DIRECÇÃO GERAL DO TURISMO DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE ESTUDOS E ESTRATÉGIA TURÍSTICOS DIVISÃO DE RECOLHA E ANÁLISE ESTATÍSTICA



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Transcrição:

DIRECÇÃO GERAL DO TURISMO DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE ESTUDOS E ESTRATÉGIA TURÍSTICOS DIVISÃO DE RECOLHA E ANÁLISE ESTATÍSTICA Elaborado por: Cristina Curto Caria Coordenado por: Teresinha Duarte Seetteembrro..2004

Índice 1. INTRODUÇÃO 3 2. OFERTA 2.1 Número de Campos de Golfe 4 2.2 Oferta de Campos de Golfe e Capacidade de Alojamentos nos 4 Estabelecimentos Hoteleiros 2003 3. PROCURA 5 3.1 Número de voltas Realizadas/Possíveis 5 3.2 Taxas de Ocupação 5 3.3 Frequência Semanal 6 3.4 País de Residência 6 3.5 Procura de Campos de Golfe (voltas realizadas) versus Dormidas 7 nos Estabelecimentos Hoteleiros, Aldeamentos e Apartamentos Turísticos 4. RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO 2002 4.1 Responsáveis pela Comercialização 8 4.2 Estrutura dos Proveitos 8 4.3 Estrutura dos Custos 9 5. Conclusões 10 6. Conceitos 11 2

1. INTRODUÇÃO Portugal é por excelência um destino de golfe, reportado nas condições favoráveis do seu clima e resultado das extraordinárias infra-estruturas adjacentes a esta modalidade. Estas condições permitem a prática desta modalidade, praticamente todos os dias do ano. Assim, no sentido de colmatar a falta de informação sobre um produto turístico com crescente importância, a DGT iniciou, em 2003, um processo de inquirição a todos os campos. A recolha da informação consubstancia-se em dois inquéritos: - Um inquérito mensal que visa obter informação sobre a caracterização dos campos de golfe e da procura afecta aos mesmos. - Um inquérito anual com o objectivo de caracterizar a estrutura de custos e receitas por áreas de actividade desenvolvidas. O presente relatório constitui uma análise aos resultados deste primeiro inquérito, que obteve uma taxa de resposta para o inquérito mensal de 33,6% e 22,6% para o anual. Este estudo tem como objectivo disponibilizar informação relevante que contribua, por um lado, para a definição de estratégias de marketing para este tipo de produto, por outro, para perceber a importância do golfe no âmbito do turismo e das regiões. 3

2. OFERTA 2.1 Número de Campos de Golfe Em 2003, a repartição dos campos de golfe, pelo território nacional, encontrava-se distribuída conforme mostra o gráfico junto. A oferta de locais para a prática de golfe tem vindo a aumentar. Nesse ano, existiam em actividade 62 campos de golfe, dos quais cerca de 47% localizados no Algarve e 23% na região de Lisboa. Este é um produto que tem apresentado uma expansão contínua, pelo que, os próximos anos deverão configurar o crescimento da oferta. Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira 2 2 3 Distribuição dos Campos de Golfe em Portugal - 2003 5 7 14 0 5 10 15 20 25 30 29 nº de campos 2.2 Oferta de Campos de Golfe e Capacidade de Alojamento nos Estabelecimentos Hoteleiros, Aldeamentos e Apartamentos Turísticos 2003 nº de voltas possíveis (x1000) 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Nº de voltas Possiveis e Capacidade de Alojamento - 2003 Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira 120 100 Nº de Voltas Possíveis Capacidade de Alojamento em Camas 80 60 40 20 0 nº de camas (x1000) O número de voltas possíveis versus o número de camas existentes nas diversas regiões, em 2003, apresentou a mesma tendência. As regiões do Norte, Centro e da Madeira são as que apresentam um gap maior no comportamento entre aqueles dois tipos de oferta, o que evidencia uma menor apetência da região pelo produto golfe. Importa destacar que a região do Algarve apresenta, a nível nacional, a maior oferta quer, em capacidade de número de camas, quer em número de voltas possíveis. /INE 4

3. PROCURA 3.1 Número de Voltas Realizadas/Possíveis A análise do número médio de voltas por mês, em 2003, mostra que para todas as regiões a oferta (medida em voltas possíveis) é muito superior à procura, sendo o Algarve e Lisboa as regiões que apresentam maior oferta de número médio de voltas possíveis por mês. Por outro lado, a menor utilização dos campos de golfe registou-se nas regiões do Alentejo e Centro. Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira Número Médio de Voltas por Mês NUTS II - 2003 Realizadas Possíveis 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 3.2 Taxas de Ocupação A taxa de ocupação, ou seja, o rácio entre as voltas realizadas e as voltas possíveis, para o total do País, foi de 33,9%. Portugal Taxas de Ocupação Por NUTS II - 2003 33,9% Fazendo esta análise por regiões, observa-se que a Madeira e o Algarve apresentaram taxas de ocupação superiores à média nacional, (64,8% e 58,4% respectivamente), enquanto o Centro apresentou uma taxa de ocupação mais baixa (15,7%). Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores 18,4% 15,7% 16,2% 25,3% 33,4% 58,4% Madeira 64,8% 5

3.3 Frequência Semanal (ocorrências) 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Dias da Semana de Maior Frequência dos Utilizadores dos Campos de Golfe - 2003 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sáb. Dom. Os praticantes de golfe concentram a preferência para a prática desta modalidade ao fim-de-semana. Efectivamente, o sábado e o domingo representavam cerca de 70% da frequência semanal. A disponibilidade dos praticantes activos justifica em larga medida a distribuição destas ocorrências. 3.4 Países de Residência Número Médio de Voltas por Países de Residência 2003 Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira Total Alemanha 3 2 36 2 303 2 n.d. 348 Aústria n.d. n.d. 4 n.d. 12 n.d. 20 36 Bélgica 1 n.d. 2 n.d. 12 n.d. 16 31 Canadá n.d. n.d. 4 n.d. 7 75 n.d. 86 Dinamarca 1 6 23 4 9 7 28 79 Espanha 11 14 18 72 52 2 12 179 E.U.A. n.d. n.d. 16 n.d. 18 22 n.d. 57 Finlândia 2 3 4 n.d. 52 1 60 122 França 2 13 20 3 29 n.d. 50 116 Holanda 3 13 19 15 48 n.d. 87 186 Irlanda 1 n.d. 14 1 240 n.d. n.d. 256 Itália n.d. n.d. 2 n.d. 27 n.d. 8 37 Japão 1 n.d. 2 n.d. 9 n.d. 1 12 Noruega 1 13 3 20 n.d. 8 45 R. Unido 7 20 180 13 2031 5 401 2656 Suécia 1 4 50 20 87 466 84 713 Suiça n.d. n.d. 6 n.d. 14 232 4 256 Outros 3 8 105 3 164 481 764 Residentes no Estrangeiro 36 85 517 136 3134 813 1635 6356 Residentes em Portugal 571 518 1206 591 441 305 307 3939 Portugueses Sócios 336 248 488 313 158 2 168 1713 Portugueses não Sócios 235 271 718 277 283 303 140 2226 Total Geral 607 604 1723 727 3575 1117 1943 10295 n.d. (não disponível) Nota: Os totais podem não corresponder à soma das parcelas indicadas, por razões de arredondamento. 6

A prática de golfe é efectuada maioritariamente por praticantes estrangeiros, que representam 61% do total de utilizadores, sendo os países que mais se destacam, o Reino Unido (41,8%), a Suécia (11,2%) e a Alemanha (5,5%). O Algarve destaca-se, pela preferência dos praticantes de golfe residentes no estrangeiro, absorvendo 49,3% deste mercado, seguindo-se a região dos Açores com 25,7%. Relativamente ao mercado nacional este representa 39% do total do País, sendo de salientar a região de Lisboa com 30,6%, seguida do Alentejo com 15%. Para este mercado obtivemos os resultados divididos por sócios e não sócios, de referir que a prática de golfe recai maioritariamente por parte dos praticantes não sócios 56,5%, contra 43,5% dos praticantes sócios. 3.5 Procura de Campos de Golfe versus Dormidas nos Estabelecimentos Hoteleiros, Aldeamentos e Apartamentos Turísticos Procura de Campos de Golfe, Dormidas nos Estab. Hoteleiros, Aldeam. e Apartamentos Turísticos 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores M adeira nº de voltas realizadas nº de dormidas 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 À semelhança do que se passa com a oferta existe uma correlação directa entre o número de dormidas e a procura dos campos de golfe. A Madeira foi a única região que contrariou essa relação, com um elevado número de dormidas face à utilização dos campos de golfe efectivos, o que parece evidenciar a diversificação na procura de produtos turísticos. /INE 7

4. RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO 4.1 Responsáveis pela Comercialização Como se pode observar no quadro que se segue, os Estabelecimentos Hoteleiros são detentores do maior número de voltas vendidas ao nível do País, representando 50,1%, logo seguidos dos Operadores Turísticos Incoming com 25,8%, 23% para os Operadores Turísticos Estrangeiros e somente 1,4% para os Passaportes de Golfe. Número Médio de Voltas Vendidas NUTS II 2003 NUTS II Operadores Turísticos Estrangeiros Operadores Turísticos Incoming Estabelecimentos Hoteleiros Passaportes de Golfe Total Anual NORTE 2 5 7 CENTRO 17 16 8 41 LISBOA 158 110 122 20 410 ALENTEJO 24 5 22 58 108 ALGARVE 388 655 1326 2369 AÇORES 763 18 782 MADEIRA 20 96 868 984 TOTAL DO PAÍS 1370 901 2350 78 4700 O Algarve é a região com maior concentração de campos de golfe e com a maior taxa de ocupação registada, representa 69,4% das voltas vendidas. Lisboa representa 21,7% de voltas vendidas, sendo responsáveis pela sua comercialização os Operadores Turísticos Estrangeiros nesta região com (38,6%). 4.2 Estrutura dos Proveitos Os proveitos e custos só são conhecidos no fim do ano económico a que dizem respeito e não no ano civil em que ocorreram, razão pela qual, estes resultados reportam ao ano de 2002. Relativamente aos proveitos obtidos por áreas de Actividades dos Campos saliente-se a taxa cobrada pela utilização do campo de golfe (green-fee) arrecadando 53,9% das receitas realizadas. Os bares/restaurantes contribuíram com 12,1% das receitas, seguidos com 11,3% do aluguer de equipamento. 8

Incidência das Receitas por Áreas de Actividades dos Campos NUTS II - 2002 (%) NUTS II Green- Fee Aluguer de Equipamento Bar/Restaurante Vendas de Equipamento e Vestuário (loja) Aulas de Golfe Outras Total Anual NORTE 39,7 10,0 17,0 4,0 3,0 26,3 100,0 CENTRO n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. LISBOA 55,3 12,3 12,1 9,2 9,4 1,7 100,0 ALENTEJO n.d n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. ALGARVE 73,0 13,0 1,5 9,0 1,5 2,0 100,0 AÇORES 36,7 6,0 24,0 n.d. 31,7 1,6 100,0 MADEIRA 63,0 18,0 3,0 14,0 n.d. 2,0 100,0 Total do País 53,9 11,3 12,1 7,0 9,8 5,9 100,0 n.d. (não disponível) 4.3 Estrutura dos Custos A manutenção e desenvolvimento de infraestruturas são responsáveis por 44,9% dos custos nos campos de golfe, enquanto os recursos humanos absorvem 39,3% das despesas. O ensino de golfe representa 6,1% das despesas efectuadas nos campos de golfe. Incidência dos Custos por Áreas de Actividades dos Campos NUTS II - 2002 NUTS II Manutenção e Desenvolvimento de Infraestruturas Recursos Humanos Ensino de Golfe Outras (%) Total Anual NORTE 45,3 41,3 6,3 7,1 100,0 CENTRO n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. LISBOA 27,9 45,7 8,3 18,1 100,0 ALENTEJO n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. ALGARVE 59,8 30,3 3,5 6,4 100,0 AÇORES 59,7 37,3 3,0 0,0 100,0 MADEIRA 60,0 30,0 10,0 0,0 100,0 Total do País 44,9 39,3 6,1 9,7 100,0 n.d. não disponível 9

5. CONCLUSÕES Dos 62 campos de golfe existentes em Portugal, 47% pertencem ao Algarve e 23% à região de Lisboa. Algarve e Madeira detentoras do maior número de voltas possíveis e voltas realizadas. Reino Unido, Suécia e Alemanha são os Países com maior peso do mercado Estrangeiro, na utilização dos campos de golfe, representando 58,5%. Residentes em Portugal fazem-se representar com 39% de utilizadores de campos de golfe. 68,7% de taxa de ocupação para a Madeira e 57,7% para o Algarve. Estabelecimentos Hoteleiros responsáveis por 50,1% de voltas vendidas no País. Green-fee representa 53,9% das receitas nos campos de golfe. Manutenção e Desenvolvimento de Infraestruturas são responsáveis por 44,9% das Despesas nos Campos de Golfe. 10

6. CONCEITOS Campo de Golfe - Terreno em que se joga o golfe, constituído por 18 ou 9 buracos muito diferentes entre si, de cumprimento variável. Buraco Uma das zonas do campo, de comprimento, largura e relevo variáveis (entre 100 e 160 m de comprimento), constituída por Tee, Fairway, Green e Obstáculos, e bordejada por Rough ou Out-of-bounds. Tee ou teeing Ground (ponto de partida) Zona, devidamente delimitada, de onde se inicia o jogo de um Buraco. Aí estão colocados os tees de saída (marcas de saída) que podem ter várias cores conforme se destinem a profissionais, homens ou senhoras, as quais determinam a distância ao buraco. Fairway Zona relvada de um buraco situada entre o Tee e o Green. Green Zona final de cada buraco, mais ou menos ondulada, onde com o putter se introduz a bola no buraco. Obstáculos São além dos Bunkers, os obstáculos com água (rios, lagos, riachos, valas, etc.) artificiais ou não, mas devidamente assinalados. Bunker Zona de terreno preparada, normalmente uma cavidade, de onde se tira a parte superficial e se substitui por areia ou material semelhante, que constitui um obstáculo. Rough Zona do campo, fora dos Tees, Faiways, Obstáculos e Greens, pouco ou nada tratada, contendo mato, árvores, areia, pedras, etc. Out-of-bounds Todo o terreno situado para além dos limites do campo, devidamente assinalados. Green-fee Taxa cobrada pela utilização do campo de golfe. Putter Ferro de cabeça pequena e face quase perpendicular ao solo, concebido para o jogo no Green. Treinador Profissional É o praticante que faz do golfe a sua profissão e a sua fonte principal de rendimento, dando lições remuneradas. Volta Percurso completo de 18 ou 9 buracos, dependendo das características do campo. Passaporte de Golfe Compra antecipada de mais do que um green fee, para a realização de várias voltas de campo diferentes, a um preço mais reduzido que o preço público. Quadros Directivos Qualquer cargo sobre o qual recaia a responsabilidade por uma ou mais áreas de gestão do campo de golfe. 11