+Canadá) WG7: Gestão de crises / segurança (Líder: Israel) 55/66

ISO 24500. Conteúdos > Introdução geral, que contempla: a gestão integrada dos recursos hídricos o direito de acesso à água para satisfação de uma necessidade básica. responsabilidade e transparência Recomendações para reforçar as autoridades públicas locais princípios ambientais e de sustentabilidade > Definição de uma terminologia comum. > Clarificação das expectativas dos utilizadores. > Lista de acções para optimizar os serviços. > Propostas metodológicas para a medição da qualidade do serviço e para o estabelecimento de indicadores de desempenho. 56/66

As normas >Serviço aos utilizadores (ISO 24510) Inclui un inventário das necessidades e expectativas dos utilizadores, com uma proposta de indicadores e/ou directrizes de melhoria para atingir as referidas expectativas. >Abastecimento de água (ISO 24512) Abarca o conjunto de actividades relacionadas com o abastecimento público de água, desde a captação de água até ao ponto de entrega aos utilizadores finais. >Águas residuais (ISO 24511) Compreende as águas residuais urbanas e industriais e as águas pluviais. Abarca tanto os sistemas em rede como os sistemas descentralizados. 57/66

El marco >As normas como ferramenta técnica: quadro geral Terminologia Objetivos Avaliação 58/66

Terminologia > Durante o desenvolvimento das normas, tornou-se evidente a necessidade de uma terminologia comum > 53 termos Asset / Asset management Infrastructure Maintenance Rate of return Rehabilitation Reliability > Termos claros facilitam a comunicação entre as partes intervenientes 59/66

Objetivos >24511 e 24512 fornecem objectivos para uma boa gestão do serviços de abastecimento de água e de gestão de águas residuais >24510 inclui expectativas dos utilizadores do serviço >As normas podem ser utilizadas para estabelecer prioridades de gestão >Adicionalmente, incluem orientações que podem ser utilizadas para atingir esses objectivos. 60/66

Avaliação >As normas incluem critérios de avaliação para verificar se os objectivos são atingidos. >Recomendam o uso Indicadores de desempenho para avaliar o desempenho dos operadores. Fornecem exemplos (retirados dos manuais da IWA) em anexos informativos. >As normas estabelecem uma estrutura adequada para a implementação de sistemas de indicadores de desempenho, segundo as recomendações da IWA. 61/66

Enquadramento da ISO 24500 Identify physical and management components Define objectives for the service PDCA (Plan-Do-Check-Act) Manage and operate following guidelines Define assessment criteria Define performance indicators Assess performance vs. objectives 62/66

Aplicabilidade em Portugal >Estas normas têm carácter didáctico e são aplicáveis em Portugal >Os princípios gerais recomendados para a avaliação de desempenho seguem os princípios recomendados pela IWA, que foram também adoptados pelo IRAR. >Cada país poderá desenvolver guias de implementação mais concretos >É possível desenvolver check lists para verificar se a gestão de cada operador está próxima dos princípios e procedimentos recomendados 63/66

Em resumo > As ISO 24500 constituem um marco para la gestão de serviços de água e de águas residuais > Devido ao seu carácter global de International Standard, não fornecem directrizes precisas. Contudo, estabelecem princípios e ferramentas de gestão de grande utilidade para a gestão. > As ISO 24500 estão alinhadas com a abordagem plan-docheck-act (ISO 9000). 64/66

Estrutura da apresentação Introdução à normalização e regulamentação Breve apresentação do Regulamento Geral Apresentação geral da Comissão Técnica CT90 Relevância das novas normas para a qualidade da infraestruturas de saneamento básico Processo de criação de uma norma As normas ISO 24500 Considerações finais 65/66

Considerações finais > Actividade de regulamentação e normalização de extrema importância para se atingirem objectivos de qualidade em sistemas de águas e de águas residuais > Intensa participação da CT90 na actividade de elaboração de normas a nível europeu e internacional > Perspectivas futuras: revisão do regulamento geral e enfoque da actividade da CT90 ao nível da preparação das versões portuguesas e da divulgação dos seus conteúdos > Para mais informação: Secretariado da CT90 (Conceição Santos); Núcleo de Engenharia Sanitária/DHA/LNEC; mcsantos@lnec.pt) 66/66