ESTUDOS EXPERIMENTAIS SOBRE A AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DE FLUIDOS DE PERFURAÇÃO EM MEIOS POROSOS ANISOTRÓPICOS



Documentos relacionados
Livro para a SBEA (material em construção) Edmundo Rodrigues 9. peneiras

Exercícios Resolvidos de Biofísica

Modelagem Matemática e Simulação computacional de um atuador pneumático considerando o efeito do atrito dinâmico

Confrontando Resultados Experimentais e de Simulação

Resistência dos Materiais SUMÁRIO 1. TENSÕES DE CISALHAMENTO DIMENSIONAMENTO EXEMPLOS... 2

Estrutura geral de um sistema com realimentação unitária negativa, com um compensador (G c (s) em série com a planta G p (s).

ESTUDO DINÂMICO DA PRESSÃO EM VASOS SEPARADORES VERTICAIS GÁS-LÍQUIDO UTILIZADOS NO PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DE PETRÓLEO

Capítulo 5: Análise através de volume de controle

Palavras-chave: Tubo Evaporador; Modelo de Drift Flux; Escoamento Bifásico, Simulação Numérica. 1. INTRODUÇÃO

Palavras-chave:Algoritmo Genético; Carregamento de Contêiner; Otimização Combinatória.

Simplified method for calculation of solid slabs supported on flexible beams: validation through the non-linear analysis

Aula 4 Modelagem de sistemas no domínio da frequência Prof. Marcio Kimpara

Fotografando o Eclipse Total da Lua

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA ESTUDO DOS PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM A FLOCULAÇÃO NA SEDIMENTAÇÃO CONTÍNUA

PROTEÇÕES COLETIVAS. Modelo de Dimensionamento de um Sistema de Guarda-Corpo

= T B. = T Bloco A: F = m. = P Btang. s P A. 3. b. P x. Bloco B: = 2T s T = P B 2 s. s T = m 10 B 2. De (I) e (II): 6,8 m A. s m B

Estudo Experimental da Erosão Localizada na Proximidade de Pilares de Pontes. Maria Manuela C. Lemos Lima 1

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CEFET-SP ÁREA INDUSTRIAL Disciplina: Mecânica dos Fluidos Aplicada Exercícios Resolvidos 1 a lista.

Análise de Sensibilidade de Anemômetros a Temperatura Constante Baseados em Sensores Termo-resistivos

SITE EM JAVA PARA A SIMULAÇÃO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

CAPÍTULO 10 Modelagem e resposta de sistemas discretos

EXPERIÊNCIA 7 CONVERSORES PARA ACIONAMENTO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

Apostila de SINAIS E SISTEMAS

Nestas notas será analisado o comportamento deste motor em regime permanente.

Resolução de Equações Diferenciais Ordinárias por Série de Potências e Transformada de Laplace

Capítulo I Tensões. Seja um corpo sob a ação de esforços externos em equilíbrio, como mostra a figura I-1:

Ww Ws. w = e = Vs 1 SOLO CONCEITOS BÁSICOS

Equações Diferenciais (GMA00112) Resolução de Equações Diferenciais por Séries e Transformada de Laplace

ALGORITMOS PARA A DESCOBERTA DE SERVIÇOS WEB DESCRITOS EM OWL-S: ORDENAÇÃO DE SERVIÇOS USANDO FILTRAGEM COLABORATIVA

Compensadores. Controle 1 - DAELN - UTFPR. Os compensadores são utilizados para alterar alguma característica do sistema em malha fechada.

No campo da eletrcidade podemos sintetizar 03 elementos fundamentais passivos e são eles: resisores, capacitores e indutores.

Professora FLORENCE. Resolução:

Cap. 8 - Controlador P-I-D

EFEITOS DO COEFICIENTE DE POISSON E ANÁLISE DE ERRO DE TENSÕES EM TECTÔNICA DE SAL

Competências/ Objetivos Especifica(o)s

Quantas equações existem?

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GRUPO DE ESTUDO DE ANÁLISE E TÉCNICAS DE SISTEMAS DE POTÊNCIA CA E CC - GAT

DISTRIBUIÇÃO DE TEMPOS DE RESIDÊNCIA EM SISTEMAS ALIMENTADOS COM VAZÃO VARIÁVEL. Renata Akemi Sassaki

TRANSMISSÃO DE CALOR II. Prof. Eduardo C. M. Loureiro, DSc.

Experimento #4. Filtros analógicos ativos LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA

Um exemplo de Análise de Covariância. Um exemplo de Análise de Covariância (cont.)

Fenômenos de Transporte I

PROCEDIMENTO DE MERCADO AM.04 Cálculo de Votos e Contribuição

A notação utilizada na teoria das filas é variada mas, em geral, as seguintes são comuns:

AULA 02 POTÊNCIA MECÂNICA. = τ. P ot

CAPÍTULO 6 - Testes de significância

Vestibular a fase Gabarito Física

Técnicas Econométricas para Avaliação de Impacto. Problemas de Contaminação na Validação Interna

MODELAGEM DO FENÔMENO DE TRANSFERÊNCIA DE MASSA DE ÍONS INORGÂNICOS DO CHORUME NO SOLO

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO PAULO CEFET SP

AÇÕES DE CONTROLE. Ações de Controle Relação Controlador/Planta Controlador proporcional Efeito integral Efeito derivativo Controlador PID

Figura Curva granulométrica por peneiramento e sedimentação de uma amostra de solo residual (Minas de calcáreo Caçapava do Sul)

TRATAMENTO DE SEMENTES COM CLORETO DE MEPIQUAT PARA REDUÇÃO DO CRESCIMENTO DA MAMONEIRA

P U C R S PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CONCRETO ARMADO II FORÇA CORTANTE

CURSO DE ENGENHARIA DO AMBIENTE FÍSICA E QUÍMICA DA ATMOSFERA

2 Introdução à Fluorescência

COP Comunication on Progress EQÜIDADE DE GÊNERO

IX SIMPÓSIO DE ESPECIALISTAS EM PLANEJAMENTO DA OPERAÇÃO E EXPANSÃO ELÉTRICA

Tensão Induzida por Fluxo Magnético Transformador

Reconhece e aceita a diversidade de situações, gostos e preferências entre os seus colegas.

ANÁLISE LINEAR COM REDISTRIBUIÇÃO E ANÁLISE PLÁSTICA DE VIGAS DE EDIFÍCIOS

Modelagem de Edificações com Multi-Pavimentos em Concreto Pré-Moldado. Joaquim E Mota

XLVI Pesquisa Operacional na Gestão da Segurança Pública

O CORPO HUMANO E A FÍSICA

METODOLOGIA DE PROJETO DE FILTROS DE SEGUNDA ORDEM PARA INVERSORES DE TENSÃO COM MODULAÇÃO PWM DIGITAL

Formatação de fonte. Teorema da amostragem

Observação: CURSOS MICROSOFT

DO EMPÍRICO AO TEÓRICO: UM PLANO DE AULA PARA O ENSINO DO PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES NO ENSINO MÉDIO

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Introdução ao Concreto

Física 1 Capítulo 7 Dinâmica do Movimento de Rotação Prof. Dr. Cláudio Sérgio Sartori.

O que é um sólido particulado? Importância

operação. Determine qual o percentual de vezes que o servidor adicional será acionado.

TRANSFORMADORES DE POTENCIAL

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA LIMA

UMA ABORDAGEM GLOBAL PARA O PROBLEMA DE CARREGAMENTO NO TRANSPORTE DE CARGA FRACIONADA

ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DE SÃO PAULO CEFET SP ÁREA INDUSTRIAL Disciplina: Máquinas Hidráulicas MHL Exercícios resolvidos

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS PROCEDIMENTOS DE AMOSTRAGEM CASUAL SIMPLES E AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA

P R O J E T O. Arte. Pneus

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ESTRUTURAL DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO REFORÇADAS COM LÂMINAS DE CFRP TENSIONADAS

1Introdução Introdução

CREATING TOMORROW S SOLUTIONS

MODELAGEM DE TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS DE DISTRIBUIÇÃO PARA ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA

Máquinas Eléctricas. Motores de indução. Motores assíncronos. Arranque

BA.02: Vírus e Reino Monera BIOLOGIA

Estabilidade para Pequenas Perturbações e Dimensionamento de Estabilizadores. Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores _

λ =? 300 m/ n = 3ventres nv = =

Imposto de Renda Pessoa Física

Revista Agroambiental - Dezembro/2011

Inclusão Social dos Jovens nos Assentamentos Rurais de Areia com ênfase no trabalho da Tutoria e recursos das novas TIC s

Técnicas adotas para seu estudo: soluções numéricas (CFD); experimentação (análise dimensional); teoria da camada-limite.

Considere as seguintes expressões que foram mostradas anteriormente:

Universidade Presbiteriana Mackenzie. Automação e Controle I

Vicente Leite (1), Henrique Teixeira (1), Rui Araújo (2), Diamantino Freitas (2) Resumo

VALIDAÇÃO DO MODELO DE ELETROCOAGULAÇÃO FLOTAÇÃO NO TRATAMENTO DE EFLUENTE TÊXTIL VISANDO À REMOÇÃO DE DQO, UTILIZANDO REATOR EM BATELADA.

CONTROLO DE SISTEMAS. APONTAMENTOS DE MATLAB CONTROL SYSTEM Toolbox. Pedro Dinis Gaspar António Espírito Santo J. A. M.

O URBANO E A PRODUÇÃO IMOBILIÁRIA EM CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM - ES

Laboratório de Sistemas e Sinais Equações Diferenciais

Transcrição:

3 a 6 de outubro de 0 Univeridade Federal Rural do Rio de Janeiro Univeridade Severino Sombra aoura RJ ESTUDOS EXPERIMENTIS SOBRE LIÇÃO DS PROPRIEDDES DE FLUIDOS DE PERFURÇÃO EM MEIOS POROSOS NISOTRÓPICOS. T.. WLDMNN, D. RODRIGUES, E.. SNTOS, F. S. JOSINO e. L. MRTINS Petrobra/Cenpe/Interação rocha luido e-mail: awaldmann@petrobra.com.br BRTS Filtro Sinterizado e-mail: daniel@brat.com.br RESUMO - Eventualmente durante a peruração da rocha reervatório trecho com heterogeneidade de permeabilidade podem er atraveado, epecialmente em reervatório carbonático, portanto, a avaliação da propriedade iltrante de luido de peruração em meio poroo aniotrópico é de extrema iortância para o projeto de luido para atender tai cenário. propriedade iltrante do luido de peruração ão normalmente avaliada em laboratório atravé de tete de iltração. Nete tete, o luido é preurizado contra um meio poroo inerte conolidado. O volume de luido que tranpaa o meio poroo é monitorado ao longo do teo. Para atender tai objetivo, oi realizado um etudo em parceria do CENPES com a BRTS, epecialita na abricação de meio poroo interizado, contelando o deenvolvimento e produção de meio poroo de aço interizado com aniotropia de permeabilidade. Ete trabalho aborda o método utilizado para a abricação do meio poroo e ilutra o reultado experimentai de iltração de luido de peruração em meio poroo aniotrópico. PLRS-CHE: aniotropia, ecoamento em meio poroo, luido de peruração e engenharia de petróleo. INTRODUÇÃO peruração de um poço de petróleo ocorre normalmente atravé da aplicação de peo e rotação na coluna, cuja extremidade etá acoplada a uma broca cortante. Simultaneamente, circula-e luido de peruração pelo interior do poço, de acordo com o eguinte caminho: o luido é injetado pelo interior da coluna, atravea o jato exitente na broca e retorna pelo epaço anular ormado pela parede do poço e a coluna de peruração. Uma da unçõe báica do luido de peruração é exercer preão hidrotática obre a ormaçõe permeávei, de modo a evitar a invaão de luido da ormação para o poço durante uma operação de peruração. O luido de peruração é um coonente undamental na contrução de um poço de petróleo e deve apreentar a eguinte caracterítica, além da citada anteriormente (Thomaz, 00):

não cauar dano à ormaçõe produtora; er bombeável, apreentar cuto coatível com a operação, etabilizar a parede do poço, mecânica e quimicamente; manter o ólido em upenão quando etiver em repouo; acilitar a eparação do ólido gerado pela broca (cacalho) em uperície e acilitar a interpretaçõe geológica do material retirado do poço; Manter a integridade íica do poço evitando um poível demoronamento da ormação, epecialmente a mai riávei; Liar o undo do poço, trazendo de volta à uperície o ólido gerado pela broca (cacalho); Reriar a broca e lubriicar a coluna de peruração. Durante uma operação de peruração a propriedade do luido devem er contantemente monitorada a im de garantir o curimento de ua unçõe. propriedade íica mai iortante e reqüentemente medida na onda de peruração ão a denidade, o parâmetro reológico, o parâmetro de iltração e o teor de ólido. Dierente tipo de luido ão utilizado para divera ae da peruração de um poço de petróleo. Durante a ae de peruração da rocha reervatório, ão utilizado luido chamado drill in, contituído por oluçõe polimérica com uma determinada concentração de ólido taonadore (agente obturante). técnica de peruração convencional conite em manter a preõe no poço ere uperiore à preõe na rocha reervatório de modo a evitar inluxo de luido nativo para dentro do poço. Tai inluxo acarretariam ério problema de egurança. Devido ao dierencial de preão poitivo entre o poço e a ormação poroa ocorrerá a iltração do luido pela mema, ormando uma torta de iltração de baixa permeabilidade na parede do poço enquanto que a ae líquida do luido invadirá o reervatório. O entendimento do proceo de iltração do luido de peruração e ua inluência no mecanimo de ormação da torta de iltração e dano à ormação têm atraído interee contínuo na engenharia de petróleo. O controle da iltração tem um coniderável iacto no cuto da operaçõe de peruração e na produtividade do poço. avaliação da propriedade iltrante de luido de peruração é normalmente realizada em laboratório atravé de tete de iltração etática padronizado. Nete enaio, um volume ixo de luido é poicionado obre um meio poroo (papel de iltro, cerâmica ou aço interizado), que poui uma única permeabilidade, e ubmetido a um dierencial de preão contante pré-etabelecido. O volume de luido que atravea o meio poroo é monitorado ao longo do teo. Figura ilutra o aparato experimental. Fluido Meio poroo Figura Equema experimental do wexperimento de iltração etática

Eventualmente durante a peruração da rocha reervatório trecho com heterogeneidade de permeabilidade podem er atraveado, epecialmente em reervatório carbonático, portanto, a avaliação da propriedade iltrante de luido de peruração em meio poroo aniotrópico é de extrema iortância para o projeto de luido para atender tai cenário. Para atender tai objetivo, oi realizado um etudo em parceria com a BRTS, epecialita na abricação de meio poroo interizado, que contela o deenvolvimento e produção de meio poroo de aço interizado com aniotropia de permeabilidade. METODOLOGI Para a viabilização do deenvolvimento e produção de meio poroo de aço interizado com aniotropia de permeabilidade oram utilizada dua abordagen ditinta: Coactação eparada de peça com dierente permeabilidade eguida de interização/ brazagem. Coactação única (dierente pó) eguida de interização. deejada. Coneqüentemente, epera-e que a metodologia deinida irva para um epectro alo de preõe e granulometria. O pare de permeabilidade deenvolvido oram o eguinte: 0 md e 00 md; 50 md e 500 md 75 md e 750 md 0 md e 750 md Conecção por intererência Dico e anel oram coactado eparadamente, montado num memo plano e recoactado para intererência. Figura 3 ilutra a metodologia propota. interização oi realizada na eguinte condiçõe: vácuo de 30 ºC a 300 ºC, por um teo de 30 a 60 minuto. deinição do valore de de, di e h arão parte do deenvolvimento. preõe P, P e P3, aociada ao pó deinirão a permeabilidade. O produto inal objetivado é ilutrado na Figura, a eguir. Trata-e de dico com 63,5 mm de diâmetro e 6 mm de epeura, com dua área iguai (,49 x 0-3 m ) para a quai a permeabilidade, deinida por α e α, ejam dierente. Figura 3 nel e dico coactado eparadamente, montado e re-coactado para intererência e ajute de altura Figura Dico com e α α BRTS já poui conhecimento para deinir a preõe e a granulometria do pó para obtenção da permeabilidade Conecção por coactação direta Nete cao oi realizada uma etapa de coactação obtendo-e uma peça a verde já na condiçõe próxima da objetivada. im, uma cavidade de matriz erá

preenchida com doi pó dierente, eparado iicamente, e coactado. O proceo é ilutrado na Figura 4. O coactado oram interizado na mema condiçõe já mencionada. Figura 8 Deenho equemático de iltração em meio poroo com ormação de torta, Maarani, 999. Figura 4 nel e dico coactado em uma única etapa Em ambo o cao, o interizado oram caracterizado iicamente (dimenional e permeabilidade) e microetruturalmente, com detalhamento da interace entre a dua regiõe com dierente permeabilidade. METODOLOGI MTEMÁTIC modelagem da iltração etática em meio poroo aniotrópico oi realizada com bae na modelagem de iltração para meio poroo homogêneo detalhada em Waldmann, 005. ormulação a eguir repreenta o ecoamento de um luido atravé de um meio poroo heterogêneo aturado, provocado por um dierencial de preão ioto. O luido por conter ólido, ao ecoar no meio poroo orma uma torta de iltração obre ua uperície, conorme ilutrado na Figura 8. O ecoamento de luido em meio poroo é comumente decrito pela Equação de Darcy (856): ( p ρ g) µ k q ρ + c q () k µ Onde k é a permeabilidade do meio poroo, µ é a vicoidade do luido, c é a contante de Forchheimer e Re é o número de Reynold que pode er deinido por: k q ρ Re () µ E q é a velocidade upericial do luido deinida por: q v ε (3) Para ituaçõe em que o ecoamento de luido no meio poroo é lento, ito é: c Re << (4) Nete cao, a orma quadrática exprea pela equação recai na orma linear, dada pela equação abaixo:

µ q k ( p ρ g) eguir, a ormulação etará particularizada para o ecoamento linear unidirecional atravé de um meio poroo heterogêneo aturado com a ae líquida do luido invaor. Eta ituação repreenta o experimento de laboratório no qual propriedade de iltração ão monitorada. principai hipótee coniderada na modelagem ão: epeura do reboco é deinida pela concentração de ólido e o volume iltrado. permeabilidade do reboco é contante. partícula ólida no luido (agente obturante) ão eérica, reultando em uma torta de poroidade 0,48. Eeito hidrotático ão deprezívei. O iltrado tem coortamento reológico newtoniano. Integrando a Equação (5) ao longo da torta e do meio poroo, coniderando a torta de iltração incoreível e o termo de orça de cao deprezível rente ao dierencial de preão ioto: h ( ) h t p µ q + (6) k k Para meio poroo em érie com dua permeabilidade ditinta podemo coniderar que a epeura e a permeabilidade média da torta de iltração podem er repreentada pela eguinte equaçõe (hmed, 000): h h ( + ) + h (5) (7) h + h (8) ( h + h ) Uma vez que a permeabilidade da torta de iltração é muito menor que a permeabilidade do meio poroo o primeiro termo do omatório entre colchete pode er pereitamente negligenciado. Portanto, a equação 6 pode er reecrita da eguinte maneira: h + h ( + ) p µ ( ) q (7) h + h h + h h ( t) + h ( t) ( ) p µ q (8) + Onde: Q q total total total d dt dh t dt (9) Subtituindo a deinição da Equação (9) na Equação (8) tem-e: p h dt µ ( t) + h ( t) ( + ) d (0) Poroidade é deinida como a ração volumétrica de vazio no meio poroo: p ε () + p Explicitando o volume poroo na Equação () tem-e: ε p () ε ( ) O volume de cada torta pode er deinido por: + h p (3) h p (4) + Subtituindo a Equação () na Equaçõe (3) e (4): h ε (5) h ε (6) Pode-e deinir a concentração de ólido como a ração volumétrica de agente obturante no luido: C (7) +

Com bae na expreão acima pode-e explicitar o volume de iltrado como: ( C ) ou: (8) C C (9) ( C ) Subtituindo a Equação (6) na Equaçõe (5) e (6), tem-e: h h T T ( C ) S ( C ( C ) S S ( C ) ε S ) ε (0) () Subtituindo a Eq. (0) e () na Equação (0): CS C S + p C S C ( ) S dt ε ( ) ε d µ + p dt µ C + S + C ( S) ε d () (3) plicando a condiçõe iniciai ( 0 em t 0) na Equação (4) temo C 0. p t µ Então: t + CS + ( CS ) ε + CS ( CS ) ε p total ( + ) µ (4) (5) Com bae na equação acima e na curva de volume de iltrado obtida atravé do enaio de iltração é poível etimar o valore de permeabilidade da torta de iltração para doi meio poroo imultaneamente. partir daí torna-e poível otimizar a propriedade do luido de peruração para minimizar a invaão de iltrado em cenário de reervatório com heterogeneidade de permeabilidade. RESULTDOS Inicialmente oram realizado enaio com uma olução de 80 % v/v de glicerina em água em meio poroo de aço interizado com permeabilidade ao ar de 50mD/500 md. igura 5 repreenta um do meio poroo enaiado. O enaio de iltração de oram realizado ob dierenciai de preão de 00 e 00 pi. Figura 5 Meio poroo aniotrópico de 50mD/500 md O tete realizado com um dierencial de preão de 00 pi e 00 pi motraram boa reprodutibilidade e nenhum problema experimental oi obervado durante o enaio. O enaio realizado em maiore dierenciai de preão apreentam maior volume de iltrado para um memo teo experimental, como já era eperado. Figura 6 e 7 ilutram a curva de iltração obtida com o tete realizado a 00 e 00 pi, repectivamente. 0 00 80 60 40 0 0 50 md 500 md 00 pi tete 00 pi tete 0 50 00 50 00 50 300 Teo () Figura 6 - Curva de iltração em meio poroo aniotrópico de 50/500 md - 00 pi

00 80 00 pi tete 00 pi tete 00 80 olume (ml) 60 40 0 olume teórico (ml) 60 40 0 0 0 0 40 60 80 00 0 40 Teo () Figura 7 - Curva de iltração em meio poroo aniotrópico de 50/500 md - 00 pi igura 8 e 9 motram a boa adequação do modelo propoto ao reultado experimentai. Para o enaio realizado ob o dierencial de preão de 00 pi a permeabilidade do meio poroo ao líquido etimada para o meu poroo de menor permeabilidade (50 md) oi de 4 md e para o meio poroo de maior permeabilidade (500 md) oi de 389 md. Já para o tete de iltração realizado a 00 pi a permeabilidade obtida oram repectivamente, md e 375 md. olume teórico (ml) 0 00 80 60 40 0 0 0 0 40 60 80 00 0 olume experimental (ml) Figura 8 dequação da modelagem ao enaio experimentai 00 pi 0 0 0 40 60 80 00 olume experimental (ml) Figura 9 dequação da modelagem ao enaio experimentai 00 pi dicionalmente oram realizado enaio de iltração em meio poroo iotrópico de 50 md e 500 md e em meio poroo aniotrópico de 50/500 md de permeabilidade, ob dierenciai de preão de 300 pi. O luido utilizado no enaio oi uma olução aquoa de goma xantana, amido e carbonato de cálcio. Novamente o tete apreentaram boa reprodutibilidade e nenhum problema experimental oi obervado. igura 0 e ilutram o enaio realizado no meio poroo iotrópico de 50 md e 500 md, repectivamente. Já a igura repreenta o reultado da curva de iltração obtido para o meio poroo aniotrópico de 50mD/500mD. olume (ml),0,8,6,4,,0 0,8 0,6 0,4 0, Experimento (50 md) Experimento (50 md) 0 500 000 500 000 500 3000 3500 4000 Teo () Figura 0 - Curva de iltração em meio poroo iotrópico de 50 md - 300 pi

7,0 6,0 5,0 Experimento (500 md) Experimento (500 md),4, Tete Tete Bietriz 4,0,0 3,0,0,0 olume (ml) 0,8 0,6 0,4 Figura - Curva de iltração em meio poroo iotrópico de 500 md - 300 pi,6,4 Experimento (50/500 md),,0 Experimento (50/500 md),8,6,4,,0 0,8 0,6 0,4 0, 0 000 000 3000 4000 Teo () olume (ml) 0 000 000 3000 4000 Teo () Figura - Curva de iltração em meio poroo iotrópico de 50mD/500 md - 300 pi Uma da idéia centrai do trabalho é de obervar e quantiicar a inluência do parâmetro de tete na permeabilidade da torta de iltração. Para etimativa da permeabilidade da torta de iltração oi utilizado o modelo decrito no item anterior. Para o enaio realizado em meio poroo iotrópico com permeabilidade ao ar de 50 md a permeabilidade da torta de iltração oi de,69 x 0-4 md, para o tete de iltração realizado em meio iotrópico de permeabilidade igual a 500 md a permeabilidade da torta de iltração etimada oi igual a 9,37 x 0-3 md. igura 3 e 4 motram uma curva de volume de iltrado experimental v volume previto pela modelagem propota. O reultado motram uma boa adequação da modelagem ao ponto experimentai. 0, 0, 0,4 0,6 0,8,0,,4 olume (ml) Figura 3 - Curva de iltração em meio poroo iotrópico de 50mD - 300 pi olume (ml) 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0,0,0 Tete Tete Bietriz,0,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 olume (ml) Figura 4 - Curva de iltração em meio poroo iotrópico de 500 md - 300 pi igura 5 ilutra a adequação do modelo ao ponto experimentai reerente ao enaio de iltração realizado com o meio poroo aniotrópico de 50 md/500 md. im como no demai tete o reultado oram atiatório. Para ete cao o valore de permeabilidade da torta de iltração etimado oram de,0 x 0-3 md e,7 x 0-3 md. O reultado ão intereante e motram o iacto da aniotropia na permeabilidade da torta de iltração. Nete cao a permeabilidade da torta etão na mema ordem de grandeza, o valore ão relativamente próximo e ão diretamente inluenciado pelo o ecoamento em paralelo no doi meio poroo com permeabilidade ditinta.

O valore de permeabilidade da torta de iltração etimado aqui tendem para um valor intermediário entre o valore etimado no cao iotrópico, o que iicamente é relevante uma vez que o ecoamento ore inluência da reitência do doi meio poroo. olume (ml),5,0,5,0 0,5 Tete Tete Bietriz 0,5,0,5,0,5 olume (ml) Figura 5 - Curva de iltração em meio poroo iotrópico de 50mD/500 md - 300 pi CONSIDERÇÕES FINIS travé do deenvolvimento em parceria com a BRTS, erea epecializada na conecção e produção de meio poroo em aço interizado, oi poível a produção de meio poroo que irão atender e ajudar na demanda de projeto de luido da PETROBRS no cenário de: Reervatório de baixa permeabilidade; Reervatório ubmetido a grande dierenciai de preão; Reervatório heterogêneo. O meio poroo ão eguramente coatívei com o experimento de iltração e nenhum problema experimental oi obervado. O reultado experimentai oram coerente e reprodutivo. modelagem apreentada para iltração em meio poroo aniotrópico motrou bon reultado uma vez que o reultado icaram bem próximo ao reultado experimentai. Uma nova matriz de enaio erá deenvolvida para realizaçõe de mai experimento em meio poroo com nova condiçõe experimentai, geometria dierente e com o eguinte range de permeabilidade: 0 md e 00 md 75 md e 750 md 0 md e 750 md NOMENCLTUR Área, m² C Concentração, m³/m³ h Epeura, in ou cm k Permeabilidade, md ou m² Q azão, m 3 / P Preão, Pa t Teo, olume, m³ q velocidade upericial, m/ ε Poroidade µ icoidade, Pa. Subcrito índice de torta de iltração Total índice de área total iltrado p partícula meio poroo ólido REFERÊNCIS HMED, T., 000, Reervoir Engineering Handbook, Houton, Etado Unido, ª Edição, Gul Proeional Publihing. DRCY, H., 856, Le Fontaine Publique de la ille de Dijon,. Dalmont, França. THOMZ, J. E. et al., 00, Fundamento de Engenharia de Petróleo, Rio de Janeiro, Brail, ª Edição, Editora Interciência. WLDMNN,. T.. (005), Mecanimo que Governam a Eetividade de gente Obturante no Controle da Invaão de Fluido de Peruração na Rocha Reervatório de Petróleo, Diertação de Metrado, PUC Rio, Departamento de Engenharia Mecânica, 96p. MSSRNI, G., 999, Fluidodinâmica em Sitema Particulado, Rio de

Janeiro, Brail, ª Edição, Editora UFRJ