AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS DO FGTS



Documentos relacionados
Produtos Bancários CAIXA

Administrar uso do FGTS no consórcio de imóvel

O papel da CAIXA na viabilização dos Programas Habitacionais

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA 0-3 SM PODER PÚBLICO

FGTS 45 ANOS DE DESENVOLVIMENTO O BRASIL E PROMOVENDO A CIDADANIA

ROTEIRO I: Projeto de Trabalho Técnico Social

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - EIV. Mário Barreiros

POLÍTICAS PERMANENTES DE HABITAÇÃO

MINHA CASA MINHA VIDA 2 PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA

ANEXO VI CHAMAMENTO PÚBLICO 001/2011 TERMO DE REFERÊNCIA

Trabalho Social em Programas de Habitação e Desenvolvimento Urbano: Entre o Ideal e o Concreto

METODOLOGIA PARA ANÁLISE DA REVISÃO ORDINÁRIA DA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA FIRMADA ENTRE O MUNICÍPIO DE RIO CLARO E A FOZ DE RIO CLARO S/A.

O que é o PLHIS? Quais são os beneficiários do PLHIS? Quais são as exigências do PLHIS?

ANEXO 8 SISTEMA DE DESEMPENHO

Esta apresentação foi realizada no âmbito do projeto Moradia é Central durante o seminário do projeto em Recife.

PLANEJAMENTO URBANO E DE TRANSPORTES BASEADO EM CENÁRIO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL O CASO DE UBERLÂNDIA, MG, BRASIL

Relatório da IES ENADE 2012 EXAME NACIONAL DE DESEMEPNHO DOS ESTUDANTES GOIÁS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ANEXO III INFORMAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA PROPOSTA TÉCNICA

OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS Instrumentos de viabilização de projetos urbanos integrados

Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1

MINISTÉRIO DAS CIDADES CONSELHO DAS CIDADES RESOLUÇÃO RECOMENDADA N 75, DE 02 DE JULHO DE 2009

As Diretrizes de Sustentabilidade a serem seguidas na elaboração dos projetos dos sistemas de abastecimento de água são:

PROGRAMAS HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL

Conjunto de indicadores de sustentabilidade de empreendimentos - uma proposta para o Brasil

Regulamento de Empréstimo

Saneamento Básico e Infraestrutura

NOTA TÉCNICA Nº 19/2015

ANEXO IV INFORMAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA COMERCIAL

FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO

Flávio Ahmed CAU-RJ

Estratégia de Financiamento

SEMINÁRIO HIS SUSTENTÁVEL. Projeto da Habitação de Interesse Social Sustentável. Desenho Universal

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015

OBJETIVOS DO EVENTO APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA II

SECOVI MINHA CASA, MINHA VIDA

PRÊMIO ESTANDE SUSTENTÁVEL ABF EXPO 2014

MCMV 3 REUNIÃO COM EMPRESÁRIOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 10/09/2015

PROJETO DE LEI Nº, DE 2012 (Do Sr. Laércio Oliveira)

PALESTRA CAIXA PMCMV 2. SR Rio de Janeiro Centro

CONSUMOS DE ÁGUA CONSUMOS DE ÁGUA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA

Programa Consumo Responsável. Julho 2015

OBJETIVO prioridade da agenda política.

SUSTENTABILIDADE EM CONDOMINIOS

História da Habitação em Florianópolis

Oficina dos principais desafios do Programa Minha Casa Minha Vida de junho de 2014

SEBRAEtec Diferenciação

CÓDIGO FLORESTAL e ÁREAS URBANAS

TERMO DE REFERÊNCIA FINANCIAMENTO DE IMÓVEIS NA PLANTA E/OU EM CONSTRUÇÃO - RECURSOS FGTS PROGRAMA DE SUBSÍDIO À HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL - PSH

Análise de Projeto Técnico Social APT MUNICÍPIO DE SÃO SEPÉ

REGULAMENTO DO PGA TÍTULO I FINALIDADE

Recursos e Fontes de Financiamento

Programa Minha Casa Minha Vida Faixa 1 Especificações

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro

MINHA CASA, MINHA VIDA 2 Novas metas, maiores desafios

Pesquisa de opinião pública. sobre. Energia elétrica. Brasil

SOFTWARES DA ELIPSE SÃO UTILIZADOS NOS PROCESSOS DE REDUÇÃO DE PERDAS DE ÁGUA E EFICIENTIZAÇÃO ENERGÉTICA DA ÁGUAS GUARIROBA

Fundo de Garantia por tempo de serviço. Diversos são os casos em que o trabalhador pode sacar os recursos depositados em sua conta do FGTS.

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Gestão da Demanda de Água Através de Convênios e Parcerias com o Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura da Cidade de São Paulo SABESP

a) Buscar informações no site da Caixa Econômica Federal, ou

INSPEÇÃO DE FONTES ALTERNATIVAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA A COBRANÇA DOS ESGOTOS

IT AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1)

Proponente/Agente Promotor: Prefeitura Municipal de Salto do Jacuí - RS ,00 Contrapartida

Convenção de Condomínio para prédios verdes

Empreendimentos Imobiliários Sustentáveis

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

O MAIS COMPLETO SISTEMA DE MONITORAMENTO E ANÁLISE DO MERCADO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO!

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

Recursos Hídricos. Análise dos dados do Programa Prospectar. Anexo IV. Prospecção Tecnológica

Estudo Preliminar de Viabilidade Econômico Financeira da PPP UAI da Praça Sete 1. Introdução

PESQUISA DE JUROS. Estas reduções podem ser atribuídas aos fatores abaixo:

Nova Estrutura de Dados de Crédito

PROCESSO DE CONVERGÊNCIA DA CONTABILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL. Parte 3 Procedimento Contábil da Reavaliação

PROGRAMA NACIONAL DE HABITAÇÃO URBANA MINHA CASA MINHA VIDA SINDUSCON, 24/05/2009

III Seminário Nacional Pactuação Federativa no Brasil sem Miséria. Brasília Novembro/2015

Viver Confortável, Morar Sustentável

RELATÓRIO GERENCIAL AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA FÍSICA E TECNOLÓGICA

ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR IPCA e INPC agosto 2014

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

RESULTADOS DE OUTUBRO DE 2013

NOTA TÉCNICA Nº 09/2014

DELIBERAÇÃO NORMATIVA CGFPHIS Nº 016, DE 28 DE MAIO DE 2013

Etapas e Serviços da Construção

PESQUISA PULSO BRASIL FIESP/CIESP INFLAÇÃO JUNHO/2015 SUMÁRIO

ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDOR IPCA e INPC julho 2014

Imediatas: parcelas pagas em 30, 60 e 90 dias Antecipadas: sendo a primeira parcela paga no ato

Apresentação à Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal: Subcomissão Temporária. Fundo de Investimento do FGTS.

Certificado energético e medidas de melhoria das habitações Estudo de opinião. Junho 2011

1.2. Quais são as condições do financiamento para novos contratos?

Análise de Projeto Técnico Social APT MUNICÍPIO DE RONDA ALTA

RESIDENCIAL SANTA MONICA MEMORIAL DESCRITIVO ANEXO I

CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 010/2009.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO. PROJETO DE LEI Nº 4.992, de 2005

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais de Pelotas - PREVPEL. Política de Investimentos Exercício de 2013

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO

Trabalho resgatado da época do Sinac. Título: Mercado Volante de Hortigranjeiros. Autor: Equipe da Ceasa/DF

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO

Transcrição:

AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS DO FGTS AVALIAÇÃO RESULTADOS DOS DA PROGRAMAS APLICAÇÃO NACIONAL DO FGTS CARTA DE CRÉDITO INDIVIDUAL HABITAÇÃO SANEAMENTO SANEAMENTO SISTEMA MIRINGUAVA - uma das obras mais modernas do país, com sistemas totalmente automatizados. 105 quilômetros de rede, 07 reservatórios e 11 estações elevatórias - mais de 40 milhões de litros de água tratada para a Grande Curitiba..

1 INTRODUÇÃO Concluídas todas as etapas previstas pela Metodologia de Avaliação dos Programas do FGTS, e após a realização das conferências das notas apresentadas, nas 5 regiões do país, apresentamos, a seguir, relatório contendo a análise sintética dos resultados alcançados para o Programa Carta de Crédito Individual. Os resultados a seguir apresentados são objetos de entrevistas com mutuários, tomadores de recursos, prefeituras municipais, imobiliárias, bem com o preenchimento de questionários de empreendimentos financiados pelo FGTS entre os anos de 2002 e 2004, dentro de uma amostra estatística e para os aspectos e indicadores previstos na metodologia de avaliação. As análises apresentadas irão retratar uma síntese dos resultados da avaliação realizada no país, onde serão abordadas as notas e comentários basicamente do programa, e por aspecto avaliado. As notas apresentadas são resultantes de consolidações das medias alcançadas nas modalidades do programa dentro da respectiva região. No final, anexamos os relatórios gerados pelo sistema que operacionaliza toda a metodologia (Sistema SIAPG) contendo as notas, do programa, por região, aspecto, indicador e variável composta, que poderão ser analisados individualmente, conforme o interesse específico do leitor.

2 ANÁLISE SINTÉTICA DOS RESULTADOS 2.1 PROGRAMA CARTA DE CRÉDITO INDIVIDUAL Os resultados gerais do Programa Carta de Crédito Individual para os 6 aspectos abordados pela metodologia estão apresentados no gráfico 01, que consolida as medias das três modalidades do programa (aquisição, construção e cesta de materiais de construção). Carta de Crédito Individual ECONOMICIDADE 78,20 PROCEDIMENTO DE GESTÃO 72,18 PRODUTO 58,51 IMPACTO NAS CONDIÇÕES DE VIDA DOS MORADORES 69,57 IMPACTO NA CIDADE E NO AMBIENTE ATENDIMENTO DAS NECESSIDADES 87,58 85,47 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Gráfico 01 Carta de Crédito Individual O Programa Carta de Crédito Individual apresentou resultado satisfatório para a avaliação realizada, sob as diversas dimensões tratadas na metodologia, evidenciando-se, no entanto, que o Impacto na Cidade e no Ambiente foi o que teve a maior avaliação contrapondo-se ao aspecto Produto, que obteve um desempenho inferior aos demais. A seguir, apresentaremos uma análise crítica para cada um dos aspectos acima indicados.

2.1.1 ASPECTO ECONOMICIDADE Nota 78,20 O aspecto Economicidade é entendido como a capacidade dos programas em gerar, mobilizar e gerenciar os recursos aplicados em operações de crédito, garantindo seu retorno de forma adequada. Carta de Crédito Individual Aspecto Economicidade 8 6 4 82,15 79,88 77,10 77,50 74,39 78,20 2 Sudeste Sul Centro Oeste Nordeste Norte Brasil Gráfico 2 Aspecto Economicidade Conforme demonstrado no gráfico 02, no programa Carta de Crédito Individual, o desempenho médio das cinco regiões apresentou nota igual à 78,20. O resultado entre as regiões mostrou-se bastante homogêneo, com pequeno destaque para a região Sudeste com desempenho superior às demais. A nota alcançada indica que a administração econômico-financeira dos contratos vem sendo realizada adequadamente pelo Agente Operador do FGTS, demonstrando zelo pelos recursos e pelos interesses do trabalhador. O Aspecto Economicidade abrange três indicadores específicos, quais sejam: Solvência Financeira, que por meio de três fatores variando de 0 a 1, acentua questões relacionadas ao equilíbrio dos contratos firmados, à adimplência da carteira e a garantia da dívida compactuada; Recursos Complementares, que procura dimensionar a agregação de valores além da contrapartida mínima estabelecida pelo Programa;

Efetividade dos Recursos Investidos, que mede a relação custo-benefício do Programa, relativizando o custo médio do metro quadrado construído e a qualidade do respectivo produto gerado Indicadores do Aspecto Economicidade Sudeste Nota Média das Regiões 75,00 Norte 5 25,00 Sul 75,00 5 93,43 75,42 66,82 25,00 Nordeste Centro Oeste SOLVÊNCIA FINANCEIRA RECURSOS COMPLEMENTARES EFETIVIDADE DOS RECURSOS INVESTIDOS Gráfico 03 Indicadores do Aspecto Economicidade Peso Descrição CCI / CARTA DE CRÉDITO INDIVIDUAL SE (51) SUL (52) CO (53) NE (54) N (55) BRASIL AS-1 ECONOMICIDADE 82.15 79.88 77.10 77.50 74.39 78.20 90 IN-01 SF - SOLVENCIA FINANCEIRA 98.33 95.83 92.50 93.00 87.50 93.43 30 IS-01 FS - FATOR DE SOLVABILIDADE 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 50 IS-02 FSC - FATOR DE SEGURANCA DOS CREDITOS 0.97 0.92 0.85 0.86 0.75 0.87 20 IS-03 FG - FATOR DE GARANTIA 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 10 IN-02 RC - RECURSOS COMPLEMENTARES 76.78 78.99 72.30 72.10 76.95 75.42 Mult IN-03 ERI - EFETIVIDADE DOS RECURSOS INVESTIDOS 70.18 67.79 66.01 66.08 64.06 66.82 O Indicador Solvência Financeira apresentou excelente desempenho, com nota media igual a 93,43, justificado pelo comportamento dos fatores que o integram, analisados a seguir: a leitura que se pode fazer é que existe uma capacidade real de liquidez na administração dos contratos, considerando-se que os prazos remanescentes são suficientes para liquidar o total do saldo devedor teórico da amostra analisada, conforme demonstra o índice 1 alcançado no indicador Fator de Solvabilidade; o Fator segurança do crédito, cujo índice médio atingiu 0,87, indica que o impacto da inadimplência constatada, relativamente à amostra, não compromete o equilíbrio da carteira;

o Fator Garantia indica que a liquidação da dívida pode, também, ser perfeitamente suportadas pelas garantias existentes, na medida em que o índice apresentou resultado igual à 1 em todas as regiões. Verifica-se ainda, por meio do Indicador Recursos Complementares, com nota media equivalente a 75,42, que as contrapartidas geradas, além das mínimas estabelecidas para o Programa a partir dos financiamentos concedidos, potencializaram, de forma satisfatória, o investimento em questão face à escassez de recursos disponíveis para investimentos desta natureza. O Indicador Efetividade dos Recursos Investidos demonstra que a relação entre o valor médio de investimento por metro quadrado equivalente construído e o produto efetivamente gerado é boa. Contudo, essa relação pode ser melhorada, na medida em que o padrão de qualidade dos produtos obtidos por meio dos financiamentos do programa seja também elevado. 2.1.2 ASPECTO PROCEDIMENTO DE GESTÃO Nota 72,18 O aspecto Procedimento de Gestão busca avaliar as principais questões que explicitam o modelo de gestão adotado pelo programa, que no caso do Carta de Crédito Individual, trata questões referentes ao atendimento aos direitos do consumidor e a forma de operação do programa. Carta de Crédito Individual Aspecto Procedimento de Gestão 8 6 4 2 74,04 76,09 74,27 67,02 69,46 72,18 Sudeste Sul Centro Oeste Nordeste Norte Brasil Gráfico 04 Aspecto Procedimento de Gestão

Conforme demonstrado no gráfico nº 4, a nota media do aspecto, nas regiões, foi de 72,18, onde o Sul foi a que apresentou a melhor performance, obtendo a nota 76,09, com pouca variação para a nota de menor desempenho, verificada na região Nordeste. Indicadores do Aspecto Procedimento de Gestão Sudeste Nota Média das Regiões 75,00 Norte 5 25,00 Sul 75,00 5 84,54 66,88 25,00 Nordeste Centro Oeste PARTICIP E GESTÃO DO EMPREEND E DO CONTRATO DESEMPENHO OPERACIONAL Gráfico 05 Indicadores do Aspecto Procedimento de Gestão PESOS Descrição SE (51) SUL (52) CO (53) NE (54) N (55) BRASIL CO CE AQ CCI / CARTA DE CRÉDITO INDIVIDUAL 30 30 30 AS-2 PROCEDIMENTO DE GESTAO 74.04 76.09 74.27 67.02 69.46 72.18 IN-04 PARTICI - PARTICIP E GESTAO DO EMPREEND E DO CONTRATO 89.09 82.54 85.10 79.82 86.17 84.54 100 100 100 IS-08 CONSUMI - EXERCICIO DO DIREITO DO CONSUMIDOR 89.09 82.54 85.10 79.82 86.17 84.54 MEDIA MEDIA MEDIA VC-003 VCREDO - RECEBIMENTO DE DOCUMENTACAO 87.85 80.32 86.81 71.37 85.84 82.44 VC-004 VCCON - CONHECIMENTO DAS REGRAS DO CONTRATO DO FINANCIAMENTO 88.31 81.04 85.68 83.47 87.33 85.17 70 70 70 VC-096 VCEAR - EXISTENCIA E ATENDIMENTO DAS RECLAMACOES 94.72 85.19 76.25 86.11 88.45 86.14 IN-05 DESOP - DESEMPENHO OPERACIONAL 67.59 73.33 69.63 61.55 62.30 66.88 50 50 50 IS-09 METAS - CONSECUCAO DAS METAS 100.00 100.00 100.00 90.67 78.87 93.91 20 10 20 30 10 30 IS-10 AGILID - AGILIDADE NO PROCESSO DE CONTRATAÇAO E DE OBRA 33.33 41.67 41.67 25.00 33.33 35.00 IS-11 AVALTRAM - AVALIACAO NO PROCESSO DE CONTRATACAO E DE OBRA 78.40 86.12 77.89 79.11 77.49 79.80 40 40 40 VC-007 ACES - FORMA DE ACESSO AS INFORMACOES 87.43 96.75 86.50 92.43 87.78 90.18 60 60 60 VC-009 AGIL - AGILIDADE NAS REGRAS DE CONTRATACAO 72.94 79.04 72.15 70.23 70.06 72.88 N/A 30 N/A IS-59 CONCL - CONCLUSAO DAS OBRAS CONTRATADAS 51.28 55.35 58.33 54.54 33.33 50.57

Analisando-se os resultados dos indicadores deste aspecto - gráfico nº 04 e tabela 02 - a leitura que se pode fazer é que, do ponto de vista do exercício do direito do consumidor o desempenho foi muito bom, com alcance de nota equivalente à 84,54. A análise deste indicador é restrita à observância do recebimento, pelo mutuário, de documentos considerados importantes (contrato e projetos), à verificação do conhecimento das regras contratuais, pelo contratante, e ao atendimento às reclamações porventura efetuadas. O desempenho operacional do programa que é mensurado por meio do cumprimento das metas financeiras estabelecidas pelo CCFGTS, pela agilidade no processo de contratação, bem como por meio da avaliação do processo de contratação, pelo tomador do recurso, apresentou desempenho moderado, com nota media igual a 66,88. Tal resultado foi impactado diretamente, pela fraca avaliação obtida no tocante à agilidade no processo de contratação, com nota media igual a 35, indicando a necessidade de gestões do agente financeiro, visando redução do tempo para efetivação do contrato, considerando os padrões julgados ideais para cada modalidade do Programa. 2.1.3 ASPECTO PRODUTO Nota 58,51 O aspecto Produto avalia a qualidade do produto final gerado pelos financiamentos do FGTS, sob a ótica predominantemente técnica, com pequena influência da avaliação que o próprio mutuário faz da sua moradia. Dentre os seis aspectos previstos na metodologia, o Produto foi o que obteve avaliação menos favorável, considerada mediana, com nota igual a 58,51, ressaltando-se, no entanto, a performance acima da media verificada na região Sudeste Gráfico 6. Carta de Crédito Individual Aspecto Produto 8 6 4 2 64,73 59,64 55,81 58,43 53,93 58,51 Sudeste Sul Centro Oeste Nordeste Norte Brasil Gráfico 06 Aspecto Produto

Este aspecto busca avaliar a qualidade do produto gerado, dando ênfase às dimensões valorativas da qualidade do projeto e da obra, do conforto da moradia e da sua inserção urbana e ambiental. Para tanto, a análise engloba 4 Indicadores, com pesos idênticos sobre a formação da nota final, a saber: habitabilidade urbana (peso 25), que amplia o conceito de moradia na medida em que mensura a real capacidade de inserção das unidades habitacionais nas malhas urbanas, avaliando-se a oferta de infraestrutura e serviços urbanos, bem como acessibilidade à comércio e serviços, que são potencializados por fatores relacionados às patologias e problemas projetuais/construtivos e à forma de ocupação do espaço urbano; habitabilidade da unidade habitacional (peso 25), que priorizando questões relativas ao conforto ergométrico no tocante à adequação dos ambientes e dos equipamentos disponíveis, à acessibilidade à unidade habitacional e aos respectivos cômodos existentes, ao conforto ambiental (térmico, acústico e luminoso) das unidades e à salubridade dos ambientes; construtibilidade (peso 25), que se refere ao conjunto dos aspectos construtivos de um edifício ou assentamento habitacional, da infra-estrutura, equipamentos e mobiliário urbanos que garantem sua viabilidade, dos pontos de vista tecnológico, ambiental e econômico-financeiro. Observado do ponto de vista estritamente técnico, considera a existência de patologias e avalia o padrão da construção da unidade; avaliação da moradia pelo usuário (peso 25) que permite um contraponto à avaliação técnica predominante nos demais indicadores. Sabe-se que a avaliação do usuário apresenta um alto grau de subjetividade e se altera ao longo do tempo, a depender de fatores muitas vezes totalmente independentes do objeto avaliado. Todavia, é de grande importância considerar a opinião dos moradores para a avaliação final do Produto.

Sudeste Indicadores do Aspecto Produto Nota Média das Regiões Norte 75,00 5 25,00 Sul 75,00 Nordeste Centro Oeste HABITABILIDADE URBANA CONSTRUTIBILIDADE 5 25,00 76,69 68,65 67,10 21,67 HABITABILIDADE DA UNIDADE HABITACIONAL AVALIACÃO DA MORADIA PELO USUÁRIO Gráfico 07 Indicadores do Aspecto Produto Indicador Habitabilidade Urbana (peso 25) CO CE AQ Descrição CCI / CARTA DE CRÉDITO INDIVIDUAL CONSOLIDADO SE (51) SUL (52) CO (53) NE (54) N (55) BRASIL AS-3 PRODUTO 64.73 59.64 55.81 58.43 53.93 58.51 25 25 25 IN-07 HU HABITABILIDADE URBANA 34.91 22.38 15.25 24.99 10.83 21.67 IS-12 AI - ACESSIBILID E OFERTA DE 80 80 80 INFRAESTRUT E SERVS URBANOS 26.78 16.59 4.30 15.77 7.70 14.23 F F F 50 65 50 S/N S/N S/N 35 35 35 15 0 15 F F F 20 20 20 ** ** F VC-012 VCAIAE REDES E SERVICOS DE ABASTECIMENTO DE AGUA E ESGOTAMENTO SANITARIO 0.89 0.68 0.71 0.62 0.62 0.70 VC-013 VCAIRI - REDE DE SERVICOS E INFRA-ESTRUTURA URBANA/INSTALACOES CONDOMINIAIS 53.55 36.33 42.49 45.56 28.54 41.29 VC-014 VCAIRS - REDE DE SERVICOS PUBLICOS 0.74 0.64 0.79 0.80 0.66 0.72 VC-015 VCAIEPC - EQUIPAMENTOS PUBLICOS E/OU COLETIVOS 32.82 33.68 28.81 36.26 22.34 30.78 VC-018 VCAITP - CONFORMACAO, CONSTRUCAO E TRATAMENTO DA PAISAGEM URBANA SUBDIVIDIDA EM VARIAVEIS AUXILIARES 41.32 37.71 80.67 46.32 56.40 52.48 VC-019 VCAITC - TRANSPORTE COLETIVO EXTERNO IS-13 AC - ACESSIBILID AO COMERCIO E AOS SERVICOS IS-16 PP - PATOLOGIA E PROBLEMAS PROJETUAIS/CONSTRUTIVOS 0.67 0.67 0.23 0.72 0.54 0.57 72.40 65.14 70.30 71.02 68.51 69.47 0.98 0.94 0.89 0.90 0.81 0.91 VC-038 VCFGII - PATOLOGIAE 100 100 100 PROBLEMAS PROJETUAIS / CONSTRUTIVOS 0.98 0.94 0.89 0.90 0.81 0.91 ** ** F IS-17 IU - IMPLANTACAO URBANA 0.98 0.90 0.93 0.96 0.71 0.89 M M M VC-040 VCFGR1 - OCUPACAO URBANA 0.99 0.87 1.00 0.97 0.52 0.87 VC-041 VCFGR2 - EXISTENCIA DE M M M FONTE DE POLUICAO 0.96 0.92 0.92 0.95 0.85 0.92

O Indicador Habitabilidade Urbana apresentou resultado insatisfatório, com nota média igual a 21,67. A composição desta nota desdobra-se na análise de outros quatro indicadores, dentre os quais dois receberam atribuição de notas Acessibilidade e Oferta de Insfraestrutura e Serviços Urbanos (Peso 80 nota media 14,23) e Acessibilidade ao Comércio e Serviços (Peso 20 nota media 69,47) e outros dois atuaram como fatores que reduziram a media ponderada obtida entre os indicadores já mencionados, já que apresentaram valores menores do que 1 (um). Portanto, os fatores Patologias e Problemas Projetuais/Construtivos e Implantação Urbana imprimiram maior rigidez à composição da nota, na medida em que não bastaria a moradia estar servida de comércio, serviços e infraestrutura, se constatadas patologias que comprometem a moradia em si, ou, se a implantação urbana tiver ocorrido de maneira inadequada, seja comprometendo o meio-ambiente, ou sofrendo influências negativas de fontes de poluição. Indicador Habitabilidade da Unidade Habitacional (peso 25) CO CE AQ Descrição CCI / CARTA DE CRÉDITO INDIVIDUAL CONSOLIDADO SE (51) SUL (52) CO (53) NE (54) N (55) BRASIL AS-3 PRODUTO 64.73 59.64 55.81 58.43 53.93 58.51 25 25 25 35 35 35 80 70 70 20 30 30 IN-08 HUH - HABITABILIDADE DA UNIDADE HABITACIONAL IS-18 CER - CONFORTO ERGOMETRICO VC-042 VCADAMB - ADEQUACAO DOS AMBIENTES VC-043 VCADEQU - ADEQUACAO DOS EQUIPAMENTOS 72.47 69.32 68.86 67.55 65.03 68.65 86.49 74.04 66.18 78.86 78.69 76.85 86.00 75.57 59.35 79.38 88.43 77.75 88.03 71.40 89.49 83.05 52.82 76.96 5 5 5 IS-19 ACE - ACESSIBILIDADE 99.65 100.00 100.00 100.00 100.00 99.93 100 100 100 40 40 40 50 50 50 50 50 50 VC-050 VCACMO - ATRIBUIDA PELO MORADOR IS-20 CAM - CONFORTO AMBIENTAL DA UNIDADE VC-051 VCAIUCA - INFORMACOES DO MORADOR VC-053 VCCLM - CONFORTO LUMINOSO - INFORMACOES TECNICAS 99.65 100.00 100.00 100.00 100.00 99.93 63.01 63.84 68.75 53.80 51.80 60.24 81.02 83.84 82.32 74.88 75.82 79.58 44.99 43.84 55.76 34.06 43.85 44.50 20 20 20 IS-21 SAL - SALUBRIDADE 53.64 53.49 62.07 49.73 47.27 53.24 0,2 0,2 0,2 VC-054 VCSABC - BANHEIRO E COZINHA 78.93 82.56 89.22 76.60 76.00 80.66 0,3 0,3 0,3 VC-055 VCSASA - SALA DE ESTAR 76.90 78.60 88.42 82.85 73.89 80.13 0,5 0,5 0,5 VC-056 VCSADR - DORMITORIO 80.89 81.25 77.11 76.55 70.83 77.33

O Indicador Habitabilidade da Unidade Habitacional é constituído por quatro análises distintas com pesos diferenciados entre si. O Conforto Ergométrico (Peso 35) apresentou resultado satisfatório, com nota igual a 76,85, indicando a adequação dos ambientes no tocante à suas dimensões em relação aos padrões mínimos estabelecidos (área útil e pé-direito), bem como a adequação da altura dos interruptores dos ambientes, lavatórios, pias e tanques aos padrões tidos como convencionais. A Acessibilidade (Peso 5), com nota media igual a 99,93, demonstra que não há dificuldade de acesso no uso da entrada da casa, ou de acesso ao quintal/área de serviço, uso do banheiro, cozinha ou qualquer outro tipo de dificuldade de locomoção em outros cômodos da unidade habitacional. O Conforto Ambiental da Unidade (Peso 40) apresentou nota media igual a 60,24, indicando que do ponto de vista do morador o conforto térmico, luminoso e acústico é mais satisfatório (nota 79,58) do que a análise técnica relativa ao conforto luminoso realizada profissional (nota 44,50). A Salubridade, com desempenho médio equivalente a 53,24, indica que não foi verificada, na totalidade dos cômodos, nível de salubridade adequado (ventilação e umidade), única possibilidade de alcance da nota 100. Indicador Construtibilidade (peso 25) Descrição SE (51) SUL (52) CO (53) NE (54) NE (55) BRASIL CO CE AQ CCI / CARTA DE CRÉDITO INDIVIDUAL - CONSOLIDADO 25 25 25 IN-09 CONS - CONSTRUTIBILIDADE 77.69 79.65 73.71 75.80 76.58 76.69 80 80 80 IS-22 PAT - PATOLOGIA 79.63 82.81 77.81 80.38 81.85 80.50 80 80 62.5 20 20 37.5 VC-057 VCPU - UNIDADES DO EMPREENDIMENTO VC-060 VCPQBF - APONTADAS PELO MORADOR 89.14 100.00 100.00 100.00 100.00 97.83 65.33 56.84 44.44 50.42 54.35 54.28 20 20 20 IS-24 PACON - PADRAO DE CONTRUCAO 69.93 66.99 57.31 57.50 55.49 61.45 33 33 33 VC-061 VCPDCOES - ESQUADRIAS 20.08 21.60 17.17 14.20 16.32 17.87 7 7 7 60 60 60 VC-062 VCPDCOREP - REVESTIMENTO EXTERNO PREDOMINANTE VC-063 VCPDCORIN - REVESTIMENTOS INTERNOS 4.64 4.40 4.27 4.39 2.14 3.97 45.20 41.93 37.75 39.49 37.97 40.47

O indicador Construtibilidade, constituído por dois outros indicadores, com pesos diferenciados Patologia (Peso 80 Nota 76,69) e Padrão de Construção (Peso 20 Nota 61,45), apresentou um resultado homogêneo nas regiões, com media geral de 76,69. O indicador Patologia (peso 80), que apresenta maior impacto para a composição da nota do indicador Construtibilidade, desdobra-se em duas avaliações técnica (peso 62,50) e apontadas pelo morador (peso 37,50) - apresentou resultado satisfatório, com nota media igual a 80,50. Do ponto de vista técnico (peso 62,50 - nota 97,83), foram verificadas, na unidade habitacional, poucas patologias relativas à existência de trincas, fissuras, esfacelamento, deslocamento de revestimentos, presença de fungos e bolor, umidade, desgastes, deformações de pisos, paredes, cobertura e teto, esquadrias, além de mau cheiro das instalações sanitárias e umidade provocada pelas instalações hidráulicas. Já, a avaliação feita pelo morador (peso 37,50 - nota 54,28), quanto aos problemas verificados na unidade habitacional, nos últimos 6 meses, foi regular, indicando a provável presença de problemas nas instalações elétricas (queda de chave geral, choque elétrico, queima de aparelhos e lâmpadas, curto circuito) e/ou hidráulicas (vazamento de água, rompimento de tubulações, entupimento no esgoto ou vaso sanitário, mau cheiro em ralos e pias, quebra de registro), bem como problemas com infiltrações e umidade (entrada de água da chuva pela cobertura, pelas frestas de portas e janelas, vazamento pelas calhas, condutores e teto, infiltrações nas paredes e pisos), além de entrada de vento pelas frestas, defeitos em portas, janelas, dobradiças, batentes, janelas, revestimentos e pisos soltos. A análise do Indicador Construtibilidade contempla, ainda, a verificação do padrão de construção (peso 20 nota 61,45), formado pelo somatório das notas relativas ao padrão das esquadrias de portas e janelas dos diversos cômodos (nota máxima 33 nota obtida 17,87), ao revestimento externo predominante (nota máxima 7 nota obtida 3,97) e aos revestimentos internos dos pisos, paredes e teto (nota máxima 60 nota obtida 40,47), indicando maior deficiência no padrão nas esquadrias.

Indicador Avaliação da Moradia pelo Usuário da Unidade Habitacional (peso 25) Descrição SE (51) SUL (52) CO (53) NE (54) N (55) BRASIL CO CE AQ CCI / CARTA DE CRÉDITO INDIVIDUAL - CONSOLIDADO 25 25 25 IN-11 AMU - AVALIACAO DA MORADIA PELO USUARIO 73.87 67.23 65.42 65.38 63.61 67.10 20 20 20 IS-27 ICOUH - DO CONFORTO DA UH 74.42 74.31 68.28 72.02 66.37 71.08 100 VC-097 VCCOUH - AVALIACAO DO MORADOR EM RELACAO AO CONFORTO TERMICO, ACUSTICO, LUMINOTECNICO E DE UMIDADE NA UNIDADE HABITACIONAL 74.42 74.31 68.28 72.02 66.37 71.08 20 20 20 IS-28 ITAUH - DO TAMANHO DA UH 79.60 72.93 68.06 73.03 69.54 72.63 100 VC-099 VCTAUH - TAMANHO DA UNIDADE 79.60 72.93 68.05 73.03 69.54 72.63 20 20 20 IS-29 ICONS - DA CONTRUCAO 71.76 72.33 67.53 65.97 65.18 68.55 100 20 20 20 100 20 20 20 100 VC-100 VCCONSE - AVALIACAO DO MORADOR EM RELACAO AOS ASPECTOS CONSTRUTIVOS IS-30 IQLOM - QUANTO A LOCALIZACAO DA MORADIA VC-027 VCLOM - AVALIACAO DO MORADOR EM RELACAO A LOCALIZACAO DA MORADIA E QUANTO A ACESSIBILIDADE AO TRABALHO E EQUIPAMENTOS IS-31 ISUES - DOS SERVICOS URBANOS/EQUIPAMENTOS SOCIAIS VC-098 VCAMIES - AVALIACAO DO MORADOR EM RELACAO A PRESENCA DE INFRA-ESTRUTURA E EQUIPAMENTOS SOCIAIS 71.76 72.33 67.53 65.97 65.18 68.55 69.70 66.09 63.82 66.35 67.11 66.61 69.30 66.09 63.82 66.35 67.11 66.54 74.36 69.27 63.28 64.23 55.21 65.27 74.36 69.27 63.28 64.23 55,21 65,27 O Indicador Avaliação da Moradia pelo Usuário (peso 25), formado por outros 5 indicadores de pesos equivalentes, apresentou desempenho razoável com nota media igual a 67,10, ressaltando-se o melhor desempenho na região Sudeste (nota 73,87). As análises realizadas pelo morador apontam maior satisfação com aspectos ligados a unidade em si, conforme observado nos indicadores Conforto da Unidade (nota 71,08), Tamanho da Unidade (nota 72,63) e Aspectos Construtivos, com nota 68,55 (qualidade dos materiais de revestimento, das portas, janelas, instalações hidráulicas e elétricas), do que com os aspectos relacionados à localização da moradia (distância de escolas, posto público de saúdo, trabalho e áreas de lazer) e disponibilidade de serviços urbanos e acesso aos equipamentos sociais (água, esgoto, energia elétrica, limpeza urbana coleta de lixo e varrição, iluminação pública, transporte, correio e telefone público), que apresentaram notas variando entre 65,27 e 66,61.

2.1.4 ASPECTO IMPACTO NAS CONDIÇÕES DE VIDA DOS MORADORES Nota 69,57 O aspecto Impacto nas condições de vida dos moradores avalia as principais mudanças no nível de qualidade de vida da população envolvida no programa. Indica mudanças qualitativas no cotidiano de vida da população dentro do contexto histórico, político, econômico e cultural, buscando-se, para tanto, junto aos mutuários finais, informações relativas às condições de vida na moradia anterior, às quais são comparadas com as condições após a mudança para a nova moradia. Carta de Crédito Individual Aspecto Impacto nas Condições de Vida 8 6 4 72,14 71,97 70,26 67,97 65,52 69,57 2 Sudeste Sul Centro Oeste Nordeste Norte Brasil Gráfico 08 - Aspecto nas Condições de Vida dos Moradores O aspecto Impacto nas Condições de Vida dos Moradores apresentou desempenho homogêneo entre as regiões, com nota media igual a 69,57, ressaltandose uma pequena diferenciação na avaliação da região Sudeste, que obteve nota 72,14. A média do desempenho entre as regiões. A análise deste aspecto abrange a avaliação de 5 (cinco) indicadores que comparam a moradia anterior com a atual, adquirida por meio dos recursos do FGTS: Mudança nas Condições de Moradia (peso 60) que aborda as seguintes questões: mudanças percebidas nas condições de umidade, de conforto térmico e luminoso, nas condições das instalações sanitárias, bem como nas variações de densidade ocupacional (peso 25 ) mudanças nas condições de infraestrutura que trata das mudanças verificadas na coleta e destinação do lixo doméstico, esgotamento sanitário, na

disponibilidade de água e energia elétrica, e nas condições de acesso à moradia (peso 25); variações nas condições de risco da moradia que avalia as mudanças na incidência de riscos provenientes de enchentes, inundações, desmoronamentos, erosão do solo e deslizamentos (peso 15); variações nas condições de acessibilidade a serviços e equipamentos Sociais, tais como transporte público, educação, saúde, correio, telefonia, bem como na disponibilidade de equipamentos de esporte e convívio (peso 15); variações nas condições de acesso ao trabalho no tocante ao tempo de deslocamento (peso 10) mudanças na condições de segurança da moradia restringidas à existência de iluminação pública e posto policiamento (peso 10) Mudança nas Condições de Propriedade e Posse (peso 10) caracterizada pela variação da situação de inquilino para proprietário ou na passagem de uma situação de irregularidade para a de regularidade da moradia (aplicável apenas na modalidade Aquisição do Programa Carta de Crédito Individual); Mudança na Composição dos Gastos mensais com moradia (peso 10); Avaliação do Morador sobre as mudanças percebidas em suas condições de vida (peso 20). Indicadores do Aspecto Impacto nas Condições de Vida Sudeste Nota Média das Regiões 75,00 5 Norte 25,00 Sul 75,00 5 78,54 74,55 25,00 53,33 40,65 Nordeste Centro Oeste MUDANÇAS NAS CONDIÇÕES DE MORADIA MUDANÇAS NAS CONDIÇÕES DE PROPRIEDAD E DA POSSE MUDANÇAS NOS GASTOS MENSAIS COM MORADIA AVALIAÇÃO DO MORADOR SOBRE SUAS CONDIC DE VIDA Gráfico 09 Indicadores do Aspecto Impacto nas Condições de Vida dos Moradores

Indicador Mudanças nas Condições de Moradia (peso 60) CO CE AQ 70 70 60 25 25 25 15 15 15 35 35 35 10 10 10 30 30 30 10 10 10 25 25 25 25 25 25 20 20 20 10 10 10 35 35 35 10 10 10 15 15 15 100 100 100 15 15 15 20 20 20 35 35 35 25 25 25 10 10 10 10 10 10 10 10 10 100 100 100 10 10 10 100 100 100 Descrição CCI / CARTA DE CRÉDITO INDIVIDUAL - CONSOLIDADO AS-4 IMCOVIMO - IMPACTO NAS CONDICOES DE VIDA DOS MORADORES IN-12 MUCOMO - MUDANCAS NAS CONDICOES DE MORADIA IS-32 VACOHAB - VARIACAO NAS CONDICOES DA UNIDADE VC-067 UMIHAB - MUDANCA DAS CONDICOES DE UMIDADE DAS UNIDADES HABITACIONAIS VC-068 DEOCUP - MUDANCA DA DENSIDADE DA OCUPACAO DOS DORMITORIOS VC-069 CONFTER - MUDANCA DAS CONDICOES DE CONFORTO TERMICO DAS UNIDADES HABITACIONAIS VC-070 COINSAN - MUDANCA DAS CONDICOES DAS INSTALACOES SANITARIAS VC-071 COFLUMI - MUDANCA DAS CONDICOES DE CONFORTO DE ILUMINACAO DAS UNIDADES HABITACIONAIS IS-33 CONINFRA - VARIACAO NAS CONDICOES DE INFRAESTRUTURA VC-072 LIXODO - MUDANCA DA DESTINACAO DO LIXO DOMESTICO VC-073 ESGDOM - MUDANCA DA DESTINACAO DO ESGOTAMENTO SANITARIO VC-074 DISENERG - MUDANCA DA DISPONIBILIDADE DE ENERGIA ELETRICA VC-075 DISAGUA - MUDANCA DA DISPONIBILIDADE DE AGUA VC-076 ACESMO - MUDANCA DAS CONDICOES DE ACESSO A MORADIA IS-34 RISCMO - VARIACAO NAS CONDICOES DE RISCO DA MORADIA VC-077 RISENCH - MUDANCA DA CONDICOES DE RISCO DE ENCHENTES, INUNDACOES, DESMORONAMENTOS, EROSAO DO SOLO E DESLIZAMENTOS IS-35 ACESOCI - VARIACAO NAS CONDIC DE ACESSIB A SERV E EQUIP SOCIAIS VC-078 SETRANS - MUDANCA NO ACESSO A SERVICOS PUBLICOS DE TRANSPORTE VC-079 SERVEDU - MUDANCA NO ACESSO A SERVICOS PUBLICOS DE EDUCACAO VC-080 SERSAUD - MUDANCA NO ACESSO A SERVICOS PUBLICOS DE SAUDE VC-081 EQUESPC - MUDANCA NO ACESSO A EQUIPAMENTOS DE ESPORTE E CONVIVIO VC-082 CORTELE - MUDANCA NO ACESSO A SERVICOS DE CORREIO E TELEFONIA PUBLICA IS-36 ACESTRAB - VARIACAO NAS CONDICOES DE ACESSO AO TRABALHO VC-083 DESLTRAB - TEMPO DE DESLOCAMENTO PARA O TRABALHO IS-58 SEGLOC - SEGURANCA NO LOCAL DE MORADIA VC-084 CONDSEGU - MUDANCA DAS CONDICOES DE SEGURANCA SE (51) SUL (52) CO (53) NE (54) N (55) BRASIL 72.14 71.97 70.26 67.97 65.52 69.57 84.62 80.95 78.15 77.07 71.92 78.54 91.57 92.21 87.44 88.29 83.76 88.65 89.80 85.61 87.11 86.39 88.04 87.39 94.64 92.60 82.81 94.92 84.70 89.93 64.21 74.34 68.40 47.77 57.61 62.47 96.45 91.40 97.81 91.15 87.48 92.86 93.75 91.07 91.96 90.37 84.19 90.27 93.50 81.54 78.25 74.40 64.60 78.46 87.78 79.53 78.97 62.14 77.73 77.23 95.73 81.69 74.80 74.75 61.52 77.70 99.62 99.02 100.00 100.00 99.00 99.53 95.22 86.75 89.21 78.57 47.70 79.49 91.57 56.21 50.94 74.88 57.72 66.26 93.70 93.37 94.36 91.21 80.52 90.63 93.70 93.37 94.36 91.21 80.52 90.63 64.91 59.64 56.96 56.68 54.04 58.45 64.98 59.29 35.64 55.91 48.36 52.84 67.71 61.61 62.41 59.01 63.57 62.86 60.34 62.87 54.47 55.42 51.18 56.86 61.63 57.85 49.04 58.63 48.36 55.10 69.78 68.06 59.72 69.12 50.40 63.41 84.60 84.52 70.73 85.46 84.55 81.97 84.60 84.52 70.73 85.46 84.55 81.97 60.39 69.11 64.39 66.05 69.36 65.86 60.39 69.11 64.39 66.05 69.36 65.86

O indicador Mudanças nas Condições da Moradia (peso 60), que possui maior influência na composição da nota do Aspecto Impacto nas Condições de Vida dos Moradores, apresentou bom desempenho com nota media igual a 78,54. Dentre as mudanças observadas, neste indicador, as mais positivas ocorreram nas variações das condições da unidade habitacional (peso 25 nota 88,65), notadamente nas melhorias das instalações sanitárias (peso 30 nota 92,86). Mesmo com menor impacto na formação do Indicador Mudança nas Condições de Vida, destaca-se a nota obtida na avaliação das condições de risco da moradia (peso 15 nota 90,63). O menor desempenho do Indicador ocorreu no acesso aos serviços e aos equipamentos sociais, onde não se registrou melhora, mas, sim, a manutenção de uma situação já considerada insatisfatória ou, ainda, uma percepção de efetivo declínio, se comparadas as moradias atual e anterior. Dentre os serviços avaliados, os de transporte público e de saúde foram os que apresentaram desempenho menos favorável, com peso 20/ nota 52,84 e peso 25/ nota 56,86, respectivamente. Indicador Mudança nas Condições de Propriedade e Posse (peso 10) CO CE AQ N/A N/A 10 N/A N/A 100 N/A N/A 100 Descrição SE (51) CCI / CARTA DE CRÉDITO INDIVIDUAL - CONSOLIDADO AS-4 IMCOVIMO - IMPACTO NAS CONDICOES DE VIDA DOS MORADORES IN-13 MOPROPR - MUDANCAS NAS CONDICOES DE PROPRIEDAD E DA POSSE IS-38 COPPOS - VARIACAO NAS CONDICOES DE PROPRIEDADE E DA POSSE VC-085 VAPOSS - VARIACAO NAS CONDICOES DE PROPRIEDADE E DA POSSE SUL (52) CO (53) NE (54) NORTE (55) BRASIL 72.14 71.97 70.26 67.97 65.52 69.57 70.25 64.79 37.50 44.09 50.00 53.33 70.25 64.79 37.50 44.09 50.00 53.33 70.25 64.79 37.50 44.09 50.00 53.33 O Indicador Mudanças nas Condições de Propriedade e Posse (peso 10) obteve desempenho médio igual a 53,33, ressaltando-se o resultado da região Sudeste, com nota igual a 70,25. A avaliação deste indicador leva em consideração 3 (três) parametrizações distintas, envolvendo diversas situações abaixo caracterizadas.

M+ M P Sit. 1 (12,47%) Sit. 2 (7,61%) Sit. 3 (22,62) Sit. 4 (28,96%) Sit. 5 (7,19%) Sit.6 (2,54%) Sit.7 (17,55%) Sit. 8 (1,06%) SITUAÇÕES DE MUDANÇA Situação anterior: aluguel ou posse Situação atual: própria quitada Situação anterior: cedida/emprestada ou ocupada/invadida Situação atual: própria quitada Situação anterior: própria (quitada ou em amortização) Situação atual: própria quitada Situação anterior: aluguel Situação atual: própria amortização Situação anterior: cedida/emprestada ou ocupada/invadida Situação atual: própria amortização Situação anterior: própria em amortização Situação atual: própria em amortização Situação anterior: própria quitada Situação atual: própria amortização Qualquer outra combinação de alternativas de situação anterior e situação atual NOTA 100 (42,71%) 75 (38,69%) 0 (18,60%) Posição amostra Brasil Conforme o demonstrado, 42,71% do total da amostra (Brasil) obtiveram nota igual a 100, com destaque para os que se enquadraram na situação de mudança 3, passando para a condição de proprietários definitivos (imóvel quitado). Dos 38,69% que apresentaram nota igual a 75, a maioria se encontra na situação de mudança 4, deixando o aluguel e passando para a condição de proprietários com dívida em amortização.. Indicador Mudanças nos Gastos com Moradia (peso 10) Descrição SE (51) SUL (52) CO (53) NE (54) N (55) BRASIL CO CE AQ CCI / CARTA DE CRÉDITO INDIVIDUAL - CONSOLIDADO 10 10 10 100 100 100 30 30 30 70 70 70 AS-4 IMCOVIMO - IMPACTO NAS CONDICOES DE VIDA DOS MORADORES IN-14 MUGAST - MUDANCAS NOS GASTOS MENSAIS COM MORADIA IS-39 GASTMEN - VARIACAO NO GASTO MENSAL COM MORADIA VC-086 ATRAPAG - VARIACAO NO PAGAMENTO DE PRESTACOES E TAXAS DO IMOVEL VC-087 COMPFAMI - VARIACAO NO GASTO MENSAL COM MORADIA VERSUS COMPROMENTIMENTO DA RENDA FAMILIAR 72.14 71.97 70.26 67.97 65.52 69.57 38.06 45.06 38.06 42.85 39.23 40.65 38.06 45.06 38.06 42.85 39.23 40.65 94.99 88.90 83.90 85.72 74.06 85.51 13.74 29.44 24.11 27.45 26.44 24.24

O indicador Mudança nos Gastos Mensais com Moradia, com nota media igual a 40,65, foi impactado diretamente pelo desempenho observado na variação no gasto mensal com moradia x comprometimento da renda familiar (peso 70 nota 24,24). VARIAÇÃO NO GASTO MENSAL COM MORADIA 9% 12% 53% 10% 16% Diminuiu em 50% ou mais Diminuiu menos que 50% Aumentou entre 0 e 50% Aumentou entre 50% e 100% Aumentou 100% ou mais Gráfico 10 Amostra Brasil consolidada Conforme demonstrado, 53% do total dos entrevistados no Programa CCI aumentaram seus gastos mensais com moradia em 100% ou mais, contra apenas 18% da amostra que apresentou redução nos gastos. COMPROMETIMENTO DE RENDA ATUAL 21% 13% 66% Menor que 25% Entre 25% e 37,5% Maior que 37,5% Gráfico 11 Amostra Brasil consolidada