CHAMADA N O 020/2016 PROJETO ESTRATÉGICO: ARRANJOS TÉCNICOS E COMERCIAIS PARA A INSERÇÃO



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Transcrição:

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética SPE CHAMADA N O 020/2016 PROJETO ESTRATÉGICO: ARRANJOS TÉCNICOS E COMERCIAIS PARA A INSERÇÃO DE SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA NO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO Brasília, DF Março de 2016

SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO...4 2. CARACTERÍSTICAS DO PROJETO...6 2.1. Premissas Básicas...6 2.2. Resultados do Projeto Estratégico...8 2.3. Prazo para Execução do Projeto...9 2.4. Entidades Intervenientes...9 3. CRITÉRIOS PARA PARTICIPAÇÃO...10 3.1. Entidades Participantes do Projeto...10 3.2. Composição da Equipe do Projeto...10 3.3. Contratação do Projeto Estratégico...12 4. PROCEDIMENTOS...12 4.1. Apresentação da Proposta...12 4.2. Avaliação Inicial da Proposta...13 4.3. Execução do Projeto...13 4.4. Avaliação Final do Projeto...14 4.5. Cronograma de Execução...14 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...14 5.1. Publicações...14 5.2. Informações Adicionais...14 6. REFERÊNCIAS...14

1. APRESENTAÇÃO De acordo com a regulamentação do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica vigente, um projeto estratégico compreende pesquisas e desenvolvimentos que coordenem e integrem a geração de novo conhecimento tecnológico em subtema de grande relevância para o setor elétrico brasileiro, exigindo esforços conjuntos e coordenados das empresas de energia elétrica, entidades executoras e demais agentes interessados. Entre as tendências do mundo contemporâneo, estão o crescimento da necessidade de suprimento energético e o aumento das preocupações ambientais. Observam-se também preocupações crescentes com os custos, a segurança e a confiabilidade dos sistemas de suprimento de energia elétrica. Se, por um lado, fontes renováveis de energia, como a solar, eólica e biomassa, apresentam menor impacto ambiental na geração de eletricidade, a inserção dessas fontes no sistema elétrico adiciona insegurança e imprevisibilidade no suprimento, tendo em vista a natureza intermitente. Nesse contexto, pode-se pensar na importância das tecnologias de armazenamento de energia, devido o potencial para compensar a intermitência das fontes de geração, a redução das emissões dos gases do efeito estufa, a redução de demanda por geração de energia no pico, a redução ou substituição do investimento em geração, transmissão ou distribuição, e o incremento da confiabilidade na operação do sistema, o que aumentaria a segurança e a disponibilidade do suprimento energético. Com isso, torna-se estratégico despertar o interesse de instituições de pesquisa, fabricantes de tecnologia e empresas de energia elétrica em todo o mundo. Os sistemas de armazenamento estão entre as potenciais fontes de inovação no setor de energia elétrica. Essa percepção foi compartilhada por cerca de 53% entre mais de 400 executivos dos Estados Unidos entrevistados no estudo de 2015 divulgado no Utility Dive report (digital em https://s3.amazonaws.com/dive_assets/rlpsys/utilitydive_seu_2015.pdf). Há similaridades na Europa e na Ásia, onde se verificam projetos pilotos, demonstrativos e comerciais. Países como Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, Espanha, Coréia do Sul, Itália, Japão e Austrália possuem projetos, com testes em diferentes tecnologias em estágios de desenvolvimento ou operação. Entretanto, no Brasil ainda não há projeto piloto, demonstrativo ou experimental comparável ao verificado no exterior, sendo notável a necessidade de fomentar o interesse de fabricantes, instituições de pesquisa e empresas de energia elétrica para o desenvolvimento e aplicação de tecnologias e sistemas de armazenamento de energia. Algumas podem ser direcionadas às instalações do consumidor final, outras oferecendo serviços aos sistemas de geração e de transmissão. Na América do Sul, destaca-se o Chile, onde se encontram em operação dois projetos de armazenamento por bateria Lítio-Íon para reserva girante, totalizando 32 MW, um térmico para reserva firme de 10 MW e outros sete projetos previstos ou em construção cita-se um térmico de 360 MW, com baterias de 44 MW, dois com tecnologia de sal fundido de 61 MW e uma usina reversível de 30,8 MW. Embora não haja no Brasil projetos de armazenamento de energia com baterias conectadas à rede elétrica, cabe destacar o primeiro projeto em operação de usina hidráulica reversível do

mundo, a usina de Pedreira de 1939, em operação pela EMAE, com 30 MW reversíveis. Ressaltam-se também outras tecnologias em estado da arte: Quanto às possibilidades tecnológicas, características e categorias, os projetos podem ser estratificados da seguinte forma: Tipo Classes Eletroquímicos Diversos tipos de baterias, capacitores, etc. Hidráulicas Reversíveis Ciclo aberto e fechado Térmicos Água gelada, gelo, sal fundido, etc. Eletromecânicos Volante, ar comprimido, gravitacional Hidrogênio - Combinação de água e gelo Nesse contexto, há potencial para que o desenvolvimento de sistemas de armazenamento de energia ganhe impulso face ao avanço científico e tecnológico alcançado, conjugado com a necessidade premente de dotar sistemas de transmissão e distribuição, bem como outras unidades consumidoras, de alternativas modernas para fazer frente aos desafios no suprimento de energia elétrica. Com o emprego em maior escala e com o foco na redução de custos, o armazenamento de energia se desenvolve fortemente nos últimos anos, alcançando estágio operacional em muitos projetos com mais de cinco anos de comercialização. Observa-se, em diversos países, uma preocupação na transparência e acessibilidade do processo comercial e regulatório para as tecnologias de armazenamento energético. Cita-se, por exemplo, o caso dos Estados Unidos, onde várias unidades da federação criaram condições comerciais e regulatórias para viabilizar o uso dessas tecnologias, tanto no mercado livre, quanto cativo regulado.

Para fazer frente ao processo de comercialização dos serviços de armazenamento de energia, o FERC - Federal Energy Regulatory Commission publicou a Issue Order 890 (16/02/2007), pela primeira vez, definindo regras que foram estabelecidas para tornar o armazenamento de energia uma forma de serviço à rede de transmissão. Seguiram-se os procedimentos dados pelas Issue Order 755 (20/10/2011) e pela Issue Order 784 (18/07/2013), onde formas de comercialização desses serviços foram aperfeiçoadas. Não menos importantes foram as leis de incentivo dadas pelo Congresso Americano nos atos de 2011 e 2013, estimulando os processos de armazenamento de energia a partir de 5 kwh, o que ficou conhecido como Storage Bill 2013 (digital em https://www.govtrack.us/congress/bills/113/s1030, 113th Congress, 2013 2015 et al.) Em diversos países, verificam-se estímulos à pesquisa e ao desenvolvimento no tema de armazenamento de energia para o estabelecimento de procedimentos normativos e regulatórios visando viabilizar a aplicação dessas tecnologias e avaliação os custos e benefícios para o sistema elétrico. Isso estimulou o desenvolvimento e a instalação desses sistemas, a comercialização dos serviços prestados e o surgimento de vários investidores, fabricantes e empresas de engenharia. Ressalta-se a existência de tecnologias de armazenamento operando há mais de 40 anos em algumas partes do mundo. Outras estão em operação há menos tempo, com benefícios no aprimoramento das condições de operação do sistema elétrico, com redução de custos e, conforme citado, melhorando a confiabilidade no suprimento de eletricidade. Paralelamente, houve avanços importantes nas tecnologias e processos de armazenamento de energia, incluindo serviços ancilares, principalmente, sistemas utilizados nas instalações do consumidor final. Entre as múltiplas aplicações e benefícios das tecnologias de armazenamento de energia, incluindo usinas reversíveis, sistemas de ar comprimido, baterias, volantes e capacitores eletroquímicos, destacam-se as seguintes: gerenciamento de demanda, potência de back-up, nivelamento de carga, regulação de frequência e estabilidade de tensão. Adicione-se a esses o eminente processo de armazenamento de energia no consumidor final para uso conjugado com fontes renováveis e geração distribuída. São mais de 100 utilizações das tecnologias de armazenamento, incluindo atendimento a cargas estratégicas (como centros de dados), respostas rápidas às oscilações do sistema, redução de custos e postergação de investimento ou processos de arbitragem comercial na compra e venda de energia. Destaque especial merecem as tecnologias e os sistemas destinados à integração de fontes renováveis e intermitentes de energia, como a solar, eólica e biomassa. Estudos feitos por Kema e Carnegie Mellon University mostram que cerca de 20% dos benefícios de redução de CO 2 e de NO x esperados com a introdução dessas formas de energia serão perdidos pela necessidade de uso de fontes convencionais para atendimento das rampas rápidas de geração, se não forem usadas tecnologias de armazenamento. A evolução do uso conjugado de baterias residenciais e energia solar é potencialmente viável em vários países, sendo objeto de atuação comercial por parte de empresas que esperam a consolidação desse mercado. Tem-se, portanto, a tendência de unir essas tecnologias a um novo processo de uso de energia por parte do consumidor, dentro de inúmeras situações de geração distribuída e de novas tecnologias para gerenciamento de carga. O estágio em que se encontram o desenvolvimento tecnológico e o uso comercial de tecnologias de armazenamento de energia depende do sistema utilizado. Usinas hidráulicas reversíveis, sistemas de ar comprimido, baterias (NaS, Li-ion, Pb-ácido) e volantes se encontram em condições eminentes para serem comerciais, operativas, e em acelerada expansão, com perspectivas forte de redução de preços. No caso de baterias de lítio, a queda de preço nos últimos anos foi da ordem de 10% ao ano e a estimativa é de que continue assim nos próximos

anos. Citam-se, ainda, sistemas avançados de bateria chumbo-ácido e por fluxo (REDOX Redução/Oxidação), supercondutores e capacitores eletroquímicos que estão em fase de demonstração e testes. Processos de armazenamento adiabático ou por hidrogênio estão em fase inicial de desenvolvimento tecnológico. Entre os desafios tecnológicos e de mercado do sistema, os quais dependem do grau de maturação de cada tecnologia, destacam-se os seguintes: 1. Necessidade de garantir custo competitivo, não só do ponto de vista de fabricação, mas também de integração à rede, com desenvolvimento e aprimoramento de metodologias de avaliação econômica dos benefícios; 2. Dirimir dúvidas e lacunas em relação à questões normativa e regulatória, dependendo da tecnologia utilizada e das aplicações dos atores envolvidos; 3. Analise da confiabilidade e segurança de tecnologias que precisam de respostas mais robustas e com maior número de registro em diversas aplicações e condições; 4. Para potenciais investidores e usuários, formas para compreensão do risco por tratar-se de tecnologias com histórico recente; 5. Fomentar as melhores formas de incentivo ao desenvolvimento tecnológico nacional e cadeia produtiva do setor. O quadro abaixo apresenta uma descrição dos principais itens de estudo a serem abordados nesta Chamada. Custo Competitivo Avaliação de benefícios Regulação Confiabilidade e Segurança Histórico das Tecnologias Desenvolvimento de Desenvolvimento de metodologia de integração de tecnologias aos sistemas de T&D. Garantia da disseminação de usos e regras para melhorar a competitividade dos sistemas e minimizar impactos na tarifa. Identificação da parte da cadeia tecnológica que possa ter processo de nacionalização inserido no curto prazo. Avaliação dos benefícios das tecnologias aos sistemas de T&D para fomentar modelo de investimento e permitir penetração no mercado, considerando tempo de vida útil de cada tecnologia empregada. Caracterização e avaliação dos benefícios do armazenamento de energia em situação colaborativa entre público-privado. Realização de testes e inspeções para dispositivos e sistemas integrados à rede. Criação de processo regulatório para avaliação de performance de cada tecnologia proposta. Criação de procedimentos de avaliação do atendimento integral dos procedimentos para solução do sistema. Comprovação dos padrões de eficiência de cada uma das formas de armazenamento. Comprovação da confiabilidade e da segurança para atendimento de regiões isoladas em substituição à queima de combustível fóssil. Criação de banco de dados com informações sobre, por exemplo, o desempenho de sistemas, visando promover padronização e normatização. Instalação de projetos pilotos e demonstrativos para estimulo a produção científica e tecnológica. Sistematização de informações para o desenvolvimento de normas

Normas Técnicas Incentivo Tecnológico Cadeia de produção nacional técnicas e procedimentos visados a T&D. Desenvolvimento de normas técnicas e procedimentos para a cadeia produtiva, envolvendo, por exemplo, ABNT e ONS. Identificação e promoção de mecanismos de fomento à pesquisa básica dirigida, diretamente às instituições nacionais. Avaliação do potencial de alavanque dos processos de usinas reversíveis, notadamente as tecnologias de velocidade variável, sazonais e correlatas. Identificação de empresas de engenharia, indústrias e demais, com expertise no desenvolvimento dessas tecnologias. Identificação técnica das fases e/ou processos da cadeia de produção que possam ser desenvolvidos e produzidos no Brasil. O Brasil possui áreas onde pode-se vislumbrar a substituição da geração térmica a combustível fóssil por geração renovável combinada com sistemas de armazenamento, visando redução de custos, encargos tarifários, impactos ambientais e melhoria da confiabilidade do suprimento. Outra possibilidade seria evitar ou postergar investimentos em sistemas de transmissão e distribuição, por exemplo, pelo atendimento de cargas de pico. Nesse sentido, há oportunidades e necessidades para mitigar problemas relacionados à intermitência de fontes de geração e às variações de tensão ou demanda, entre outras. Por isso, considera-se estratégico antecipar os movimentos do mercado para evitar os riscos de uma adoção intempestiva ou inapropriada de tecnologias e sistemas de armazenamento de energia no Brasil. Diante do exposto, a Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, por meio de deliberação de sua Diretoria Colegiada e por iniciativa da Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética SPE, em parceria com a Superintendência de Regulação dos Serviços de Geração SRG, a Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração SCG e Superintendência de Regulação da Distribuição SRD, torna público nesta Chamada as características do projeto, os critérios para participação e os procedimentos para a elaboração de proposta de projeto estratégico que contemple Arranjos Técnicos e Comerciais para a Inserção de Sistemas de Armazenamento de Energia no Setor Elétrico Brasileiro e convoca os interessados para apresentar proposta nos termos aqui estabelecidos. Ressalta-se que, embora não se exclua a possibilidade de projetos isolados, dar-se-á preferência a projetos cooperativos, buscando uniformizar critérios, somar esforços e evitar possíveis redundâncias e lacunas no desenvolvimento. 2. CARACTERÍSTICAS DO PROJETO As características do projeto são apresentadas neste item, por meio da exposição das premissas básicas, dos resultados esperados e do prazo de execução. Também são apresentadas as entidades intervenientes consideradas aptas a acompanhar e avaliar a execução e resultados dos projetos. 2.1. PREMISSAS BÁSICAS O principal objetivo desta chamada é a proposição de arranjos técnicos e comerciais para avaliação e inserção de sistemas de armazenamento de energia no setor elétrico brasileiro, de forma integrada e sustentável, buscando também criar condições para o desenvolvimento de base tecnológica e infraestrutura de produção nacional.

O projeto poderá incluir o desenvolvimento de tecnologia, a instalação de uma planta piloto ou partes de um sistema de armazenamento, observando-se os seguintes requisitos: 1. Construção do protótipo de uma planta de armazenamento de energia conectada direta ou indiretamente por meio de unidades consumidoras à rede de distribuição e/ou transmissão de energia elétrica ou desenvolvimento, fabricação e instalação de protótipos de componentes, peças e equipamentos de um sistema de armazenamento, incluindo os subconjuntos das técnicas empregadas; 2. Proposição de inovações regulatórias para a viabilizar sistemas de armazenamento de energia; 3. Caso haja construção do protótipo de uma planta de armazenamento de energia, instalação de um sistema de banco de dados para aquisição, monitoramento, análise e controle das informações indispensáveis à avaliação do desempenho técnico-econômico do projeto, tais como, eficiência na transformação energética, entre outras que viabilizem a comparação com tecnologias existentes; 4. Caso haja comercialização ou uso comercial da energia ou potência em planta piloto, deverá haver contrapartida de recursos financeiros externos ao programa de P&D regulado pela ANEEL ou equivalentes, os quais deverão ser proporcionais aos benefícios econômicos resultantes do projeto; 5. Caso haja construção do protótipo de uma planta de armazenamento de energia, análise dos impactos na rede elétrica, na operação, no planejamento, e dos limites de conexão na estrutura atual, decorrentes da interligação com geração de energia elétrica a partir de fonte de armazenamento de energia; 6. Caso haja a construção do protótipo de uma planta de armazenamento de energia, análise da legislação pertinente do setor elétrico, incluindo geração, conexão e uso da rede e comercialização de energia e/ou potência gerada, e compatibilização com a legislação ambiental local, bem como análise das implicações socioeconômicas; 7. Caso haja a construção do protótipo de uma planta de armazenamento de energia, descrição dos locais mais adequados à instalação de plantas nas diversas localidades brasileiras, considerando potencial de fornecimento de insumos, ponto de conexão na rede, condições climáticas, impactos ambientais, aspectos tributários, viabilidade logística, entre outros; 8. Caso haja a construção do protótipo de uma planta de armazenamento de energia ou o desenvolvimento, fabricação e instalação de protótipos de componentes, análise das tecnologias atuais, incluindo o nível de inovação dessa tecnologia ou suas componentes. Independentemente da instalação ou não de projeto piloto ou demonstrativo, os seguintes itens devem ser incluídos no projeto: 1. Capacitação profissional para o desenvolvimento e a transferência tecnológica proposta; 2. Descrição do estado da arte e das funcionalidades da tecnologia proposta; 3. Descrição dos locais mais adequados ao uso da tecnologia desenvolvida nas diversas regiões brasileiras, considerando potencial de fornecimento de insumos, condições climáticas, aspectos ambientais, aspectos tributários, viabilidade logística, entre outros; 4. Análise técnico-econômica da tecnologia proposta e comparação com outras opções tecnológicas; 5. Análise dos custos de formação de base tecnológica nacional, incluindo possível transferência de tecnologia e capacitação profissional e tecnológica/laboratorial;

6. Realização de intercâmbio com especialistas internacionais de notório conhecimento científico e/ou tecnológico no tema do projeto. 2.2. RESULTADOS DO PROJETO ESTRATÉGICO Os resultados dos projetos devem contribuir, de maneira significativa, para a criação de massa crítica e base tecnológica para o desenvolvimento de produtos e serviços nacionais na área de armazenamento de energia, melhorando a competitividade dessa tecnologia e aproveitando melhor o potencial científico, tecnológico e econômico do País. Devem contribuir ainda para demonstrar a viabilidade técnico-econômica dos sistemas de armazenamento de energia para o Setor Elétrico Brasileiro, a diversificação da matriz energética nacional, a formação de parcerias estratégicas na área de armazenamento de energia e para o desenvolvimento de negócios sustentáveis e de grande relevância para o País. O projeto deverá fornecer subsídios importantes para o aprimoramento ou a formulação de atos normativos que assegurem o bom funcionamento das tecnologias e sistemas de armazenamento de energia no setor elétrico. Portanto, deverão constar dos resultados do projeto os seguintes produtos e itens, a serem apresentados na forma de relatório técnico: a) Caso haja planta piloto ou experimental de armazenamento de energia, deverá fornecer projeto básico e executivo do protótipo da planta; b) Caso haja planta piloto ou experimental de armazenamento de energia, deve fornecer estudo de viabilidade técnico-econômica e financeira do projeto, incluindo descrição de todos os custos de equipamentos, mão-de-obra, tecnologia, conexão, com apresentação do custo alcançado da energia produzida ou potência disponibilizada, em R$/MWh, vida útil do projeto e outros possíveis benefícios econômicos; c) Estudo de melhorias e aperfeiçoamentos de cunho construtivo para aumento do potencial de armazenamento de energia; d) Estudo de adequação das tecnologias inovadoras às condições de operação de plantas de armazenamento de energia localizadas em território nacional; e) Estudo da vida útil dos componentes e desempenho da planta de armazenamento de energia, bem como da eficiência do processo de armazenamento ao longo da execução do projeto; f) Proposta de nacionalização ou de produção local da tecnologia desenvolvida. Poderão fazer parte ou constar como resultados os seguintes itens: g) Capacitação de laboratórios para dar assessoria a estabelecimentos públicos e privados em todos os aspectos de armazenamento de energia; h) Propostas de arranjos técnicos e comerciais para a viabilidade de plantas de armazenamento de energia em território nacional; i) Propostas de alterações, devidamente justificadas, de atos normativos e/ou tributários para viabilizar plantas de armazenamento de energia, incluindo análise comparativa da regulamentação vigente. Ressalta-se que os projetos poderão utilizar recursos da FINEP, do BNDES e afins, a critério da proponente e segundo regras específicas dessas instituições, de forma a ampliar o escopo dos projetos, o volume de recursos disponíveis e as possibilidades de parcerias com fabricantes e empresas de base tecnológica.

2.3. PRAZO PARA EXECUÇÃO DO PROJETO O prazo para execução dos projetos deverá ser de até 36 (trinta e seis) meses. A duração decorrerá após o cadastro da data de início de execução do projeto na base de dados da ANEEL. Esse prazo poderá ser prorrogado, conforme regulamentação vigente, desde que a necessidade seja devidamente justificada. 2.4. ENTIDADES INTERVENIENTES Tendo em vista as características e finalidades do projeto, EPE, ONS, MME, MCTI, MDIC, ABDI, BNDES, FINEP e GIZ poderão acompanhar e avaliar os resultados obtidos durante a execução, como entidades intervenientes. 3. CRITÉRIOS PARA PARTICIPAÇÃO Os critérios para participação no desenvolvimento do projeto são apresentados neste item, incluindo entidades elegíveis, composição dos membros da equipe e forma para contratação do projeto entre as entidades participantes. 3.1. ENTIDADES PARTICIPANTES DO PROJETO 3.1.1. Empresas Proponente e Cooperadas Poderá participar da elaboração deste projeto qualquer empresa de geração, transmissão ou distribuição de energia elétrica que tenha contrato de concessão, permissão ou ato autorizativo para atuar em tais segmentos do setor. No entanto, vale destacar, que as empresas distribuidoras de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional - SIN, devido aos dispositivos preconizados nas Leis nº 9.074/1995 e nº 10.848/2004, entre outras, deverão respeitar as restrições quanto à atividade de geração e comercialização de energia elétrica oriunda da unidade geradora resultante da execução deste projeto de pesquisa. 3.1.2. Entidades Executoras Os projetos podem ser desenvolvidos pelas próprias empresas de energia elétrica, cooperativamente entre duas ou mais empresas, com instituições públicas ou privadas de ensino e/ou de pesquisa, bem como empresas de consultoria ou de base tecnológica. 3.2. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DO PROJETO Todos os membros da equipe do projeto deverão ter seu currículo cadastrado no Sistema Eletrônico de currículos da Plataforma Lattes do CNPq, que pode ser acessado no endereço eletrônico http://lattes.cnpq.br/index.htm. Os currículos deverão ser enviados para a ANEEL, por meio magnético em formato PDF, para serem analisados. Ressalta-se que as áreas temáticas deste projeto são: Fontes Alternativas de Geração de Energia Elétrica; Meio Ambiente; Planejamento de Sistemas de Energia Elétrica; e Operação de Sistemas de Energia Elétrica. 3.2.1. Gerente do Projeto Além do que consta na regulamentação vigente, o Gerente deste projeto estratégico deverá atender aos seguintes requisitos:

a) Possuir formação de nível superior com experiência profissional comprovada em alguma das áreas temáticas desta Chamada; b) Estar vinculado, profissionalmente, à empresa proponente ou cooperada. O nível de qualificação técnica exigido justifica-se pela complexidade e relevância do tema para o setor de energia elétrica. A limitação de participação como coordenador em apenas um projeto estratégico busca assegurar tratamento prioritário, de modo a não comprometer os objetivos e resultados propostos. 3.2.2. Demais Membros da Equipe do Projeto Além do que consta no Manual de P&D vigente, os demais membros da equipe deste projeto estratégico deverão atender ao seguinte requisito: ter a função de Pesquisador, Auxiliar Técnico Bolsista ou Auxiliar Administrativo. O Pesquisador deverá estar vinculado, profissionalmente, à entidade executora do projeto, à Empresa proponente ou à Empresa cooperada e atender a um dos seguintes requisitos: a) Possuir formação de nível superior com pós-graduação (mestrado ou doutorado) em alguma das áreas temáticas deste projeto; b) Possuir formação de nível superior, com experiência profissional comprovada em alguma das áreas temáticas deste projeto de pelo menos 3 (três) anos; c) Possuir formação de nível superior e estar vinculado a curso de pós-graduação stricto sensu, com tema de pesquisa em alguma das áreas temáticas deste projeto. Caso sejam incluídos na equipe do projeto, recursos humanos com a função de Auxiliar Técnico Bolsista ou Auxiliar Administrativo deverão estar vinculados à entidade executora. 3.3. CONTRATAÇÃO DO PROJETO ESTRATÉGICO O contrato a ser firmado entre a empresa proponente, as empresas cooperadas e as entidades executoras deverá definir a forma de participação de cada entidade. 4. PROCEDIMENTOS 4.1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA As Empresas interessadas em investir neste projeto estratégico deverão manifestar o interesse por meio de e-mail ao endereço eletrônico pedestrategico@aneel.gov.br. A ANEEL divulgará os nomes destas Empresas no portal da ANEEL (www.aneel.gov.br), no vínculo Programa de P&D. Decorrido o prazo para manifestação de interesse, as Empresas interessadas deverão definir qual delas será a proponente e quais serão as entidades executoras do projeto. A proposta de projeto estratégico deverá ser elaborada utilizando-se o Arquivo Eletrônico de Projeto de P&D (XML), conforme disposto no documento Instruções para Elaboração e Envio de Arquivos para Cadastro no Sistema de Gestão de P&D ANEEL, disponibilizado no portal da ANEEL (www.aneel.gov.br), no vínculo Programa de P&D.

O projeto deverá ser enquadrado nos seguintes aspectos: a) Segmento do projeto: Geração; b) Tema: Fontes Alternativas de Geração de Energia Elétrica; c) Subtema principal: Armazenamento de Energia; d) Fase da cadeia da inovação: Pesquisa Aplicada; e) Tipo de produto: Conceito ou Metodologia, Sistema, Material ou Substância, Componente ou Dispositivo ou Máquina ou Equipamento. A proposta de projeto estratégico deverá ser elaborada de forma detalhada e enviada também por meio de e-mail ao endereço eletrônico pedestrategico@aneel.gov.br, para avaliação inicial. Nesse caso, o formato de arquivo da proposta detalhada deverá ser PDF, podendo ser utilizado o aplicativo de Formulário de Projeto (prj), disponibilizado no portal da ANEEL (www.aneel.gov.br), no vínculo Programa de P&D. Poderá ser utilizado outro aplicativo, desde que a proposta apresentada contenha todos os campos previstos no Formulário prj. 4.2. AVALIAÇÃO INICIAL DA PROPOSTA A avaliação inicial do projeto será obrigatória e presencial, realizada nas dependências da ANEEL ou em local acordado entre a ANEEL e a Empresa proponente. A Empresa proponente será convocada para apresentação à banca de avaliação, que será composta por pesquisadores pós-graduados com qualificação no tema desta Chamada, por representantes das entidades intervenientes e pela ANEEL. A apresentação do projeto deverá ser feita pelo Coordenador do projeto. Caso não seja possível a presença do Coordenador do projeto, a Empresa deverá indicar um substituto, que deverá ser integrante da equipe do projeto e da entidade executora. O resultado da avaliação inicial será comunicado à Empresa proponente por meio Ofício emitido pela Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética - SPE. Ao receber o Ofício, a Empresa proponente deverá cadastrar, na base de dados da ANEEL, a intenção em executar ou não o projeto. Caso haja interesse, a Empresa proponente deverá cadastrar a data de início de execução do projeto, a qual servirá de referência para a data de abertura de sua respectiva Ordem de Serviço (ODS), e a forma de compartilhamento dos resultados do projeto. Ressalte-se, ainda, a necessidade de ampla divulgação dos resultados do desenvolvimento, de forma que o tipo de compartilhamento dos resultados deverá ser cadastrado como Domínio Público, preservada a autoria. 4.3. EXECUÇÃO DO PROJETO A execução do projeto deverá ocorrer conforme estabelecido nesta Chamada e na regulamentação vigente. Os produtos previstos das etapas do projeto estabelecidas no termo de contrato firmado entre a Empresa proponente, as Empresas cooperadas e as entidades executoras deverão ser apresentados às entidades intervenientes e à ANEEL nas reuniões técnicas de acompanhamento da execução. Os relatórios deverão ser encaminhados em prazo de até 5 (cinco) dias antes da data agendada para a reunião. Poderá haver prorrogação de prazo, conforme previsto na regulamentação vigente, a depender das justificativas apontadas durante tais reuniões.

Ressalta-se também que a ANEEL poderá, a qualquer momento, solicitar informações sobre a situação ou o andamento da execução do projeto. 4.4. AVALIAÇÃO FINAL DO PROJETO A avaliação final para reconhecimento dos investimentos ocorrerá conforme regulamentação vigente no tempo do cadastro do projeto. 4.5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO A Tabela seguinte apresenta os prazos envolvidos no cronograma de execução do projeto estratégico, a contar da data de publicação do Aviso que deu publicidade a esta Chamada. Tabela 1: Cronograma de execução do projeto estratégico. Fase Demonstração de interesse das Empresas em financiar o projeto Divulgação das Empresas interessadas em financiar o projeto Envio de proposta de projeto à ANEEL Divulgação do resultado da avaliação inicial da proposta Demonstração de interesse na execução do projeto Limite para início da execução do projeto Tempo de execução do projeto Prazo + 15 dias + 5 dias + 180 dias + 60 dias + 10 dias + 180 dias + 36 meses 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.1. PUBLICAÇÕES As publicações científicas e qualquer outro meio de divulgação dos dados resultantes do projeto estratégico ao qual se refere esta Chamada devem conter menção ao Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica regulado pela ANEEL e às empresas de energia elétrica que deram suporte financeiro ao projeto. A ANEEL se reserva o direito de publicar os resultados do projeto, preservando a autoria dos trabalhos. 5.2. INFORMAÇÕES ADICIONAIS Esclarecimentos e informações adicionais acerca desta Chamada deverão ser enviadas por meio de e-mail ao endereço eletrônico pedestrategico@aneel.gov.br. 6. REFERÊNCIAS [1] State of the Electrical Utilities Utility Dive Brand Studio http://www.utilitydive.com/

[2] Grid Energy Storage US Department of Energy, Dezembro 2013. [3] EAC Electricity Advisory Committee 2014 Storage Plan Assessment Recommendations for tht US Department of Energy (Sept. 2014). [4] Joint EASE (European Association for Storage of Energy)/EERA ( European Energy Research Alliance) Recommendations for an European Energy Storage Technology Development Roadmap towards 2030 [5] Congressional Research Service Energy Storage for Power Grids and Electric Transportation: A Technology Assessment (27 de março de 2012, R42455, Congressional Research Service 7-5700). [6] Webinar promovido por ABAQUE e ESA em 27 de agosto de 2015. [7] Status and Recommendations for R&D on Energy Storage Technologies in a Danish Context (Fevereiro, 2014) the Danish Energy Authority (EUDP and Green Labs DK), Energinet.dk (ForskEL and ForskVE), the Danish Council for Strategic Research and, the Danish Energy Association (ELFORSK). [8] IEC- International Electrotechnical Commision- White Paper : Electrical Energy Storage (IEC-WP EES 2011-12), com contribuição do Fraunhofer Institut für Solare Energiesysteme. [9] Strategic Analysis of Energy Storage in California (novembro de 2011) preparado pela Universidade da California (Berkeley School of Law, Los Angeles e San Diego) para a California Enery Commission

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA Endereço: SGAN 603 - Módulos "I" e "J" Brasília, DF - CEP 70.830-030 Tel.: 55 (61) 2192-8600 www.aneel.gov.br